Tentaremos a todo custo preservar uma união entre sportinguistas, a união no vitorioso passado ainda fazia força, reina a divisão de atitudes e de pensamentos em Alvalade, mas o Sporting contínua em anestesia geral.
Hoje em dia é mais fácil a comunicação entre adeptos e sócios relativamente a um passado recente, nada como uma boa ligação de internet para tentar compreender os Sportinguistas. Reparo que infelizmente o Sporting e os Sportinguistas estão cada vez mais divididos nas formas de pensar e de estar, inclusive divididos nas formas de actuar, e de responsabilizar o Sporting. Também numa breve ida ao estádio é possível perceber isso, dum lado os conformados, os passivos, para eles as vitórias só acontecem com o tempo, um tempo que se afigura cada vez mais nublado para os lados de Alvalade. Afinal são quinzes anos de anestesia geral. Esses Sportinguistas (Os expectantes) acham sempre que o tempo é o melhor conselheiro, acusam os “Terroristas” de se juntarem ás vozes criticas da comunicação Social e referem que o que é importante é ir ao estádio e apoiar o Clube quer nas horas das vitórias ou nas derrotas. Ao mesmo tempo os “Notáveis” descarregam a culpa nos “falsos Sportinguistas” como refere o nosso futebolista Nuno Ribeiro, o tal que dizem sempre pagou quotas…Esses ditos falsos Sportinguistas tentam mobilizar meio mundo perante a irresponsabilidade e sobretudo incompetência dos actuais corpos gerentes do Sporting Clube de Portugal. Vale quase tudo para mobilizar insatisfeitos, desde manifestações de uma centena de pessoas até ao mais simples comentário no mural de apoio do Sr.º José Eduardo, cada anúncio ou atitude no “Mural” da rede social mais conhecida é transformada em crítica feroz.
São passadas mensagens de supostas manifestações que muitas vezes não chegam a acontecer por motivos suspeitamente desconhecidos, revejo-me naturalmente nesta pequena oposição, uma oposição a meu ver feita de muita juventude, curioso ver a nossa juventude tão empenhada em tentar colocar o Sporting no caminho da glória, curioso ver que muitas vezes falta um líder a essa oposição leonina, alguém que naturalmente dé a cara por estes jovens sócios, alguém capaz de motivar adeptos como quem cativa soldados, mas que a nossa guerra leonina seja feita com palavras e não com acções de violência.
Os argumentos, esses esgrimam-se nas assembleias gerais, que muitas vezes servem para alertar os mais distraídos do poderoso polvo que habita nas instalações leoninas, senhoras a encaminhar votos, pequenas pressões sofridas, e elementos de fora da esfera leonina contactados para manter a ordem. Importa manter a nação com disciplina, importa não pactuar com certos movimentos terroristas prontos a derrubar qualquer sistema democrático, não me parece democrático o sistema de votação do Sporting, tenho esperança que isso um dia mude. O Sporting continua nas mãos dos Sportinguistas mais antigos, como se fossem eles os únicos lúcidos do universo leonino, cada cabeça sua sentença, mas quando uma cabeça vale mais vinte e cincos votos do que uma cabeça menos recente, não me coíbe de dizer que este sistema não é a apoteose da democracia. Até Salazar faria melhor…
Tenho uma ligeira sensação que o Sporting poderá estar perto duma pequena guerra civil entre sócios e simpatizantes, houve já relatos de agressões entre adeptos dentro da nossa própria casa, relatos esses que me deixam profundamente triste e chocado. O que nos junta é o Sportinguismo na sua doce essência, essência essa que vai ser difícil exterminar, tudo o que nos une é o Sporting, O Sporting faz-nos falta para sonharmos, pensarmos ou amarmos. Existem maneiras de contornar as diferenças, para falarmos com clareza falemos de Sportinguismo doentio e primário, falemos de glórias, de vitórias suadas, de campeonatos ganhos.
Quem sente o Sporting, sente que as coisas não estão bem, e sente que é necessário fazer algo para as mudar. Quem ama o Sporting sente um coração verde despedaço de alegria, A traição dum presidente que afirmo sem preocupações, que não ama o Sporting como nós o amamos tende a pior as coisas, amanhã pode ser tarde demais para levantar a instituição que nós amamos, faz-me falta sentir do outro lado da linha…”Sporting ainda te amo”.