Portugal e África

Ainda hoje subsistem muitas dúvidas (e não só as lançadas pelo livro de Rui Mateus) sobre o verdadeiro destino dos financiamentos vindos de Macau. No entanto, em tribunal, os pretensos corruptores foram processualmente separados dos alegados corrompidos, com esta peculiaridade (que não inédita)judicial : os pretensos corruptores foram condenados, enquanto os alegados corrompidos foram absolvidos.

É à portuguesa, pois com certeza. Então ainda agora no caso Freeport, os únicos arguidos são os corruptores. E os corrompidos? Não houve? :whistle: E depois há sempre a dúvida sobre quem é que começou a “dança”. Foram os corruptores a aliciar, ou os corrompidos a pedir primeiro? :twisted:

Gostava de ler o livro desse Rui Mateus , mas aposto que já desapareceu do mercado. :whistle:

Nem mais. O livro esgotou (há quem diga que foi retirado de circulação) e nunca houve mais edições. Apesar do interesse, a editora recusou-se sempre a reeditá-lo. Quem se mete com o partido do regime leva… :whistle: De qualquer modo, há sempre outras maneiras… :wink:

http://rs14.rapidshare.com/files/23967307/Livro_Contos_Proibidos.pdf

Uma coisa é baptizar algo que não tem nome, outra é alterá-lo.
Eu na minha opinião continuo a achar mesquinho. Era a mesma coisa chegar um novo presidente ao Sporting, que para mostrar um corte radical com o passado recente do clube, renomeava uma treta qualquer que o Roquete tivesse construído e que tivesse baptizado com o seu nome (nem sei se há, é apenas um exemplo).

E já agora, o que pensam os descendentes dos Távoras da Praça Marquês de Pombal??? E os monárquicos da Avenida da República?
E porque raio temos um Museu do Mar Rei D. Carlos? Não se matou esse rei de modo a implantar-se a república? E agora homenageamos???

EU encaro isto com naturalidade. O nome das ruas, acho eu, têm como fundamento para além de identificar lugares (claro ;D ) também, quando é o caso, homenagear pessoas ou factos.

Não me parece que o Dr. Salazar seja alguém que mereça ser homenageado (e o caso do museu entendo que não seja pacifica porque soará sempre, mesmo que não seja esse o objectivo, a uma tentatia de passar a ideologia fascista que é algo que vai contra a Constituição), como me parece natural que um país faça homenagens aos do seu povo. O que é diferente de ter que se esquecer a História, e é diferente de não ser isento ao analisar a mesma.

Também não critico o facto de o povo de Moçambique ainda ter alguma mágoa em relação a Portugal, são feridas que levam tempo a sarar. As ajudas que Portugal e outros países desenvolvidos enviam para os países menos desenvolvidos são um dever moral (e de certa forma são um “investimento”) não como paga pelo passado mas por solidariedade que um Estado moderno e responsável deve ter para com aqueles que necessitam de ajuda para ultrapassar, numa fase inicial, os graves problemas de pobreza/desenvolvimento que têm.

Não sejas colonialista. :mrgreen:

Foi com essa desculpa que os portugueses foram para lá à 500 anos , para tirar aquela gente do obscurantismo.

Obrigadão pelo link. :wink:

Quando puder vou ler isto.

Nem queiras saber! >:D :-X

Quais descendentes? :twisted:

Se a toponímia tivesse essa restrição de evitar nomes ou acontecimentos susceptíveis de ferir toda e qualquer sensibilidade religiosa, social ou política, mais valia dar números em vez de nomes às Ruas, Praças e Avenidas. Não podia haver uma Avenida da República porque isso feria a susceptibilidade dos monárquicos, não podia haver uma Praça do Império porque isso feria a susceptibilidade dos anti-colonialistas, não podia haver uma Rua Padeira de Aljubarrota porque isso feria a susceptibilidade dos imigrantes espanhóis, não podia haver uma Praça da Trindade porque isso feria a susceptibilidade dos muçulmanos, etc.

O Museu do Mar Rei D. Carlos foi assim rebaptizado porque se localiza na antiga sede do Sporting Club de Cascais, fundado por esse mesmo rei e não foi por haver uma mudança de regime que o mérito daquela personalidade nesse acto particular se tornou menor. Como tal, não se verifica aí a incoerência que pretendias.

E a rua 69??? Ou a 666??? :twisted:

Eu também concordo com isso. Por isso sou contra a alteração dos nomes, pois a história não deve ser reescrita.

Então e o Salazar também não teve mérito ao ser nomeado ministro das Finanças? E o cargo de Presidente do Conselho de Ministros saiu-lhe na rifa?

Independentemente da concordância ou mesmo repugnância à sua actuação, não deixa de ser uma figura incontornável da nossa história.
Bem ou mal liderou o país e em determinado momento foi considerado solução dos nossos problemas.

Acredito que neste momento podem apaga-lo do nome de ruas, pontes, etc, mas mais tarde voltará a ser lembrado.
Do mesmo modo que se calhar os nossos filhos ou netos conhecerão ruas José Sócrates, Mário Soares, Cavaco Silva, e por aí fora.

Verdade. E por isso é que há uma Praça com o seu nome na sede de Concelho onde ele nasceu.

Mas a ponte a ligar a capital à margem comunista é que já seria uma afronta. :twisted:

Já parecem os benfiquistas, que tiraram a foto do Vale e Azevedo da parede, e parece que o homem nem foi presidente nem nada. :rotfl: :rotfl:

Para o bem ou para o mal, Hitler, Estaline, Lenine, Bush, Salazar, Franco, Pinochet e outros fazem parte da história.

O seu mal-fazer será esbatido pela história e se calhar daqui por 1000 anos serão vistos como grandes conquistadores e grandes estadistas.

Alexandre o Grande, vários dos Césares, Napoleão, Genghis Khan, Vlad o Empalador, vários dos Reis europeus, foram no seu tempo autênticos mal-feitores, sanguinários, extremistas, carrascos de milhares e milhares de pessoas. Mas hoje são recordados, não pelo mal que fizeram, mas pelo que almejaram conseguir.

Não me choca que houvesse uma ponte Salazar, ou um bairro Hitler, choca-me mais ver quem sobe ao poder tentar branquear o passado, como os talibãs que destruiram séculos de história, como os iraquianos que derrubaram as estátuas de Saddam, estão apenas a destruir a sua história, quando a mesma devia ser recordada, nem que fosse para aprender com os erros cometidos e não fazer de conta que não existiram.

Era de partir a rir a esquerdalhada da margem sul ter de atravessar a ponte Salazar. :rotfl:

Iam de certeza dar a volta a VF Xira :lol:

:rotfl:

Nada como “citar” o texto de um jornal que ninguém conhece, que por sinal está profusamente difundido pelos sítios nacionalistas.

Mais curioso é atribuí-lo a um António Marinho, advogado e jornalista, e insinuar que poderá ser o bastonário António Marinho Pinto. E depois ainda se pretende dar “mais” credibilidade ao referir que é advogado e jornalista, o que é incompatível, face ao exigido por cada uma das ordens.

Misturando com o livro de Rui Mateus - quem é a figura intocável e virginal de Rui Mateus, onde não é fácil perceber o factual com a vingança, parece coisa séria. Para terminar em beleza, é espalhar a corrente. Vamos todos saltar ao mesmo tempo para deslocar o planeta, e assim evitar o asteróide que chega no próximo dia 23 de Maio… :rotfl: :rotfl:

Sei que já é um texto antigo, mas se calhar serve para abrir os olhos a muita gente.

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E por serem pretos, não podem ser portugueses?! E face à tua pergunta, os seus pais eram portugueses, e só por isso teriam direito à nacionalidade. Eles mesmo nasceram lusos, e viveram muito tempo portugueses. Por mais que te incomode.

O nível da resposta evidencia ao que andas. Todos uns selvagens…

Com tanta coisa boa que uma colonização oferece, não foste capaz de indicar uma sequer. Porque não aceitamos nós o jugo de Castela?

Se calhar. foi eleito, não!? :rotfl: :rotfl: :rotfl: