Haiti: “As ruas transformaram-se em salas de estar”
14 de Janeiro de 2010, 18:22
Utilizadores da ferramenta Twitter, na Internet, que estão no Haiti relatam o cenário de caos em que mergulhou o país. Há edifícios a ruir. A ajuda humanitária começa a chegar aos poucos e poucos.
@RAMhaiti, um dos utilizadoras da ferramenta social refere que as “ruas são autênticas salas de estar com amontoados de pessoas” que se misturam com os corpos, alguns deles já em decomposição. Os hospitais estavam a colocar corpos na rua devido à falta de caixões, relata. @RAMhaiti dizia também ouvir o som de aviões prevendo que o aeroporto estaria a funcionar.
“As ruas transformaram-se em salas de estar” Richard Morse
Funcionários da missão humanitária MANNA relatavam ontem à noite no Twitter que os telemóveis já funcionavam no aeroporto principal e que um avião norte-americano Airforce C130 fazia o controlo do tráfego aéreo.
Há relatos de desmoronamento de edifícios esta manhã, nomeadamente um hotel cujas paredes ruiram com pessoas dentro das instalações. O utilizador @RAMhaiti relata também que a ajuda internacional já começou a chegar ao país (Alemanha, EUA, Itália, Rússia) bem como a imprensa, entre eles, New York Times, Washington Post, Los Angeles Times, CNN.
Os apelos à ajuda dos sobreviventes surgem a todos os minutos e muitas pessoas procuram os seus familiares através de utilizadores do Twitter que se encontram no Haiti.
Terramoto de Lisboa 1755
Um outro tema constantemente abordado na Internet é o terramoto de Lisboa de 1755. São feitas comparações e referências para se evitar a repetição de um dos maiores acidentes naturais.
Em Lisboa não me parece que o grau de destruição fosse tão grande, embora não deixasse de ser uma situação bastante séria. Os prédios novos têm que estar preparados para este tipo de abalos, quanto aos prédios mais antigos Lisboa após o terramoto de 1755 foi reconstruída com o pressuposto de evitar situações semelhantes, usando a construção em gaiola que permite que a estrutura do edificio seja muito mais elástica e assim abane mas não caia! Portanto o grau de destruição nunca seria parecido ao de 1755, de realçar também que a maioria dos mortos em 1755 ocorreu devido ao maremoto que se sucedeu ao abalo, estima-se que tenham morrido cerca de 60000 pessoas, embora esses números sejam passiveis de muita discussão,é claro que a densidade populacional era muito menor do que nos nossos dias.
Não estás a ver o potencial de destruição de um sismo de grau 7 na escala de Richter perto do epicentro , ainda para mais em Terra onde a profundidade é menor é como que um ataque directo.
Já deram na televisão que a energia libertada por este sismo no Haiti foi equivalente a 30 bombas atómicas , se o mesmo cenário acontecesse em Lisboa , com a terra a mover-se e os prédios a dançar para mim a maior parte vinham ao chão , é que para aguentar abalos destes só talvez os japoneses e na California tenham edifícios flexiveis que possam dançar , é que quando os prédios não são flexíveis as estruturas simplesmente vêm abaixo.
Nestes grandes sismos alem de parecer que alguem puxou o tapete e ainda há as ondas sísmicas directas , ou energia libertada que faz a diferença entre algumas casas írem abaixo ou não , por isso é que há aqueles casos em que enquanto uma casa ficou de pé , já a outra ao lado desabou.
Nada do que tu disseste invalida o que eu disse! Se reparares o que eu disse foi que achava,por um conjunto de argumentos que elenquei,que o número de mortos não seria tão grande, mas referi que seria na mesma uma situação bastante grave, e quero dizer com isso que não deixaria de ser uma grande catástrofe. Mas isto são tudo suposições, espero que nunca aconteça algo do género aqui e que nenhuma das nossas teorias seja comprovada. Concordo que o Japão e a Califórnia estejam muito melhor preparados que nós, pois também são zonas de instablidade sísmica por excelencia, mas também me parece que muitos dos nossos edíficios estivessem muito melhor preparados que os do Haiti, agora é como tu dizes a força de impacto de um sismo em terra é enorme, e por isso mesmo que os edíficios estejam relativamente bem preparados não quer dizer que não caissem todos na mesma! Todos esses factores também dependem muito do tempo de duração do cismo. O epicentro do terramoto de lisboa foi no mar e ainda muito longe de lisboa, mas atingiu os 9 na escala e segundo alguns relatos durou bastantes minutos!!!