A primeira temporada chegou ao fim. Vou juntar cerca de 3 meses de actualizações num só post, pelo que vai ficar bastante longo. É capaz de ser boa ideia irem buscar um café antes de prosseguir a leitura. Estava a planear deixar também uma análise ao trabalho do Hugo Viana nesta época, mas vou deixar isso para um post separado.
Vamos começar pelos jogos!
Após adiamento atrás de adiamento, finalmente defrontámos o Benfica em Abril! E logo por duas vezes, e ambos foram jogos de intensidade incrível. Sim, quase tão intensos como aqueles momentos de espera quando carregamos os sites desportivos pela manhã para ver se o Antunes já assinou!
Na primeira partida, em pleno Estádio da Luz, com 64 mil pessoas a assistir (61 mil benfiquistas)… ganhámos! Um golo solitário de Pedro Mendes foi suficiente para estragar o dia a pelo menos 61 mil benfiquistas. Que maneira de começar o mês!
Seguiu-se o Guimarães e mais uma vitória, desta vez por 3-1, num jogo sem complicações.
O adversário seguinte foi o Tondela, que não se limitou a estacionar o autocarro em Alvalade… estacionou toda a frota dos Transportes Urbanos de Tondela. Mesmo assim, conseguimos vencer, embora tenha sido necessário um penalty.
Estávamos a caminho de mais um jogo com o Benfica. E, na véspera… sabotagem!
Acabei por lançá-lo em jogo na mesma, precavendo-me com 2 rolos de papel higiénico no banco para o que desse e viesse. Foi mais uma daquelas partidas ao nível daqueles momentos intensos em que estamos a pagar as compras no supermercado com multibanco e a máquina nunca mais passa da mensagem de “Em aprovação…”. Infelizmente não conseguimos vencer em Alvalade, mas o empate por 0-0 acaba por não ser um mau resultado, considerando que foi um jogo difícil. Vietto não jogou grande coisa, mas conseguiu aguentar o jogo todo sem pedir para ir à casa-de-banho, o que só por si representa uma vitória.
Encerrámos Abril a jogar com o Aves. Pensei que ia dar em goleada, mas… não é que os tipos que foram humilhados por praticamente toda a gente decidiram dar luta connosco? Começaram por marcar primeiro, logo aos 17 minutos. E a seguir estacionaram ainda mais autocarros do que o Tondela. Por mais que nós atacássemos, não havia maneira de a bola entrar. Até que, finalmente, Wendel marcou um golaço aos 78 minutos. E, quando eu já estava a ver que ia desperdiçar pontos contra o último classificado… Pedro Mendes deu-nos a vitória aos 90+5! Foram precisos 30 remates (contra 5 do Aves), mas ganhámos.
Abril terminou com 4 vitórias e 1 empate. Ficaram a faltar apenas 2 jogos em Maio. Com o Porto a manter-se mais colado a nós do que aqueles colegas da escola quando descobriam que nós tínhamos um pacote de pastilhas, era necessário ganhar ambos os jogos. Na nossa última partida em casa defrontámos o Rio Ave e vencemos 2-0 sem grandes problemas, com dois golos na segunda parte. Ficou a faltar apenas um jogo…
Terminámos a época fora, a jogar contra o Belenenses. Começámos bem, com o Jovane a marcar aos 12 minutos. Depois apanhámos um susto quando o Rúben Lima empatou aos 66. O empate ainda nos servia, mas não é resultado que me deixe confortável. Apesar do risco, decidi lançar o Joelson Fernandes na partida aos 77 e… ele só precisou de um minuto para se estrear a marcar pelo Sporting! Parabéns, Joelson, ganhaste a promoção ao plantel principal na próxima época! E deu-me também margem para lançar o Diogo Sousa nos últimos minutos - e estragar a hipótese ao Max de ser totalista.
Em resumo, foi um final de época bastante bom a nível de resultados:
Infelizmente, a quebra de forma que tivemos em Janeiro causada pela lesão de Coates e pela minha demora em actualizar a táctica acabou por custar-nos o título, que foi para o Benfica. No entanto, o segundo lugar dá a hipótese de ir à Champions, se eu não fizer asneira nas pré-eliminatórias.
Apesar de a equipa principal não ter conseguido o título, chegou a haver campeões esta época: os sub-23!
Recebemos também visitas frequentes de treinadores ingleses desejosos de ser enganados! É de considerar lançar uma gamebox internacional.
E o que seria do final da época sem momentos de tensão causados pelo Acuña? Num agradável final de tarde primaveril, estava sentado no meu gabinete com o Sol a bater agradavelmente na minha cara, quando Hugo Viana veio avisar-me que Acuña queria um novo contrato.
Pedi ao Hugo Viana para tratar do assunto, confiante nas suas capacidades exímias de negociador.
Uh, oh. Acho que todos conseguem adivinhar o que aconteceu a seguir. Sim, mais uma visita de um grupo de jogadores liderado pelo Acuña.
Como não há a opção de dizer para irem chatear o Hugo Viana e não queria estar a prometer um contrato, disse-lhes para pararem com esta discussão antes de estragar o ambiente positivo da equipa. Pensem no ambiente!
Infelizmente, só convenci o Wendel e o Pedro Mendes. Acabei por encerrar a discussão e fiquei a temer o pior - chegar ao carro e descobrir que preciso de 4 pneus novos - mas felizmente não houve mais problemas (com excepção de uma ou outra notícia nos jornais a dizer que o Acuña estava insatisfeito).
Apesar das insatisfações do Acuña, como resultado da sua ascensão a capitão e beneficiando do inacreditável sucesso do seu clube de leitura, Francisco Geraldes conseguiu unir a equipa por completo no final da época!
Até o Jesé trocou as noitadas à Sexta-Feira pelas “Quartas de Romance Clássico”! A kizomba desapareceu do balneário e, no seu lugar, passámos a ter os sons do pop rock electrónico japonês da primeira metade dos anos 80. Os posts no instagram dos jogadores a mostrar o último carro que compraram foram trocados por podcasts de saudável discussão sobre a política mundial entre os vários membros do plantel. As churrascadas ao final da tarde deram lugar a momentos zen de yoga e tai-chi. A época terminou com nível, elevação, cultura e um clube em total e completa união.
Excepto o Emanuel Ferro, que continua a tentar convencer-me a mandar embora o Hugo Viana. Desta vez sugeriu o Fary como director desportivo.
O Hugo Viana também tem as suas sugestões a dar sobre o tema, já que reparou que o seu contrato estava a chegar ao fim.
Mas nada temam! Segui o conselho dele e renovei-lhe o contrato por mais 3 anos, dando-lhe também um merecido aumento.
Quem também renovou connosco foi Eduardo Quaresma. Hugo Viana deu-lhe um contrato até 2023, com uma cláusula de rescisão de 64 milhões, válida apenas para clubes estrangeiros (sim, como se o Porto ou o Benfica conseguissem dar 64 milhões por um jogador).
Quem não renovou foram o Jesé e o Bolasie, que saíram após o fim dos seus empréstimos. Sim, vamos ter de nos despedir de DJ Jesé que, infelizmente, não ficou muito contente com o seu empréstimo.
Estamos quase a terminar! Vou aproveitar para deixar a equipa do ano, que contou com Pedro Mendes, e aproveito também para questionar se não haverá ali uma eventual parcialidade de quem elege esta equipa.
Para encerrar, eis as camisolas mais vendidas esta época.
Deixo-vos com uma pergunta para a qual dificilmente haverá resposta: o que é que terá levado tanta gente a comprar a camisola do Bolasie?