Uma Questão de Estilo

O Sporting mudou. Não apenas no que diz respeito ao paradigma de gestão, mas também no estilo - ou aspecto formal - com que o clube é gerido. Outrora, era possível perscrutar nos corredores de Alvalade gentes oriundas da banca, que gostavam de jogar golfe e de frequentar os chás da Quinta da Marinha. Pessoas incapazes de proferir palavras violentas mesmo quando viam os seus filhos a entrar, de forma incauta, na furgoneta preta de um raptor perverso. “Nós não vamos descer o nível”, diziam eles, enquanto os filhos esbracejavam, em desespero, na janela traseira da furgoneta, atónitos perante a falta de reacção dos progenitores.

O presente é outro. O timoneiro do Sporting responde como um pistoleiro de um western spaghetti, de palhinha na boca, olhar felino e reflexos rápidos. Ao primeiro gesto, o revólver salta do coldre e as seis balas do tambor são esvaziadas no peito do adversário. O sangue jorra e ouvem-se vozes: “não tem nível, é demasiado agressivo e agora a cidade - ou clube - vai ficar em apuros”. É certo que a resposta gera, quase sempre, uma contra-resposta. Mas, também não podemos negar que a ausência de uma resposta adequada gera um sentimento de saque, em que tudo pode ser dito e feito. Quando não se responde aos salteadores das academias perdidas, eles pensam que as portas estão abertas e os talentos ao dispor de uma qualquer sedução telefónica.

É verdade, também, que a postura de pistoleiro compra guerras. Mas perante um clube constantemente espoliado e vilipendiado pelo rival nortenho, pergunto se não é preferível entrar em conflito aberto do que aceitar uma servidão escondida. Porque é isso que está em causa: a extinção de uma subserviência há muito aceite como normal. E se tiver que escolher entre uma sobrevivência feita de migalhas (ou Taças) e uma existência arriscada de pistoleiro, eu prefiro sempre a segunda.

“Mas há outras estratégias”, respondem alguns. E eu concordo. Não há estilos fixos, nem tudo se esgota numa figura como o Bruno de Carvalho. Concordar com todas as acções do presidente é mimetizar o regime coreano, onde o líder, mesmo que subjugue e corte a jugular dos súbditos, é sempre “querido”. No entanto não é isso que está em causa. Palavras são palavras, não são elas que definem a competência nem a capacidade de um responsável máximo por qualquer instituição. Aquilo que define, verdadeiramente, a liderança, são os resultados práticos das acções. Porque as palavras, ao contrário das acções, não resolvem os problemas actuais do Sporting. A resposta nunca está na casca, mas antes no sumo.

Por isso, o estilo não importa. Não importa se enfrentamos os rivais com um revólver Magnum 44 ou com a ideia de resistência pacífica de Ghandi. O que importa são os resultados. E, nesse campo, o Sporting está bem. Deixemos, então, os assuntos acessórios guardados na gaveta. Como acessórios que são.

@Winston Smith 2013

Ora bem! :arrow:

Bem… isso quase parece uma resposta à discussão iniciada no tópico do Presidente. :-[

Mas concordo em grande parte. Não passa de um assunto acessório. Não vejo a razão que faz alguns defenderem a sua opinião nesse assunto como se de vida ou de morte se tratasse.

Sim, é tudo um questão de estilo. Mas o estilo importa, e muito. Os leões não se comportam como hienas.

O pessoal já estava habituado a que o Sporting fosse dirigido por melancias! Agora estranha um pouco. Temos pena. Muito bom post e vem mesmo a talho de foice!

Mas o que define um leão não é o rugido, nem a juba, nem tão pouco a pose. O que define o leão e o distingue das hienas é o facto de, num gesto rápido, conseguir destruir qualquer outro animal. É por isso que se denomina o felino de Rei da Selva. Em suma, são as acções do leão que o distinguem das hienas. Foi mais ou menos essa a ideia do meu texto.

E friso que apesar de gostar do estilo, não amei esta última troca de palavras. Mas o assunto é tão pequenino, tão acessório, tão formal, que não percebo esta celeuma toda.

:great:

Que se frise bem este último parágrafo! :mais: :great:

:arrow: :arrow: :arrow:

Isto, sem tirar nem por. Não posso dizer que tenha achado grande piada (acho que o Presidente tem um humor mordaz, mas as coisas saem-lhe melhor quando prepara do que quando improvisa), mas tão pouco posso dizer que isso seja minimamente importante.

Disse-o há uns dias…

BdC é o rosto do desejo de mudança de muitos Sportinguistas e esses arregimentam-se na defesa da sua figura e do que representa.

E o que BdC representa é um Sporting mais corajoso, que já não se esconde e não chora e não lambe feridas.

O Sporting ainda não é O Grande Sporting, mas para lá caminha, reconstruindo a sua força, passo a passo.

Mais que os resultados da equipa de futebol, as pessoas acreditam no que acreditam porque se dão conta que há um rumo perfeitamente definido e uma determinação férrea em seguir esse rumo.

Quem se guia apenas pelo bom momento da equipa de futebol, com toda a naturalidade e quando as derrotas acontecerem, facilmente colocará tudo em causa. Aí, a questão de estilo passará a ser uma questão menor e as facas, reliogiosamente limpas e afiadas, aguardando o momento certo, terão o seu uso.

Vejo com toda a naturalidade que haja quem não se reveja no tal estilo do presidente. Todos temos a nossa personalidade e encaramos de forma diferente a forma como BdC corresponde às ( nem sempre bem ) exigências comunicacionais da sua função.

Também vejo com naturalidade que, num movimento de fundo que agregou anteriores oposicionistas a um regime podre, descontentes de sempre, a quem viu capacidade em BdC para a contrução de um Sporting melhor e quando o clube estava refém de uma dinastia que o oprimia, há demasiados anos e sendo BdC um jovem, livre de responsabilidades directas na catástrofe que assolou o Sporting e também desacompanhado e desapoiado pela elite sportinguista, que haja receio que o presidente não tenha a força suficiente para fazer o seu trabalho e, em simultaneo, que saia vitorioso de vários cenários de conflito que BdC comprou. De peito feito.

Quanto a isto e assim mantenha BdC a coerência nas suas acções, o empenho, a dedicação que tem mostrado, a assertividade e a inteligência na esmagadora maioria das suas medidas, cabe aos Sportinguistas serem o escudo de quem não foge e luta por um Sporting melhor.

Não se trata de mimetização de processos coreanos em redor de um líder e sim da defesa de um caminho que tem agregado o mundo Sporting, que lhe devolveu o orgulho e a confiança no futuro, aceitando as imperfeições, quando estas se mostram irrelevantes e não resultam em qualquer obstáculo que trave este novo Sporting. E não fazer dessas irrelevâncias, algo maior do que o que realmente são.

PS Bom post, Winston.

As palavras levam-nas o vento, mas é preciso ter alguma sensibilidade e acerto quando as proliferam. Porque as palavras ferem sentimentos, as palavras têm poder de informação e as palavras vendem, principalmente expressões desconcertantes. Esta guerra de palavras com os rivais directos trás pouco às acções que precisamos, são apenas para marcar uma posição e até porque dá algum gozo mandar uns bitaites a quem nunca se sente atacado. Mas na sua essência, não trás nada ao que o Sporting precisa, aquelas acções que estão à vista de todos.

Vejo esta troca de palavras como uma questão cultural, faz parte do universo futebolístico nacional, estas pequenas guerrilhas de tentar impor respeito ou ganha-lo. Aqui parece-me que há a necessidade de marcar um estilo, agressivo e selvagem, totalmente oposto do que era até então, isto trata-se de marcar o ponto na realidade do panorama do desporto nacional. Agora, que já marcamos o ponto, já mostramos os dentes, é altura de procurar dar atenção às acções necessárias para atingir o sucesso e deixar os que se acham superiores, brincar ao berlinde com eles próprios. Não há necessidade de andar sempre a responder às palavras dos outros porque depois perdem um pouco do efeito que é suposto ter. O de marcar uma posição, um estilo, um afirmar do rugido do leão.

Este mandato tem sido marcante exactamente nisso. Muito trabalho, profundas alterações organizacionais e “n” medidas com impacto claro no dia a dia do Sporting e no seu futuro. Se os responsáveis do clube não fizessem outra coisa que andar em jogos de palavras, não teriam certamente o meu apoio. E o de muitos outros.

Faltou o "… , algo que tem sido uma constante, … " para a ideia ficar completa. :great:

Ponto prévio: não acompanhei a discussão que ao que parece terá acontecido no tópico “Bruno de Carvalho”, portanto não sei exactamente o que é que motivou a referida celeuma.

Quanto a assunto aqui em discussão julgo que a principal mudança que ocorreu no Sporting tem pouco a ver com o estilo de Bruno de Carvalho, mas antes com o facto dele ter abraçado a sua missão por vocação e por paixão, o que só por si é uma significativa vantagem em relação ao últimos Presidentes, rotulados de grandes gestores mas que vieram para o Sporting, uns quase por favor, outros ao serviço de interesses de terceiros, todos delegando poderes em incompetentes e oportunistas com os tristes resultados que se conhecem.

Quanto a estilo do Presidente, eu pessoalmente não gosto, mas está dentro daquilo que é a bitola habitual do nosso futebol, onde o velho papa do norte continua a ser visto como o suprassumo na matéria, pelo que a tentação continua a ser a de imitá-lo, o que a mim me parece ser um grande erro, para além de eu ser um daqueles que não gosta de descer a certos níveis, o que não tem nada a ver com subserviências, antes pelo contrário, acho que a superioridade se manifesta também nos actos e menos nas palavras, ainda por cima quando são ocas.

De qualquer forma Bruno de Carvalho tem o seu estilo e gosta de mandar umas bocas e de dizer uma graçolas, o que agrada a um grande numero de adeptos, até porque nisso os sportinguistas são iguais aos outros, batem palmas ao seu grande líder, uns porque sim, outros porque realmente gostam mesmo destas paródias. Acontece é que o nosso Presidente nem parece ter muito jeito para estas brincadeiras, como se pode facilmente depreender da referência que ainda agora fez aos 80 anos do seu pai, que seguramente não deve ter gostado muito dessa conversa, mas isso é um problema lá da família deles, que a mim pouco me incomoda, embora seja fácil de prever que a resposta da velha raposa vá ser corrosiva.

O que não gosto mesmo e que me chateia, é quando o Presidente tenta fazer-nos a nós sportinguistas passar por parvos, como me parece ter sido esta última conversa de que o Sporting não anda à procura de investidores, porque agora de repente já está numa situação financeira estável, o que no fundo julgo poder significar que não está fácil arranjar os tais 18 milhões e por isso lá vem ele dizer não está desesperado na busca dos parceiros que provavelmente não vão aparecer tão cedo quanto seria desejável, da mesma forma que disse que os miúdos foram para o fcp porque o Sporting não os quis e que até se ofereceu para os ir lá levar, ou que era ele o tal 3º elemento da estrutura do futebol.

Enfim a isto eu chamo atirar areia para os olhos das pessoas e não gosto, o resto é conversa da treta muito vulgar no futebolês, o povo gosta e os jornaleiros deliram com este material que vende bem e anima as hostes, mas salvo raras excepções não não faz mal nem bem. É folclore e pronto.

:inde:

BdC não disse que não queria os miúdos. Disse que não os queria mediante as exigências feitas. Foi isto e nada mais que isto, por muito que insistas, meu caro.

Quanto aos investidores, é algo que deixo em banho maria como resposta, até se proceder ao aumento do capital social. E aí falamos.

Congratulo-te pelo teu estilo “romanceado” mas basicamente as tuas palavras, com todo o respeito, são pouco mais que uma mão cheia de nada… em minha opinião!
E se não devemos “coreanizarmo-nos” no estilo de apreciação ao nosso estimado líder, então dê-se espaço à critica, seja pelos actos, seja pelas palavras, porque também elas constituem actos de acordo com os seus efeitos.
Este apelo ao “passar de uma esponja” no estilo, a mim, não pega muito bem…!

Se queres que te diga, a mim pouco me importa o que se diga vindo da boca deste ou de outro qualquer dirigente… lamento apenas que, neste aspecto, estejamo-nos a deparar apenas com “farinha do mesmo saco”!

Volto a referir, este pais já pouco me surpreende quanto a uma cultura de espirito diferente.
E se tempos houve em que eu, iludido pela minha juventude, achava que cabia às novas gerações mudar os erros do passado, hoje já não tão jovem, percebo que isso nunca passou de uma mera ilusão própria da minha tenra “verdura”.
As pessoas são o que são e são basicamente aquilo que as ensinaram a ser, voluntária ou involuntariamente.
É curioso ver escrito que estar mal é ser diferente, cordial, educado ou o que quer que seja que não isto…!
E acabar por ver ainda escrito que bom, bom é ser-se igualzinho afinal aquilo que sempre se repudiou…
Nada menos que… extraordinário!

Volto-te a dizer: pouco me importa o estilo, e nisso dou-te toda a razão, porque o que a mim realmente importa é o resultado de todas estas acções… feitas e faladas!
Porque de ilusões já eu deixei de viver há muito tempo, felizmente, pois tem-me sido muito útil na condução da minha vida pessoal.
Mas não deixo de registar que este estilo francamente boçal, bem ao jeito daquele que nunca algum adepto de outro clube que não o do original apreciou, não estava nas minhas contas, não senhor!
Espero ainda assim que isto nada represente de relevante, tal como tu o dizes, naquilo que realmente interessa: os resultados!
Temo, no entanto que estejamos a ser um pouco prematuramente ingênuos na avaliação de tais efeitos.
Eu, por mim, preparo-me… resta saber como será com todos os outros!

Quanto a realmente ganhar-se alguma coisa com isto… alguém, bem mais inteligente que eu, ainda me vai explicar, dentro em breve, se não estiver enganado, chamando-me de tudo o que se possa imaginar, que este é que é o verdadeiro caminho a tomar!
Venham lá eles, então!

Quanto a Bruno de Carvalho, espero que seja um verdadeiro vencedor e que nos dê muitas alegrias… e que o seu estilo, seja lá ele qual for, nos faça atenuar uma eventual dor de estômago pelas palavras que usa, compensando-nos com inúmeras e gordas vitórias!
Bem ao estilo daquele que ele agora parece querer imitar…

@pepeu:

Embora com 6 meses apenas como dirigente do clube, já temos algum tempo de BdC para, com alguma certeza, reconhecer que este estilo, goste-se ou não, é o seu e é-lhe natural. O que me parece que contraria a sugestão de tentativa de cópia de terceiros.

Quanto ao “caminho”… esse é sustentado por principios de gestão correctos, coragem em medidas que se exigiam e no acerto das mesmas na sua globalidade e na coerência e transparência das acções. É isto que ditará o sucesso do clube e não as longas metragens à volta de cada declaração do presidente.

… E este post… vão andar a colocar na net? :twisted:

Eu vou :great:

Percebo o “choque” de algumas pessoas, porque provavelmente só agora é que perceberam qual é o feitio e personalidade do Bruno de Carvalho. É forte e vincada… e ele não é de ficar calado.
Não é certamente o “típico” presidente do Sporting Clube de Portugal, pelo menos das últimas décadas.

E foram estas características, entre outras, que me levaram a votar nele.
[b]Talvez porque, na minha geração, as pessoas já perceberam que, certas coisas, só se combatem se dermos o troco na mesma moeda, com a mesma dureza. Já estamos fartos de “falinhas mansas”.
Mas não estou a falar de entrar em jogos desonestos de batota (como os outros o fazem), obviamente, mas sim dos jogos de palavras e confrontação quando necessário.

Não se trata de nos transformarmos iguais aos outros, como algumas pessoas querem dar a entender, mas sim de um “Basta!” que se tornou totalmente necessário e vital para o nosso clube neste contexto do futebol português e nesta altura em que muita gente estava ansiosa por poder relegar o Sporting para 2º plano ou até abaixo disso.[/b]

Mas claro que isto depende da “sensibilidade” ou feitio de cada um. No meu caso, revejo-me no feitio dele, com tudo de mau e de bom que esse feitio traz consigo.

Eu não me revejo por completo no feito dele, mas estou completamente satisfeito por tê-lo à frente do Clube.

Não preciso de gostar de tudo o que ele diz, não preciso de concordar com tudo o que ele faz. Há pessoas que às vezes parece que se esquecem um bocado disso, como se ele não fosse uma pessoa e sim um quadro em branco que deve ser preenchido de acordo com o que lhes der na telha.

Ele tem o feitio que tem, tem os talentos que tem, tem os defeitos que tem. Continuo convicto que estamos bem entregues. Mas se queriam alguém perfeito, mais valia extinguir o cargo, porque ía ficar vazio eternamente.

Não compreendo a vontade de discutir questões menores. “Ah o próprio Presidente pediu exigência máxima, portanto tenho que vir dizer que não gostei da frase que ele usou, que aprovo a cor da gravata e que falou 7 vezes e acho que só devia ter falado 5.

Porra até aqui?
Se repetires isso até a exaustão, só se torna verdade no teu mundo.
Sempre a bater na mesma bitola quando já toda a gente está farta de de contradizer e provar-te que estás errado.
Parte de uma grande inteligência é reconhecer quando se está errado.

A questão dos investidores é de quem não anda neste planeta, ou não se informa como deve ser.
Sempre foi a posição do Bruno desde o dia 1.
Se a reestruturação for bem feita, não temos que andar desesperados atrás de investidores. Porque o desespero leva a maus negócios e porque de facto não precisamos.
O emagrecimento salarial foi atingido e a juntar a isso, houve o $ proveniente das vendas do Bruma e do Ilori.
O que nos dá uma almofada confortável para discutir investimentos e investidores, com tempo. E sem corda na garganta.

E se eles acabarem por aparecer, o mais certo é vires para aqui lamentar que tenha sido assinado antes de almoço e não ao final do dia.
Ou que se tenha assinado com tinta azul em vez de tinta preta.

Em relação ao resto, é puro embirranço.

O PDC está habituado a mandar bitaites para o ar, mesmo que pareçam inofensivos. E por mim, levará sempre troco.
O Bruno não pode ser só trabalho, também tem de se divertir. E na campanha toda a gente lhe topou o perfil no que toca a bocas ao Sporting.
Dizem que não faz bem ao futebol nacional. Fosse esse o MAL do nosso futebol e estávamos todos muito bem.
Quando começarmos a ganhar, aí sim poderemos dar a outra face e cagar de alto no velho senil e bafiento.

excelente post! hoje em dia e o que se passa no Sporting, a minima critica nos jornais vem logo um comunicado a esclarecer algum mal entendido, se vier o pinto falar la esta o bruno a responder a letra, e assim que deve ser e marcar a nossa posiçao.

estou muito contente com a direccao, finalmente ha rumo e paixao no clube.