Gostaria de deixar aqui uma sugestão, (aliás já enviei por email para o sersporting) a criação de uma sala de convivio para os sócios, tal como existia no antigo estádio e que os roqueteiros fizeram questão de esquecer, o que não é de estranhar uma vez que para eles os socios também eram para esquecer.
Mas há uma sala de sócios no estádio: junto à clínica CUF (na mesma entrada para os escritórios dos Leões de Portugal)
Exactamente
Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.

Gostaria de deixar aqui uma sugestão, (aliás já enviei por email para o sersporting) a criação de uma sala de convivio para os sócios, tal como existia no antigo estádio e que os roqueteiros fizeram questão de esquecer, o que não é de estranhar uma vez que para eles os socios também eram para esquecer.
Para teres a noção do que foi o Congresso, foi chumbada uma recomendação para fazer uma sala de sócios condigna no Alvaláxia. Provavelmente, foram os mesmos que chumbaram a recomendação “A gestão do Clube deve estar focada no sócio”… :whistle:
:offtopic: Hoje, tive um assomo de náusea quando li que o candidato Souto tinha feito uma referência a esse evento. Acho que era porque o Congresso tinha aprovado uma recomendação em que os sócios desejavam um pavilhão, como se fosse preciso fazer congressos para se saber isso.

Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.
Comparada com a antiga sala de sócios, a actual é um sótão.
Queres perceber o verdadeiro valor dos sócios do Sporting para esta Direcção? Então, pergunta a qualquer sócio que já tenha visitado a sala de sócios do SCP, o que ele acha dessa mesma sala(?) e depois, tira as tuas conclusões...
http://www.forumscp.com/index.php?topic=9651.msg307758#msg307758
:arrow:

Lito:
Gostaria de deixar aqui uma sugestão, (aliás já enviei por email para o sersporting) a criação de uma sala de convivio para os sócios, tal como existia no antigo estádio e que os roqueteiros fizeram questão de esquecer, o que não é de estranhar uma vez que para eles os socios também eram para esquecer.
Mas há uma sala de sócios no estádio: junto à clínica CUF (na mesma entrada para os escritórios dos Leões de Portugal)
Errrrrrrr. A minha sala é pouco menor do que essa…
Dividida em duas. De um lado ocupada (apenas porque não dá para mais praticamente) uma mesa de snooker. Na parte logo de entrada uns sofazitos e umas revistas amontoadas.
Capacidade: 20 pessoas talvez…
Deprimente…

Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.
Não sou do tempo da sede social na Mansão dos Alvalade nem da nossa primeira sede formal e social no Chiado, nem da que se seguiu no Palácio Foz,nos Restauradores.Mas sei que era uma sede sumptuosa com zona social para os sócios,em que as festas dos sócios constituíam autênticos acontecimentos mundanos e que era o orgulho de todos os Sportinguistas.O esplendor das festas sociais e culturais ou dos saraus desportivos realizados no Palácio Foz,eram motivo das mais variadas crónicas que enalteciam e realçavam a unidade e a grandeza do Mundo Sportinguista.
Mais tarde em 1947 veio a sede na Rua do Passadiço.Um Palacete que tinha pertencido ao Club Alemão durante o III Reich e que foi adquirido à Comissão de Liquidatária dos Bens Alemães.Prestigiado edifício com pátio interior que para além de sala/museu,lar de jogadores,secretaria,possuía salões e bar-restaurante para os sócios poderem confraternizar e exaltar o seu Sportinguismo.
Quando em 1956 o Estádio José Alvalade foi construído,mais uma vez os sócios não foram esquecidos e foram-lhes concedidos espaços condignos de lazer com sala de bilhares e outras actividades.
Percebe-se que para todos os dirigentes desde a fundação do Sporting os sócios desempenhavam e representavam papel de relevo na vida social do Clube e que a sua presença não só era desejada,como também incentivada através de espaços que os dignificassem e onde poderiam conviver e partilhar os ideais da grande Família Leonina.
Em 1995 chegou ao Sporting a chamada “Era Roquette”.Tudo mudou.Foi construído um Estádio em que por incrível que pareça não foi contemplado um único local para o convívio dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Depois de muitas reclamações por parte dos sócios e quase como que por obrigação o 3º presidente dessa dinastia tenebrosa concedeu a muito custo um local para os sócios se poderem reúnir.
Há cerca de quatro ou cinco anos,numa tarde cinzenta,desloquei-me ao Estádio de Alvalade para fazer umas compras na “Loja Verde”.
Após ter comprado o que queria,lembrei-me de ir visitar o tal espaço dedicado aos sócios.Como estava com alguma dificuldade em encontar o tal local perguntei a alguns funcionários que ia encontrando,mas que também não sabiam onde era.
Por fim,lá dei com uma portinhola que tinha por cima uma placa mal amanhada com o dizer"Sala dos Sócios".
Dirigi-me à dita porta e de imediato apareceu um segurança pedindo-me o cartão de sócio.Depois de me identificar,entrei.
A minha primeira sensação foi de pavor.Uma sala exígua que não teria mais do que 5m X 5m e com um tecto que não chegava aos 2,50m.As paredes caiadas de branco ostentavam abundantemente buracos e manchas cinzentas do cimento.Alguns quadros pendurados estavam todos tortos e outros com o vidro partido.O chão em cimento em bruto,mais não era do que uma betomilha ordinária e feita à pressa.
Meia dúzia de mesas de café de Província dos anos sessenta que deveriam ter sido encontradas num qualquer barracão de ferro velho,em que não havia uma única que tivesse a fórmica que as cobria intacta.As pernas em ferro,quase na sua maioria estavam enferrujadas.As cadeiras que as circundavam,também tinham a fórmica estalada e partida e algumas já não tinham as borrachas nos pés,que para além de quando arrastadas causarem um barulho detestável,faziam com que os pobres que nelas estavam sentados estivessem todos tortos.
Na sala encontravam-se cerca de 8 desolados e desesperados sócios que jogavam à Sueca com uns baralhos de cartas mais sebentos do que na mais imunda das tabernas.
Ao fundo desta miserável saleta dividida por uma espécie de arco,encontrava-se um bilhar com o pano rasgado e com alguns jornais desportivos espalhados em cima, que mais parecia terem sido trazidos pela boca dos cães.
A luz que iluminava esta espelunca era composta por barras de neon ao jeito de uma oficina de bate-chapas e em que uma já não tinha armadura e outra piscava irritantemente.
Como não havia janelas,o cheiro era insuportável a suor retardado.
Para piorar as coisas,se é que era possível,na porta o segurança implacável tresandava a um misto de catinga com perfume de monhé.
Eu estava petrificado e estupefacto.Retirei-me.
Ao fim de alguns metros,dei que as lágrimas me corriam pela cara,de indignação e de revolta.Nesse dia tinha pensado levar o meu pai e o meu filho e só imaginava a vergonha que eles teriam sentido.
Nunca contei esta história a ninguém.
Nesse dia, se é que havia dúvidas,tive a certeza e percebi o que estes dirgentes infames e indignos da "Era Roquette"pensam dos sócios e a consideração que têm por eles.
Nessa mesma “Sala dos Sócios”,se houvesse justiça ou se de mim dependesse,nessa mesma sala dizia eu,seriam todos enforcados.
Está na hora do Sporting voltar a SER SPORTING e do seu REGRESSO AOS SÓCIOS.
É triste e revoltante, uma autêntica vergonha!!! Nunca lá fui mas depois desta descrição a vontade não é muita.
Trata-se de um tema que poderia ser discutido com alguém ligado a esta candidatura, por exemplo ITM.
:o
chirola, fazendo um recuo temporal até à minha idade de garoto, altura em que costumava rumar a Alvalade para ver os jogos da Uefa, aquilo que me lembro é que, apesar de não ser propriamente um local luxuoso no antigo estádio, os sócios tinham pelo menos uma sala ampla com bilhares onde tinham condições aceitáveis para a confraternização (se não estou equivocado até café tinha…).
De facto é vergonhoso que após tanta obra e tanta mudança de condições se tenha dado esse tratamento aos sócios… Desconhecia, mas face aquilo que se viu nestes últimos anos não posso dizer que tenha ficado surpreendido e nem de deixar achar essa atitude perante os sócios como coerente perante o que preconizam! :
Grande texto @Chirola
Tb tenho grandes recordações da antiga sala destinada aos socios no antigo Estadio.Espaço nobre á altura da nossa hitória e que dava gosto frequentar.
Foi ai que conheçi alguns jovens que na altura viviam no Centro de Estagio(Peixe,P.Torres sao 2 exemplos).
Lembro-me de á seunda feira la ir fazer o rescaldo da jornada.
Enfim existia algo que se perdeu.
Tiraram vida aquela zona do Estadio e hoje ainda pagamos por isso.
SL

Não sou do tempo da sede social na Mansão dos Alvalade nem da nossa primeira sede formal e social no Chiado, nem da que se seguiu no Palácio Foz,nos Restauradores.Mas sei que era uma sede sumptuosa com zona social para os sócios,em que as festas dos sócios constituíam autênticos acontecimentos mundanos e que era o orgulho de todos os Sportinguistas.O esplendor das festas sociais e culturais ou dos saraus desportivos realizados no Palácio Foz,eram motivo das mais variadas crónicas que enalteciam e realçavam a unidade e a grandeza do Mundo Sportinguista.
Mais tarde em 1947 veio a sede na Rua do Passadiço.Um Palacete que tinha pertencido ao Club Alemão durante o III Reich e que foi adquirido à Comissão de Liquidatária dos Bens Alemães.Prestigiado edifício com pátio interior que para além de sala/museu,lar de jogadores,secretaria,possuía salões e bar-restaurante para os sócios poderem confraternizar e exaltar o seu Sportinguismo.
Quando em 1956 o Estádio José Alvalade foi construído,mais uma vez os sócios não foram esquecidos e foram-lhes concedidos espaços condignos de lazer com sala de bilhares e outras actividades.
Percebe-se que para todos os dirigentes desde a fundação do Sporting os sócios desempenhavam e representavam papel de relevo na vida social do Clube e que a sua presença não só era desejada,como também incentivada através de espaços que os dignificassem e onde poderiam conviver e partilhar os ideais da grande Família Leonina.
Em 1995 chegou ao Sporting a chamada “Era Roquette”.Tudo mudou.Foi construído um Estádio em que por incrível que pareça não foi contemplado um único local para o convívio dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Depois de muitas reclamações por parte dos sócios e quase como que por obrigação o 3º presidente dessa dinastia tenebrosa concedeu a muito custo um local para os sócios se poderem reúnir.Há cerca de quatro ou cinco anos,numa tarde cinzenta,desloquei-me ao Estádio de Alvalade para fazer umas compras na “Loja Verde”.
Após ter comprado o que queria,lembrei-me de ir visitar o tal espaço dedicado aos sócios.Como estava com alguma dificuldade em encontar o tal local perguntei a alguns funcionários que ia encontrando,mas que também não sabiam onde era.Por fim,lá dei com uma portinhola que tinha por cima uma placa mal amanhada com o dizer"Sala dos Sócios".
Dirigi-me à dita porta e de imediato apareceu um segurança pedindo-me o cartão de sócio.Depois de me identificar,entrei.A minha primeira sensação foi de pavor.Uma sala exígua que não teria mais do que 5m X 5m e com um tecto que não chegava aos 2,50m.As paredes caiadas de branco ostentavam abundantemente buracos e manchas cinzentas do cimento.Alguns quadros pendurados estavam todos tortos e outros com o vidro partido.O chão em cimento em bruto,mais não era do que uma betomilha ordinária e feita à pressa.
Meia dúzia de mesas de café de Província dos anos sessenta que deveriam ter sido encontradas num qualquer barracão de ferro velho,em que não havia uma única que tivesse a fórmica que as cobria intacta.As pernas em ferro,quase na sua maioria estavam enferrujadas.As cadeiras que as circundavam,também tinham a fórmica estalada e partida e algumas já não tinham as borrachas nos pés,que para além de quando arrastadas causarem um barulho detestável,faziam com que os pobres que nelas estavam sentados estivessem todos tortos.
Na sala encontravam-se cerca de 8 desolados e desesperados sócios que jogavam à Sueca com uns baralhos de cartas mais sebentos do que na mais imunda das tabernas.Ao fundo desta miserável saleta dividida por uma espécie de arco,encontrava-se um bilhar com o pano rasgado e com alguns jornais desportivos espalhados em cima, que mais parecia terem sido trazidos pela boca dos cães.
A luz que iluminava esta espelunca era composta por barras de neon ao jeito de uma oficina de bate-chapas e em que uma já não tinha armadura e outra piscava irritantemente.
Como não havia janelas,o cheiro era insuportável a suor retardado.
Para piorar as coisas,se é que era possível,na porta o segurança implacável tresandava a um misto de catinga com perfume de monhé.
Eu estava petrificado e estupefacto.Retirei-me.Ao fim de alguns metros,dei que as lágrimas me corriam pela cara,de indignação e de revolta.Nesse dia tinha pensado levar o meu pai e o meu filho e só imaginava a vergonha que eles teriam sentido.
Nunca contei esta história a ninguém.
Nesse dia, se é que havia dúvidas,tive a certeza e percebi o que estes dirgentes infames e indignos da "Era Roquette"pensam dos sócios e a consideração que têm por eles.Nessa mesma “Sala dos Sócios”,se houvesse justiça ou se de mim dependesse,nessa mesma sala dizia eu,seriam todos enforcados.
Está na hora do Sporting voltar a SER SPORTING e do seu REGRESSO AOS SÓCIOS.
Brutal relato! E a verdade é que o raio da sala é mesmo assim. Nunca entrei, só estive à porta a olhar envergonhado lá para dentro.
Vi tudo ali menos uma coisa: Sporting.

Lito:
Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.Não sou do tempo da sede social na Mansão dos Alvalade nem da nossa primeira sede formal e social no Chiado, nem da que se seguiu no Palácio Foz,nos Restauradores.Mas sei que era uma sede sumptuosa com zona social para os sócios,em que as festas dos sócios constituíam autênticos acontecimentos mundanos e que era o orgulho de todos os Sportinguistas.O esplendor das festas sociais e culturais ou dos saraus desportivos realizados no Palácio Foz,eram motivo das mais variadas crónicas que enalteciam e realçavam a unidade e a grandeza do Mundo Sportinguista.
Mais tarde em 1947 veio a sede na Rua do Passadiço.Um Palacete que tinha pertencido ao Club Alemão durante o III Reich e que foi adquirido à Comissão de Liquidatária dos Bens Alemães.Prestigiado edifício com pátio interior que para além de sala/museu,lar de jogadores,secretaria,possuía salões e bar-restaurante para os sócios poderem confraternizar e exaltar o seu Sportinguismo.
Quando em 1956 o Estádio José Alvalade foi construído,mais uma vez os sócios não foram esquecidos e foram-lhes concedidos espaços condignos de lazer com sala de bilhares e outras actividades.
Percebe-se que para todos os dirigentes desde a fundação do Sporting os sócios desempenhavam e representavam papel de relevo na vida social do Clube e que a sua presença não só era desejada,como também incentivada através de espaços que os dignificassem e onde poderiam conviver e partilhar os ideais da grande Família Leonina.
Em 1995 chegou ao Sporting a chamada “Era Roquette”.Tudo mudou.Foi construído um Estádio em que por incrível que pareça não foi contemplado um único local para o convívio dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Depois de muitas reclamações por parte dos sócios e quase como que por obrigação o 3º presidente dessa dinastia tenebrosa concedeu a muito custo um local para os sócios se poderem reúnir.Há cerca de quatro ou cinco anos,numa tarde cinzenta,desloquei-me ao Estádio de Alvalade para fazer umas compras na “Loja Verde”.
Após ter comprado o que queria,lembrei-me de ir visitar o tal espaço dedicado aos sócios.Como estava com alguma dificuldade em encontar o tal local perguntei a alguns funcionários que ia encontrando,mas que também não sabiam onde era.Por fim,lá dei com uma portinhola que tinha por cima uma placa mal amanhada com o dizer"Sala dos Sócios".
Dirigi-me à dita porta e de imediato apareceu um segurança pedindo-me o cartão de sócio.Depois de me identificar,entrei.A minha primeira sensação foi de pavor.Uma sala exígua que não teria mais do que 5m X 5m e com um tecto que não chegava aos 2,50m.As paredes caiadas de branco ostentavam abundantemente buracos e manchas cinzentas do cimento.Alguns quadros pendurados estavam todos tortos e outros com o vidro partido.O chão em cimento em bruto,mais não era do que uma betomilha ordinária e feita à pressa.
Meia dúzia de mesas de café de Província dos anos sessenta que deveriam ter sido encontradas num qualquer barracão de ferro velho,em que não havia uma única que tivesse a fórmica que as cobria intacta.As pernas em ferro,quase na sua maioria estavam enferrujadas.As cadeiras que as circundavam,também tinham a fórmica estalada e partida e algumas já não tinham as borrachas nos pés,que para além de quando arrastadas causarem um barulho detestável,faziam com que os pobres que nelas estavam sentados estivessem todos tortos.
Na sala encontravam-se cerca de 8 desolados e desesperados sócios que jogavam à Sueca com uns baralhos de cartas mais sebentos do que na mais imunda das tabernas.Ao fundo desta miserável saleta dividida por uma espécie de arco,encontrava-se um bilhar com o pano rasgado e com alguns jornais desportivos espalhados em cima, que mais parecia terem sido trazidos pela boca dos cães.
A luz que iluminava esta espelunca era composta por barras de neon ao jeito de uma oficina de bate-chapas e em que uma já não tinha armadura e outra piscava irritantemente.
Como não havia janelas,o cheiro era insuportável a suor retardado.
Para piorar as coisas,se é que era possível,na porta o segurança implacável tresandava a um misto de catinga com perfume de monhé.
Eu estava petrificado e estupefacto.Retirei-me.Ao fim de alguns metros,dei que as lágrimas me corriam pela cara,de indignação e de revolta.Nesse dia tinha pensado levar o meu pai e o meu filho e só imaginava a vergonha que eles teriam sentido.
Nunca contei esta história a ninguém.
Nesse dia, se é que havia dúvidas,tive a certeza e percebi o que estes dirgentes infames e indignos da "Era Roquette"pensam dos sócios e a consideração que têm por eles.Nessa mesma “Sala dos Sócios”,se houvesse justiça ou se de mim dependesse,nessa mesma sala dizia eu,seriam todos enforcados.
Está na hora do Sporting voltar a SER SPORTING e do seu REGRESSO AOS SÓCIOS.
alguem ponha este homem na lista de candidatura…este texto deveria ser espalhado por toda a naçao verde e branco para toda gente ver ao ponto a que se chegou.
uma nota: por acaso alguem viu a ediçao da bola ontem…nas ultimas paginas um artigozinho a pedir a opiniao de um socio?

Lito:
Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.Não sou do tempo da sede social na Mansão dos Alvalade nem da nossa primeira sede formal e social no Chiado, nem da que se seguiu no Palácio Foz,nos Restauradores.Mas sei que era uma sede sumptuosa com zona social para os sócios,em que as festas dos sócios constituíam autênticos acontecimentos mundanos e que era o orgulho de todos os Sportinguistas.O esplendor das festas sociais e culturais ou dos saraus desportivos realizados no Palácio Foz,eram motivo das mais variadas crónicas que enalteciam e realçavam a unidade e a grandeza do Mundo Sportinguista.
Mais tarde em 1947 veio a sede na Rua do Passadiço.Um Palacete que tinha pertencido ao Club Alemão durante o III Reich e que foi adquirido à Comissão de Liquidatária dos Bens Alemães.Prestigiado edifício com pátio interior que para além de sala/museu,lar de jogadores,secretaria,possuía salões e bar-restaurante para os sócios poderem confraternizar e exaltar o seu Sportinguismo.
Quando em 1956 o Estádio José Alvalade foi construído,mais uma vez os sócios não foram esquecidos e foram-lhes concedidos espaços condignos de lazer com sala de bilhares e outras actividades.
Percebe-se que para todos os dirigentes desde a fundação do Sporting os sócios desempenhavam e representavam papel de relevo na vida social do Clube e que a sua presença não só era desejada,como também incentivada através de espaços que os dignificassem e onde poderiam conviver e partilhar os ideais da grande Família Leonina.
Em 1995 chegou ao Sporting a chamada “Era Roquette”.Tudo mudou.Foi construído um Estádio em que por incrível que pareça não foi contemplado um único local para o convívio dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Depois de muitas reclamações por parte dos sócios e quase como que por obrigação o 3º presidente dessa dinastia tenebrosa concedeu a muito custo um local para os sócios se poderem reúnir.Há cerca de quatro ou cinco anos,numa tarde cinzenta,desloquei-me ao Estádio de Alvalade para fazer umas compras na “Loja Verde”.
Após ter comprado o que queria,lembrei-me de ir visitar o tal espaço dedicado aos sócios.Como estava com alguma dificuldade em encontar o tal local perguntei a alguns funcionários que ia encontrando,mas que também não sabiam onde era.Por fim,lá dei com uma portinhola que tinha por cima uma placa mal amanhada com o dizer"Sala dos Sócios".
Dirigi-me à dita porta e de imediato apareceu um segurança pedindo-me o cartão de sócio.Depois de me identificar,entrei.A minha primeira sensação foi de pavor.Uma sala exígua que não teria mais do que 5m X 5m e com um tecto que não chegava aos 2,50m.As paredes caiadas de branco ostentavam abundantemente buracos e manchas cinzentas do cimento.Alguns quadros pendurados estavam todos tortos e outros com o vidro partido.O chão em cimento em bruto,mais não era do que uma betomilha ordinária e feita à pressa.
Meia dúzia de mesas de café de Província dos anos sessenta que deveriam ter sido encontradas num qualquer barracão de ferro velho,em que não havia uma única que tivesse a fórmica que as cobria intacta.As pernas em ferro,quase na sua maioria estavam enferrujadas.As cadeiras que as circundavam,também tinham a fórmica estalada e partida e algumas já não tinham as borrachas nos pés,que para além de quando arrastadas causarem um barulho detestável,faziam com que os pobres que nelas estavam sentados estivessem todos tortos.
Na sala encontravam-se cerca de 8 desolados e desesperados sócios que jogavam à Sueca com uns baralhos de cartas mais sebentos do que na mais imunda das tabernas.Ao fundo desta miserável saleta dividida por uma espécie de arco,encontrava-se um bilhar com o pano rasgado e com alguns jornais desportivos espalhados em cima, que mais parecia terem sido trazidos pela boca dos cães.
A luz que iluminava esta espelunca era composta por barras de neon ao jeito de uma oficina de bate-chapas e em que uma já não tinha armadura e outra piscava irritantemente.
Como não havia janelas,o cheiro era insuportável a suor retardado.
Para piorar as coisas,se é que era possível,na porta o segurança implacável tresandava a um misto de catinga com perfume de monhé.
Eu estava petrificado e estupefacto.Retirei-me.Ao fim de alguns metros,dei que as lágrimas me corriam pela cara,de indignação e de revolta.Nesse dia tinha pensado levar o meu pai e o meu filho e só imaginava a vergonha que eles teriam sentido.
Nunca contei esta história a ninguém.
Nesse dia, se é que havia dúvidas,tive a certeza e percebi o que estes dirgentes infames e indignos da "Era Roquette"pensam dos sócios e a consideração que têm por eles.Nessa mesma “Sala dos Sócios”,se houvesse justiça ou se de mim dependesse,nessa mesma sala dizia eu,seriam todos enforcados.
Está na hora do Sporting voltar a SER SPORTING e do seu REGRESSO AOS SÓCIOS.
é isto cultura, mistica Sportinguista! tem de se passar a historia do clube aos mais novos… para que possam sentir o que foi e que tem de ser no presente e no futuro este clube. Honrar a nossa historia é algo que a dinastia falhou totalmente, abaixo essa escumalha.

chirola:
Lito:
Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.Não sou do tempo da sede social na Mansão dos Alvalade nem da nossa primeira sede formal e social no Chiado, nem da que se seguiu no Palácio Foz,nos Restauradores.Mas sei que era uma sede sumptuosa com zona social para os sócios,em que as festas dos sócios constituíam autênticos acontecimentos mundanos e que era o orgulho de todos os Sportinguistas.O esplendor das festas sociais e culturais ou dos saraus desportivos realizados no Palácio Foz,eram motivo das mais variadas crónicas que enalteciam e realçavam a unidade e a grandeza do Mundo Sportinguista.
Mais tarde em 1947 veio a sede na Rua do Passadiço.Um Palacete que tinha pertencido ao Club Alemão durante o III Reich e que foi adquirido à Comissão de Liquidatária dos Bens Alemães.Prestigiado edifício com pátio interior que para além de sala/museu,lar de jogadores,secretaria,possuía salões e bar-restaurante para os sócios poderem confraternizar e exaltar o seu Sportinguismo.
Quando em 1956 o Estádio José Alvalade foi construído,mais uma vez os sócios não foram esquecidos e foram-lhes concedidos espaços condignos de lazer com sala de bilhares e outras actividades.
Percebe-se que para todos os dirigentes desde a fundação do Sporting os sócios desempenhavam e representavam papel de relevo na vida social do Clube e que a sua presença não só era desejada,como também incentivada através de espaços que os dignificassem e onde poderiam conviver e partilhar os ideais da grande Família Leonina.
Em 1995 chegou ao Sporting a chamada “Era Roquette”.Tudo mudou.Foi construído um Estádio em que por incrível que pareça não foi contemplado um único local para o convívio dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Depois de muitas reclamações por parte dos sócios e quase como que por obrigação o 3º presidente dessa dinastia tenebrosa concedeu a muito custo um local para os sócios se poderem reúnir.Há cerca de quatro ou cinco anos,numa tarde cinzenta,desloquei-me ao Estádio de Alvalade para fazer umas compras na “Loja Verde”.
Após ter comprado o que queria,lembrei-me de ir visitar o tal espaço dedicado aos sócios.Como estava com alguma dificuldade em encontar o tal local perguntei a alguns funcionários que ia encontrando,mas que também não sabiam onde era.Por fim,lá dei com uma portinhola que tinha por cima uma placa mal amanhada com o dizer"Sala dos Sócios".
Dirigi-me à dita porta e de imediato apareceu um segurança pedindo-me o cartão de sócio.Depois de me identificar,entrei.A minha primeira sensação foi de pavor.Uma sala exígua que não teria mais do que 5m X 5m e com um tecto que não chegava aos 2,50m.As paredes caiadas de branco ostentavam abundantemente buracos e manchas cinzentas do cimento.Alguns quadros pendurados estavam todos tortos e outros com o vidro partido.O chão em cimento em bruto,mais não era do que uma betomilha ordinária e feita à pressa.
Meia dúzia de mesas de café de Província dos anos sessenta que deveriam ter sido encontradas num qualquer barracão de ferro velho,em que não havia uma única que tivesse a fórmica que as cobria intacta.As pernas em ferro,quase na sua maioria estavam enferrujadas.As cadeiras que as circundavam,também tinham a fórmica estalada e partida e algumas já não tinham as borrachas nos pés,que para além de quando arrastadas causarem um barulho detestável,faziam com que os pobres que nelas estavam sentados estivessem todos tortos.
Na sala encontravam-se cerca de 8 desolados e desesperados sócios que jogavam à Sueca com uns baralhos de cartas mais sebentos do que na mais imunda das tabernas.Ao fundo desta miserável saleta dividida por uma espécie de arco,encontrava-se um bilhar com o pano rasgado e com alguns jornais desportivos espalhados em cima, que mais parecia terem sido trazidos pela boca dos cães.
A luz que iluminava esta espelunca era composta por barras de neon ao jeito de uma oficina de bate-chapas e em que uma já não tinha armadura e outra piscava irritantemente.
Como não havia janelas,o cheiro era insuportável a suor retardado.
Para piorar as coisas,se é que era possível,na porta o segurança implacável tresandava a um misto de catinga com perfume de monhé.
Eu estava petrificado e estupefacto.Retirei-me.Ao fim de alguns metros,dei que as lágrimas me corriam pela cara,de indignação e de revolta.Nesse dia tinha pensado levar o meu pai e o meu filho e só imaginava a vergonha que eles teriam sentido.
Nunca contei esta história a ninguém.
Nesse dia, se é que havia dúvidas,tive a certeza e percebi o que estes dirgentes infames e indignos da "Era Roquette"pensam dos sócios e a consideração que têm por eles.Nessa mesma “Sala dos Sócios”,se houvesse justiça ou se de mim dependesse,nessa mesma sala dizia eu,seriam todos enforcados.
Está na hora do Sporting voltar a SER SPORTING e do seu REGRESSO AOS SÓCIOS.
alguem ponha este homem na lista de candidatura…este texto deveria ser espalhado por toda a naçao verde e branco para toda gente ver ao ponto a que se chegou.
uma nota: por acaso alguem viu a ediçao da bola ontem…nas ultimas paginas um artigozinho a pedir a opiniao de um socio?
Realmente, um texto excelente que retrata bem o antagonismo que existe entre esta dinastia e as que a antecederam.
E o amigo que o escreveu tem jeito para a escrita descritiva…Muy bien!

Lito:
Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.Não sou do tempo da sede social na Mansão dos Alvalade nem da nossa primeira sede formal e social no Chiado, nem da que se seguiu no Palácio Foz,nos Restauradores.Mas sei que era uma sede sumptuosa com zona social para os sócios,em que as festas dos sócios constituíam autênticos acontecimentos mundanos e que era o orgulho de todos os Sportinguistas.O esplendor das festas sociais e culturais ou dos saraus desportivos realizados no Palácio Foz,eram motivo das mais variadas crónicas que enalteciam e realçavam a unidade e a grandeza do Mundo Sportinguista.
Mais tarde em 1947 veio a sede na Rua do Passadiço.Um Palacete que tinha pertencido ao Club Alemão durante o III Reich e que foi adquirido à Comissão de Liquidatária dos Bens Alemães.Prestigiado edifício com pátio interior que para além de sala/museu,lar de jogadores,secretaria,possuía salões e bar-restaurante para os sócios poderem confraternizar e exaltar o seu Sportinguismo.
Quando em 1956 o Estádio José Alvalade foi construído,mais uma vez os sócios não foram esquecidos e foram-lhes concedidos espaços condignos de lazer com sala de bilhares e outras actividades.
Percebe-se que para todos os dirigentes desde a fundação do Sporting os sócios desempenhavam e representavam papel de relevo na vida social do Clube e que a sua presença não só era desejada,como também incentivada através de espaços que os dignificassem e onde poderiam conviver e partilhar os ideais da grande Família Leonina.
Em 1995 chegou ao Sporting a chamada “Era Roquette”.Tudo mudou.Foi construído um Estádio em que por incrível que pareça não foi contemplado um único local para o convívio dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Depois de muitas reclamações por parte dos sócios e quase como que por obrigação o 3º presidente dessa dinastia tenebrosa concedeu a muito custo um local para os sócios se poderem reúnir.Há cerca de quatro ou cinco anos,numa tarde cinzenta,desloquei-me ao Estádio de Alvalade para fazer umas compras na “Loja Verde”.
Após ter comprado o que queria,lembrei-me de ir visitar o tal espaço dedicado aos sócios.Como estava com alguma dificuldade em encontar o tal local perguntei a alguns funcionários que ia encontrando,mas que também não sabiam onde era.Por fim,lá dei com uma portinhola que tinha por cima uma placa mal amanhada com o dizer"Sala dos Sócios".
Dirigi-me à dita porta e de imediato apareceu um segurança pedindo-me o cartão de sócio.Depois de me identificar,entrei.A minha primeira sensação foi de pavor.Uma sala exígua que não teria mais do que 5m X 5m e com um tecto que não chegava aos 2,50m.As paredes caiadas de branco ostentavam abundantemente buracos e manchas cinzentas do cimento.Alguns quadros pendurados estavam todos tortos e outros com o vidro partido.O chão em cimento em bruto,mais não era do que uma betomilha ordinária e feita à pressa.
Meia dúzia de mesas de café de Província dos anos sessenta que deveriam ter sido encontradas num qualquer barracão de ferro velho,em que não havia uma única que tivesse a fórmica que as cobria intacta.As pernas em ferro,quase na sua maioria estavam enferrujadas.As cadeiras que as circundavam,também tinham a fórmica estalada e partida e algumas já não tinham as borrachas nos pés,que para além de quando arrastadas causarem um barulho detestável,faziam com que os pobres que nelas estavam sentados estivessem todos tortos.
Na sala encontravam-se cerca de 8 desolados e desesperados sócios que jogavam à Sueca com uns baralhos de cartas mais sebentos do que na mais imunda das tabernas.Ao fundo desta miserável saleta dividida por uma espécie de arco,encontrava-se um bilhar com o pano rasgado e com alguns jornais desportivos espalhados em cima, que mais parecia terem sido trazidos pela boca dos cães.
A luz que iluminava esta espelunca era composta por barras de neon ao jeito de uma oficina de bate-chapas e em que uma já não tinha armadura e outra piscava irritantemente.
Como não havia janelas,o cheiro era insuportável a suor retardado.
Para piorar as coisas,se é que era possível,na porta o segurança implacável tresandava a um misto de catinga com perfume de monhé.
Eu estava petrificado e estupefacto.Retirei-me.Ao fim de alguns metros,dei que as lágrimas me corriam pela cara,de indignação e de revolta.Nesse dia tinha pensado levar o meu pai e o meu filho e só imaginava a vergonha que eles teriam sentido.
Nunca contei esta história a ninguém.
Nesse dia, se é que havia dúvidas,tive a certeza e percebi o que estes dirgentes infames e indignos da "Era Roquette"pensam dos sócios e a consideração que têm por eles.Nessa mesma “Sala dos Sócios”,se houvesse justiça ou se de mim dependesse,nessa mesma sala dizia eu,seriam todos enforcados.
Está na hora do Sporting voltar a SER SPORTING e do seu REGRESSO AOS SÓCIOS.
Bom, eu não quis ser detalhado e resumi tudo num “deprimente”.
A verdade é que, nesse dia que visitei a “sala”, andei com mais tempo pelo Estádio. O Sporting ia jogar com o Leiria (empatámos 1-1) e encontrei o Marco Aurélio (ex-central) com quem falei um pouco. Fui à sala de bilhar do Sporting e, no final do jogo, fui entregar uma reprodução de uma foto de uma equipa de reservas do SCP onde estava o Carlos Pereira ao próprio que, não obstante o resultado e o semblante carregado, foi muito simpático.
O dia não foi, de facto, dos melhores…

Lito:
Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.Não sou do tempo da sede social na Mansão dos Alvalade nem da nossa primeira sede formal e social no Chiado, nem da que se seguiu no Palácio Foz,nos Restauradores.Mas sei que era uma sede sumptuosa com zona social para os sócios,em que as festas dos sócios constituíam autênticos acontecimentos mundanos e que era o orgulho de todos os Sportinguistas.O esplendor das festas sociais e culturais ou dos saraus desportivos realizados no Palácio Foz,eram motivo das mais variadas crónicas que enalteciam e realçavam a unidade e a grandeza do Mundo Sportinguista.
Mais tarde em 1947 veio a sede na Rua do Passadiço.Um Palacete que tinha pertencido ao Club Alemão durante o III Reich e que foi adquirido à Comissão de Liquidatária dos Bens Alemães.Prestigiado edifício com pátio interior que para além de sala/museu,lar de jogadores,secretaria,possuía salões e bar-restaurante para os sócios poderem confraternizar e exaltar o seu Sportinguismo.
Quando em 1956 o Estádio José Alvalade foi construído,mais uma vez os sócios não foram esquecidos e foram-lhes concedidos espaços condignos de lazer com sala de bilhares e outras actividades.
Percebe-se que para todos os dirigentes desde a fundação do Sporting os sócios desempenhavam e representavam papel de relevo na vida social do Clube e que a sua presença não só era desejada,como também incentivada através de espaços que os dignificassem e onde poderiam conviver e partilhar os ideais da grande Família Leonina.
Em 1995 chegou ao Sporting a chamada “Era Roquette”.Tudo mudou.Foi construído um Estádio em que por incrível que pareça não foi contemplado um único local para o convívio dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Depois de muitas reclamações por parte dos sócios e quase como que por obrigação o 3º presidente dessa dinastia tenebrosa concedeu a muito custo um local para os sócios se poderem reúnir.Há cerca de quatro ou cinco anos,numa tarde cinzenta,desloquei-me ao Estádio de Alvalade para fazer umas compras na “Loja Verde”.
Após ter comprado o que queria,lembrei-me de ir visitar o tal espaço dedicado aos sócios.Como estava com alguma dificuldade em encontar o tal local perguntei a alguns funcionários que ia encontrando,mas que também não sabiam onde era.Por fim,lá dei com uma portinhola que tinha por cima uma placa mal amanhada com o dizer"Sala dos Sócios".
Dirigi-me à dita porta e de imediato apareceu um segurança pedindo-me o cartão de sócio.Depois de me identificar,entrei.A minha primeira sensação foi de pavor.Uma sala exígua que não teria mais do que 5m X 5m e com um tecto que não chegava aos 2,50m.As paredes caiadas de branco ostentavam abundantemente buracos e manchas cinzentas do cimento.Alguns quadros pendurados estavam todos tortos e outros com o vidro partido.O chão em cimento em bruto,mais não era do que uma betomilha ordinária e feita à pressa.
Meia dúzia de mesas de café de Província dos anos sessenta que deveriam ter sido encontradas num qualquer barracão de ferro velho,em que não havia uma única que tivesse a fórmica que as cobria intacta.As pernas em ferro,quase na sua maioria estavam enferrujadas.As cadeiras que as circundavam,também tinham a fórmica estalada e partida e algumas já não tinham as borrachas nos pés,que para além de quando arrastadas causarem um barulho detestável,faziam com que os pobres que nelas estavam sentados estivessem todos tortos.
Na sala encontravam-se cerca de 8 desolados e desesperados sócios que jogavam à Sueca com uns baralhos de cartas mais sebentos do que na mais imunda das tabernas.Ao fundo desta miserável saleta dividida por uma espécie de arco,encontrava-se um bilhar com o pano rasgado e com alguns jornais desportivos espalhados em cima, que mais parecia terem sido trazidos pela boca dos cães.
A luz que iluminava esta espelunca era composta por barras de neon ao jeito de uma oficina de bate-chapas e em que uma já não tinha armadura e outra piscava irritantemente.
Como não havia janelas,o cheiro era insuportável a suor retardado.
Para piorar as coisas,se é que era possível,na porta o segurança implacável tresandava a um misto de catinga com perfume de monhé.
Eu estava petrificado e estupefacto.Retirei-me.Ao fim de alguns metros,dei que as lágrimas me corriam pela cara,de indignação e de revolta.Nesse dia tinha pensado levar o meu pai e o meu filho e só imaginava a vergonha que eles teriam sentido.
Nunca contei esta história a ninguém.
Nesse dia, se é que havia dúvidas,tive a certeza e percebi o que estes dirgentes infames e indignos da "Era Roquette"pensam dos sócios e a consideração que têm por eles.Nessa mesma “Sala dos Sócios”,se houvesse justiça ou se de mim dependesse,nessa mesma sala dizia eu,seriam todos enforcados.
Está na hora do Sporting voltar a SER SPORTING e do seu REGRESSO AOS SÓCIOS.
Isto é o chirola no seu melhor , eu ainda tive a sorte de não conhecer tal sala , mas realmente pela descrição é melhor nem lá ír.
Essa sala de sócios pode ser uma arma utilizada nesta campanha , que tal fazerem um video , para mostrar a forma como os sócios são tratados.
Eu sou novo , não conheço muito da história das antigas sedes , mas pela descrição do chirola , é vergonhoso ao que chegamos , dum clube social , o Sporting transformou-se num clube anti-social.

Lito:
Mas essa sala tem condições?
Eu nunca lá fui mas disseram-me que não.Não sou do tempo da sede social na Mansão dos Alvalade nem da nossa primeira sede formal e social no Chiado, nem da que se seguiu no Palácio Foz,nos Restauradores.Mas sei que era uma sede sumptuosa com zona social para os sócios,em que as festas dos sócios constituíam autênticos acontecimentos mundanos e que era o orgulho de todos os Sportinguistas.O esplendor das festas sociais e culturais ou dos saraus desportivos realizados no Palácio Foz,eram motivo das mais variadas crónicas que enalteciam e realçavam a unidade e a grandeza do Mundo Sportinguista.
Mais tarde em 1947 veio a sede na Rua do Passadiço.Um Palacete que tinha pertencido ao Club Alemão durante o III Reich e que foi adquirido à Comissão de Liquidatária dos Bens Alemães.Prestigiado edifício com pátio interior que para além de sala/museu,lar de jogadores,secretaria,possuía salões e bar-restaurante para os sócios poderem confraternizar e exaltar o seu Sportinguismo.
Quando em 1956 o Estádio José Alvalade foi construído,mais uma vez os sócios não foram esquecidos e foram-lhes concedidos espaços condignos de lazer com sala de bilhares e outras actividades.
Percebe-se que para todos os dirigentes desde a fundação do Sporting os sócios desempenhavam e representavam papel de relevo na vida social do Clube e que a sua presença não só era desejada,como também incentivada através de espaços que os dignificassem e onde poderiam conviver e partilhar os ideais da grande Família Leonina.
Em 1995 chegou ao Sporting a chamada “Era Roquette”.Tudo mudou.Foi construído um Estádio em que por incrível que pareça não foi contemplado um único local para o convívio dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Depois de muitas reclamações por parte dos sócios e quase como que por obrigação o 3º presidente dessa dinastia tenebrosa concedeu a muito custo um local para os sócios se poderem reúnir.Há cerca de quatro ou cinco anos,numa tarde cinzenta,desloquei-me ao Estádio de Alvalade para fazer umas compras na “Loja Verde”.
Após ter comprado o que queria,lembrei-me de ir visitar o tal espaço dedicado aos sócios.Como estava com alguma dificuldade em encontar o tal local perguntei a alguns funcionários que ia encontrando,mas que também não sabiam onde era.Por fim,lá dei com uma portinhola que tinha por cima uma placa mal amanhada com o dizer"Sala dos Sócios".
Dirigi-me à dita porta e de imediato apareceu um segurança pedindo-me o cartão de sócio.Depois de me identificar,entrei.A minha primeira sensação foi de pavor.Uma sala exígua que não teria mais do que 5m X 5m e com um tecto que não chegava aos 2,50m.As paredes caiadas de branco ostentavam abundantemente buracos e manchas cinzentas do cimento.Alguns quadros pendurados estavam todos tortos e outros com o vidro partido.O chão em cimento em bruto,mais não era do que uma betomilha ordinária e feita à pressa.
Meia dúzia de mesas de café de Província dos anos sessenta que deveriam ter sido encontradas num qualquer barracão de ferro velho,em que não havia uma única que tivesse a fórmica que as cobria intacta.As pernas em ferro,quase na sua maioria estavam enferrujadas.As cadeiras que as circundavam,também tinham a fórmica estalada e partida e algumas já não tinham as borrachas nos pés,que para além de quando arrastadas causarem um barulho detestável,faziam com que os pobres que nelas estavam sentados estivessem todos tortos.
Na sala encontravam-se cerca de 8 desolados e desesperados sócios que jogavam à Sueca com uns baralhos de cartas mais sebentos do que na mais imunda das tabernas.Ao fundo desta miserável saleta dividida por uma espécie de arco,encontrava-se um bilhar com o pano rasgado e com alguns jornais desportivos espalhados em cima, que mais parecia terem sido trazidos pela boca dos cães.
A luz que iluminava esta espelunca era composta por barras de neon ao jeito de uma oficina de bate-chapas e em que uma já não tinha armadura e outra piscava irritantemente.
Como não havia janelas,o cheiro era insuportável a suor retardado.
Para piorar as coisas,se é que era possível,na porta o segurança implacável tresandava a um misto de catinga com perfume de monhé.
Eu estava petrificado e estupefacto.Retirei-me.Ao fim de alguns metros,dei que as lágrimas me corriam pela cara,de indignação e de revolta.Nesse dia tinha pensado levar o meu pai e o meu filho e só imaginava a vergonha que eles teriam sentido.
Nunca contei esta história a ninguém.
Nesse dia, se é que havia dúvidas,tive a certeza e percebi o que estes dirgentes infames e indignos da "Era Roquette"pensam dos sócios e a consideração que têm por eles.Nessa mesma “Sala dos Sócios”,se houvesse justiça ou se de mim dependesse,nessa mesma sala dizia eu,seriam todos enforcados.
Está na hora do Sporting voltar a SER SPORTING e do seu REGRESSO AOS SÓCIOS.
Tal como já disse noutras paragens, o que vocês talvez não saibam é que em projecto haviam muitos espaços reservados pelo menos ao nivel do fosso com area, pelo menos, mais digna para uma sala de sócios!
Vejam as legendas que estão aumentadas.
caros amigos sportinguistas hoje estive pela primeira vez na sala de sócios o sporting, fui a uma consulta na cuf alvalade e a sala fica mesmo ao lado, Fiquei chocado com o que vi, passo a descrever: 4 mesas para jogar jogos de mesa e uma mesa de snooker, é completamente fechada e nem uma janela para a rua tem. Será que o que pagamos durante a nossa vida não merecemos mais do que estar enfiados numa toca?
gostaria de saber qual a vossa opinião sobre este assunto e se a AAS já fez ou pretende fazer alguma iniciativa neste sentido.
um abraço deste leão cada vez mais ferido