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Sporting 5 - FC Porto 1

Martins faz o 4-1

Na época de 1952/53 o Sporting teve de se confrontar com alguns problemas inesperados como o abandono de Jesus Correia e a grave lesão de Travassos, entre outras pequenas maleitas que obrigaram a muitas mexidas na equipa, que mesmo assim chegou ao fim da 1ª volta do campeonato na liderança da tabela classificativa com 2 pontos de vantagem sobre o Belenenses e o Benfica, que eram precisamente os próximos adversários dos Leões.

Às vitórias por 4-2 nas Salésias e por 3-1 no Jamor, seguiu-se novo triunfo desta vez em Braga por 5-3 e o FC Porto passou a ser o rival mais próximo do Sporting, que tinha finalmente estabilizado a sua equipa, com Galileu no lugar de extremo direito, Albano na posição de interior esquerdo e Rola ou Mendonça como extremos esquerdos.

Depois de ter superado com distinção os testes anteriores, no dia 15 de Fevereiro de 1953 o Sporting recebeu o FC Porto que ocupava o 2º lugar da classificação a 3 pontos dos Leões, que estavam de luto carregado pela morte de Ribeiro Ferreira, em memória do qual se registou um minuto de silêncio antes desse decisivo jogo disputado num Estádio José Alvalade completamente cheio.

O Sporting entrou determinado com um Galileu verdadeiramente endiabrado e pouco depois dos 5 minutos de jogo, Eleutério cortou com a mão um cruzamento do extremo direito leonino, mas Albano falhou o correspondente penálti com um remate por cima da barra.

Não desanimaram os Leões e aos 22m o árbitro assinalou um livre perigoso à entrada da área portista, a punir um derrube de Correia a João Martins. Albano surpreendeu toda a defesa portista ao não tentar o remate à baliza, preferindo servir João Martins que se desmarcara pela direita e que perante a saída do desamparado Barrigana, aproveitou para meter a bola entre as pernas do guarda redes portista.

O empate chegou 6 minutos depois com um inesperado remate de Quim que de fora da área surpreendeu Carlos Gomes, mas o Sporting reagiu de pronto e aos 37m Caldeira marcou um livre para a área onde Vasques de cabeça fez o 2-1.

Em cima do intervalo novo livre contra o FC Porto, e desta vez foi Joaquim Pacheco que descobriu a desmarcação de João Martins pela meia esquerda, onde o avançado centro do Sporting surgiu como um flecha a desviar a bola de Barrigana, perante o desespero de Carvalho que não conseguiu mais do que confirmar o golo em cima da linha.

O FC Porto tentou reagir no início da 2ª parte recorrendo à tática dos 4 avançados em linha, mas Armando Barros recuou para a defesa e o Sporting não deu grandes possibilidades de reação aos portistas, entrando o jogo numa toada morna até que aos 76m Galileu arrumou a questão com uma jogada de génio, levando a bola do seu meio campo até à linha final donde cruzou para João Martins marcar o seu terceiro golo sem grande oposição.

Daí até ao final o Sporting alardeou toda a sua superioridade perante um rival rendido, desmoralizado e diminuído pela lesão de Quim, chegando aos 5-1 já à beira do fim, com Albano a redimir-se do penálti falhado no início do jogo, não perdoando uma nova oportunidade depois do árbitro ter punido um derrube de Carvalho a Galileu em plena área portista.

Com esta goleada o Sporting passou a ter 4 pontos de vantagem sobre o Benfica, 5 sobre o FC Porto e 6 em relação ao Belenenses e apesar de ainda faltarem 9 jornadas, toda a gente percebeu que o Campeonato tinha acabado ali, mas a festa foi contida pois Ribeiro Ferreira tinha falecido apenas dois dias antes.

To-mane (discussão) 17h12min de 23 de agosto de 2017 (WEST)

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