Tópico dos Filmes - Parte 1

Para mim sim. :mrgreen: Até o tenho no meu top10 daquele ano.


Ontem vi este:

O Richard Linklater(Boyhood, Before Sunset, Sunrise, Midnight…) tinha feito em 1993 um filme daqueles que é obrigatório para qualquer amante de cinema(Dazed And Confused), que serviu de abertura de carreira para várias estrelas(Matthew McConaughey, Jason London, Ben Affleck, Milla Jovovich…) e que tinha marcado o início dos anos 90, curiosamente abordando a década de 70.
Agora em 2016 voltou ao mesmo estilo com Everybody Wants Some, abordando a década de 80.

É um filme à imagem do realizador, com todos os ingredientes a que nos habituamos(inclusive os defeitos), cheio de nostalgia, de referências à época e que de certa maneira foi inspirado na própria juventude do Linklater. Bastante inteligente e agradável com uma boa banda sonora embora lhe falte alguma força. É mais real e faz um melhor retrato da geração do que largas centenas de filmes que abordam o mesmo tema.

Vou dar 80/100, embora para mim não está no top5 dos seus melhores trabalhos. Talvez por ser de uma geração que já nasceu noutra era.

Alguma sugestão para hoje?
Ando sem filmes para ver… :inde:

Nice guys…
Achei piada as interpretações

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Bourne nunca desilude. :venia:

César Mourão é um prato, assim como Miguel Guilherme. Não esperava grande coisa da Canção de Lisboa, mas ligeiramente melhor que os remakes do Pátio das Cantigas e do Leão da Estrela.

Há dias (re)vi o The Game [1997] e ontem (re)vi o Zodiac [2007].

Há cada vez menos películas de David Fincher que não tenha visualizado em duplicado [Gone Girl, Milleninum 1, The Social Network, The Curious Case of Benjamin Button] e ainda menos as que ainda não visualizei de todo [Panic Room, Alien 3] mas a construção de Zodiac e o seu storytelling deviam ter servido de inspiração numa das obras nomeadas este ano [Spotlight]. E aqui não (me) refiro ao perfil misterioso, aos traços enigmáticos, à importância do detalhe e ao ambiente obsessivo que inunda a forma de estar de (quase) todas as personagens - tudo características que Fincher quis incutir na película! - mas sim, à capacidade de manter uma investigação policial e|ou jornalística durante um longo período de tempo, em diversas localizações geográficas, sem qualquer quebra de interesse e|ou fulgor.

De notar, igualmente, a escolha do elenco [Laray Mayfield] - Laray Mayfield da qual Fincher (quase) nunca prescinde no que toca à selecção das caras|vozes|personalidade que pretende nas suas telas! - e a qualidade, lés-a-lés, por parte de Jake Gyllenhaal, Mark Ruffalo, Robert Downey Jr. - à sua imagem - Brian Cox, Anthony Edwards e a já comum presença de um elemento feminino louro, Chloe Sevigny, que a dada altura (ainda) nos trouxe aqueles looks que Fincher adora nas suas protagonistas principais, que questionaram(vam) a sua inocência. Gostei. Muito. [member=19650]DDraper, de Fincher, o que é que te atrai? [member=9125]Crash Vegas e [member=20535]Invictus fãs, ou é só do Lynch? :mrgreen:

worth it?

Não reparei se já falaram neste filme mas o Nice Guys, bom filme!

The Nice Guys

Como fã acérrimo do Gosling vi o filme logo que saiu, ainda para mais fazendo parelha com outro bom ator.
Não é para mim dos melhores filmes do Ryan, não me refiro ao seu papel (que mais uma vez o faz de forma exímia) mas ao filme em geral. Talvez porque não esperava tanta comédia, mas também porque coloco sempre os seus filmes num patamar mais elevado.
Contudo é um bom filme, com boas personagens, uma boa história (pecou um pouco no final cliché) e bom entretenimento.

Keanu

Vi o filme por ser fã da dupla Key-Peele. É um filme engraçado, com o humor inconfundível da dupla. Tem cenas em que me ri à gargalhada, admito. A história é gira mas vale principalmente pela duple principal e pela comédia, que sendo o seu propósito, o torna num filme muito bem conseguido.

The Purge: Election Year

Sempre que vejo Purge sinto que estou a ver o mesmo filme. Achei o 1º fraquinho, mas gostei tanto do conceito e vi tanto potencial que vi o 2º filme, esse sim já gostei mais. Este 3º filme espero ser o último da saga (será, ao que tudo indica), não está tão bom como o 2º mas muito melhor que o 1º. Um bom filme de entretenimento, mais uma vez.

Demolition

Mais uma excelente interpretação do Gyllenhaal. Achei o filme super original e bem feito. A personagem do Jake tinha na minha opinião ainda mais potencial, mas foi bem conseguida. Quase um 7, vá.

The Brothers Grimsby

Fui ver ao cinema, ri-me bastante mas acho que é dos filmes mais fracos do Sacha.

Zootopia

Incrível trabalho de animação. Adorei.

Everybody Wants Some

Depois de ter sido marcado pelo Dazed and Confused tinha de ver este filme. E de facto a ideia que fica é que estamos a ver quase que uma sequela. Está longe do 1º, mas ainda assim gostei imenso do filme, da maioria dos atores e das cenas icónicas dos anos 80 retratadas.

Tenho de ver o Popstar, o Miles Ahead e o Janis.
É chocante ver como tirando aquele trimestre dos Oscars cada vez mais aquelas grandes produções com conteúdo se tornam inexistentes. Anda tudo atrás da estatueta e o resto do ano resume-se a filmes menos ambiciosos ou blockbusters de entretenimento.

É naquela. A maioria das pessoas com que falei não gostaram dos remakes dos outros 2 filmes. Para mim, passou na boa, não sendo cinema de topo, tem coisas engraçadas. Com este passa-se o mesmo. César Mourão dá graça à coisa, bem como Miguel Guilherme. São “piadinhas” e nada de fazer uma barrigada de riso, mas parece-me dos que foi melhor pensado de início ao fim.

Alguem já foi ver isto? Vale a pena?

Ontem vi 3.

The Dark Horse 2014

O filme é baseado na história real de Genesis Potini, um Maori Neo Zelandês bipolar que se tenta encontrar na vida através do xadrez e da forma como o jogo pode dar um propósito quer à sua vida quer à vida dos jovens que procura ajudar. Um filme brilhante, poderoso, emotivo, dirigido por James Napier Robertson, jovem Neo Zelandês que demonstrou bastante talento e com um casting que fez um excelente trabalho. Destaque óbvio para o protagonista Cliff Curtis que fez, talvez ocasionalmente, um trabalho sensacional. No entanto é um filme com um ritmo baixo, um início lento, que nem sempre é fácil de ver e que pode facilmente não agarrar quem o está a ver, pelo que pode não ser do agrado da maioria.

Funny Games 1998

Já o tinha aqui para ver à muito tempo e só ontem lhe peguei. Há poucos realizadores capazes de brincar com o público através da tragédia, do absurdo, do insuportável e da violência gratuita, Michael Haneke é um deles. Incrível como ele nos manipula, nos provoca e nos obriga(porque depois não conseguimos desligar) a acompanhar algo que ultrapassa o limite e já sabemos que vai acabar mal.

Vertigo 1958

Ainda me faltam ver alguns filmes seus mas este é Hitchcock do princípio ao fim. Tem o habitual mistério, o suspense, é perturbador, chega a ter uma obsessão e doentia, é surreal e apesar de não ter feito sucesso na altura, com o passar do tempo foi reconhecido. E claro, ver pela primeira vez na história do cinema o Dolly Zoom ser usado é marcante. Mas não entra para o meu top5 Hitchcock. :stuck_out_tongue:

A tua descrição deste deixou-me curioso, vou ver se o vejo em breve.

Bem antes desses houve All the President’s Men (1976) que inspirou o filme do Fincher e todos os filmes sobre investigação jornalística.

[member=23798]Samuel_Son , o Vertigo não só é o melhor filme de Hitchcock, como é também um dos melhores filmes de sempre. :wink:

Eu sou suspeito em falar porque adoro Hitchcock e dos 70 filmes que fez já vi mais de 30 e não encontro nenhum que não goste. :mrgreen: Sou um lover confesso dele por tudo o que fez, por tudo o que criou, pela maneira como à sua maneira foi marcante no cinema e inspirou gerações, mesmo numa onda mais comercial e popular.

Mas apesar de ter adorado o Vertigo gostei mais destes: Rebecca, Rear Window, Psycho e North By Northwest. Ficando este a seguir juntamente com o Strangers on a Train. Mas ainda me faltam ver muitos. De certeza que quando vir todos(algo que quero fazer) vou alterar a ordem.

Mas não é um filme unânime, longe disso. Há quem o adore e quem o odeia. Fica o aviso. :mrgreen:

Correcto. :mais:

Falei em Zodiac por proximidade temporal [+/- 10 anos] em relação ao Spotlight.

Só tu para me puxares de volta a comentar… :mrgreen: Sabes as minhas fraquezas! :lol:

Do Fincher, gosto muito. Muito mesmo. A ponto de o considerar dos maiores realizadores americanos de sempre. Um revolucionário. One-of-a-kind, se preferires.

Gosto do rigor, da técnica, da disciplina. Gosto da beleza, do ambiente e da geometria da composição. Gosto da coreografia do movimento nas cenas dele. Tem sempre algo a passar-se para lá da acção primária. Gosto da energia, do ritmo, da exuberância do estilo. Gosto quando ele gira 180º e subverte toda a sua essência em detrimento de algo mais sóbrio e calmo, a favor da história e da interpretação. Gosto da forma obsessiva - mas eficaz! - como dirige os actores, conseguindo interpretações fabulosas de (quase) todos. Gosto sobretudo do controlo que tem sobre a sua arte. Génio.

Da sua filmografia, sou parcial a duas obras-primas (“The Social Network” e “Fight Club”), três excelentes tentativas (“The Game”, “Zodiac”, “Se7en”), dois tiros ao lado - mas filmes bem razoáveis dentro do seu género (“Panic Room” e “Girl with the Dragon Tattoo”) e dois filmes que me enervam e me apaixonam em igual dose (“Benjamin Button” e “Gone Girl”). O que gosto neles, é do melhor que ele tem para oferecer. O que detesto, infelizmente, também me deprime em igual forma.

Bem, acabei por não saber se te respondi lá muito bem… :lol:
Mas obrigado por me ‘obrigares’ a voltar à escrita por cá! Eu vou passando e espreitando, mas a vontade some-se…
E anda cá muita gente neste tópico agora que gosta de deixar a sua opinião. :wink: Por isso vou-me calando. Aqui e noutros tópicos. O trabalho também tem sido muito… :great:

[member=19650]DDraper, o Oscar ao Leonardo deixou-te assim, sem forças, sem espírito para isto. É lidar. :mrgreen:

O do Leonardo não, mas o do Inarritu deixou-me deprimido, de facto [member=17033]Chown. :lol:

[member=1247]barbosa ,

Confesso que não conheço a obra integral de Fincher, :-[ mas o que vi gostei…e muito. :clap:

  • “Seven”: uma obra-prima sobre a fragilidade da condição humana, repleta de maneirismos visuais, em que o clima pesado, a atmosfera de suspense e o desfecho emocionalmente poderoso revelam o seu inegável talento para obras de grande fôlego criativo.

  • “Fight Club”: considero um dos seus filmes mais intensos, inteligentes e viscerais, graças à surpreendente criatividade narrativa (tudo menos linear), interpelando a nossa capacidade de reflexão sobre o sub-texto do enredo. A feroz crítica da sociedade de consumo e o fascínio pelo lado primitivo e niilista da alma humana são aspectos essenciais desta obra-prima.

“O Estranho Caso de Benjamin Button”: belíssima alegoria sobre a natureza humana, sobre a sua tragicidade e carácter transitório. Fala-nos da saudade, dos encontros e desencontros, da solidão e da cumplicidade de duas almas condenadas a partilhar a vida num breve instante. Poético e emocionante…

Quanto ao “Aliens 3”, sinceramente não apreciei. Muito por culpa dos dois anteriores: o original de Ridley Scott (suspense claustrofóbico e uma arrepiante evocação dos nossos medos) e a sequela de James Cameron (acção trepidante e uma fascinante metáfora sobre o instinto maternal).

Quanto aos restantes filmes, não os vi. Ainda… :mrgreen: