Hollow,
Percebo, no geral, as tuas ideias. A questão da percepção táctica não é coisa curta. De todo. Mas pode-se trabalhar e evoluir. É preciso é ser num modelo ambicioso, estruturado, vencedor (a nível de princípios de jogo). Alvalade, nesse aspecto, é o melhor destino (para um jogador que é titular há um ano e meio na Liga Belga).
Quanto ao melhor moutinho… bom, se o Adrien lá chegasse, eu pessoalmente ficaria felicíssimo. Por muito que se queira banalizar o jogador em questão, ele foi o patrão de uma das equipas que praticava um futebol mais interessante (e mais parecido com aquele que se enquadra com o Sporting, de posse, de assumir as despesas do jogo) no panorama europeu. E olha que isso para mim quer dizer muito.
Os outros vão ‘rebentar’ dentro de algum tempo. Nós, poderemos ir pelo mesmo caminho. Interessante que se comece a ver os ‘despesistas’ da segunda circular a falarem na formação, no desinvestimento e na sua ausência no mercado de Inverno.
E olha que eles têm um defesa-esquerdo que é do nível do nosso suplente, e centrais suplentes que conseguem ter menos rendimento que o Rodriguez acabado de chegar da Selecção do Peru, por exemplo (ou um suplente para defesa-direito que nem é defesa-direito e é parecido com o ‘ódio-mor’ dos sportinguistas)…
Relativo pouco dinheiro? Em que sentido? Fazendo as contas todas (transferencias + prémios + comissões), achas que foi pouco? Olha, o Elias e o Wolfswinkel juntos custaram 14.4 milhões (ou perto disso). Só em custo de transferência. Parece-te um valor irrisório (ainda para mais no contexto financeiro actual)?
Eu também gostava de pensar assim. Mas não consigo. Imagino sempre qual será o cenário negativo. E o cenário negativo, neste momento, seria o ‘rebentamento’ de tudo o que temos gasto contando o que podemos (ou não) receber no final da época.
Eu quero manter a ambição. O desafio é exactamente reduzir ligeiramente o investimento, sem perder a ambição. Não se conseguiu fazer até agora? Não. Mas pouco se conseguiu fazer no Sporting nos últimos anos. Não o vejo como um desafio impossível.
Vender uma ou duas mais-valias no final da época e apostar em jogadores talentosos (os tais 3 que falei, por exemplo), com poucos custos, e rodeados de grandes jogadores, seria uma política que seria de difícil aceitação. Porém, além de corajosa, seria racional.
Para mim, e terminando este tema, dentro dos valores falados (ou semelhantes…), não avançaria para este investimento. Não o vejo como absolutamente necessário e não o vejo como um ‘input’ de rendimento desportivo (presente e futuro) que justifique esta opção face a outros médios com contrato (e olha que temos muitos, seguramente).
Só isso.