Eu consigo falar pondo de parte a “parte sentimental”. Aconteça o que me acontecer nunca vou mudar a opinião acerca deste tema, como também não mudo acerca do aborto ou eutanásia.
Acima de tudo acho que a justiça tem que ser celere e severa para esses animais. Nâo é como funciona na maioria das vezes que passado poucos anos já estão cá fora novamente. Mas tem que ser a justiça a proporcionar esses castigos.
Não sei se já ouviram falar num caso que está agora nos tribunais de um animal que violou uma miuda de 15 anos em Gaia e depois a asfixiou 2 vezes e so a largou por pensar que a miuda já estava morta.
Por razões pessoais, infelizmente nos ultimos meses desloquei-me diariamente ao Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Lá encontrei esta miuda com os pais. Iniciamente fez-me imensa confusão o estado dela, mas felizmente ela fez uma recuperação extraordinária e recuperou miuto embora deva continuar a apresentar sequelas. Ora, este é daquelas casos que me causaram uma enorme indignação e eu próprio só gostava de apanhar o individuo que fez isso e poder espanca-lo até não mais poder de forma até sádica.
Era o que esse individuo merecia. É aterrador ver como alguem pode estragar a vida a outra pessoa.
Apesar de eu achar que o que ele merecia era ser largado à frente das pessoas e essas pudessem mostrar a sua revolta e aniquila-lo brutamente, também tenho noção que as coisas não se podem processar dessa forma e tem que haver uma entidade que não permita justiça popular.
A questão aqui trata-se de como a justiça, o estado e esses activistas dos direitos humanos vão agir.
A Justiça tem que ser severa ,não dar hipoteses de reduzir os anos de reclusão e faze-lo pagar pelo seus actos.
o Estado tem que apoiar esta familia e esta miuda e continuar a apoiar a sua reabilitação até ao fim de forma incansavel, que infelizmente é o que não vai acontecer e se os pais não se mexem, vão se todos esquecer.
Estes activistas neste caso nem devem ter qualquer tipo de preocupação com esse individuo e preocuparem-se sim, com os direitos humanos da miuda e com o direito a ter uma reabilitação intensiva.
A questão aqui, acho que é não visualizarmos uma justiça eficaz para os criminosos e o facto das vitimas serem abandonadas e esquecidas tal como as suas familias.
Fica também aqui uma história que ouvi há alguns meses e que confirma a minha opinião sobre a brandeza e injustiça das leis deste país.
Houve um assalto em carnide, com 2 ladrões armados, na casa de um casal. Ao ouvir barulhos, a mulher foi até a sala e foi atingida mortalmente por um tiro. o marido acordou, assustado, agarrou na arma e dirigiu-se também a sala, tendo atingido mortalmente um dos ladrões e tendo ferido o outro . O senhor, em pânico, chamou o INEM e a polícia para sua casa, para ver se ainda conseguiam salvar a mulher mas, nada feito.
E acreditam que a pena desse senhor foi superior à do ladrão que sobreviveu? Acreditam que o senhor foi acusado e considerado culpado por homicício?
As vezes tem que ser mesmo a justiça popular, porque a que devia funcionar bem não faz juz a palavra justiça. De todo.
Quem viola tão escandalosamente os direitos humanos e os princípios básicos de humanidade, e são inúmeros os casos cuja sordidez deixa um a pensar se de facto se trata de um homem e não de uma coisa qualquer, deve ver suspensos os seus “direitos humanos”. Essas pessoas não merecem viver. E tentar reabilitar é uma ofensa para as vítimas - querem reabilitar um pedófilo? querem reabilitar um caso que corta miúdas aos bocados e as deposita no rio?
Acho grotesco uma pessoa que trabalha pagar impostos para manter tipos como o Rei dos Gnomos na prisão, com caminha feita, alimentação preparada, etc.
O meu apoio em relação à pena de morte é tão séria quanto o meu Sportinguismo. São certezas.
Pode parecer antiquado aos olhos de muitos, mas eu não tenho dúvida em admitir que a morte por cadeira eléctrica, já por si mais brutal que a por injecção letal, não é suficiente para um gajo como o Cabo Costa. Para crimes desta natureza, penas à antiga!
Não fujam ao tema central desta recente questão off-topic, um pequeno paradoxo em si já: assassinos impiedosos e cujos crimes possuem características grotescas. Não estamos a falar de um assalto convencional, de um drogado, etc. Esses merecem um esforço reabilitativo, sem dúvida alguma.
Outro exemplo: aquele pulha que parece (deixemos o processo de investigação transformar o “parece” em “fê-lo”) ter participado no rapto do Rui Pedro? Forca com o ■■■■■■!
Os ex-CEO’s do BPN e do BPP? Forca com os gajos!
Vou formular uma pergunta sobre uma situação, de índole cinematográfica, que todos, ou quase todos, apreciámos bastante: viram o filme Law Abiding Citizen, com Gerard Butler e Jamie Foxx nos papéis principais? Digam lá se não gostaram da pena que a personagem principal, o pai cuja mulher e filha foram violadas e depois mortas, aplicou ao criminoso principal? Não exprimiram um silencioso “bem, filho da ****!”?
O conceito de legítima defesa não tinha que ser levado em conta? A questão é também saber da licença de porte de arma, mas uma pessoa tem sempre direito a defender-se, quanto mais em sua casa…
De qualquer modo, parecendo esta situação absurda, sem estar na posse de todos os dados fica difícil avaliar. E muitas vezes aí também se cometem injustiças, nos julgamentos populares ou de terceiros. O problema é que o sistema já não dá confiança a quase ninguém da sua eficácia e credibilidade, e parece estar obsoleto ou pelo menos parece ser inapto. Mas como esse não é o meu departamento, apesar de também ter opinião com o pouco conhecimento concreto que disponho, deixo isto para os entendidos (não estou a falar dos “entendidos” do costume, hábeis em fazer leis à medida ou arranjar escapatória e desculpa para tudo, mas sim de pessoas competentes e com legitimidade moral para o fazer).
@ danielw
Como é óbvio, e como escrevi, reabilitar nos casos em que é possível fazê-lo. Eu frisei bem esse ponto. Roubar comida para sobreviver não é o mesmo que os crimes que descreves. Esperemos que nunca tenhamos de passar por isso para perceber melhor as diferenças.
Exacto. Penso que o problema passa pela impunidade de quem comete os crimes e de a justiça não funcionar e não ser cega.
Vivemos numa sociedade cada vez mais toldada pelo facilitismo e pela liberdade excessiva. Atenção que não sou fascista, apenas considero que as pessoas não souberam conviver com a liberdade que lhe foi dada e acham que podem ter todas as atitudes que querem com total desrespeito pelos outros.
Esse facilitismo tambem se nota na justiça e todos os dias quem lê os jornais vê casos evidentes disso e dessa impunidade.
Eu proprio sou a favor que se baixe a idade de poder ser condenado por um tribunal para os 14 anos em alguns casos, porque com essa idade já sabem bem aquilo que fazem. E que se acabe com os colegios de reeducação e se façam colegios geridos pelas forças armadas para onde são encaminhados os deliquentes juvenis. Nos colegios actuais, esses deliquentes fazem o que querem e não serve de reabilitação nenhuma. Com militares a história seria outra e podia ser que se fizessem homenzinhos e cidadãos uteis à sociedade.
Mas concluindo e já me dispersei, talvez o que está mal não seja haver pena de morte, mas as penas não serem correctamente aplicadas nem a prisão funcionar como um local para se promover um castigo e porventura a reeducação de um individuo.
Temos portanto pessoas com legitimidade moral para opinar sobre estas situações e outras que não o têm…
QUanto aos conhecimentos não tenho muitos infelizmente… mas vou com a minha pouca leitimidade moral opinar um pouco.
Acreditando que a RTP deu espaço a um protesto de uma mãe e que outra mãe enviou a carta…
É compreensível que alguém fique insatisfeito por ver o assassino do seu filho a reclamar melhores condições na cadeia. Da mesma forma que o preso tem direitos e pens que é norma que reclame se achar que está a ser tratado injustamente.
Por outro lado não me parece que numa situação normal isto seja algo próprio para passar num telejornal.
De quem decide só peço que na medida do possivel veja se o preso tem razão e que não se deixe influenciar pelo mediatismo (?) da situação.
Quanto à outra situação descrita pelo @ McCandless concordo contigo, acrescento apenas que possivelmente quem morreu foi o assassino da senhora e o sobrevivente não terá tanta responsabilidade como o que morreu. Para além disso imagino que dependerá de como o o criminoso foi morto.
Dependerá de muita coisa, para a qual não estou capacitado. Pode até ser um erro.
Não acho estranho que alguns tentem fazer justiça pelas próprias mãos, não se poderão é queixar das consequências que terão desse acto. Para quem pergunta “se fosse contigo o que farias?”… não sei, mas até talvez matasse alguém que violasse uma filha minha. No entanto naturalmente pagaria depois por isso.
Na minha opinião acho que devia ser instaurada a prisão perpétua em Portugal, assim como a castração química em casos de pedofilia ( quando se descobrir que aquele que praticou o crime não tem quaisquer doenças mentais, o mesmo se aplica à perpétua).
Só assim conseguiremos cortar com o crime que abunda neste país. Ah sim, e crimes financeiros considerados muito graves também concordo com uma pena avultada, de pelo menos quarenta anos.
Sobre a pena morte, vamos ver, na minha opinião pessoal é bem pior ficar preso numa cela minúscula para o resto da vida, do que ter uma data marcada por um tribunal para morrer…
Nada tenho contra o debate (que em minha opinião, está a derivar para “ser ou não contra a pena de morte”, e para isso creio que já há um tópico), que se trava aqui.
Mas penso que o impressionante nesta história, verdadeira ou não (tenho a certeza que casos destes se passam com uma frequência preocupante), é a falta de apoio de que a mãe se queixa, perante todos os apoios que sabemos que a vítima tem e terá. É a isto que chamam “direitos humanos” ??
É precisamente a isto que me refiro…
Gostaria de ter também colocado a bold as frases em que escreves sobre os direitos da vítima, mas parece-me que não escreveste nenhuma…
Talvez me tenha explicado mal quando referi que não estou na posse dos factos, não sou especialista na matéria e que dou mais valor à opinião de alguém que o seja e tenha conhecimento e legitimidade moral para exprimir uma opinião mais fundamentada sobre o caso em concreto que comentei do assalto que o McCandless (como indiquei no comentário) referiu… ou talvez seja o preconceito do costume a vir ao de cima, o que já não seria a 1.ª nem a 2.ª nem a 3.ª vez, da parte de quem vem. Já tens bode expiatório, e pelos vistos além do bode expiatório, muita “legitimidade moral” para o fazer.
Quando aprenderem a interpretar o que é escrito sem preconceitos nem complexos, avisem. Mas se calhar não será preciso, vai-se notar logo.
Defendo um sistema punitivo que tenha a reabilitação como objectivo máximo. E uma das coisas que me deixa mais orgulhoso, é o nosso país ter sido um dos primeiros a abolir a pena de morte, ainda que esta tenha sido reinstituída em parte durante a Primeira República e Estado Novo, para casos de traição em tempo de guerra.
Não é por o nosso sistema judicial e punitivo ser deficiente que devemos torná-lo mais agressivo, à americana, devemos melhorá-lo sim para torná-lo mais justo e eficiente, mas sempre dentro do espírito que o tem guiado.
A vitima no caso da carta infelizente faleceu. A condenação do criminoso deve dar alguma paz de espirito a quem ficou e punir quem cometeu o crime (e prepará-lo para a reintegração, que isto me parece que é feito co menor qualidade).
Queres mais o quê? QUe não lhe dêem comida, que o matem, que não apaguem a luz quando vai dormir?
Sendo-lhe possivel reclamar ir para mais perto de casa porque é que não o deve fazer? E qual é a indignação por isso?
Esta questão tem até pouco a ver com a vitima parece-me, para além de alguém ter criado um mediatismo à volta dela (se é que foi criado).
O nosso sistema judicial não tem como objectivo a reabilitação, quem entra sai pior
Rapaz de 18 anos, estudante, excelente aluno mas (tem que haver sempre um mas) vem de um bairro bastante problemático e de uma família partida.
Foi julgado a 1 ano de prisão por ter furtado sistematicamente sacas de batatas, cebolas entre outro tipo de leguminosas das carrinhas que iam abastecer as mercearias e restaurantes de uma zona de Almada.
Um rapaz que roubava para comer e alimentar a sua destroçada família, após sair da prisão tornou-se um dos mais perigosos traficantes de droga de Almada, e toda a gente sabe quem ele é mas as ligações que ele fez dentro da prisão e a sua inteligência fora de serie tornaram-no bastante perigoso e difícil de capturar.
enquanto existiram vários casos destes em portugal, não dá para acreditar que a prisão tem como objectivo a reabilitação.
Prisão em Portugal não reabilita ninguém , conheço várias pessoas que estiveram “dentro” e todas comprovam isso , e por outro lado tenho um tio que foi director das cadeias de Pinheiro da Cruz , Torres Vedras , Montijo e Linhó e conta-me histórias mirabolantes , com guardas prisionais à mistura…
Também temos o nosso “sistema” , não é só nos filmes como o “Tropa de Elite”…
Pois… a vítima já morreu, por isso que se f*da.
É lindo e politicamente correcto pensar nos direitos do preso, que quer estar perto de casa. Mas na realidade, penso que seria bem mais bonito pensar que a vítima até trabalhava de noite para ajudar com algum lá para casa e agora isso acabou, porque alguém lhe apeteceu acabar com isso e agora está preocupado em estar mais perto de casa.
Enfim, prioridades.
É por as coisas se passarem geralmente assim, que cada vez há mais defensores da pena de morte. Mas isso não interessa para nada, claro. O que interessa é verificar se a cela tem uma ventilação adequada e canais SportTV, não vá o pobre do preso apanhar alguma constipação ou perder algum jogo do seu clube.
Eu concordo com o Blitz, e já o referi sempre que os assuntos por aqui debatidos se relacionam com crimes: a vítima, tanto a directa, que muitas vezes morre, como a indirecta, os familiares, nunca são tidas em conta por ninguém.
O principal aspecto a ter em conta é a vítima, mais nada. Depois, a família. Depois, muito, muito depois, o pulha criminoso.
Mas alguém acredita ou deseja tentar reabilitar um pedófilo, um violador, um homicida, ou outro criminoso cujo crime praticado se defina por aspectos pérfidos? PQP.
Daniel, estás a falar sem nenhum tipo de conhecimento factual. É possível reabilitar um pedófilo, tal como é possível reabilitar-se um homicida ou um violador. O grau de patologia centra-se sobretudo na culpabilidade, ou seja, um pedófilo normalmente é um indivíduo que passa ao acto perante determinados impulsos mesmo não o querendo fazer. O mesmo se passa com um violador ou homicida. Aliás, nas condições certas, qualquer um de nós pode matar outra pessoa. O grau mais grave de patologia (e mais raro) é a psicopatia, onde há ausência de culpa e premeditação clara.
O que não faltam são inúmeros estudos de caso sobre pedófilos, violadores e homicidas que conseguiram ser reabilitados (quando tiver paciência ponho aqui alguns artigos). Se assumes que todos devem morrer, estás a impossibilitar a mudança. Estás a partir de um princípio completamente falso, erróneo e não-cientifico. Isto é, estás a cometer uma aberração idêntica à do agressor.
Em relação ao artigo em si, o problema não é a atenção que a mãe do preso teve. O problema é a falta de atenção da mãe da vítima. Acredito que os familiares das vítimas devem ter apoio (não sei se têm) para conseguirem ultrapassar possíveis traumas derivados de crimes violentos. Agora, as mães dos agressores também têm que ser respeitadas e também têm direitos. São dois assuntos diferentes e não relacionados entre si.