1918-19
Em 1918-19, o Benfica acabou o Campeonato de Lisboa empatado com o Sporting e os regulamentos ditavam que, em caso de igualdade pontual, haveria uma final à melhor de 3. Os benfiquistas ficaram raivosos e não queriam jogar o playoff com o Sporting, alegando que 5 meses antes teria havido um golo fora-de-jogo que deveria ter sido validado na derrota com o Vitória de Setúbal à 2ª jornada.
Após muitos protestos tiveram de jogar o playoff. Ao intervalo do segundo jogo, os vermelhos já perdiam outra vez e estavam cada vez mais raivosos, no campo começaram as agressões e vários jogadores do Benfica acabaram expulsos. Jusa do Sporting também parecia ter sido expulso mas não foi e, ontem como hoje, os benfiquistas ficaram ainda mais raivosos, armaram uma batalha campal nas bancadas, invadiram o campo e agrediram tudo e todos, o que levou à intervenção da GNR.
Goradas todas as tentativas, o Benfica continuou os protestos na secretaria e a AF Lisboa quase acedeu à ira vermelha, mas o Sporting respondeu que se assim fosse retirar-se-ia para sempre das competições da AFL. Perante a ameaça, o organismo manteve a verdade desportiva, mas todo o processo que se arrastou pelo Verão adentro levou a que a AFL não realizasse a Taça de Honra de 1919 (nessa altura uma competição de final de época).
1993-94
Decorria o Verão Quente de 1993 e os benfiquistas estavam muito raivosos com a transferência de Paulo Sousa e Pacheco para Alvalade e assim boicotaram a Taça de Honra. Sousa Cintra, após ganhar a competição duas vezes consecutivas, terá dito que o troféu era o mais bonito de Portugal.
O Benfica, raivoso com toda a situação, argumentou que não mais participava em competições para agrado do Sporting e no ano seguinte a AF Lisboa suspendeu a realização da Taça de Honra indefinidamente.
(A dada altura os benfiquistas gabavam-se até de terem acabado com a referida competição.)
2015-16
Em 2015-16 a A AF Lisboa suspende a realização da Taça de Honra indefinidamente em virtude de o Benfica e os seus adeptos, entre os quais o presidente da AFL, Nuno Cárcomo Lobo, estarem muito raivosos com a transferência de Jorge Jesus para o Sporting.
Aparentemente, o Benfica, por ser cabeça de cartaz num torneio na América do Norte («Benfica causa “repúdio” no México, não sendo considerado um “clube de primeira”»), irá usar a equipa B, como o Sporting fez em 2013, mas Cárcomo respondeu:
[i]“Não posso permitir que a Taça de Honra se jogue com equipas B”, conclui.
“A associação está a fazer tudo” pela que considera ser a “menina dos olhos” da AF Lisboa. “Agora, por vezes, é preciso dar um passo atrás para dar dois em frente. Não tenho nenhum problema em assumi-lo se os clubes assim o entenderem”, assume Nuno Lobo.
O presidente da AF Lisboa reforça que não deixará que “a Taça de Honra acabe como acabou em 93/94, com a banalização por parte dos clubes, utilizando as equipas B”.[/i]
O que é falso pois, como já referido acima, a competição acabou porque a nação benfiquista em 1994 estava ensandecida de raiva.
Parece que o dirigente benfiquista terá confessado que não reactivou a competição para andar a dar troféus aos «lagartos». O projecto que visava ajudar o Benfica na sua guerra de títulos oficiais contra o Porto não terá corrido tão bem como a Taça da Liga.
a) Exemplo de benfiquista a começar a ficar raivoso