Não sei porquê, essa expressão leva-me para o Abominável Homem das Neves; o Monstro do Loch Ness; o Yeti Americano ou lá que é… Ainda fico mais desconfiado…
Sim, é verdade que faz muito lembrar isso.
Era importante ter acesso aos relatos (quem os fez, em que contexto, tradução) para perceber o seu significado e averiguar a sua credibilidade.
Pode ser apenas má interpretação linguística devido à inexistência de um termo inapropriado. Por exemplo, nos relatos da antiguidade clássica, os macacos encontrados na Índia pelas tropas de Alexandre eram descritos como “pequenos homens”. No sudeste asiático, a palavra orangotango deriva de uma expressão nativa que significa literalmente “homem da floresta”.
Mas se ainda houver anões na ilha das Flores, é apenas uma questão de tempo até alguém os localizar.
Tambem fala-se na mesma coisa na parte da India que está a norte e leste do Bengladesh. É uma zona muita remota com pouco acessibilidades.
Parece muito implausível que nessa zona do mundo hajam outras espécies de humanos nunca antes encontradas. Num arquipélago remoto e pouco explorado ainda acredito agora numa zona dessas dont buy it
O verdadeiro Hino do Sporting foi uma composição tornada pública em 1956, por ocasião das celebrações do primeiro Cinquentenário do Sporting.
A letra foi escrita por Ramiro Guedes de Campos e a música composta pelo Maestro Flaviano Rodrigues. A letra original é a seguinte:
(em 1990, a letra seria deturpada numa nova versão desprovida da grandeza do original) .
“ Marchando ao Sol, entre vivas e palmas,
E verdes ondas, bandeiras - mais e mais!..
O Sporting surge! E cinquenta mil almas
No Estádio bradam ovações triunfais!
É verde a Esperança! É assim o Emblema
Que o povo tem sobre o peito, a palpitar!
Ser «leão» rampante é a honra suprema
Em Portugal d’Aquém e d’Além-Mar!
Lutai! Lutai! Lutai como leões!
Erguei-vos como fachos a arder!
Fazei vibrar os nossos corações!
A Esperança nos diz: - «Vencer! Vencer!»
«Leões»! «Leões»! Fazei que em vós assome
A Glória num clarão imortal!
Lembrai que tendes no nome
Este nome - PORTUGAL!!! ”
— Letra: Ramiro Guedes de Campos; Música: Maestro Flaviano Rodrigues
(vd. Enciclopédia Fundamental do SPORTING, José Goulão, edição de 2007, pg 125)
Sporting até morrer…e até depois de morrer!!!: Hinos do Sporting (sportingsamadm.blogspot.com)
Alfredo Augusto das Neves Holtreman
6 de Abril de 1837 - 7 de Junho de 1920
Parece que tive uma “epifania” súbita que me fez levantar a questão seguinte:
Era o Visconde de Alvalade um Holtreman efetivamente descendente do ramo desta família histórica que entrou em Portugal na pessoa do escudeiro Jean Houltreman (ou d’Oultreman) no reinado de Filipe III ?
Ou o apelido Holtreman entrou por outra via na sua família que não a descendência direta da família histórica por assim dizer?
Comecei a combinar estas entradas na Wikipédia, no tocante à origem do apelido na família do Visconde:
Holtreman – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Bartolomeu Nunes Holtreman – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
António Holtreman – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
(Alfredo Holtreman, Visconde de Alvalade – Wikipédia, a enciclopédia livre)
Visconde de Alvalade | Wiki Sporting
Reparem, há uma única referência, sem qualquer desenvolvimento, assinalando que Bartolomeu Nunes Holtreman era primo de Manuel Ribeiro Holtreman (este si antepassado do Visconde), o que, na eventualidade de ser verdade, não basta para concluir que o era pelo lado Holtreman.
Em diversos textos, o que fica evidente é que esse Bartolomeu Nunes Holtreman foi testemunha de casamento dos pais de Manuel Ribeiro Holtreman (José Ribeiro da Costa e de Maria Joaquina Anacleta Lopes) e que depois foi padrinho de Manuel Ribeiro… Havendo um texto que refere que (como era então aceitável) o padrinho passou o seu apelido a Manuel Ribeiro agora também Holtreman.
Se a ligação entre primos for verdadeira e for também pelo apelido Holtreman, então o Visconde descende, por uma qualquer via, da família histórica desse apelido… Senão, é mais um dos incontáveis e comuns casos em que um apelido entra numa família por um padrinho de batismo mais ou menos recuado e não por “sangue” por assim dizer.
Também vi a entrada “Holtreman Roquette, dos viscondes de Alvalade” na obra “Anuário da Nobreza de Portugal” III, tomo II, 1985, pg. 1021…, onde nada se diz sobre ligação histórica à família Holtreman e apenas que Bartolomeu Nunes Holtreman foi padrinho de Manuel Ribeiro.
Sabe-se que, à época da Restauração, o apelido Holtreman foi substituído pelo de Nunes que vinha por via feminina e que foi Bartolomeu Nunes Holtreman quem o restaurou, mas esse apelido Nunes não parece ocorrer nos antepassados de Manuel Ribeiro, que são Baltasar Lourenço e Cecília da Costa (os mais antigos conhecidos, parece).
Logo, fica a questão: Era o Visconde de Alvalade descendente da família antiga dos Holtreman ou este apelido apenas derivou de um padrinho recuado?
Curiosamente, uma vez Visconde, Alfredo Augusto decidiu criar e usar um brasão de facto inspirado no dos Holtreman…, mas não o dos Holtreman (não pediu oficialmente uma carta-de-armas, ou seja usava o que muito bem quis a título oficioso).
O que vos parece? Alguém tem dados mais esclarecedores?
Se for preciso posso pesquisar nos registos de baptismos e casamentos para confirmar.
Para já encontrei o seguinte que mostra que o apelido só ficou pelo baptismo:
Holtreman Roquette
Família descendente de Baltazar Lourenço e de sua mulher Cecília da Costa cujo filho José Ribeiro da Csota foi escrivão de um dos ofícios do juízo dos órfãos do termo da cidade de Lisboa, tendo n. na freg. de S. Julião, Lisboa, a 27.2.1735 e c. na freg. de S. José, a 24.12.1757, com Maria-Joaquina-Anacleta Lopes, filha de José Lopes e mulher Maria-da-Rosa (sendo testemunha Bartolomeu Nunes Holtremant, cav. da o. de Cristo, etc.). José Ribeiro da Costa, que foi cavaleiro da o. de Santiago (7.9.1798), teve de sua mulher a Manuel Ribeiro Holtreman, sucessor a seu pai no dito cargo e também cavaleiro da o. de Santiago (11.5.1798), que n. na freg. da Pena, Lisboa, a 8.4.1760 (sendo afilhado do citado Bartolomeu N. Holtremant) e c. na freg. de S. José, Lisboa, a 23.12.1802, com D. Narciza-Perpétua de Oliveira e Seabra, que n. na freg. das Mercês, Lisboa, a 7.9.1774, filha de Pedro Correia de Seabra, sargento-mór da praça do Cacheu (Guiné), etc., e mulher D. Antónia-Joaquina Ferreira de Oliveira. Daquele casal foi filho o dr. António-Maria Ribeiro da Costa Holtreman, bacharel formado em Leis e Cânones (U.C.), conhecido advogado e político liberal, tendo sido secretário do governo civil de Santarém, deputado por Alenquer (1851), etc., grande proprietário, que n. na freg. de S. José, Lisboa, a 18.8.1812 e f. a 12.4.1890, tendo do seu 2º c. (na freg. de S. Pedro, Coimbra, a 4.6.1836) com D. Libânia-Augusta das Neves e Mello, vários filhos. …
É exatamente o que escreveste e eu também vi…, o que me faz “confusão” é que se tenha escrito tanta genealogia nas cinco entradas que referi (que podes abrir pelas ligações) e mais a entrada no anuário que referes, e ninguém se tenha dado ao trabalho genealógico de apurar se o Manuel Ribeiro Holtreman também era Holtreman de família (embora tivessem deixado cair o apelido) ou se apenas o recebeu através do seu padrinho Bartolomeu Nunes Holtreman que tinha resolvido restaurar em si próprio este apelido, porquanto deriva efetivamente de Holtreman que tinham deixado cair esse apelido.
Se leres as ligações que apresentei, verás que umas dizem Manuel Ribeiro recebeu o apelido Holtreman do seu padrinho de batismo Bartolomeu e mais nada (o que dá a entender que não seria Holtreman); outros dizem que efetivamente assim foi mas que Bartolomeu e Manuel eram primos (o que abre a possibilidade de Manuel também ser Holtreman, e o apelido embora dado pelo padrinho Bartolomeu também equivaler a uma restauração legítima na pessoa do Manuel, como fez Bartolomeu, só que não sabemos se a via pela qual seriam primos, se o eram de facto, era realmente a via Holtreman); por fim há ligações que dizem taxativamente que o Visconde era de ascendência Holtreman, tudo certo, mas essa afirmação verdadeira refere-se apenas a descender de Manuel Ribeiro Holtreman ou refere-se a descender dos Holtreman antigos por assim dizer?
Com tanto estudo genealógico nesses textos, parece que esse ponto não terá sido investigado por ninguém… Se assim for, há uma investigação genealógica interessante a fazer sobre se e como, ou não, o Visconde entronca nos antigos Holtreman.
Bartolomeu era de facto primo de Manuel? Há Nunes na ascendência de Manuel? (estes eram Holtreman). Em caso afirmativo, a ligação ascendente era por gente Holtreman que tinha largado o apelido ou por via de casamentos com terceiros? Uma solução definitiva até dava um pequeno artigo histórico.
Sendo assim vou pesquisar nos registos de batismos e casamentos das paroquias para tirar as duvidas.
Ainda bem o que pus já tem dados, nomes, datas e freguesias. Já é meio caminho andado.
Para mim isso poderá ser que o Bartolomeu podia ser cunhado de alguns irmãos ou irmãs que deram origem aos tais dois primos. Como tambem pode ser uma cortesia por ser padrinho para repor o apelido.
@Sérgio_Sodré Isso está complicado pelos registos de baptismos. José Ribeiro da Costa nasceu em 1737 na freguesia de São Julião em Lisboa, mas só há registos disponiveis de 1755 em diante. Suponho que os livros anteriores a 1755 estejam ainda por digitalizar. Esse José teve como padrinho de casamento o Bartolomeu Nunes Holtreman.
Junto aqui o registo de baptismo de Manuel Ribeiro Holtreman, filho de José Ribeiro da Costa e teve tambem como padrinho, mas de baptismo, o Bartolomeu Nunes Holtreman:
Nessa altura os registos de batismos em Lisboa só indicavam o dia de batismo, os pais e o padrinho. Até no sec XIX é igual. Eu ao fazer pesquisas na minha familia no distrito de Coimbra e Castelo Branco, indicam os pais, avós e os padrinhos, sendo muito mais completo que em Lisboa.
Talvez os livros sobre a nobreza podem ter mais pistas.
O anuário que transcreveste já apresenta pormenores sobre os pais desse José Ribeiro da Costa, um tal Baltazar Lourenço e uma Cecília da Costa. Alguém terá já apurado isso. Agora a questão é se esse Baltazar Lourenço, ou então a sua mulher Cecília da Costa, era realmente descendente dos Holtreman mas não usava esse apelido (à primeira vista, não parece)… É que um deles deveria ser Nunes de apelido, porquanto o primeiro Holtreman, Jean Houltreman, estabeleceu-se e casou com Ana Antónia Nunes, e quando largam o Holtreman mantêm o Nunes.
Nota que o filho do casal segue o apelido da mãe (Costa), José Ribeiro Costa. Se o pai Baltazar Lourenço fosse Nunes era provável que passasse esse apelido ao filho José Ribeiro… Isso não aconteceu.
Ora, Esse José Ribeiro da Costa parece que também não casou com uma Nunes, pois a sua mulher era Maria Lopes, filha de um tal José Lopes. Nada parece haver que relacione com Holtreman…, mas de repente aparece um Holtreman, Bartolomeu Nunes Holtreman, como testemunha de casamento de José Ribeiro da Costa… Qual a relação? Apenas um amigo que depois é convidado para padrinho do filho de José Ribeiro da Costa? É o que parece, assim sem mais nada… Só que há um texto, dos que eu referi, que diz que era primo do afilhado…, mas qual a credibilidade? Uma fantasia criada nas gerações seguintes para “justificar” que o visconde era Holtreman dos antigos?
Não sei, mas o que me “cheira” é que não seriam familiares… Quando o anuário fala de um primeiro antepassado conhecido apenas como Baltazar Lourenço é porque não teria apelido conhecido e daí passar o da mulher (Costa) ao filho. Houve a honestidade de não escrever no dito anuário que os Holtreman Roquette do Visconde eram Holtreman de origem…, se o fossem não deixariam de dizer isso no anuário.
Estou também a refletir enquanto escrevo… A minha conclusão seria a de que o Visconde não era Holtreman dos antigos, enquanto não houver provas em contrário, ou seja que apareça ao menos um Nunes antepassado comum entre padrinho e afilhado.
Voltei atrás e o texto que refere os “primos” é apenas este: O nome Holtreman voltou a ser recuperado já no sec. XVIII por Bartolomeu Nunes Holtreman, cavaleiro da Ordem de Cristo e pelo seu primo - e afilhado - Manuel Ribeiro Holtreman, cavaleiro da Ordem de Santiago… está em Holtreman – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Sim, é isso. Eu costumo passar ferias numa pequenissima aldeia, tem menos de 50 habitantes. No verão juntam-se mais gente. Há uma familia com origem local e perto que estão no Porto e tem o apelido de Lencastre, mas não tem nada a ver com a familia Lencastre porque apropriou-se do apelido. Era normal que alguem apropriava-se de um apelido ou pedia a alguem para o dar em algum baptismo, claro que deviam ser conhecidos e talvez muito proximos.
Sendo Bartolomeu, supostamente, primo do afilhado, logo um dos avós seria comum e isso não se verifique. A não ser que um dos pais de Bartolomeu seja cunhado de alguem na outra familia. Para já não há descrição da existencia de irmãos dos pais e avós de bartolomeu e Manuel Ribeiro, porque aí poderá haver uma ligação.
Tambem não sabemos o grau de serem primos, se são directos ou mais afastados, porque é normal as vezes chamar de primos aos que estão em terceiro grau.
Posso pesquisar do lado de Bartolomeu se há irmãos dos pais e avós e seus conjugues, mas na outra familia vai ser mais dificil porque a freguesia de São Julião limita a pesquisa, a não ser que tem origem numa outra freguesia com resgistos acessiveis e mais antigos.
Em Lisboa há alguns registos de freguesias que começam no fim do sec XVI, a maioria começam no principio do sec XVII. Devido ao maior numero de baptimos, casamentos e obitos, a descrição é menos pormenorizada e dificulta a pesquisa.
Agora descobri a razão de não haver registos anteriores ao ano de 1755 para a feguesia de São Julião em Lisboa. Pensei que podia ter sido formada no ano de 1755, mas lembrei-me logo nesse ano em particular e o… terramoto. Agora confirmei vendo que há outras freguesias com registos desde 1755 e 1756 em diante. Só no caso das freguesias na baixa e não foram todas.
Incrível de pensar como antes as pessoas viviam num mundo em que a informação não só era tão facilmente perdível para sempre como provavelmente nem 1% da população sabia que existia.
Isso dava um grande script.
Incluindo a documentação que foi deliberadamente destruída ou alterada, ao longo dos séculos, por terceiros no poder nisso interessados.
Estive de manhã no Museu Nacional de Arte Antiga e pude ver os painéis de S. Vicente em restauro com a explicação das descobertas até ao momento.
É de notar que o cavaleiro ajoelhado (que alguns pretendem que seja o verdadeiro Infante D. Henrique) foi concebido originalmente de forma completamente diferente e com elmo semelhante ao do cavaleiro mais recuado que está de pé (ou seja é altamente improvável que se pretendesse representar o Infante).
Também particularmente interessante é verificar que o Infante D. Henrique que hoje aparece com as mãos postas em oração, originalmente foi concebido a abraçar o jovem à sua esquerda,(que originalmente era mais pequeno e novo), o que permite a interpretação de que o jovem original não era o futuro D. João II mas sim D. Fernando, filho adotivo do Infante D. Henrique e seu herdeiro, irmão do rei d. Afonso V, duque de Beja, e depois de Viseu e governador da Ordem de Cristo por herança do Infante.
Painéis de S. Vicente — A casa do restauro | PÚBLICO (publico.pt)