Numa altura em que os ânimos permanecem bastante exaltados e revoltados pela última derrota da equipa, dei por mim a fazer uma análise geral ao esquema táctico e consequentes jogadores que o Sporting utiliza.
Assim sendo, propus-me a mim próprio colocar um tópico destes para quem quiser, abordar as temáticas e o que concorda ou não concorda com o sistema táctico imposto por Paulo Bento.
Em primeiro lugar, devo referir que sou um claro defensor de Paulo Bento, ao qual acho que tem feito um bom trabalho e com capacidade clara para melhorar a todos os níveis.
Abordemos então esta temática:
Na baliza, Ricardo é o dono e senhor da mesma. Salvo raras excepções ou encontros para a Taça de Portugal, teremos como sempre um Ricardo a comandar (assim espero.) os postes. Como alternativas temos o eterno Tiago (boa pré época) e o promissor Rui Patrício. Se o primeiro deverá ter algumas oportunidades, o segundo deverá passar a época em treinos com o plantel principal e jogos com os júniores.
No quarteto defensivo, parece-me que estamos todos um pouco surpreendidos com a ainda não boa forma de Abel, um lateral porque todos esperávamos uma boa temporada mas que ainda não convenceu, levando Paulo Bento a optar por Miguel Garcia (bah!) e Caneira. Na esquerda, Caneira e Ronny dividem a luta pela titularidade. Sou apologista da rotação nas laterais: entendo que deve actuar um lateral mais ofensivo e outro que não seja tanto (ex: Abel e Caneira ou Caneira e Ronny), dando primazia a um equilibrio que se deve manter nas laterais. Como centrais temos Polga e Tonel como normais líderes do sector central. O polivalente Caneira e o jovem Miguel Veloso, surgem como alternativas. A ideia de Paulo Bento e mesmo de quem o acompanha, é tentar repetir a estabilidade defensiva conseguida a época passada. Ainda não a atingimos (nem de perto nem de longe!), mas creio que estaremos preparados para tal. No entanto, é de referir que pelo menos da minha parte, a ideia de um central de nível e experiência europeia, não está esquecida.
No meio campo, parece-me que temos as maiores soluções. Começando pela zona mais defensiva do meio campo, com esta evolução e aparição mais repentina de Miguel Veloso, começam a surgir as primeiras dores de cabeça para Paulo Bento senão vejamos: Miguel Veloso tem estado super bem, a idade não lhe pesa nas responsabilidades e tem estado muito bem, Custódio é para muitos o herdeiro natural do lugar: para muitos um jogador amado, para outros odiado. Paredes foi um jogador contratado para actuar nesta posição ou como segunda via, como interior direito (já vimos que não tem resultado), mas a sua forma ainda está a anos luz de ser a melhor. Boa dor de cabeça para Paulo Bento.
No meio campo ofensivo, depois de todas as análises efectuadas e mais do que pensadas, parece-me que o trio ideal do meio campo seria:
Carlos Martins - João Moutinho - Nani. Claramente.
Se os dois últimos conseguem manter um nível mais regular, o primeiro ainda não conseguiu essa proeza, devido ao infortúnio com as lesões que tem tido.
Romagnoli depois de uma boa pré temporada, parece querer começar a decair de rendimento, sendo que nestas quatro partidas oficiais, só numa me pareceu mais regular: frente ao Boavista. É reconhecidamente um jogador com excelente capacidade técnica, um jogador com organização e magia nos pés mas o seu estado físico, impossibilita uma acção mais preponderante na equipa, o que é pena.
Temos ainda Farnerud que para muitos (como eu!), é um jogador desconhecido. De algumas fontes, surgem boas indicações, mas até agora, vemos um sueco lesionado e sem capacidade para mostrar o que vale. João Alves e Tello, surgem claramente como opções mais remotas para esta temporada, sobretudo o primeiro, se continuar com o nível da época passada. Tello será sempre útil em qualquer lado. :lol:
Na frente de ataque, quatro opções: Liedson, Yannick Djaló, Bueno e Alecsandro.
Sou um claro defensor da utilização de um avançado mais móvel e outro mais fixo, nunca dois em cunha. Neste sentido, penso que uma dupla Yannick - Liedson não é muito viável a não ser em confrontos com equipas de maior qualidade e em que o contra ataque poderá ser a chave do sucesso. Assim, como temos reparado, Liedson esta época tem surgido muito mais móvel do que a época passada, actuando num nível mais vagabundo, do que acontecia quando por exemplo jogava com Deivid em que este último actuava de maneira mais móvel e Liedson apesar da sua mobilidade, seria o avançado mais fixo. Provavelmente, daqui também se explica a pouca capacidade de concretização de Liedson até ao momento. Se Yannick é claramente um jogador rápido, móvel, com boa técnica, poderia ser um jogador muito útil numa das alas em situações ocasionais e nunca como um avançado mais fixo.
Restam duas alternativas: Carlos Bueno ou Alecsandro.
O uruguaio apenas nesta partida frente ao João Ferreira, mostrou alguma coisa, entre elas um golo falhado de baliza quase escancarada e uma boa cabeçada que poderia ter valido um grande golo. No entanto, a sua atitude, o seu esforço e sobretudo a sua raça, fazem ser um jogador muito apreciado por Paulo Bento. Sabemos que ainda está em período de adaptação, por isso qualquer tipo de análise é provisória.
Esta última afirmação também se enquadra em Alecsandro. O brasileiro deixou os adeptos com água na boca aquando de alguns minutos frente ao Nacional, mas por outro lado, a sua insuficiente aparição frente ao João Ferreira, deixaram os adeptos duvidosos. Sinceramente e daquilo que tenho visto, tenho gostado do brasileiro e acredito que se poderá tornar num jogador de utilidade imensa na equipa, devido às suas características.
Assim sendo, neste momento o onze ideal para mim (com todos a 100%) seria:
Ricardo
Abel Tonel Polga Caneira
Miguel Veloso (Paredes)
Carlos Martins João Moutinho Nani
Alecsandro Liedson.
Agora a última pergunta, quem responder afirmativamente é herói: Leram este testamento todo? Se sim, comece o debate…