Tudo o que dizes é verdade mas o TT oferecia uma coisa: mais capacidade de explorar a profundidade e as costas da defesa adversária. Deixava os defesas em sentido porque naqueles movimentos de procura das costas era muito rápido a chegar ao espaço entre os defesas e o guarda-redes.
O Paulinho traz outra capacidade de baixar, combinar e gerir a posse da bola. Mas tira a profundidade que o TT oferecia, a de um avançado sempre à caça de se desmarcar para trás dos defesas com velocidade.
Teremos de saber contornar isso. A entrada do Nuno Santos, um jogador muito prático e que explora bem o espaço se for servido — não é jogador de pedir apenas bola no pé — pode ajudar um pouco. O facto das equipas adversárias estarem a começar a baixar mais, tirando hipótese de explorarmos a profundidade mas dando-nos mais espaço de explorarmos o espaço entre a defesa (mais recuada do que antes) e o meio-campo, pode tornar o Paulinho mais útil nesses movimentos de baixar para pedir a bola, receber de costas para a baliza, combinar e tabelar e jogar com os colegas. Vamos ver.