Como o Inci diz, esse valor deverá constar do Relatório e Contas (embora não discriminado relativamente a este ou aquele jogador), mas isso não significa que tenha que ser revelado enquanto facto relevante.
A obrigação de comunicação de factos relevantes não existe, no caso das SAD, relativamente a todas as transferências, nem está legalmente construída com base numa fasquia de valor, a partir do qual o negócio tenha que ser comunicado.
O que o Código dos Valores Mobiliários estabele, no seu art. 248º, é que é obrigatória a revelação de qualquer informação que, depois de tornada pública, seja susceptível de influenciar o preço dos valores mobiliários (as acções, neste caso), e com base na qual os investidores possam tomar decisões de investimento.
É por isto que, no caso do Sporting, nem de perto nem de longe todas as transferências são comunicadas nestes termos, sendo que, por outro lado, são prestadas várias informações que não respeitam a transferências, como foi o caso da renovação do Liedson ou das contratações do Boloni e do Peseiro. Podem consultar aqui todas as informações de 2006 e anos anteriores.
Quanto a transferências, o que consta do arquivo é que só foram comunicadas as do Niculae, Jardel, Viana, Quaresma, Ricardo e Ronaldo. Sempre devido à influência que a informação poderia ter sobre as cotações, e não porque tenham atingido determinada fasquia de valor.
Em teoria é perfeitamente possível que um empréstimo de jogador ou outro negócio com poucos encargos seja suficientemente relevante para influenciar as cotações, justificando por isso a comunicação. Imaginemos, por absurdo, que o Sporting trazia o Ronaldinho emprestado, ou que o Zidane decidia prolongar a carreira, jogando gratuitamente no Sporting.
Infelizmente os nossos empréstimos e “custos zeros” não têm tido magnitude que o justifique… :lol: :?