A última frase explica muito a discórdia neste fórum em relação a este tema mas a outros, Huljmand precisa de alguém ao lado que seja cão de caça, o Fresneda não é forte ofensivamente e precisa de um extremo vertical do seu lado, assim como o Esgaio ou o Reis, o Paulinho é segundo avançado ( o mesmo se diz de Teos e Monteros), é forte é a ligar jogo, então e o resto??
Quando tem bola e tem espaço? Quando podem desiliquilibrar conduzindo para o espaço vazio? E sem bola? E quando é necessário guardar a bola e aguentar pressão? É isto que se pede a qualquer jogador que jogue no Sporting, o Dost não tinha, nem o Paulinho, nem o Esgaio, nem o Reis, o mesmo já se começa a dizer dos 2 reforços que mencionei que é neste aspeto que espero que me surpreendam, porque qualidade também isto, não é só ser forte tacticamente e ter bons pezinhos.
Pois os jogadores e as equipas beneficiam muito quando há uma conjunção/ equilíbrio entre os vários elementos do plantel. Já que estamos a fazer uma viagem ao passado, os galácticos deixaram de ser, quando entrou o Beckam e saiu o Makelele, o Pirlo que era um reserva no Inter tornou-se um médio de eleição quando teve o Gattuso e o Seedorf à frente.
Os médios que temos são mais talhados para um meio-campo a três, também gostava que fossemos buscar um médio mais físico.
Outro exemplo, é os benfas, perderam o Gonçalo Ramos que para além dos golos era um mouro de trabalho, saiu o João para jogar o di Maria que defende com os olhos e depois trocam o tino pelo turco que também é mole a defender. Resultado, é uma equipa que defende e ataca pior, numa circunstância semelhante ao da segunda época do jj
Isso serve para os dois lados. Tanto pode ser para subvalorizar um jogador como dizes ou para o sobrevalorizar por questões de nostalgia. E é algo perfeitamente normal porque as pessoas não são máquinas que se lembram de coisas que passaram há anos atrás ao pormenor.
O Dost era de facto um animal de área, um finalizador brutal que se movimentava na área como poucos no futebol. E não só a nível tugão, era mesmo a nível mundial. Mas essa vertente do jogo dele em que ele de facto era world class, não chegava para compensar as outras onde era inexistente ou muito fraco. Eu acho que é só ver aquilo que o Slimani dava em jogos grandes e o que o Dost (não) dava. Meteram aí uma stat dos remates/golos dele em jogos teoricamente mais complicados e é assustador. Depois vai-se ver os do Slimani e é completamente diferente. E é fácil ver porque é que isso acontece. O Slimani, não sendo nem metade do que era o Dost a nível de finalização e movimentação dentro de área, era muito mais forte nos outros aspetos que ajudavam que a equipa jogasse melhor. E mesmo assim no seu prime fez 30 golos. Eu não estou a dizer que o Dost era um absoluto inapto que não sabia dominar uma bola mas a falta de mobilidade, pressionar a 1ª linha, ser praticamente inexistente em transição ofensiva limitava muito. Não é por acaso que em 17/18 toda a gente pedia que jogasse o Doumbia em vez dele nos jogos contra Barça, Juve etc.
Por exemplo, falaram aí do Montero. Eu acho que o Montero era um bom jogador que acabou por ficar sobrevalorizado por grande parte da fanbase do Sporting pela grande ligação que deixou nos adeptos e por ainda falar bastante no clube (está sempre a meter coisas no twitter sobre nós) mas eu lembro-me bem do ano que esteve sem marcar e de vários jogos onde era engolido pelos defesas. E digo aqui, o Teo Gutierrez era mais jogador que o Montero. Simplesmente era avariado da cabeça.
Não estou a insinuar que a equipa não foi importante, a equipa tem sempre impacto no jogador (rendimento), mas a história de como recuou (quase por acaso), deu nas vistas e como foi depois trabalhado é pública e vai além da proteção dada por dois jogadores.
Sim, o treinador é que teve olhinho e percebeu que ali rendia mais, eu já não me lembro muito bem mas eu acho que o Makelele quando vai para o Celta de Vigo era um extremo que depois foi convertido a trinco, o Paulo Ferreira era trinco e virou lateral direito, o Miguel era extremo e virou lateral, o Vidigal era central virou trinco… o que não falta é exemplos de treinadores que conseguem perceber as reais qualidades dos jogadores.
Nem todos os jogadores conseguem mostrar o seu potencial desde cedo.
Do que temos visto do GYO é um jogador brutal, que nesta forma seria uma mais valia em quase todas as equipas do mundo.
Quer seja a ponta de lança quer, quer seja a extremo esquerdo.