Defendo 1 sócio 1 voto, por uma questão de igualdade, democracia e justeza, para evitar manipulações defendo um período de carência de 3 a 5 anos sem possibilidade de voto em eleições ou Assembleias Gerais, todos os restantes privilégios devem existir desde o momento de inscrição! :arrow:
Vim ver este tópico completamente em desacordo com a ideia de 1 sócio - 1 voto… mas depois de ler a introdução do Paracelsos confesso que cheguei a ficar na dúvida, mas mesmo assim, considerado bem o caso, penso que uma redução das diferenças de voto seria o maximo que fazia. No entando achei bastante interessante a ideia do periodo de 3 anos do novo sócio para poder votar, isto no caso de 1 sócio-1 voto, pois acredito que haja um medo, uma desconfiança, em virem logo um bando com “intenções duvidosas” convocar AG’s e votar nisto e naquilo , nuns casos por maldade , noutros casos por ignorancia e falta de vida, digamos assim, falta de experiencia… Outro dos argumentos que me levaram a pensar duas vezes é a constatação de que realmente todos pagam o mesmo ( a partir do momento que podem votar) e daí todos poderem ter o mesmo voto. Mas confesso que é um assunto dificil de analisar, e daí que uma redução nas diferenças seria a minha escolha…afinal, todos passam pela mesma fase, pois os mais novos que tenham poucos votos hoje, serão os mais velhos que têm mais votos no futuro…
[font=tahoma]Isso deve ser reinação, ou ironia, ou então enganaste-te no que querias escrever.
Bem, esta é a enésima discussão em torno deste tema, e acho que se devia fundir com pelo menos a que está a decorrer neste momento, em http://www.forumscp.com/index.php?topic=21194.140, para não se ter que, como vou fazer a seguir, repetir exaustivamente os argumentos invocados em todas as anteriores…
Como sempre tenho dito, o actual sistema de votação está desajustado da realidade, mas algumas das razões que levaram ao aparecimento do mesmo ainda subsistem, mesmo que parcialmente.
Tem em conta a realidade (e não a ficção), acho que é muito bonito discutir-se o assunto, mas convém não perder de vista a problemática da eventual concretização de qualquer alteração.
(E isto dando de barato a quantidade de intervenientes nas discussões que nem sócios são…)
Por uma questão de puro realismo, tenho defendido um modelo de transição, faseado. Só assim acredito que alguma vez se possa alterar o sistema em vigor. A não ser que alguém me explique através de que milagre haverá maiorias suficientes para convocar uma AG para revisão dos Estatutos, e aprovar a alteração na mesma, sabendo-se que a maioria dos sócios com muitos votos será contra a alteração, e que os votos desses sócios são mais do que suficientes para a impedir, acredito que só através duma transição faseado se conseguirá alguma vez alterar o actual sistema.
Essa transição faseada passaria pela diminuição do acréscimo de votos por cada dez anos de filiação, numa primeira fase de três para dois, numa segunda fase de dois para um, e eventualmente numa terceira fase pela supressão do acréscimo.
Reparem que a diminuição do acréscimo corresponderia a uma diminuição da «injustiça», pois a minoria que pode controlar todas as votações e eleições teria que alargar a sua base de sustentação para se manter vitoriosa, e que com o andar do tempo acabaria por deixar de o ser.
Doutro modo, não estou a ver os sócios mais antigos «largarem o osso»…[/font]
Se propusermos um sistema de transição, então aí sim acredito que os sócios mais antigos não vão “largar o osso”, porque é visto como uma perda de privilégio. Mas se a proposta for 1 sócio 1 voto então talvez fiquem convencidos, porque isso é “aplanar” de uma só vez todos para o mesmo nível, não há cá uns mais que os outros, ou seja, uma questão de princípio e não de mais ou menos privilégios (mais ou menos votos). Mas para isso é preciso de facto que a maioria dos sócios esteja num daqueles dias em que recorrem aos seus princípios mais altruistas, admito que sim.
Seja como for, quando digo que não entendo as razões históricas estou a referir-me a nível da história da humanidade, não do Sporting… é que não conheço associação onde os votos de um sócio não correspondam à sua contribuição efectiva para a mesma.
É que estou convencido que a maioria não vê o aspecto histórico da questão, sobretudo a vertente económica.
Para todos os efeitos, o clube era então (e é, supostamente) uma associação, auto-suficiente (… hoje em dia …), e na altura era preciso angariar sócios para se auto-suportar (… hoje em dia …). Para aliciar os sócios a não a abandonar, descobriu-se essa forma de incentivar a fidelização.
Hoje roça o absurdo, por isso é necessário perceber como se chegou a ela.
Por isso tudo, só mesmo refutando uma a uma todas as razões possíveis e imaginárias (sobretudo estas!), é que se conseguirá alterar alguma coisa. De outro modo os sócios com mais votos não largarão o osso.
Não digo que a tua solução não seja a melhor, mas…
Dentre as razões que levará os mais antigos a temerem a igualdade de votos, e que convém desmistificar, contam-se muitas das já enumeradas nas diversas discussões, e convém «preparar a argumentação» (como quer que entendam isso) em relação a algumas, como os «excessos de juventude» (…), e sobretudo o «takeover hostil». Também chamo a atenção para eventuais «sentimentos de posse», relacionados com as somas dispendidas ao longo do tempo pelos sócios mais antigos…
Em relação aos «excessos de juventude», lembro que há sempre dois lados da mesma moeda, e que comportamentos como os que em tempos critiquei numa AG não contribuem para acalmar os mais receosos. Aliás, todo o extremar de posições a que se assistiu nas AGs no tempo de Franco e durante as eleições não ajudam a que os sócios mais antigos aceitem passar a ter o mesmo número de votos que os mais novos.
Entendo que a questão da igualdade dos votos tem –actualmente- mais a ver com o rejuvenescimento do clube, do que com a mera questão filosófica da igualdade. Por exemplo, uma das pessoas que mais votos tem, faz precisamente hoje 89 anos, e é sócio desde que nasceu…
Portanto, mais do que uma questão de princípio, a questão é mesmo como conseguir alterar o sistema actual, e não qual é o melhor sistema.
Paracelsus, tenho estado a pensar neste artigo.
Tem pontos onde convirjo e outros onde divirjo.
:mais: Em primeiro lugar, há que ressalvar a verdade que há na discriminação económica. Se cairmos somente na razão que dita a assiduidade no pagamento das quotas ser determinante para a importância que esse sócio deve ter, devemos por outro lado ter em conta que há muita gente que tem disponibilidade financeira para pagar quotas com 10 anos de antecipação se lhes apetecer. Outros Sportinguistas existem que terão dificuldade em canalizar 156€ por ano para uma causa que nas suas vidas será acessória face às suas precisões pessoais. Mas não será por isso que a persistência e o amor ao clube serão menores.
:mais: E porque é que um sócio ou adepto menos abastado não é menos importante que outro que paga bem para o clube? As provas vêm de cima: existem pessoas de topo que nunca falharam quotas e no entanto têm causado danos ao clube, ao contrário do Zé Médio que se esfola para dar apoio ao clube e muitas vezes fazer ver aos seus próximos que o Sporting não é um clube menor. Passa despercebido, é só mais um número no clube, mas é uma mais-valia anónima impagável.
:menos: No entanto o raciocínio do último parágrafo não está isento de falhas. Não há uma maneira objectiva de diferenciar quem são os bons e os maus sócios por “apalpação”. Em princípio, um sócio que paga as suas quotas durante 50 anos é já parte do património humano do clube, especialmente se estiver presente em todas as assembleias ou for um atleta com provas dadas. É lógico que faz sentido o Sócio-Atleta, por exemplo. E acho que este deve conservar este estatuto mesmo depois de jubilado.
:mais: :menos: Existem medos de que os sócios pára-quedistas possam servir de Cavalos-de-Tróia. É premente, é um medo válido. No entanto, quem esteja efectivamente interessado em estar bem infiltrado não terá qualquer problema em se manter filiado e pagar todas as suas quotas pelo tempo que for necessário. E isto é válido para um ou mais sócios. E aqui de facto a razão de se rever os poderes de voto de um sócio tem algum sentido.
:menos: Não podemos cair no medo de vermos inimigos em todo o lado. Arriscamo-nos a perverter uma coisa bem mais real e consentânea que é a Fidelização. Não existe nenhum estudo sobre quais serão as intenções de um sócio fidelizado, mas o senso comum aponta que serão, na maior parte dos casos, amor ao clube. Por isso deve haver uma certa consideração para com os sócios mais fiéis e persistentes.
:mais: :mais: No entanto há que considerar “outros pára-quedistas”, que são os associados desde nascença. Não tiveram qualquer palavra a dizer na sua filiação e de repente, com 30 anos e talvez pouco interesse ou até pouco apreço pelo clube, se apanham com 10 votos, enquanto alguém que ama o Sporting, porque foi o seu próprio coração e discernimento que o escolheu, decide, quando consegue alguma autonomia financeira, associar-se ao clube. Até porque muitos jovens com 14 ou 15 anos gostariam de o fazer mas jamais os pais deixariam por diversas razões.
:mais: :menos: Por tal acho que deve se revista a política de votações, sim. Eu próprio revi as minhas ideias na sequência deste artigo, porque quando começamos a aprofundar o raciocínio, temos uma visão mais aprofundada sobre as coisas. Mas não é a resistência humana à mudança que (pelo menos no meu caso) detém as pessoas. A razão concreta é: Está mal, mas para fazer pior, é melhor não mexer até se chegar a algo que seja realmente melhor sem margem para dúvidas. É essa a razão fundamental do conservadorismo humano: Precaução.
:arrow: Cheguei à conclusão que para acabar com as injustas diferenciações, independentemente da data de filiação, a acumulação de votos-extra por fidelização (a que propus foi de 1 voto extra por cada 5 anos, ou talvez 1 por cada 7 ou 8 ), só deve começar a partir dos 16 anos (ou 18?), pois é óbvio que aos 20 anos de idade nada justifica que a pessoa já tenha acumulado um poder de 7 votos, 7!
:arrow: Não faz sentido nenhum que, quando a consciência sobre o mundo ainda é básica, se esteja a acumular poder para usar mais tarde. Basicamente isto sim, é um estratagema de nepotismo. Os filhos são assim usados para darem continuidade ao poder hereditário dentro de um clube.
:arrow: Muitas destas pessoas contribuíram durante 20 anos para o clube? Não. Foram os pais a pagar as quotas. Estes sim, podem estar completamente alheados do clube e, incompreensivelmente durante a próxima década das suas vidas, serão 7 vezes mais valiosos que um verdadeiro Sportinguista que, ao conseguir finalmente associar-se aos 20 anos, olha e abraça o seu primeiro cartão como se fosse um pequeno tesouro.