Ademar é decisivo na vitória (2-0) em Penafiel para o campeonato, marcando os dois golos do encontro.
Ademar é o protótipo do jogador formado na Academia do Pelado de Alvalade. Raçudo e nunca se furtando ao combate, passa muitas vezes despercebido aos adeptos e jornalistas. (…) Aos 11 anos, dirigira-se a Alvalade para saudar um velho parente, Hugo Parente, o extremo-direito que jogara dez temporadas no Sporting entre 1953 e 1963 e que permanecera no clube como funcionário. Não encontrou o velho primo, mas fora desafiado para treinar à experiência com os escalões mais jovens. Agrada de imediato e passa quase 13 anos no clube, entre 1970 e 1983. Com Allison, nunca falha, e, neste jogo de Penafiel, merece uma rara crítica elogiosa de um dos jornais: “Ademar foi Adamastor”, nota, com criatividade, Eugénio Queirós na Gazeta dos Desportos.
Panini clássicos. Por acaso, ainda tenho esta caderneta mas com poucos cromos. Havia uma outra colecção de capa encarnada, dessa tinha quase todos os jogadores mas desapareceu!
Já li mais de metade e o amadorismo que era naquele tempo deve ser uma inspiracao para muitos na atualidade.
Estou a adorar o livro por me lembrar de muitos factos ali descritos.
*“A soluçao para voltarmos a ser campeoes é o Inácio ser operado ao menisco.”
O que me fez um bocado de impressão - e era sinal da mentalidade dos tempos - foi o contraste entre a preparação da eliminatória com o Southampton e a preparação da eliminatória com o Neuchatel. Para a primeira, prepararam-se bem, com a atitude certa, e eliminaram uma das equipas mais fortes da europa. Depois, desprezaram o Neuchatel e foram eliminados. Enganaram-se nas botas para o jogo na Suiça, etc.
Mesmo com algum amadorismo, o departamento de futebol da altura era capaz de dar 15-0 a esta direcção do Varandas.
lembro-me bem: aquele-que-saia-sempre-em-pé-em-riste ficou uns segundos a pensar se atirava primeiro a bola para fora e agredia depois o MF, ou o contrário. Acabou por agredira o MF e no segundo seguinte enviou a bola para fora …
E que, genericamente, os jogadores também o façam, porque comparar o empenho habitual desta equipa, e destes jogadores, com o empenho que tantas vezes os jogadores do Sporting não mostram, é comparar a Estrada da Beira com a beira da estrada…
O que sofri a ouvir o relato desse jogo (nos outros também ). O Southampton, com o Kevin Keagan, na altura um dos melhores do mundo e nós vamos ali e espetamos-lhe quatro. Aquele tridente, Oliveira, Manuel Fernandes e Jordão, quando engatava era do melhor que havia.
Do nome não me lembrava, mas tinha a ideia de que o guarda-redes dessa seleção brasileira enterrou a equipa forte e feio nesse mundial. Do Falcão lembro-me bem, porque era careca, e do Sócrates também, porque era gadelhudo. Dois enormes jogadores que enchiam o campo.
Ps: por falar em frangueiros, Rui Patrício acabou de dar um franguinho assado no espeto, no Portugal - França, para a liga das nações.
No verão de 1982, João Rocha tentou contratar os craques Dirceu e Eder. É assim que tem de ser um presidente do Sporting. Pensar em grande.
Com o contrato renovado com Malcolm Allison por mais um ano, com Kikas e Festas já assegurados para a temporada seguinte, João Rocha esforça-se por recrutar uma vedeta internacional para o seu clube. No inicio de Junho, quando a selecção brasileira estagia no Guincho, Rocha e Agostinho Abade desafiam Dirceu, estrela então no Atlético de Madrid, a visitar a residência do presidente na Lapa. (…) A oportunidade esfuma-se. Quando voltam a tentar a contratação do jogador e do fogoso Eder, em Sevilha, a cotação dos canarinhos já disparou, fruto das exibições de sonho do escrete em Espanha."