Sporting ilibado no Caso Cashball

Ainda não fomos oficialmente notificados. Tem sido noticiada a inexistência de qualquer tipo de ligação entre funcionários do Sporting e Paulo Silva. Os indícios que caíram na esfera pública foram considerados pela PJ como passíveis de terem sido adulterados. Nas buscas realizadas foram apreendidos os telemóveis dos funcionários do Sporting visados, tendo-se procedido, com a ajuda de autoridades espanholas, à recuperação dos dados. De realçar ainda, segundo a PJ, o pagamento a Paulo Silva de 30mil € por parte de jornalistas do CM. O director do dito jornal já veio, contudo, desmentir tais acontecimentos. Aguardemos por mais novidades. SL

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#Agora apaguem tudo.

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EPá…mas custa-me muito a acreditar que, sendo o Cashball um caso preparado á meses, Alcochete esteja zero relacionado com o primeiro. Seria uma coincidência de proporções gigantescas, um esquema preparado durante tanto tempo, que envolve tanta gente e inclusivé um meio de comunicação, e depois saia precisamente no mesmo dia em que um grupo de grunhos decide invadir a academia.
No mínimo, houve conhecimento de que o ataque á Academia ia acontecer e decidiram lançar o cashball no mesmo dia para tornar a situação mais complexa. E isto é o patamar mais baixo que aceito. Desculpa, mas que não haja relação nenhuma eu não acredito.

Um dia que ficará para a história do clube pelas piores razões, fomos prejudicados em muitos milhões e destituiu-se um presidente 90% com base nas consequências destes ataques.

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A minha lógica é simples os factos são claros.
O incriminador Paulo Silva andou a fazer isto em 2017 e foi denunciar o caso em Março de 2018 à PJ. Nesta altura ainda nem sequer tinha havido o malfadado post de facebook após o jogo com o Atlético de Madrid que criou toda aquela tensão entre equipa e direcção.
Um dos factores mais determinantes no ataque à academia foi a tensão entre jogadores e claques depois da derrota na Madeira no aeroporto que só aconteceu dia 13 de Maio.

No dia 15 de Maio de manhã saem as primeiras notícias sobre a investigação do Cashball.
No dia 15 à tarde acontece o ataque à academia.

Obviamente que é muito estranho ter sido tudo no mesmo dia. Mas achar que estão relacionados é absurdo porque o caso Cashball já estava em andamento muitos meses antes de sequer haver a tensão entre jogadores, direcção e claques.

Alcochete está morto e enterrado. Bruno de Carvalho e Bruno Jacinto foram totalmente absolvidos a pedido do próprio Ministério Público que depois não recorreu.

O caso Cashball está bem vivo… e agora está a “virar” na direcção de quem criou essa farsa. Temos agora de lutar para que chegue até lá. Todos sabemos que foi a lampionagem… mas agora é preciso pressionar a investigação nesse sentido e haver provas. Tentar ligar Alcochete a isto só nos vai prejudicar.

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TAKE 1: CAÇA AO HOMEM

Tânia Laranjo queria que Paulo Silva entregasse André Geraldes, mas o denunciante diz que nunca esteve com o ex-diretor do futebol do Sporting CP. Exclusivo Leonino

Redação Leonino

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19 de Novembro 2020, 13:39

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Paulo Silva não esteve com André Geraldes em nenhum momento, nem sabia de nenhuma ligação deste a João Gonçalves. O Leonino teve acesso em exclusivo ao Apenso das Transcrições que está anexo ao processo Cashball, que contém informações explosivas.

Apesar da insistência de Tânia Laranjo, jornalista do Correio da Manhã, durante a entrevista a Paulo Silva, o denunciante do Cashball, que será agora o único acusado, recusou-se a falar do que não sabia.

O pagamento dos 30 mil euros, prometidos pela jornalista do Correio da Manhã, em troca de informações sobre futebol (20 mil euros) e andebol (10 mil euros) afinal não foram pagos porque segundo o advogado de Paulo Silva, Carlos Macanjo, a jornalista “não tinha colhido nada de futebol, apenas a situação do Freire e que você (Paulo Silva) não falou no André Geraldes, que só falou no outro (João Gonçalves)”, ao que o denunciante respondeu: “Eu não posso dizer se foi o André Geraldes, eu não falei com o André Geraldes como é que eu posso afirmar uma coisa?”, reforçando mais à frente nessa conversa, de dia 8 de Maio de 2018, que “não posso afirmar. Se eu tivesse falado com ele, eu dizia. Como disse que foi o João Gonçalves, se fosse com o André, eu dizia que foi o André Geraldes, mas se eu não falei com ele como posso dizer alguma coisa que não fiz? (…) Agora eu posso afirmar que foi ele? Não posso”.

Conversa telefónica entre Carlos Macanjo e Paulo Silva, 08/05/2018 às 14h06m

Carlos Macanjo (CM): (…) Ela o que me disse foi que apenas falou sobre o Freire, foi muito superficial. Que entretanto aquilo que se tinha combinado não era aquilo, que ela iria pagar 30 mil euros, 20 mil para falar de futebol e 10 mil para falar de andebol, que não tinha colhido nada de futebol, apenas a situação do Freire e que você não falou no André Geraldes, que só falou no outro, como é que ele se chama…?

Paulo Silva (PS): João Gonçalves

(…)

PS: Mas ela não quer pagar?

CM: Ela o que diz é que não foi isso que ficou combinado. (…) Ela ficou de mandar a entrevista para eu ver e tirar as minhas conclusões.

PS: Doutor, eu falei do Freire, fui perentório no Freire. Agora, eu não posso dizer se foi o André Geraldes, eu não falei com o André Geraldes como é que eu posso afirmar uma coisa? Eu deduzo.

CM: Pois.

PS: Agora não posso afirmar. Se eu tivesse falado com ele, eu dizia. Como disse que foi o João Gonçalves, se fosse com o André, eu dizia que foi o André Geraldes, mas se eu não falei com ele como posso dizer alguma coisa que não fiz?

(…)

PS: (…) agora eu posso afirmar que foi ele? Não posso.

Clube

TAKE 2: SÃO 30 MIL EUROS. ‘PILIM’ ACERTADO, MAS NÃO PAGO

Tânia Laranjo combinou pagar 30 mil euros a Paulo Silva pela entrevista, mas como o denunciante não falou de André Geraldes, não houve pagamento. Exclusivo Leonino

Redação Leonino

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19 de Novembro 2020, 15:30

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Tânia Laranjo combinou pagar 30 mil euros a Paulo Silva, em troca de uma entrevista exclusiva. Seriam 20 mil euros se falasse de futebol e 10 mil se falasse de andebol. Como não obteve do entrevistado a informação que queria, que passaria por falar de André Geraldes, a jornalista do Correio da Manhã (CM) não deu seguimento ao pagamento. O Leonino teve acesso, em exclusivo, ao Apenso das Transcrições que está anexo ao processo Cashball, que contém informações explosivas.

Tudo foi tratado entre três partes. A saber. A jornalista, o denunciante e o seu advogado, Carlos Macanjo, figura central na negociação dos 30 mil euros com Tânia Laranjo, que inclusive garantiu a Paulo Silva que “isso que acertámos não é consigo, o que acertámos está tudo tratado com o seu advogado”.

E o que estava acertado concretamente? De acordo com Carlos Macanjo, em conversa telefónica de 8 de maio de 2018 com Paulo Silva, “o que ela (Tânia Laranjo) me disse é que tinham contratualizado consigo 30 mil euros, certo? E que você falaria do futebol e do andebol, sendo que o andebol eles pagariam 10 mil e do futebol eles pagariam 20 mil”. Só que depois da entrevista, a jornalista do CM entendeu não ter obtido as respostas que queria. Segundo o advogado do denunciante, “entretanto ela diz que você na entrevista não quis falar de futebol”, ficando assim o pagamento por fazer.

“Eles concordaram plenamente com o que eu propus”

Estupefacto com a situação, Paulo Silva retorquiu, pedindo ao seu advogado: “Diga-lhe que tem de fazer a transferência hoje, mais nada, era o que estava combinado, já devia ter sido ontem, e agora ela não me disse nada antes, eles concordaram plenamente com o que eu propus e não falaram em alteração de nada”.

Segundo SMS intercetado pela Polícia Judiciária, o ‘pilim’ até seria pago na Invicta. Paulo Silva enviou uma mensagem ao Carlos Macanjo a explicar que ia “dar a entrevista hoje (7 de maio de 2018), mas só entrego o áudio depois do pagamento. Amanhã, vou ao Porto buscar o pilim e depois entrego o áudio. O Rui vai comigo, mas não sabe valores”.

Conversa telefónica entre Paulo Silva e Tânia Laranjo, 7/5/2018 às 9h35m

Paulo Silva (PS): Olhe, eu vou sair daqui a um bocadinho para aí.

Tânia Laranjo (TL): Ai faz hoje então?

PS: Faço.

(….)

PS: Vai um amigo comigo, não vamos falar em valores, não vamos falar em nada disso, está bem?

TL: Sim. Isso que acertámos não é consigo, o que acertámos está tudo tratado com o seu advogado.

(…)

TL: Diga-me uma coisa, fazemos então a entrevista, é isso?

PS: Sim

(…)

TL: Aquele áudio está tratado, conseguiu?

Mensagem escrita entre Paulo Silva e Carlos Macanjo, 07/05/2018 às 9h54m

Paulo Silva: Vou dar a entrevista hoje, mas só entrego o áudio depois do pagamento. Amanhã, vou ao Porto buscar o pilim e depois entrego o áudio. O Rui vai comigo, mas não sabe valores”.

Conversa telefónica entre Paulo Silva e Carlos Macanjo, 8/5/2018 às 11h05m

Paulo Silva (PL): Já fiz aquilo.

Carlos Macanjo (CM): Pelos vistos não, falei com ela (Tânia Laranjo) e ela disse-me que não. Que relativamente aquilo que a gente tinha combinado, que não cumpriu nada.

PS: Não foi isso que ela me disse, mas ok.

CM: O que ela me disse é que tinham contratualizado consigo 30 mil euros, certo? E que você falaria do futebol e do andebol, sendo que o andebol eles pagariam 10 mil e do futebol eles pagariam 20 mil. E que você relativamente ao futebol não falou nada.

PS: Não. Falei tudo do Freire.

CM: Do Freire?

PS: Sim, tudo, inclusive valores.

CM: Mas não é isso que ela me diz.

PS: Mas foi isso que falei, tudo. Inclusive valores.

CM: Ela o que me disse é que você de futebol não quis falar nada, que se cortou, que disse que era mentira.

(…)

CM: Pois, mas o que ela me disse foi o que tinham acordado: que se falasse do futebol eram 20 mil euros e se falasse de andebol pagariam 10 mil euros e que queria garantir o exclusivo das coisas. Entretanto ela diz que você na entrevista não quis falar de futebol.

(…)

PS: E eu falei do Freire, contei a história toda do Freire e falei do andebol, não percebo qual é o problema dela.

(…)

PS: Eu disse-lhe a ela que lhe garantia o exclusivo, “ah e tal quando isto rebentar vai ter muita gente à volta de si”. Eu garanto-lhe o exclusivo, mas tem de pagar.

CM: Olhe, diga-me o que quer que eu lhe diga para por um ponto final na situação senão andamos a discutir o sexo dos anjos.

PS: Diga-lhe que tem de fazer a transferência hoje, mais nada, era o que estava combinado, já devia ter sido ontem, e agora ela não me disse nada antes, eles concordaram plenamente com o que eu propus e não falaram em alteração de nada.

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Take 1: Caça ao homem

Clube

TAKE 3: ‘PILIM’ SERIA PAGO AO ADVOGADO, E COM RECIBO

Pagamento combinado por Tânia Laranjo a Paulo Silva seria feito através de serviços jurídicos do advogado Carlos Macanjo. Exclusivo Leonino

Redação Leonino

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19 de Novembro 2020, 17:30

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O pagamento prometido por Tânia Laranjo a Paulo Silva foi combinado com o advogado do denunciante, Carlos Macanjo, e incluía duas tranches de 20 e 10 mil euros, num total de 30 mil euros. Seria passado um recibo de serviços jurídicos, no qual se descontaria o valor do IRS e se incluiria o IVA. O Leonino teve acesso em exclusivo ao Apenso das Transcrições que está anexo ao processo Cashball, que contém informações explosivas.

Carlos Macanjo chamou a atenção ao seu cliente Paulo Silva. O valor que seria pago no Porto, onde está sedeado o advogado, teria de incluir o desconto do IRS, e no fim acrescentar os 23% de IVA. Isso mesmo se depreende na discussão por mensagem entre o jurista e o seu constituinte. “Falou-lhe (a Tânia Laranjo) de valores ou não? Não se esqueça que os valores em causa são contabilizados sem IVA e sem IRS. E isso não contabiliza o meu trabalho, o meu tempo, as minhas despesas”, explicou Carlos Macanjo, recebendo de volta um SMS de Paulo Silva com a sugestão de “cinco mil” euros pelo trabalho ‘jurídico’ deste acordo entre Tânia Laranjo e o denunciante.

O advogado, descontente com a proposta, replicou que pagaria “4.600 de IVA”, que são os 23% de 20 mil euros, que seria a tranche que a jornalista do Correio da Manhã pagaria se Paulo Silva falasse de futebol, em especial de André Geraldes, enquanto se falasse de andebol, pagaria 10 mil euros, o que de IVA dá “mais 2.500 euros na próxima tranche” (na verdade seriam 2.300 euros, mas Carlos Macanjo enganou-se na conta na mensagem que enviou).

Mensagens escrita entre Carlos Macanjo e Paulo Silva, 07/05/2018 entre as 11h43m e as 15h05m

Carlos Macanjo (CM): Falou-lhe de valores ou não? Não se esqueça que os valores em causa são contabilizados sem IVA e sem IRS. E isso não contabiliza o meu trabalho, o meu tempo, as minhas despesas.

Paulo Silva (PS): Não falei nada.

CM: Diga-me o que pensa fazer das questões que lhe coloquei.

PS: 5 mil.

CM: Está certamente a brincar…viu que pago 4.600 de IVA.

CM: Mais 2.500 na próxima tranche.

CM: Contabilize portagens gasóleo e desgaste do carro e acrescente o tempo perdido e o meu trabalho.

CM: Brincadeira.

CM: Só pode.

CM: Isto depois de lhe ter assegurado a ajuda pela sua louvável atitude parece-me muito pouco para quem lhe deu tanto.

CM: Não lhe mereço isso… e a ser assim… lamento mas não me parece que aceite andar um ano a correr para Lisboa para receber um valor que terei depois de pagar os impostos e deduzir as minhas despesas.

Leia também:

Take 1: Caça ao homem

Take 2: São 30 mil euros. ‘Pilim’ acertado, mas não pago

Então e a Tânia laranjeiro não acontece nada?! Pagar 20 mil€ por uma entrevista apenas na condição de incriminar outra devia ter consequências ou não?

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É possível impedir o acesso de uma “casa jornalística” de ter acesso a tudo o que seja conferências de imprensa, etc…?

Esta gentalha do CM devia ir tudo preso e o Jornal fechado.
E o grupo pagar umas indemnizações chorudas até abrir falência.

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Não só não vai ninguém do CM preso, como ainda gozam com a coisa em rodapés parvos tipo “Cash-bola” e "Cash-ball deu “Cash-nada”. Ontem o Futre e o Otávio a regozijarem-se pela inocência do André Geraldes, quando tiveram os cus lá sentados naquelas mesmas cadeiras enquanto lhe faziam o funeral e também o do Sporting. Ainda tiveram a lata de insinuar (o jornalista/moderador primeiro, e depois repetido pelo Fernando Mendes) que o André Geraldes estava inocente, mas que o Paulo Silva e o tal advogado eram na altura funcionários do Sporting…

O cashball surgir a 15 de maio de 2018 não foi inocente. Surgiu depois de termos perdido o segundo lugar e, consequentemente, a vaga no playoff da Champions para o Benfica. O cashball surgiu para derrubar Bruno de Carvalho e a sua direção. Alcochete foi sincronizado com o cashball. O elo de ligação é o jornal correio da manhã e a CMTV, órgãos sociais do grupo Cofina.
Temos outra prova do conluio entre as autoridades portuguesas, a CMTV, o governo e o presidente da república:
As imagens transmitidas em direto, pela CMTV, de dezenas de adeptos encapuzados não desencadearam uma ação rápida da GNR local. É uma situação inacreditável digna de um estado do 3° mundo. Um crime em direto e ninguém da GNR, neste país, teve acesso às imagens da CMTV.
O Presidente Bruno de Carvalho, a sua direção e o Sporting clube de Portugal foram deixados ao abandono por quem devia zelar pela defesa nacional. A imagem negra não foi do Sporting, foi desta gente corrupta que nos governa há 46 anos e que, a cada dia que se mantém no poder, mancha o nome de Portugal e do seu povo no mundo.

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"Segundo o Expresso e a PJ o correio da manhã comprou uma entrevista a um impostor e depois não lhe pagou porque ele não disse exatamente o que a jornalista queria, ou seja, não tinha implicado diretamente André Geraldes.
Entretanto, o sindicato dos jornalistas assobia para o lado, a ERC nada diz e no espaço público há um silêncio ensurdecedor. " - Pedro Marques Lopes no Facebook

Este fruteiro por vezes diz coisas acertadas.

lol otavio ribeiro diz q nao saiu um tostao do orçamento do jornal…afinal, ingenuos seriam eles se assim fosse. As coisas têm que ser bem feitas sem pontas soltas, se querem ir pra frente com a denuncia q fizeram!!! O dinheiro deve ter vindo de um certo cofre de um clube do bairro da luz …foram esses que apontaram o dedo ao cofre no gabinete do Bruno.

…a menos que tivessem sido assim tao ingenuos…

E que pagassem com um envelope timbrado com o símbolo do jornal…

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Mas quem é esse porta-chaves do Rui Santos pra vir ladrar todo aziado, no cashball?? Vai pro ■■■■■■■ oh ruizinho, tens zero moral vir opinar, foste um dos instigadores na TV contra BdC… em vez falares nisto, já falaste na operação Lex? Ah espera, não tens ordem pra falar, dono não deixa…

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Onde e quando é que este sabujo ladrou?

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André de Serpa Soares

O CASHBALL PARIU UM RATO

O Cashball foi uma cabala, urdida por mentes nojentas, para servir de cortina de fumo e, mais uma vez, prejudicar o Sporting.

20 Nov 2020, 12:35

A investigação denominada “Cashball” alimentou durante tempo demais, na comunicação social, a ideia de que, a par com a batota e trafulhice comprovadas dos seus principais rivais, o Sporting também tinha telhados de vidro e estaria a alimentar esquemas ilegais de deturpação da verdade desportiva.

Se, noutros clubes, este tipo de notícias é recebido pela maioria dos adeptos com um encolher de ombros, como quem diz “fazem todos o mesmo”, ou “é preciso é ganhar”, no Sporting, apesar de também existir a facção de sócios que afirma que não podemos ser “meninos de coro” e que temos de usar as mesmas armas desonestas dos outros, a maioria dos adeptos, felizmente, reprova totalmente estes métodos e quero-os afastados do clube.

Assim, numa altura em que as atenções estavam muito viradas para as investigações sobre as teias de influência e esquemas de batota doutro clube de Lisboa, não deixou de ser muito oportuno aparecer um alegado “empresário”, até então um perfeito anónimo para o grande público, a dizer que andava a comprar árbitros e jogadores adversários a mando e para benefício do Sporting.

Como “prova”, apenas a sua duvidosa “palavra” e a apresentação dumas mensagens de whatsapp em que esta personagem era a única que se ouvia. Feitas todas as perícias técnicas e forenses nos telemóveis dos então funcionários do Sporting, nem um vestígio de trocas de mensagens com o tal “empresário” foi detectado. Nada. Zero.

Temos portanto um sujeito, próximo de um outro ser que já todos conhecemos bem, um tal de Boaventura, com ligações muito próximas e perigosas para as bandas de Carnide, que diz que corrompeu para beneficiar o Sporting. Chegou a dizer à PJ, inclusivamente, que apanhou um avião para ir à Madeira “comprar” um jogador duma equipa adversária do Sporting. Mas, afinal, descobriu-se, nunca embarcou em avião nenhum, nunca foi à Madeira, e até pediu a devolução do dinheiro do bilhete. E é tão fácil apanhar um mentiroso.

O Sporting sai totalmente limpo deste processo. Podemos continuar a olhar para todas as vigarices e podres do futebol português e dizer “nós somos diferentes”.

Os meandros do futebol português, as teias de cumplicidade, influência, silenciamento e batota beneficiam escandalosamente, há décadas, os nossos principais rivais. Prejudicam bastante, por isso, o Sporting.

E prejudicam ao ponto de criar narrativas, propagadas com o auxílio da comunicação social serventuária, de que os clubes “são todos iguais”, que os “três grandes” comem, em igual medida, da mesma gamela da podridão ética.

Não, meus amigos. Podem tentar lançar a lama que quiserem. Não há nenhum dirigente do Sporting alguma vez apanhado em escutas a influenciar e a comprar árbitros. Não há nenhum dirigente ou alto funcionário do Sporting alguma vez apanhado a trocar emails sobre missas e padres e a pôr a nu, através da exposição dessas mensagens, a pouca vergonha em que se afundou um dos maiores clubes portugueses.

O Cashball pariu um rato. Foi uma mão cheia de nada no que envolvimento do Sporting diz respeito. Na minha opinião, o Cashball foi uma cabala, urdida por mentes nojentas, para servir de cortina de fumo e, mais uma vez, prejudicar o Sporting. Ainda bem, dizemos todos nós, sportinguistas, que o Sporting não tem nada a ver com isto. Porque o Cashball pariu um rato. Porque nós somos diferentes, não emanamos o mesmo cheiro que cobre os que compactuam com a vergonha.

Nós somos Sporting.

https://sicnoticias.pt/opiniao/analise/2020-11-18-O-Sporting-dificilmente-resistiria-a-uma-acusacao-no-Cashball