A História

Sim, tens razão :slightly_smiling_face:

Como disseste lá atrás, provavelmente algum emigrante que trouxe a inspiração de Paris.

Mapa feito pelo cartógrafo João Teixeira de Albernaz, que pintou para mostrar a parte dominada por Portugal no Canadá, “Terra Nova e Terra do Lavrador”, este mapa foi feito por volta de 1650s, e como podem ver no mapa ele escreveu lá - Canadaa, muito antes de algum país ter lá ido reconquistar o que já estava conquistado pelos Portugueses há mais de um século e meio, já que existe outro mapa com a bandeira de Portugal no Canadá e esse mapa foi feito em 1499 por um cartógrafo italiano, portanto ainda foi um longo tempo, hoje estas coisas não são divulgadas devido a interesses políticos etc

Não te deixes levar pelos José Gomes Ferreiras desta vida…

Jacques Cartier, navegador bretão e depois francês, na altura a bretanha era um ducado independente, chegou ao golfo do São Lourenço e arredores no canada em 1534 e deu o nome de Canada. Mesmo os nativos, mais precisamente os iroqueses chamavam ao local por kanata, pronunciando-se ganada, que significava aldeia.

Até espanhois foram para esse local ao mesmo tempo dos português, mas não acharam nada de especial, senão teriam ficado por lá.

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Julgo que estarás a confundir com o dito “mapa de Cantino”, planisfério feito por anónimo decerto português, datado de 1502, e que foi comprado ilegalmente em Lisboa pelo espião italiano Alberto Cantino para o duque de Ferrara. A bandeira real está na Terra nova.

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E já no sec I os Vikings fizeram assentamentos por lá…

Não há conquista nem reconquista, os navegadores informavam a Coroa do que tinham encontrado e esta reivindicava como sua a terra e assim temos os mapas pejados de bandeiras, mas sem ocupação efetiva, bastava que as terras estivessem do nosso lado dos tratados reconhecidos pelo Papa e por Castela (especialmente Tordesilhas 1494, ou antes Alcáçovas 1479).

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E muito provalmente foram mais longe descendo o rio de São Lourenço por ali abaixo. Há quem diga que chegaram a zona dos grandes lagos que estão interligados. Sabe-se lá se chegaram mesmo ao Minnesota que por acaso tem uma ligação com os vikings…

Sabe-se que os Vikings quando faziam os seus raids era sempre a subir os rios para saquear cidades. Muito naturalmente fizerem o mesmo ao subir os rios nessa zona.

A provincia chama-se agora New Foundland and Labrador, e lindissima, eles proprios reconhecem que os Portugueses foram os primeiros a la chegar e se nao estou em erro ate teem monumentos sobre isso e tudo, tambem se sabe que os Vikings terao chegado ainda antes do Portugueses, mas ninguem refere Portugueses no Sec.XV (1499 ou antes).

Se formos por aí, não foram nem Tugas nem Vikings a lá chegar primeiro. Afinal, as terras já eram habitadas. Se eram habitadas, já lá havia gente. Se já lá havia gente, já alguém tinha lá chegado primeiro.

Isso de lá terem ido navegadores, vale o que vale. Os Açores também já apareciam em mapas, antes dos portugueses lá chegarem. E já lhe chamavam “Azures (azuis)”. Até porque as erupções eram vistas a muita distância. Quem é que teve tomates para construir lá uma civilização? Os portugueses. Por isso, é normal que tenham sempre sido indicadas como descobertas dos navegadores portugueses.

Também há evidências fortes de navegadores portugueses terem chegado primeiro a várias praias da Oceania, por exemplo. Não houve interesse em explorar até porque, como falado acima, Portugal não teria direito a isso pelos tratados internacionais.

Não é por atualmente haverem interesses obscuros que querem esconder a História como ela é. A História é que se foi construindo mediante uma determinada lógica. É isso que os historiadores estudam. E que os teóricos da conspiração usam para ganhar dinheiro, acusando os historiadores das coisas mais absurdas e obscenas.

Nao foi de todo minha intencao estar a atacar historiadores, e acho que percebeste muito bem o contexto do que escrevi, era logico que os nativos ja la estavam (nao por muito, diga-se, pq q a zona era inospita na altura). Eu so te estou a dizer que nao so la chegamos primeiro, como desenvolvemos lacos com os locais e os nativos tambem:

Portuguese Exploration along the Northeast Coast of North America

During the first quarter of the sixteenth century, Portuguese sailors were active in exploring and exploiting the cod fisheries found in the North Atlantic and along the northeast coast of North America. Possibly the first of these was the Azorean sailor João Fernandes, who was known by his rank, lavrador (i.e., small landowner or peasant). In 1499 and again during the next few years, he joined with several Bristol merchants in sailing to Greenland and possibly Labrador (which bears his name). In 1500 and 1501, Gaspar Corte-Real and his brother Miguel, members of the Portuguese royal household, sailed to Greenland, Labrador, and possibly Newfoundland, which was subsequently labeled “Terra del Rey de Portuguall” on several early maps. During the next twenty years, there is scattered evidence to suggest that Portuguese fishermen were also visiting the Grand Banks and the coastal waters of Newfoundland to exploit the cod (bacalhau ) fisheries. Around 1520, a Portuguese nobleman, João Álvares Fagundes, explored the southern coast of Newfoundland and may have reached the mouth of the St. Lawrence River and the Nova Scotia coast. Four years later, Estêvão Gomes traveled north from Santiago de Cuba, where he reloaded provisions, up the coast of Florida to Newfoundland. Gomes, who was a native of Porto in northern Portugal, had served as a pilot for Fernão de Magalhães in 1519.

Although few detailed accounts or maps have survived from these voyages, the accomplishments were incorporated into several early sixteenth-century maps including a 1529 world map prepared for the Spanish crown by Diogo Ribeiro. Portuguese by birth, Ribeiro was responsible for revising and updating the official world map (padron real) as news of discoveries was received. Because only two copies of the Ribeiro map are extant, a tracing of the western hemisphere portion made by the nineteenth-century German historical geographer Johann Georg Kohl from the original copy in Weimar, Germany, is displayed here. Documenting the Portuguese discoveries in the North Atlantic are several prominently displayed place names – “Tierra del Labrador,” “Tierra de los Bacallaos” (actually listed as “Tierra Nueva de los Bacallaos” – the Newfoundland of the cod fisheries – on a 1532 map), and “Tierra de Estevan Gomez.”

Introduction - Portuguese Origins in the United States: A Guide to Local History and Genealogy Sources - Research Guides at Library of Congress.

Como poderas ler, ate o nome Labrador se deve ao navegador tuga Joao Dias, cuja alcunha era o Lavrador… Estao la monumentos acerca da relacao dos portugueses, nao so dos grandes barcos, como de pescadores de bacalhau tambem, acho que e ensinado nas escolas do Canada tambem, nao tenho a certeza, mas acho que sim.

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È um pena os Vikings não terem hábitos de escrita, as runas deles também não são muito estudadas, assim saberíamos onde os homens estiveram…

Têm pois, são as famosas sagas nórdicas.

Descobriram-se artefactos e até moedas que só os vikings usavam por lá, ainda por cima algumas com runas.

O Capitalismo nem sempre existiu, mas é um sistema que passou a existir a partir dos escombros do feudalismo, tendo se consolidado a partir da Revolução Industrial. Ele caracteriza-se por ser uma sociedade complexa, que não representa a sua abstração jurídica, seja na forma da esfera de consumo ou da superestrutura, mas sim que se revela através das características práticas, da qual “escravizam um homem sem ele saber”, através da constante briga e troca de poderes, e da coercitividades político econômica. Mais valia, trabalho assalariado, condicionamento de consumo, democracia burguesa, impostos, horas extras, divisão do trabalho são algumas das formas que o sistema capitalista te explora sem a maioria perceber, na dialética marxista.

Marx definia a relação das forças produtivas e o abstrato, ou seja, a totalidade do Capitalismo, como uma “via de mão dupla”. Para isso, dividiu, de forma analítica, a sociedade em dois níveis. O primeiro é a infraestrutura, que constitui a base fundamental da economia, com a relação do proprietário e não proprietário, e entre o não proprietário e os meios e objetos do trabalho. Ou seja, a infraestrutura é a economia em si.

Já o segundo nível é a superestrutura, que consiste na camada político ideológica, e é constituído pela estrutura jurídico política, representada pelo Estado e pelo direito, e a estrutura ideológica, referente às formas de consciência social, tais como a religião, a educação, a filosofia, a ciência, a arte e as leis.

A infraestrutura e a superestrutura, ou o concreto e o abstrato vão se influenciar para trazer uma ideia de qualidade para a primeira. Ou seja, a ideologia e o estado vão se moldar para aperfeiçoar as relações econômicas, ou, a noção de realidade é feita para trazer mais “conforto” para o homem, e para o manter inerte frente a essas explorações e injustiças que ,quando não são indiretas, a CS e a conformidade da sociedade tende a normalizar, como se fosse algo natural é imutável, quase como um plano divino.

Tendo em vista que as forças produtivas têm interesses difusos na economia, elas vão disputar o controle da noção de realidade, ou, tentar alterar, a seu modo, o controle da abstração, e do próprio funcionamento da infraestrutura. Um exemplo disso é a taxa de juros, que é apenas um número gerado pelo Banco Central, em outras palavras, uma abstração da superestrutura.

Trabalhadores e empresários vão desejar uma taxa de juros menor, enquanto banqueiros vão desejar uma taxa de juros maior. Para isso, vão usar argumentos como inflação e desemprego.

Pela dialética marxista, ao contrário da hegeliana, ganhará essa batalha quem tiver mais força, seja coercitiva, económica ou política, quem conhece o conceito de luta de classes sabe do que se está a falar. Numa sociedade baseada em classes diferentes, com interesses sócio econômicos e ideológicos diferentes, tais interesses entram em constante contradição, que se manifesta em vários planos diferentes e que leva a história a frente. E é aqui que o Estado tem o seu papel como um dos sustentadores do Capitalismo, desde o legitimador da propriedade privada dos meios de produção, mantenedor da superestrutura, coercitividade política, e mantenedor da ordem de uma sociedade em constante briga política por interesses divergentes. Ou seja, como o principal conciliador dessas constantes contradições.

O Estado atual surgiu, como explica Lenin ,para dar sustento a tudo isso, e manter essa dialética e fluxo entre a abstração e a realidade, em favorecimento a uma classe em especial.

Com essa abstração, as coisas nunca são como parecem ser, mas ficam apenas no papel. Basicamente, o Capitalismo é uma sociedade complexa que se baseia nesse intenso jogo de poderes, da qual o Estado tem o seu papel importante, e que se pauta em coisas como:trabalho assalariado, intenso desenvolvimento tecnológico, divisão de classes, alienação, divisão do trabalho, propriedade privada dos meios de produção. Feitas essas condições, desenvolvem-se as contradições e realidades, crises, características típicas da sociedade capitalista, e da qual o Estado ajuda a manter, quando o sistema está prestes a quebrar por suas próprias contradições.

Já os austrolibertários interpretam as coisas de uma forma diferente.

Eles veem as relações de forma individual, e do individual entre o objeto. O Capitalismo seria então, apenas uma ordem natural, baseada em trocas livres e espontâneas dos indivíduos, para outros indivíduos, em condições que propiciem isso. O que Marx chamava de “Esfera de Trocas/Esfera do Consumo” (e que para o marxismo é apenas uma parte, a superfície do Capitalismo, pois o buraco é mais profundo), os austrolibertários enxergam o Capitalismo pleno, como sistema em si.

Filosoficamente, ligam-se a questão da propriedade e liberdade, já que é a única garantia para que o Capitalismo (como trocas livres) exista, logo, não há necessidade do Estado para eles.

Há ainda liberais que definem o Capitalismo como qualquer sistema onde há acúmulo de capital, o que levaria a crer que qualquer sistema (incluindo o socialismo) seriam teria um pano de fundo de Capitalismo, mas não um pleno ou real.

As duas visões levam a crer que o Capitalismo sempre existiu, e que ele é natural ao ser humano. Essa asserção, é claro, é ahistórica. O Capitalismo, e a própria economia (mais especificamente o que entendemos como mercado hoje, ainda mais em níveis tão integrados globalmente como os atuais) nem sempre existiu, nem a monetização (não tem nem 400 anos), mercado consumidor interno, a prática de juros, economia política e etc, ela passa a existir através de um determinado ponto da capacidade e intervenção humana. Ela necessita desta para existir, logo, segue os mesmos limitadores e escopos que esta segue. Ela é uma construção social, não uma lei natural embora alguns tratem como se o mercado fosse alguma espécie de ser divino transcendental.

Não há nenhuma sociedade não estatal em que se pratica o puro capitalismo. Nunca houve algum antropólogo que tenha achado alguma tribo “primitiva” “capitalista”. Não existe. Porque o capitalismo depende de estruturas definidas e não naturais, um mercado impessoal, o mercado como uma instituição que passa a existir, e não que tenha sempre existido como se fosse algo já pronto.

Porém, em qualquer sociedade humana pré estado, o mercado interno, praticamente inexiste, e mesmo o mercado externo, importante pra se adquirir mercadorias estrangeiras que não existem dentro daquela sociedade, mesmo sendo bem antigo, nem sempre existiu.

Toda a economia interna se baseia nas relações e integrações humanas, na tradição, na cultura e está incrustada nas outras instituições sociais. Valores morais e religiosos irão ditar a economia, querendo ou não. O caso da igreja católica e a usura é um exemplo disso. Dificilmente alguém que não pense na sociedade antes de si mesmo iria ser aceito no grupo. E isso seguiu assim até o advento do estado moderno, a criação do indivíduo no século XVI e do liberalismo logo após.

Dizer que o indivíduo é egoísta por natureza, também é uma visão ahistorica. O homem é um produto do seu meio, não coordenado ou determinado por desejos ou aspirações já inerentes, no máximo sobrevivência para si e a espécie, que é o instinto, apenas o básico que está programado no nosso comportamento, para sobreviver. Obviamente, num meio que privilegia e incentiva o individualismo, como a sociedade capitalista, o egoísmo se torna natural.

Nunca se vai achar tribos primitivas, onde já havia uma natureza egoísta e individualista do ser humano, na antropologia.

Por outro lado, essa visão é também contraditória, o que é uma má noticia aos liberais. Se o homem é egoísta, por qual motivo ele deveria libertar sua essência, deixá-la solta? Seria isso moral?

E por qual motivo o Estado, que é um conjunto de homens igualmente egoístas, poderia dar conta de segurar o “homem mau”? Aqui já começamos a notar as contradições da filosofia burguesa. Ela não foi feita realmente para estar certa, mas tão somente para legitimar a hegemonia da classe dominante, e sua propriedade e ideologia. Não atoa, o Estado moderno teve suas características dissertadas e criadas através de autores e filósofos liberais e burgueses, como Locke e o Adam Smith.

É sempre bom lembrar que a raça humana tem 2,5 milhões de anos, o homo sapiens tem 200 mil, o homo sapiens sapiens tem 70.000 e a ideia do indivíduo ser mais importante que a sociedade só tem 300 no máximo.

Enquanto isso, a visão marxista tem uma visão histórica do começo do Capitalismo (pós revoluções burguesas, com seu estabelecimento pleno a partir da revolução industrial), como ele agiria realmente na prática através da influência de poderes, além de uma abordagem materialista, não só filosófica ou ético jurídica.

Porem, analisando de uma certa forma, os austrolibertários estão certos. Na verdade, o certo é afirmar que “não estão totalmente errados”. Estão certos e ao mesmo tempo não estão. Sim, isso é possível. No capitalismo, como uma sociedade formada por categorias sociais contraditórias em si, é possível estar certo e errado sobre algo ao mesmo tempo.

No capitalismo, ao contrário das outras formas sociais, ninguém está submetido à dominação direta, pessoal. Não há um senhor de terras que é praticamente teu dono e que exerce a coerção política e econômica ao mesmo tempo. No capitalismo, a vontade dos que não possuem meios de produção não é propriamente a vontade, e nem está submetida à vontade do patrão. No escravismo, a vontade do escravo é a vontade do senhor.

No feudalismo, a vontade do servo está totalmente submetida à vontade do senhor. Juridicamente, no capitalismo, somos todos sujeitos de direito de vontade livre. A nossa vontade não está submetida à vontade de ninguém (apesar de estar submetida a princípios abstratos).

Legalmente, ninguém está submetido à vontade de ninguém. E isso é verdade. Mas isso, diz
respeito apenas à esfera de circulação. Nessa esfera, como dizia o velho Marx, cada um é livre para vender o que é seu em iguais condições jurídicas. Lembram — se daquele formalismo de que somos todos iguais? É verdade. Perante a lei somos todos iguais, mesmo que alguns possam contratar 600 advogados e outros nem com a defensoria pública possam contar. É ideológico toda aquela posição que reduz tudo ao reino superficial da circulação de mercadoria, pois não olha para as condições concretas das pessoas.

Formalmente somos todos livres em vontade e iguais. Mas concretamente estamos todos submetidos à fome, frio, sofrimento, doenças, necessidades naturais. E, depois que o contrato de trabalho é assinado, o trabalhador passa a estar submetido ao reino do trabalho abstrato, comandado por um tempo abstrato onde cada um deve gastar sua energia para gerar valor ou realizar o valor gerado. Nesse Reino da produção reina a hierarquia, desigualdade, voluntarismo do patrão. Reina a alienação. Por detrás do Jardim do Éden da circulação, está a desigualdade e injustiça da produção, e para esse reino quase ninguém ousa olhar.

Então, formalmente, o Capitalismo enquanto “trocas livres” está certo. Concretamente, errado.

Há uma pura abstração da realidade social quando se fala do Capitalismo com tanto teor voluntarista. É necessário que existam pobres e miseráveis, que vendam sua força de trabalho em troca de uma chance de sobreviver. Num mundo globalizado e interligado como no capitalismo moderno, isso é a base que o mantém. A realidade é o bastante para mostrar que, boa parte do Capitalismo, não é nada voluntário em sua base fundamental. Se o for, pessoas que estão sendo assaltadas também estão apenas submetidas a uma troca voluntária, a uma relação de igualdade, já que elas têm a opção de serem mortas se não quiserem colaborar. O mesmo acontece com a classe proletária que se recusa a vender sua força de trabalho em troca de sobrevivência. Há uma grande diferença sobre como as coisas deveriam funcionar na teoria, e da parede de concreto que é a realidade.

Apesar de haver um discurso de que somos todos livres, de que a liberdade de um começa onde termina a do outro, essas coisas também entram em choque com a realidade. Isso não é feito por acaso, mas é algo calculado e sistemático, como becos sem saída. Somos todos livres formalmente, mesmo que a maioria não possa usar essa liberdade formal para ir passear em Paris a hora que der na sua telha, ao contrário de alguns poucos. É um exemplo claro de que as coisas não correspondem ao que está posto na teoria, um exemplo um tanto exagerado, mas de como a liberdade jurídica prometida a todos é reduzida a pó pelos fatos concretos. Não há nem como se falar de que essa igualdade jurídica seria “igualdade de oportunidades”, e não de “resultados”. A começar pelo fato de ninguém ter igualdade de oportunidades, e de os resultados de alguns são ganhos justamente pela maioria não ter as mesmas oportunidades, não por algum tipo de meritocracia ou algo do tipo.

Como o próprio Hayek admitia, não somos, formalmente, submetidos às vontades uns dos outros no capitalismo, mas somos todos submetidos a um princípio abstrato: o dinheiro que faz mais dinheiro. A dominação no capitalismo é abstrata e não pessoal. Capital, Direito,
Estado, Dinheiro. Todos princípios abstratos que dominam a vontade de todos. Como diz Moishe Postone, a dominação no capitalismo não se dá entre pessoas diretamente, mas indiretamente por meio de estruturas abstratas. Max Weber e Marx entenderam isso perfeitamente.

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Nenhum animal visa a sobrevivência da sua espécie, apenas do seu grupo, de familiares, e reproduzir-se passando os seus genes. A Etologia vem demonstrando que a herança natural dos animais e do homem claro é bem mais vasta do que “o básico”…, de tal modo que já foi acusada de “oferecer as bases pseudocientíficas ao regime burguês” pelo pretenso “socialismo científico” que não se conforma com um homem tão pré-programado em vez de um mera “tábula-rasa” ou quase…, território, hierarquia, conflito, cooperação… Mas por necessidades de cooperação e utilizando a sua razão o homem teve necessidade de inventar as religiões, as democracias, os direitos do homem, o capitalismo, a liberdade, a igualdade, o dinheiro, etc… Não importa que não sejam verdades naturais, mas sim que funcionem em prol das sociedades e dos indivíduos (já que todos são diferentes uns dos outros).

O FIM DO HOMO SAPIENS - HISTÓRIA DO FUTURO

O mito de Frankenstein confronta o Homo Sapiens com o facto de que os dias do fim estão a aproximar-se rapidamente. A menos que um desastre nuclear ou uma catástrofe ecológica nos destruam primeiro, o avanço tecnológico irá, em breve, levar à substituição do Homo Sapiens por seres completamente diferentes… não só transformações tecnológicas e organizacionais, com também transformações fundamentais na consciência e na identidade humanas.

… a questão do melhoramento humano faz esquecer os debates que preocupam presentemente políticos, filósofos, académicos e pessoas comuns. No fim de contas, o debate atual entre religiões, ideologias, nações e classes irá, provavelmente, desaparecer com o Homo Sapiens. Se os nossos sucessores agirem, de facto, a um nível de consciência diferente parece duvidoso que o cristianismo ou o islão sejam do seu interesse, ou que a organização social possa ser comunista ou capitalista…

… é ingénuo pensar que podemos simplesmente parar por completo os projetos científicos que estão a melhorar o Homo Sapiens e a transformá-lo numa espécie de ser completamente diferente, pois estes projetos estão inextrincavelmente fundidos com a procura da imortalidade.

Yuval Noah Harari

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Muito bom , certamente uma evolução do WW2 Behind Close Doors.

O de cima é o 1º episódio da 2ª season.

O 1º episódio da 1ª season é este :

https://www.dailymotion.com/video/x7v4l90

Na procura , encontrei este que tambem parece muito bom.

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