[b]Rússia invade a Geórgia Os tanques russos estão a atravessar a fronteira entre a Rússia e a Geórgia às centenas, ao mesmo tempo que a Força Aérea Russa se encontra a bombardear as cidades do país. O presidente georgiano afirma que o país se está a "auto-defender" da agressão de Moscovo.[/b]Segundo afirmações do presidente georgiano Mikhail Saakashvili à estação de televisão norte-americana CNN, “durante todo o dia, eles [os russos] têm estado a bombardear a Geórgia com numerosos aviões e estão a alvejar deliberadamente a população civil. Temos dezenas de mortos e feridos civis em todo o país”.
O chefe de Estado georgiano afirmou que a situação actual “é o pior pesadelo que alguém pode ter”, tendo precisado que pelo menos 150 veículos blindados russos já passaram a fronteira e que as forças georgianas abateram dois aviões inimigos.
Questionado sobre se a Geórgia e a Rússia estão agora em guerra, Saakashvili afirmou que “o meu país está em auto-defesa contra a agressão russa. As tropas russas invadiram a Geórgia.”
Em carta hoje enviada à população da Geórgia, o presidente do país anunciou a mobilização de dezenas de milhares de reservistas e adiantou que a mobilização do país vai continuar.
“Temos que estar unidos. Todos nós, centenas de milhares de Georgianos aqui e no estrangeiro, devemos aproximarmo-nos, unir-nos e combater para salvar a Geórgia. Somos um povo que ama a Liberdade, e se a nossa nação estiver unida, nenhum agressor irá ser capaz de lhe fazer dano”, escreveu Saakashvili.
Do lado russo, o canal 1 da televisão estatal tem estado a mostrar imagens de grandes números de tanques pesados alegadamente a caminho da Geórgia, enquanto que o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que enviou “reforços” militares para a província georgiana da Ossétia do Sul, alegadamente para ajudar os “soldados da paz” russos que se encontram na região, depois de um ataque georgiano a um quartel na Ossétia do Sul ter morto um número indeterminado de militares russos.
“Toda a situação é muito triste e alarmante”, disse esta manhã o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, que acrescentou que “claro, haverá uma resposta”.
Segundo o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, o chefe do Governo russo disse hoje em Pequim que “existem muitos voluntários a serem reunidos na região, e é muito difícil impedi-los de tomar parte. Uma guerra real está a ser travada.”
Reacções internacionais
Estes acontecimentos surgem depois de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a escalada da violência na Ossétia do Sul, que acabou hoje sem qualquer comunicado final.
Já a Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OCSE) anunciou um enviado seu será enviado “imediatamente” para a região.
O Secretário-geral da NATO, Jaap de Hoop Scheffer emitiu já um comunicado onde diz estar “seriamente preocupado” com os recentes acontecimentos na região, e apelou a todos os lados para que terminem os combates e começem negociações directas.
Os Estados Unidos e o Reino Unido apelaram por seu turno aos lados envolvidos no conflito para que terminem a violência.
http://edition.cnn.com/2008/WORLD/europe/08/08/georgia.ossetia/index.html#cnnSTCVideo
lado russo
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/d6424cf66ae2458f60df99.html
cronologia
http://diario.iol.pt/internacional/ossetia-do-sul-russia-guerra-ossetia-georgia/979789-4073.html
(mais de mil mortos…)