Ponto prévio:
Não retiro nada que tenha dito relativamente à postura e algumas atitudes de Bruno de Carvalho principalmente desde as eleições de Março de 2017.
Não gostei, continuo a não gostar e voltava e voltarei a sublinhar tal se for caso disso. Não por uma questão de empunhar uma qualquer bandeira de liberdade de opinião que obviamente TODOS temos e continuaremos a ter.
Mas sim e pela informação que tenho como mero adepto, muito menor e sustentada que a de a de quem lidera o clube, de entender que os interesses do clube poderiam ter sido defendidos de outra forma, até por protecção de quem dá o corpo às balas. Por entender que o actual presidente é uma verdadeira mais valia e é preciso defender a obra feita e construir em cima do muito que se fez.
Também não gostei do desenlace desta última Assembleia Geral. Acho também que Bruno de Carvalho tem a sua grande quota de responsabilidades para um contexto que se criou que coloca em grande perigo a sua continuidade. Porque assim o escolheu.
Não nos enganemos. As propostas de alteração de estatutos não tornarão um clube difícil de gerir, em fácil de gerir. Não são profundas nem estruturantes, quando muito dotam os Orgãos Sociais de algumas ferramentas adicionais o que à partida torna este contexto de potencial queda de uma direcção, substantivamente pouco compreensível, do ponto de vista formal e de governance.
O que está então, verdadeiramente, em causa?
Desgaste do presidente. Ponto. Os sinais estavam lá e a AG do último fim de semana foi a última gota. As reacções dos dias anteriores nas redes sociais, o discurso na abertura da AG, mostraram alguém farto de ser atacado e farto de ser pouco defendido.
Os tais 90%, os tais que o legitimam ( e legitimam, de facto ) não impediram uma onda de falácias relativamente às propostas do Conselho Directivo, aliás, contribuíram e muito menos permitiram que o presidente se fizesse ouvir num espaço de debate e esclarecimento no local para tal.
Não é isto?
Bruno de Carvalho não pôde defender aquilo que considera ( bem ou mal ), ser dos interesses do clube e viu que essa impossibilidade foi promovida por figuras como Severino e Morgado. Não estão em causa a boa fé que muitos sócios tiveram e têm em querer para outro dia uma discussão de pontos de alguma sensibilidade, dada uma AG que se prolongou o tempo e pelos relatos, mal conduzida.
Para o presidente, ficou certamente a mágoa de ver pessoas sinistras terem mão numa AG do clube. Que basicamente, foi isso que aconteceu.
Bruno de Carvalho até se porá a jeito em muitas coisas? Põe. Mas nada justifica traição, compadrio com quem nos quer mal, o ataque pessoal e à família e as denúncias caluniosas.
E que se desconfie e se façam processos de intenção falaciosos e agora falo dos tais 90% que o legitimam, relativamente ao presidente como se fizeram na semana que antecedeu a AG, relativamente às propostas dos Orgãos Sociais.
No dia 17 estarei em Lisboa, farei 600 kms para fazer a minha parte.
Por mim, Bruno fica.