Notícia do Pasquim.
Um comentário que gostaria de aqui deixar para partilhar convosco.
Foi com enorme prazer que vi noticiado que o seleccionador nacional de rugby vai colaborar com a SAD leonina na formação contínua dos seus quadros, desportivos e não só, em áreas como a gestão desportiva, liderança, motivação, comunicação e condução de equipas.
Tive ainda o grato prazer de ser adversário do Tomás, embora ele começando e eu dizendo adeus a uma modalidade que pratiquei mais de 20 anos. Sempre foi um “something special” e vi nele um grande líder. Ao fim de uma grande carreira como jogador e capitão do Cascais, 6 vezes campeão nacional consecutivo, se não estou em erro, e da seleccção nacional, Tomás abarcou o projecto desportivo de tornar um país praticamente desconhecido no ranking mundial na sétima potência europeia, atrás da Inglaterra (campeã do mundo em título :x ), França, Escócia, Gales, Irlanda e Itália. É obra!
O Tomás é um líder nato e tem qualidades de comando e métodos de trabalho que se podem condensar na seguinte lei: agressividade, combate e luta pela posse da bola em campo; lealdade, camaradagem e respeito pela hierarquia fora dele. Tenho, apenas, uma dúvida: não sei se o mundo futeboleiro estará preparado para a disciplina férrea e noção de comando intransigente que apregoa e doutrina, pelo que este conceito encerra de disciplina mental e livre de parasitismos mercantilistas.
O Sporting só tem a ganhar, assim espero, com esta experiência deveras revolucionária para o meio português, embora seja já prática no UK, onde, por exemplo, Clive Woodward, o seleccionador que levou a Inglaterra ao título mundial, vá abraçar um projecto como manager de uma equipa inglesa da Premier, cujo nome agora não me ocorre.
Desejo muito sinceramente ao Tomás Morais enorme sucesso na transmissão dos seus valores ganhadores e disciplinadores e aproveito para felicitar os autores de quem teve esta belíssima idéia, ao que consta Jameson Franco que, se tal foi mesmo assim, teve o seu rasgo iluminado do trimestre.
NOTA
Um atrasado mental pasquineiro, manifestando a sua ignorância do que se passa noutros campos desportivos nacionais para além do “bico na bola” apelida Tomás Morais do “Mourinho da bola oval”.
Nada mais errado. Tomás é enormemente racional, objectivo e tem técnicas de liderança e motivacionais muito viradas para a inovação no desempenho das funções de campo (aqui sim muito similares aos “estudos revolucionários” de Mourinho) mas que não necessitam do “environmental conflict” para as executar. A sua afabilidade e relação com os “media” e os adversários é, do meu ponto de vista, perfeitamente antagónica à de Mourinho.