Video-arbitro a partir de 2017/18

" Tem sido pedido por vários dirigentes e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu aceder ao pedido. Os jogos do campeonato nacional vão contar com vídeo-árbitro já na próxima época.

Segundo o jornal Record, os custos desta medida serão suportados pela FPF, que irá gastar cerca de dois mil euros por jogo.

Este será, no entanto, um período de testes. Ao contrário do que aconteceu no Espanha-França, jogo particular em que foram utilizadas as novas tecnologias, a equipa de vídeo-árbitros não estará numa carrinha no exterior do estádio mas sim, num centro criado para o efeito na Cidade de Futebol. Nesta fase de testes, só poderá ser dada uma indicação para dentro de campo quando os técnicos têm a certeza absoluta que a decisão do árbitro principal seja errada.

No total, serão 306 os jogos que vão contar com as novas tecnologias, que permitem ajudar, com o uso de imagens televisivas, a equipa de arbitragem a decidir bem em situações de dúvida durante o jogo."

SAPO DESPORTO

Por muito paradoxal que isto possa parecer, apoio totalmente a instauração do video-árbitro, mas não acredito que venha resolver grande coisa - talvez mesmo venha a piorar, porque irá acrescentar legitimidade ao erro interpretativo.

Vejamos:

O video-árbitro é uma ferramenta de auxílio, que pode ser muito preciosa na restauração de alguma verdade desportiva, mas o problema do futebol está muito para lá deste ou outros meios: está na ética instalada e na forma como o que resta de “desporto” nesta modalidade vai sendo corrompido ano após ano.

Quem, honestamente, pode garantir que os “árbitros-visualizadores” não vão agir com o mesmo sentido tendencioso, quantas vezes à cara-podre, como faziam e fazem, despudoradamente, à vista de milhares de pessoas, em pleno estádio, com a vantagem de estarem agora a coberto do recolhimento numa salinha retirada das vaias das multidões que enganam, quantas vezes à cara podre?

Alguém acha, seriamente, que as mesmíssimas pessoas que não têm pejo algum de deturpar o sentido desportivo à vista de todos, mudarão as “tendências de interpretação”, numa situação em que nem à vista estarão?

Dirão: “…mas a França, no outro dia, perdeu um jogo que, não fosse o video-árbitro, ganharia em cima dos equívocos do costume!”. É certo, mas também sabemos que nos jogos-teste, pelo escrutínio a que estão naturalmente sujeitos, tendem a correr sempre bem ou pelo melhor. Será que, com a actividade corrente, as coisas continuarão assim e os “brindes” irão desaparecer de vez?

As regras do futebol permanentemente actualizadas e cuidadas e a existência de árbitros em campo, à partida, também seriam suficientes para assegurar a seriedade arbitral e equidade dos jogos. E é isso que se passa?

E, se não é, porque é que não é? Porque a pressão dos interesses, o medo instalado que os serve ou até a mera desonestidade (intelectual e outras) dos envolvidos assim o dita.

Sim, sou a favor de tudo o que possa ajudar - novas-tecnologias, novos meios, tudo! Mas enquanto isso não for acompanhado que uma formação que garanta a ascensão dos árbitros à condição ética de juízes imparciais e eficazes, objectivo que nunca deviam ter perdido, muito menos em nome da conveniência, da má fé ou resultado da cobardia, não acredito que valham de grande coisa.

Alguém pressionado, com medo, ou simplesmente desonesto, é-o em qualquer lado, seja em campo, seja fechado numa salinha com uma miríade de imagens: vê o que quiser ver, o que a sua submissão lhe ditar, o que o seu medo lhe impuser, o que a sua sanha lhe indicar como mais proveitoso. E, no fim, eventualmente, irá também ser premiado com um qualquer voucher, como os outros.

Na verdade, não temos a garantia que não seja só uma questão de mais ou menos vouchers - todos imaculadamente “legais”, como é óbvio, ou como, pelo menos, a tal “honestidade da conveniencia” nos quer impor à vista, qual areia às pazadas.

Aliás, acredito piamente que nalguns lugares, neste preciso momento, já se devem estar a preparar as “estratégias muito profissionais” com que se irá dar a volta a mais este “contratempo”, garantindo que, uma vez mais, que o que se muda não impeça que tudo fique na mesma.

E nem é preciso fazer muito diferente:

Os protagonistas foram escolhidos e arregimentados há muito, pelo “investimento” na “orientação” que foi dada aos cursos de árbitros;

As instituições estão devidamente capturadas por correlegionários dos interesses ou gentes submetidas pelo incómodo, pelo medo ou pela mera cobardia, como mostra o “brilhantismo” das suas consecutivas decisões;

E a comunicação social que continuará de joelhos, manietada, submetida e ao serviço de “cartilhas” (tão “profissionais” quanto ditam os padrões de profissionalismo norte-coreanos), a sustentar e vender a realidade alternativa dos interesses do costume e a “limpeza” dos sucessos auxiliados, sempre “fortuitamente”, pelo “erro humano”… “que faz parte”.

A única “novidade”, talvez seja a introdução de um maior “profissionalismo” (do tal norte-coreano) nos cameramen das transmissões, seguindo as boas práticas do procedimento “cartilheiro”: o que se filma, o que não se filma, como se filma, quando se desfoca, etc, etc. Talvez até quais as alturas melhores para certas câmaras filmarem a Lua ou haver “problemas técnicos”, daqueles que “fazem parte”, para que os árbitros-do-vídeo sejam convenientemente “elucidados” aquando do visionamento.

Ou muito me engano ou as transmissões feitas por equipas das televisões dos próprios clubes irão tornar-se de fulcral importância. Para quem as tem e é “muito profissional”, obviamente. Ou até, em alternativa, colocações de “filmadores-chave” nas tv’s generalistas.

O que não deixa de ser bom para os profissionais das transmissões: cheira-me a que câmaras, produtores, realizadores, etc, vão passar a valer o seu peso em ouro! Ou pelo menos em vouchers, que sempre é mais “profissional”.

“Ah, e tal… pode também haver regras para isso…”. Pois! Tal como há regras para tudo o resto. Como por exemplo para as claques, para a disciplina, para os relatórios dos observadores, para o jogo em si, etc, etc.

E, durante algum tempo, esgotar-se-ão argumentos legitimadores como “foi o que ditou o video-árbitro, não há volta a dar-lhe”, ou “o ângulo proporcionado não era o melhor”, ou “agora que há video-árbitro ainda se queixam? O que é que querem mais?”

Na verdade, aquilo que, mais video-árbitro, menos video-árbitro, se quer é bastante simples: honestidade, equidade e seriedade no melhor sentido desportivo. Mas isso depende das pessoas e do seu comportamento quando são chamadas a interpretar e não das tecnologias usadas, por muito que estas possam potencialmente ajudar e boas que sejam à partida.

Quando chegar a hora das decisões, veremos se as “tendências da estação” também mudam. No meu caso, penso que apenas mudarão de meios. O fim continuará a tender para o mesmo.

Ou muito me engano, ou fenómenos como Jorge Jesus ou Maxi Pereira terem passado a ser mais expulsos por época do que em todas as sua estadias anteriores numa paregem comum, com a mesma lei e regulamentos, e outras que tais (tantas e tantas situações do género que já nem vale a pena enumerá-las), irão também ter a sua correspondência naquilo que será abrangido pelo raio de acção do video-árbitro.

Porque entre o video e o árbitro continuará a estar incontornávelmente a interpretação. O que se vê e o que não se vê, o que se quer ver e o que não se quer ver, devidamente ajudados pelo “angulo proporcionado” que tantas vezes não irá ser, convenientemente, “o melhor”.
Até porque é uma peça auxiliar da justiça desportiva que se monta em cima de um produto mediático comercial, coisa que o “profissionalismo” cartilheiro não deixará de aproveitar, seguramente.

Errar, irá continuar a ser… humano. E a “fazer parte”. Mas agora mais inquestionável, porque sancionado pela “sublime” nova tecnologia. Os “profissionalismos” irão evoluír para assegurá-lo também nesta nova área. Aliás, já devem estar a ser “evoluídos” neste momento. Porque isso é que é ser “profissional”.

Esperemos que este mau augúrio seja apenas um sonho mau meu. Esperemos que esse meio auxiliar venha a auxiliar verdadeiramente a transparência do jogo, a competência das decisões arbitrais e a equidade de condições desportivas, para todos, e não apenas auxiliar aqueles que, neste ambiente terceiro-mundista vigente, são crónicamente mais auxiliáveis e auxiliados do que os outros.

Estou a favor da introdução? Sim.
Tenho fé que tem potencial para melhorar as coisas? Sim, mas …é apenas fé ou desejo.
Creio na sua eficácia? Por cá, …só depois de ver (e lá por fora, também)!
Creio que o “profissionalismo” o deixará em paz? Não, de todo.
Creio que as instituições conseguirão mantê-lo a salvo de interferências “orientadas”. Não, não e não!
Infelizmente, naquilo em que o futebol actual se tornou, não dá para acreditar em grande coisa.
Veremos!

A primeira coisa que tem que acontecer a partir de agora é proibir canais de clubes de transmitir os seus próprios jogos a menos que a gravação dos mesmos e realização estejam a cargo na Liga de Clube. Actualmente é uma palhaçada o que a benficaTV faz, como se viu no escândalo que foi filmarem o jogo todo o banco do porto e posteriormente largarem as imagens cá para fora de forma a tentarem castigar algum jogador, omitindo as imagens dos jogadores vermelhos. Já para não falar na ausência de repetições de lances graves contra os vermelhos e 50 mil repetições ao contrário. Não basta introduzir o VAR, é preciso regulamentar tanto a captação das imagens, como melhorar as regras de aplicação do mesmo.

Quanto às regras do VAR, não entendo como não se dá a possibilidade:

  • às equipas de pedir challenges (podia ser 1 por jogo) em que bastava chamar o quarto arbitro para o pedir e com uma limitação de só ser possível ser pedido até 5/10 segundos depois do lance ocorrer, p.ex. No caso de não ser dada razão ao treinador que pedia o challenge, o jogo era reposto com livre indirecto no local onde o jogo foi parado contra a equipa que perdeu o challenge; No caso de ser dada razão à equipa, a equipa mantinha 1 challenge para usar posteriormente;
  • nos casos em que o VAR altere alguma decisão arbitral, as imagens do lance deveriam ser passadas nos ecrãs gigantes (sem que o jogo necessitasse de parar) e o arbitro comunicar as razões da alteração através do sistema de som do estádio (demora 2 segundos e eles já usam sistema de comunicação interno e tudo), como no futebol americano ou rugby, p.ex. ;

Nota também, para que espero que a partir de agora os arbitros comecem a respeitar o espirito da lei do fora de jogo e que situações limites deixem passar, dando a oportunidade ao atacante. Se der golo precedido de fora de jogo, o VAR tratará do assunto depois. Os jogadores também têm que se começar a adaptar a isto e não ficarem com o braço levantado parados à espera do apito, isto até pode beneficiar o espectáculo, mais lances de perigo potenciais sem que haja o perigo de darem golos irregulares.

É ridículo que as equipas não tenham a possibilidade de pedir a visualização do lance (como acontece no ténis por exemplo). Ficaremos na mesma dependentes da interpretação dos árbitros, ou VAR, ou lá como é que se vão chamar.

Completamente a favor das novas tecnologias, mas estes meios podiam e deviam ser melhor aproveitados.

Isto TEM QUE SER uma das prioridades da Liga. É impensável ter a MerdaTV a transmitir jogos do Carnide quando o VA estiver implementado. Logicamente que espero sentado.

Esta é uma enorme vitória para o Presidente Bruno de Carvalho e para o Sporting, na sua pugna pela verdade desportiva.

Sim porque, que eu saiba, não houve mais ninguém que defendesse mais a introdução da monitorização tecnológica no futebol do que BdC.

Talvez agora estejamos mais próximos de sermos Campeões.

Excelente decisão por parte da federação.

Mas não podemos ficar por aqui e um dos próximos passos era a utilização de um microfone e uma câmara na camisola dos árbitros para que se consiga ouvir e ver as conversas dos árbitros com os jogadores, como acontece no rugby.

Agradavelmente surpreendido pela rapidez com que se adotou esta medida.

Queremos um desporto mais justo, mais transparente e menos permeável ao erro.

Se isso não for possível pelo menos que se comece a convidar os árbitros a prestar declarações nas flash interviews.

O tempo que decorre entre o lance e passar na tv, demora 1,7 segundos, segundo estudos feitos pela FPF numa das experiências piloto já feitas o ano passado…

Mas sendo assim, pra que isto seja credível, acho os jogos deveriam deixar de ser transmitidos por clubes!

Ja viram 1 lance polémico dos lamp em casa? as imagens são controladas. Quando e contra, quase nem repetem e é a fugir com angulos dificeis de ajuizar… Mas quando e oposto, repetem 100 vezes se for preciso e de vários ângulos!

Têm de haver isenção de quem transmite…

Enoja-me sempre que vejo árbitros, treinadores e jogadores a taparem a boca.

É uma luta antiga e de 1ª hora do BdC. Por isso é uma noticia empolgante para nós.

A rapidez com que isto foi implementado tem um nome: não vai ser nada de especial. Ou melhor: quem manda no sistema não sentirá beliscado com isto.

Será por ventura a validação do golo, tudo o resto será apenas usado SE o arbitro pedir.
Ou seja, arbitros corruptos tratam de nunca pedir o VAR.

Eu acho que é algo perfeitamente possível, no rugby já se usa há algum tempo.

Mas o rugby apesar da aparente violência é um desporto onde a transparência e a verdade desportiva impera, já o futebol…

O sinal que o VA vai receber é limpo, não tem “filtros” como a btv tem. Aqui a btv vai perder claramente, todas as imagens que “filtram” com benefício deles, serão vistas à mesma pelo VA e depois as decisões serão tomadas, mostrando ao mundo o que a btv não quis mostrar. O VA vai receber as imagens de todos os ângulos das câmaras existentes num jogo e depois analisa as mesmas.

Mas aí a pressão vai ser outra porque no pós-jogo poderemos contestar a razão de recusar o vídeo-árbitro. Acredito que resulte uma ou duas vezes, sempre será muito difícil. O sistema terá falhas no início, ninguém espera que seja perfeito, agora é um grande passo no sentido de diminuir os erros dos árbitros. Esta é uma grande vitória, mas longe de ser um processo fechado e vamos continuar a batalhar no aperfeiçoamento do sistema de vídeo-árbitro.

Isso do vídeo árbitro é para inglês ver. Além do mais se fosse mesmo útil com certeza que Portugal não seria dos primeiros países a implementar o VA da mesma forma como ainda não há tecnologia da linha de golo em Portugal mas em ligas verdadeiramente profissionais, como Inglaterra e França já há e outras se seguirão.

Têm de me explicar como vai funcionar. Lances de mãos na bola, como no jogo da luz, é uma questão de interpretação e como tal o VA não pode fazer nada. Golo de Alan Ruiz na Madeira, passaria a ser validado com VA? Presumo que sim. Penalty do Schelotto sobre o jogador do benfica no último derby? Passaria a ter sido marcado?

Isto para mim é a grande questão para já do VA.

Mais, o benfica já nem possui os direitos das transmissões dos jogos pois estes foram vendidos( isso já nem é um obstáculo).

Espero que os jogos passem a ser transmitidos todos pela mesma emissora, é uma questão de transparência e seriedade.

Estou certo que será uma questão debatida nos próximos tempos.

Poderá de momento não resolver tudo…mas criará uma pressão extra…porque depois deixa de haver desculpa para os erros…já que há uma ferramenta de auxilio…

Se no estrangeiro isto vai andar e andar bem, não sei até que ponto na tugalândia não vão fazer os possíveis para fazer abortar um nado-morto… basta conspirarem para tomar uma ou duas decisões claramente contestáveis para arranjarem a desculpa de remover o VAR passado uma época.

Faz-me lembrar o sorteio dos árbitros.

BdC foi um homem com visão e basta ver que o mundo vai evoluir no sentido de mais uma das coisas que propôs há 4 anos. Todavia, ele, como nós, vive num país com 6 milhões de pulhas, que queriam a verdade desportiva e que agora a enfiaram nas profundezas mais proctológicas que encontraram. E ainda são eles que mandam nisto tudo.

Eu ainda não percebi onde está o regulamento do video arbitro.

Oiço falar nisto para o futebol a uns bons anos, hoje em dia qualquer lance todos gritam “isto com o video arbitro era diferente”, aqui a questão é, como querem implementar ? Vamos parar todos os lances para ir ver ao monitor?

Para isto mais vale também tirarem os arbitros de baliza e os fiscais de linha.