A solução imediata é passar a ter mais know-how e não o aumento de recursos.
Tu mesmo colocaste bem a questão, “o Sporting tem os recursos, o Porto tem o know-how”. Então do que é que o Sporting precisa, de mais recursos? Não me parece.
O Sporting já teve no passado um fundo de jogadores, que liquidou passado 1 ou 2 anos (ou seja o Sporting recomprou a parte que tinha vendido), nunca foi anunciado o motivo pelo qual isso sucedeu.
Parece que estás a desconversar. Neste tópico tem-se falado exclusivamente de recursos, activo, passivo, capital…
Tu começaste por falar na " venda de um dos jogadores com maior valor de mercado, Moutinho ou Veloso, no mínimo por 15 M€", o que somente criará recursos, não criará know-how nenhum. Foi relativamente a essa forma de gerar recursos que centrei a minha resposta, sugerindo uma solução alternativa de gerar os mesmos recursos, que não obrigasse a perder as pérolas do plantel.
Passando então à necessidade de ter o know-how, não me parece que o Sporting consiga, de hoje para amanhã, recrutar e colocar bons olheiros nos mercados onde o FC Porto tem estado, tirando rapidamente dividendos desse investimento. Depois, o FCP goza de um conjunto de boas relações, uma espécie de compadrio semi-mafioso, por esse País fora. Desta forma, tem merecido um tratamento preferencial por parte de quase todos os clubes nacionais de segunda e terceira linha, partindo assim em vantagem para qualquer potencial bom negócio. Não será fácil igualar tamanha façanha.
Eu falei na venda de jogadores porque é a solução menos má para reequilibrar uma situação deficitária, não para criar valor acrescentado. No caso do Sporting, essa solução menos má tem um lado positivo, que é o de permitir o turnover do que é produzido pela Academia, ou seja, ajuda em parte à renovação dos recursos.
Agora nada disto resolve o real problema que é como aproveitar esses recursos. Para isso é preciso o know-how, e se bem que o Porto tem uma teia de influências pouco recomendável, também não é menos verdade que são bons a reconhecer e colmatar falhas no plantel e na equipa técnica antes de darem início à época, são bons na forma como controlam os factores que podem causar instabilidade à equipa (como a imprensa ou os empresários por exemplo) e são bons no nível elevado de exigência e de responsabilização que colocam nos seus atletas, técnicos e dirigentes. Isto tudo é know-how, apetrecham-se bem de pessoas estratégicas que sabem gerir bem os recursos e depois é deixar a bola rolar. Por diversas vezes fico com a nítida sensação que um jogador do Porto entra em campo com a ideia correcta do que tem a fazer, ie, interpretar as ideias do treinador e vencer o jogo, ao passo que um do Sporting entra em campo a pensar se vai ou não ser assobiado, se as pessoas acham que está ou não a jogar mal, se o observador do clube Y o estará a ver e a querer contratá-lo, etc e tal.
Se o Sporting quer aproveitar os recursos que tem que comece por colocar as pessoas certas a produzir futebol. A situação já esteve pior, mas neste momento apenas temos 2 no futebol sénior: o Sá Pinto e o Carvalhal. O JEB já se viu que não percebe nada do negócio do futebol (e não sei se vai a tempo) e naquele clube, de resto, parece que também mais ninguém percebe. Assim é difícil logicamente.
Há muito espaço no plantel para a renovação dos recursos. Não é preciso despachar os melhores. E é aí que se centra a minha sugestão.
Compreendo o que dizes em relação ao know-how, mas repara que se por um lado o FC Porto tem uma gestão desportiva com resultados muito superiores aos nossos, também é verdade que pouco aposta na Formação, aquele que é o nosso maior trunfo.
E, naturalmente, apostar na Formação tem dessas coisas. Se grande parte do nosso poderio financeiro provém da venda de jogadores, é natural que alguns deles, até porque se tratará sempre de um plantel jovem, se sintam desestabilizados e pensem em demasia no seu futuro e nos olheiros que os observam.
Deveremos por isso abdicar da Formação? Ambos respondemos prontamente que não! Afinal nisto ainda somos dos melhores do mundo. Mas algo terá que ser feito para dotar o plantel de maior auto-estima, maior identificação com o Clube e maior confiança… e lá chegamos nós novamente ao cerne da minha sugestão: Manter os melhores!
Quanto ao mau dirigismo, aquele que percebe mais de golf do que de bola, só mesmo nas urnas poderá ser combatido.
Pois é, meu caro, enquanto a fc porto SAD realizou mais-valias com vendas de passes da ordem de grandeza que mencionas, o Sporting CLUBE de Portugal vendeu quase todo o património que tinha para compensar a não realização dessas mais-valias.
Consegues perceber a diferença?
E consegues perceber o que isso significa e quão grave é esta situação?
Interroga-te apenas sobre o que resta de património ao Sporting CLUBE de Portugal, e para quantos anos mais de gestão ruinosa o respectivo valor será suficiente.
O Porto não aposta na formação porque não os tem. Faz uma comparação rápida dos últimos jogadores formados pelo Porto e Sporting que renderam elevadas somas:
FCP:
Ricardo Carvalho
SCP:
Simão Sabrosa
Hugo Viana
Quaresma
Ronaldo
Nani
A minha conclusão é que o Sporting supera o Porto na quantidade de jogadores formados de alta qualidade.
Logo, o Sporting tem melhores recursos internos que o Porto, daí este ser obrigado a investir somas avultadas em camiões de jogadores todos os anos, alguns bons e outros nem por isso, para colmatar as falhas do plantel. Isto traduz-se em muitos milhões de euros que o Porto tem em teoria de investir todos os anos a mais que o Sporting… e como é que o Porto balanceia esta estratégia? Vende mais tarde os que têm sucesso, recuperando não só o investimento directo nesses jogadores como o dos flops que compra. O Porto está “preso” a esta estratégia, não tem grandes alternativas, e estou em crer que PdC sabe disso, e como sabe disso a sua solução para sustentar este estado de coisas é simples e eficaz: arranja know-how suficiente para vencer com regularidade as competições internas e perpetuar assim a lógica de valorização de activos.
O que é que o Sporting precisa de fazer? A meu ver tem de competir com o Porto a nível de know-how e tentar manter o nível de investimento actual no plantel que tem. No mundo ideal teríamos mais know-how e mais investimento e assim conseguríamos uma superioridade tal que ninguém nos conseguiria parar. Infelizmente, o mundo ideal não existe, pelo que o Sporting deve contentar-se em conseguir nivelar a sua competitividade com a do Porto. E para o fazer não creio que investir mais seja a solução. O Benfica tem investido relativamente mais que o Sporting ano após ano e tem ficado abaixo do Sporting, ano após ano. Este ano, apesar de terem investido muitíssimo mais que o Sporting, também arranjaram mais algum know-how e é por isso que estão a ter um pouco mais de sucesso que nos anos anteriores (e aqui estou a fazer uma comparação com o Porto), porque se não o tivessem (o know-how) estariam novamente a deitar o investimento à rua.
O melhor que podia ter acontecido a todos estes dirigentes bananas que são ridiculamente medíocres a gerir um clube desportivo (JEB incluído) foi Paulo Bento e Pedro Barbosa terem saído e para os seus lugares terem entrado duas pessoas que são upgrades em tudo no know-how futebolístico, porque vão mascarar a incompetência daqueles. Creio que ainda não é suficiente para subirmos no patamar da competitividade, mas com esperança para lá caminhamos.
Esta criminosa “Era Roquette”,para onde quer que se vire,em tudo o que toca e mexe,em tudo onde se mete,tem para além de todas as atrocidades e bandalheiras que tem cometido,uma marca indelével que transporta consigo a todo o momento.
E essa marca que nunca os abandona,esse ferrete que trazem gravado na pele,esse estigma que faz parte deles próprios tem um nome.
Chama-se PREJUÍZO.
O Clube dá PREJUÍZO,a SAD dá PREJUÍZO,as empresas dão PREJUÍZO,a Alvaláxia deu PREJUÍZO. Tudo dá PREJUÍZO.
Desinvestiram miserávelmente na equipa de futebol,transformando-a numa manta de retalhos ordinária sem qualquer nível e sem qualquer categoria,atribuindo-lhe um orçamento inqualificável e vergonhoso,para um Clube com os pergaminhos e a ambição do Sporting Clube de Portugal.
Diziam estes meliantes Roqueteiros,todos eles grandes “gestores”,vá-se lá descobrir e saber porquê,que a razão desse acto de “gestão”,seria acabar com o PREJUÍZO e ainda mais do que isso,abater o monstruoso passivo que eles próprios criaram,urdiram e cavaram.
E o PREJUÍZO,continua.
Este Comité de Sábios Roqueteiros,os tais que iam transformar o Sporting num Clube modelo de desafogo e saúde financeira,em que todos os outros Clubes do Mundo,mais cedo ou mais tarde teriam de seguir o seu exemplo e a visão esclarecida e genial dos seus brilhantes “gestores”,conseguiu graças à sua clarividência e brilhantismo,transformar um passivo de 30 Milhões de Euros em 1995,para um passivo nunca explicado de mais de 400 Milhões de Euros em 2009.
E ainda há,por incrível que pareça,quem os alimente,quem os sustente,quem os defenda e quem os apoie.
É FARTAR VILANAGEM!
Para quando,uma AUDITORIA externa e independente às contas de todas as empresas do Grupo Sporting,dos últimos 14 anos?
Já não basta,vê-los corridos e expulsos do Sporting.
É preciso que Roquette e toda a sua Quadrilha,vá malhar com os costados atrás das grades.
Face à não qualificação para a Champions já era expectável este prejuízo, porque tem sido continuo o desinvestimento da direcção do SCP na marca Sporting.
Sem investimento no futebol a marca Sporting definha, e a incapacidade das sucessivas direcções se aperceberem disso, e o fazerem ver ao BES é que é deveras preocupante. O Sporting chegou a um estado contabilístico calamitoso, e neste momento já o BES é tão refém da divida do SCP quanto nós, por mesmo que liquidassem a totalidade do que sobra do nosso património, ficavam mesmo assim a arder a muitos milhares de milhões de euros. Até para ver a cor ao que adiantou o BES, tem de ser um parceiro mais flexivel, mas o pior é que a direcção não tem dado mostras de por aí saber tirar partido da situação.
E assim, iremos navegando, como até aqui, desbaratando o que resta do património para estancar os buracos crescentes, até ao ponto em que nada mais haverá para adiantar como garantia, altura essa em que os Gurus da Alta Finança que têm governado o Sporting, entregam as chaves, desaparecem de fininho e quem sobrar que feche a porta.
Mas como dizia JEB: " Só não se engana, quem não faz projectos!". Faltou é acrescentar que se trabalham para o Sporting, garantidamente não vão acertar…
Alguém me pode explicar esta afirmação, que se vem repetindo ao longo dos últimos meses, quando, por exemplo, na divulgação dos resultados do presente trimestre falam num passivo de 151 milhões?
Se reparares, no R&C da SAD (no anual) está que os juros não ultrapassam os 3 M€ mais coisa menos coisa e que a dívida bancária anda à volta dos 40 M€, ou seja, tens uma taxa de juro para aí de 7%.
Como FSF e JEB andam sempre a dizer que o Grupo Sporting tem de pagar todos os anos 14 ou 16 M€ de juros, então faz as contas. :mrgreen:
Explicação complexa:
Imaginemos que são 14 M€ em juros, o que aos mesmos 7% que considerámos anteriormente dá 200 M€ de dívida bancária. 40 desses estão na SAD, o que significa que 160 estão no Clube. A esses 200 (SAD+Clube) acrescentas a dívida não-bancária - como o passivo total da SAD é de 150 M€, então tens de acrescentar 110, ou seja, ficas com uma soma de 310 M€. E isto partindo do princípio que não existem dívidas não sujeitas a juros do lado “desconhecido” do Grupo Sporting claro.
Já agora, aqui fica um artigo que compara a SAD do Sporting com a dos rivais no primeiro trimestre de 2009/10:
[size=14pt][b]Benfica e Sporting iguais na falência[/b][/size]
02 | 12 | 2009 08.42H
As contas do primeiro trimestre das SAD dos três principais clubes, divulgadas entre segunda e terça-feira, revelam Benfica e Sporting com níveis idênticos de falência técnica, a rondar os 18 milhões de euros de capitais próprios negativos.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
Bem diferente é a situação do FC Porto, que aproveitando o encaixe com as vendas de Lisandro Lopez, Cissokho e Ibson, saiu do âmbito do artigo 35 do código das sociedades comerciais, ao apresentar 46 milhões positivos de capitais próprios - acima dos 37,5 milhões que representam metade do capital social.
As contas do primeiro trimestre da época 2009/10 revelam definitivamente a dependência dos clubes portugueses da transferência de jogadores. O FC Porto, mais um vez vendedor na última janela de transferências, apresentou um lucro de 23,4 milhões de euros, enquanto o Benfica, comprador, apresentou um prejuízo de seis milhões de euros e o Sporting, habitualmente mais conservador, teve um resultado negativo de 2,3 milhões.
De resto, olhando para as receitas excluindo as obtidas através da cedência dos passes dos jogadores os valores são equilibrados, com o Benfica a gerar 15,7 milhões de euros, o FC Porto 14,4 e o Sporting 10,9.
Em relação aos custos, novamente sem contar com os efectuados na aquisição de atletas, o mais gastador foi o FC Porto (16 milhões de euros), seguido do Benfica (14,2) e do Sporting (10,1).
As diferenças começam a avolumar-se quando se comparam os activos e os passivos das três SAD, com Benfica e Sporting claramente no vermelho.
O FC Porto apresentou um activo de 202 milhões de euros, na que é a primeira vez que uma SAD “vale” mais do que 200 milhões, enquanto o Benfica não está muito longe (189), mas o Sporting está quase a 70 milhões de distância (133).
Quanto aos passivos, a fasquia dos 200 milhões também foi pela primeira vez ultrapassada, neste caso pelo Benfica, que viu este item subir uns apreciáveis 39 por cento para os 207 milhões de euros, no que é o valor mais alto alguma vez apresentado por uma SAD portuguesa.
O Sporting, com uma situação económica igualmente difícil, apresentou um passivo de 151 milhões de euros, enquanto o FC Porto tem actualmente um passivo de 156 milhões.
Finalmente, no capítulo dos custos com o pessoal, maioritariamente consumido com os salários dos jogadores e dos treinadores, o FC Porto lidera a lista com mais de 10 milhões gastos no primeiro trimestre, mais milhão e meio do que os 8,5 despendidos pelos Benfica e mais 4,4 do que os gastos pelo Sporting (5,6).
O FCP não vende o que não tem. O FCP não tem património não desportivo para vender e já tem bem menos de 51% das acções da SAD. Como tal, vende a única coisa que pode vender: os jogadores!
Se eu quero um Sporting forte, prefiro que vendam prédios que mais não dão senão prejuízo e mantenham aquilo que verdadeiramente interessa para o sucesso desportivo (no caso, no futebol): os principais jogadores. O FCP não precisa de património não desportivo para ter o sucesso que tem. Dá que pensar…
Quando o FCP deixar de vencer, vai passar por um período tão complicado como aquele que o Sporting tem passado. È que Mourinhos não aparecem todos os anos…
Porém, se têm o azar de falhar a Champions por um ou mais anos, e de também não venderem consequentemente os jogadores que seriam valorizados com hipotéticas campanhas nessa prova, aquilo estoira, e terão de fechar portas. É um risco grande, mas pelos vistos tb o foi tentar construir um projecto financeiro para que os activos não dependessem unicamente do futebol.