Eu leio todos os programas eleitorais (todos, até os de grupos políticos que estão nas mãos das mesmas pessoas desde a Revolução) desde a segunda vitória eleitoral de José Sócrates (o exercício é factível numa viagem de avião de pelo menos 5 horas).
Os vitupérios e insinuações ignóbeis, não omitindo a já mitológica maneira de interpretar enviesadamente uma ideologia cujos fundamentos não consentem dúvidas quanto ao que ela permite e não permite (adoraria contemplar um Estado ditatorial baseado num sistema que faz a apologia do individualismo…), destinadas à Iniciativa Liberal, na qual irei votar se estiver em Portugal no dia das eleições (difícil, mas vou tentar), são um sinal vítreo, por um lado, das correntes que dominam a Esquerda contemporânea (a qual, nas suas ilimitadas e peculiares estupidez, malícia e ignorância, insinua que um movimento que tenciona reduzir e embaratecer o funcionamento do Estado é cripto-fascista ou apologista de modelos económicos e políticos que não produzem crescimento económico, quando a verdade é também ela fácil de assimilar: quanto mais liberdade económica, mais prosperidade, menos poluição, mais liberdade individual, maior a dificuldade do Estado para perseguir ou favorecer A ou B, etc.) e, por outro lado, o estado paralisante e ideologicamente viscoso da Direita portuguesa (o PSD está na m**** e tem como líder alguém que revela uma falta quase humilhante de conhecimento sobre como jogar o jogo da política, além de cometer a iniquidade de apoiar o PS na aprovação daquele tipo de medidas de que o país precisa).
Claro que a pulverização do PSD, condição necessária para o crescimento da Iniciativa Liberal, pode encerrar também a sua neutralização, caso ao topo do PSD ascenda alguém como o Miguel Morgado, mas eu não temo este cenário, pois a minha lealdade está com a minha ideologia, não com qualquer partido. Votarei e apoiarei sempre aqueles que promoverem a minha ideologia (excepto se essa manifestação excluir abordar certos temas - que eu saiba, a Iniciativa Liberal foi o único movimento político que se insurgiu sem complexos contra o caso Rangel). Portanto, o que eu exijo é constância ideológica e probidade. Porque a Iniciativa Liberal não tem massa crítica no sistema político, não há maneira de, por enquanto, não adoptar o tipo de política que este movimento tem levado a cabo (retumbante e breve).
Sobre o que vai acontecer no que diz respeito a resultados eleitorais, a única certeza que tenho é a de que o PAN - grupinho cuja efectivação do seu programa eleitoral resultaria na emergência de um Estado ditatorial, já que as bases do seu pensamento económico e político são as do BE e PCP, com uma outra diferença aqui e ali - vai crescer (lol).
O PAN é Marx para as pessoas e Ayn Rand para os animais.
O seguinte axioma é isso mesmo, é incontornável e indesmentível: se agruparem os pensadores da ideologia liberal (de Locke a Bastiat, passando por Hayek, Herbert Spencer, Mises, Popper, Berlin, Lord Acton, Burke, Cobden, Tocqueville, Nozick, Say, Mill, entre muitos e muitos outros), não conseguirão, com as propostas destes, construir uma ditadura (nem soft, quanto mais uma baseada na supremacia de entidades colectivas/colectivistas), ponto final.
(abraço ao PNR por advogar a nacionalização de empresas que já pertencem ao Estado)
Outra curiosidade diz respeito a como a maioria dos programas políticos contempla opções (muitas!) que violam a Constituição da República. Parece que não estou sozinho em acreditar que a mesma é uma m**** e deve ser atirada para o lixo, e no seu lugar erguido um documento tão breve quanto possível.
Só num país como portugal é que um partido que deixa acontecer 2 greves que quase param o país ganha as próximas eleições por maioria absoluta (porque é o que vai acontecer). Votarei iniciativa liberal pois parece me dos poucos partidos que quer realmente mudar algo. O PSD infelizmente parou no tempo, o rui rio decepcionou muito, ainda para mais depois do excelente mandato q exerceu no porto
O Rui Rio tem uma falta de empatia enorme para quem quer ganhar umas eleições. Depois, tem más estratégias e sobretudo péssimas abordagens às temáticas, parece com receio de ser crítico, prefere ter posturas que visam os consensos. Pior, quer discutir o mesmo eleitorado que o PS, que o BE e PCP, quando temos mais de 40% de eleitores que fica em casa, é ridículo. Nem só desperdiça eleitores que estão ali no centro direita, para ir disputar eleitores que já sabem em quem votar na esquerda. Está quase tudo mal neste PSD e é pena, Portugal só ganharia em ter um PSD forte. É um líder fraco que está a fazer fracas as suas gentes. E até reconheço ali boas propostas no programa eleitoral, há uma certa vontade em avançar com reformas, mas falta tudo o resto (liderança, empatia, crítica, criatividade, diferenciação).
A Iniciativa Liberal com um líder mais mediático, em Portugal isso é fundamental, tinham aqui uma janela de oportunidade para entrar na Assembleia e aí tudo começa a ser possível (vide PAN). Que venham boas surpresas.
Há que estar preparado para tudo, tanto para um resultado acima das expectativas, como para um resultado desanimador. O certo é que a mais do que provável derrocada do PSD vai abrir mais uma janela de oportunidade (a primeira sendo a oposição insípida a este governo), a qual não sabemos como será aproveitada (até pelo próprio PSD).
Verdade, eu prefiro assumir sempre o pior e tudo o que vier por acréscimo é surpresa. As únicas coisas que peço são uma não maioria absoluta do PS, uma não maioria de 2/3 dos partidos de esquerda (incluo o PAN aqui) e a IL eleger pelo menos alguém. O Rio não vai resistir ao resultado destas eleições e cheira-me que o PS se vai enterrar à grande no próximo mandato.
Um partido que se diz centrista, mas que na verdade tem fações à direita com um passado de Passos Coelho lado a lado com Portas e todos os outros governos PSD-CDS que o antecederam nunca pode tentar roubar eleitorado do BE e do PCP. Isso é suicídio político, não há nada pior que um não-esquerdista tentar beijar o cu aos esquerdistas. Nunca resultou.
Quem vota no BE e no PCP vota à anos no mesmo partido, pode até ter mudado o sentido de voto do BE para o PCP e vice versa, mas nunca passa dali, no máximo alguns socialistas à esquerda do establishment do PS flertam com o BE em situações de total desapontamento com o seu partido (eleições 2009).
A esquerda à esquerda do PS é militante e nunca sai dali. Além de que isso só afasta o eleitorado de direita/centro direita que vê aquilo como uma traição aos princípios do partido.
O programa do PSD não é mau e as tais “cinco reformas inadiáveis” (nas quais se inclui reformar o sistema político) em que se baseia são uma resposta aos chamados problemas estruturais, mas o Rui Rui, sobre quem eu continuo convicto de que seria um primeiro-ministro eficaz e competente, tem revelado uma forma de fazer política que mais parece a de um traidor ao partido que lidera e aos militantes que o elegeram (imperdoável e mesmo soez a disponibilidade para ajudar o Partido Socialista, visto o PS que está no poder, o tipo de político que António Costa é e a governação seguida desde a última eleição - para medidas de m**** ou de reforço do governo, votam com o BE e o PCP, e para medidas necessárias e do tipo que aproximam Portugal dos países ricos, contam com o PSD, erro que o Passos também cometeu, diga-se).
Claro que alguém como o Rui Rio é carne para canhão diante de políticos como o António Costa.
Basta ver quem são as pessoas actualmente mais próximas do rui rio no PSD. Manuela ferreira leites… pachecos pereiras etc.. Não vai a lado nenhum nestas companhias.
Foi recuperar velhos dinossauros quando era o momento de trazer para o palco a nova geração de políticos do PSD. O Pedro Duarte, o Miguel Morgado, tinham que ser protagonistas e o Rui Rio que quer colar-se à esquerda ao máximo, obviamente que lhes tirou o palco. O António Costa é uma velha raposa e apanhar um Rui Rio é lhe facilitar o caminho, ele até chega ao ponto de gozar com o Rui Rio, que continua com aquele discurso que nunca perdeu eleições e que as sondagens nunca lhe deram vitórias. Um mau político consegue tornar um bom programa num mau e creio que é o caso.
Grande parte do PSD já está à espera de uma nova liderança. O partido está desunido, pouco crente e sem entusiasmo. Como é que se consegue convencer os eleitores se nem a nível interno consegue ser unificador? Muito dificilmente. E eu também concordo que o Rui Rio poderia ser um bom Primeiro Ministro, contudo é o seu pior inimigo.
Vai ser um momento muito decisivo para eles, e precisavam de mais tempo para se darem a conhecer. Há partidos como o PAN e o VOX que não conseguiram eleger ninguém ao início e depois deram o salto, mas sem dúvida que torna tudo muito mais complicado.
Tanto em Lisboa como no Porto vão precisar de dobrar (ou mais que isso) o nº de votos face a Maio, vai ser um desafio e tanto.
Ui que o partido do cartilheiro lampião anda nervoso :lol: Deste fórum nem um voto leva.
Um partido enquanto não entra para o parlamento não conta para o totobola e isto tem uma janela de oportunidade , se a deixam passar , acabou-se.
Para um partido como a Iniciativa liberal , a campanha é mais um momento importante , mais que para os grandes partidos que pouca variação terão.
Quanto a esse Chega , eu não deixo de pensar , que esse partido é uma criação da maçonaria , para impedir que apareça cá em Portugal , um partido a sério nessa área.
Então tem algum cabimento , esse biltre do Ventura andar a pregar contra a corrupção , ao mesmo tempo que defende o corrupto do camionista.
Esse Chega nunca foi um projecto sério , na campanha para as eleições europeias , até faltou a debates televisivos para continuar com a cartilha na CMTV.
Alerta!!!.. No boletim da sondagem, PAN está como Partido Animais Natureza… Lembrar que Partido agora já passou a Pessoas… Não sei se antes ainda terá passado por Plantas… :inde:
PS e Chega são os dois únicos partidos incapazes de separar política de futebol, o que é gravíssimo. Quando a discussão ou lá o que foi do orçamento foi apressada porque o Centeno queria ver o benfica :lol: