Depois de furtar uma viatura com localizador de GPS, um indivíduo com quase 40 anos deslocou-se para uma outra zona da cidade já seguido pela PSP e foi abatido a tiro
O polícia que disparou mortalmente sobre um indivíduo que acabara de furtar uma viatura arrisca-se a ir parar à prisão.
O elemento da PSP de 33 anos que baleou ontem mortalmente um suspeito de furto de uma carrinha, em Lisboa, foi constituído arguido pela Polícia Judiciária (PJ). O indivíduo estava em fuga ao volante de uma viatura furtada, cerca de uma hora antes, na zona de Belém, e o agente que o interceptou na zona do Lumiar deverá ser acusado pelo crime de homicídio por negligência, correndo o risco de ser condenado e expulso daquela força de segurança. A vítima mortal, um homem a rondar os 40 anos, com registo criminal por furtos e roubos, encontrava-se desarmado e estava acompanhado por um travesti.
A viatura , uma Mitsubishi Canter, era propriedade da RB Transportes, empresa de entregas porta a porta, e foi furtada, segundo a PSP, por volta das 11.30, quando o motorista procedia à entrega de produtos cosméticos num salão de cabeleireiros, na zona de Belém, em Lisboa.
A empresa de transportes alertou de imediato a PSP, tendo também informado que a viatura se encontrava apetrechada com um localizador GPS, que foi fulcral para o trabalho da polícia.
As primeiras localizações via GPS ocorreram quando a viatura estava na zona da Musgueira, local conotado com o tráfico de droga. O indivíduo em fuga terá feito ali uma paragem para, supostamente, segundo populares ouvidos pelo DN, adquirir produto estupefaciente e recolher um travesti.
Já com dois ocupantes, a viatura seguiu para um local descampado na Azinhaga da Cidade, ao Lumiar, junto do viaduto do Eixo Norte-Sul, perto da Musgueira. Estava aí estacionada, com a frente voltada para um muro, para permitir alguma privacidade, quando surgiu uma Equipa de Intervenção Rápida da PSP. Um dos agentes aproximou-se.
Este é mais um de tantos casos em que um agente da PSP que está a fazer o seu trabalho acaba entre a espada e a parede.
Que justiça é esta? Não sei, sinceramente não entendo.
Mesmo. Neste caso a lei devia ser mudada.
Se continuar como está, as pessoas que cometem crimes não vão ter medo de armas apontadas a elas. Sabem que quem está com a arma não lhes pode disparar e os polícias sabendo disto também não vão arriscar. A maioria tem famílias para sustentar.
A partir do momento em que um ourives vai para a prisão por disparar sobre um assaltante em auto-defesa, já acredito em tudo em termos de justiça em Portugal.
Óbvio que há por aí mais, algo como escutas ou assim. Nojo de país.
Não são com contornos ainda algo duvidosos, que posso tecer uma opinião construtiva e que corresponda à realidade. Contudo acho que deveria haver bom senso. Mesmo em auto-defesa, não se deve andar a disparar a torto e a direito.
Os motivos pelo qual ocorreu o disparo? Alguém sabe? (Para além do furto da viatura).
A polícia abusa não raras vezes do seu poder de “autoridade”. Contudo , sabemos que são “agentes” de sociedade imprescindíveis para a segurança nacional. Cada caso é um caso. Aho que não deve haver um julgamento igual , para estes tipos de caso, mas sim uma análise diferenciada, face aos particularismos de cada situação :great:
Uma das maiores vergonhas no nosso Portugal é confundir segurança com autoritarismo. Uma outra vergonha é insinuar que o trabalho que um agente policial é executar pessoas à margem de qualquer sentença, quando em Portugal há séculos a pena capital foi banida. Isso é muito triste…
Sempre que existem mortes, há sempre uma investigação para apurar os factos. È procedimento normal em qualquer Democracia. Justiça?! De que Justiça te referes? Que sentença foi decretada? Há quem fale em Justiça para perpetrar crimes tremendos. Isto não é o faroeste. O apelo ao louvor ao justiceiro não passa de uma mensagem de violência. Matar, matar, matar porque sim. Depois de morto, pergunta-se o que se passou.
E já agora, porque a notícia só ficou a meio?!
Ao ver os polícias, [b]o suspeito do furto terá tentado sair do local [/b]em marcha atrás. [b]O agente quis impedi-lo[/b] e ainda deu um murro no vidro do lado do condutor, [b]mas desequilibrou-se e caiu. O outro agente, que estava a cerca de [u]dois metros da viatura[/u][/b], ao ver o colega atrapalhado puxou da Glock de 9 mm e [b]disparou um tiro em direcção ao vidro lateral, tendo [u]atingido o condutor na zona da cabeça. A bala entrou por um lado e saiu pelo outro[/u][/b], apurou o DN. O travesti saiu ileso e, depois de prestar esclarecimentos, foi mandado para casa sem ser constituído arguido.
O autor do disparo, pelo contrário, foi detido e constituído arguido pela PJ. Agora vai ser alvo de um inquérito interno, para abertura de um inquérito disciplinar, sendo também alvo de averiguações por parte da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), que poderá propor a sua expulsão da PSP. Paralelamente, vai correr o processo no Ministério Público, que deverá acusá-lo pelo crime de homicídio por negligência.
No interior da viatura, a Judiciária apenas encontrou um pequeno x-acto que nem sequer foi usado como ameaça. A vítima estava desarmada.
Este é mais um de tantos casos em que um agente da PSP que está a fazer o seu trabalho acaba entre a espada e a parede.
Que justiça é esta? Não sei, sinceramente não entendo.
Como em todos os casos, é preciso perceber o que aconteceu para comentar. Mesmo achando que, por vezes, não se protegem os agentes no cumprimento do dever, cada caso é diferente e um polícia também tem que cumprir regras e não pode usar “força letal” em todas as situações.
Facto, ou outro mito? Nojo de país é aquele onde existe quem julgue natural as forças policiais não prestarem justificações para os actos que praticam, mesmo quando tal implique morte de pessoas. Nojo, muito nojo.
Já houve um tempo em que quem tinha um pensamento diferente das massas era considerado um elemento perigoso. Parece que há gente que ficou parada no tempo… Essa foi apenas uma intervenção apologista do securitarismo e da repressão, Execuções sumárias porque sim.
Não percebi o que isso tem a ver com o que eu disse. Se alguém se põe em fuga da polícia (reconhecendo assim culpa em alguma matéria) e colocar em risco outras pessoas (seja por condução violenta, posse de arma ou outro qualquer motivo) não vejo porque se deve atar as mãos ao polícia, sendo que este não pode disparar sobre o infractor, mas o infractor já pode matar outro civíl inocente.
Não sei o que ocorreu de facto, mas segundo o que ouvi, houve uma condução perigosa por parte do fugitivo.
Ora, se o mesmo tentou atropelar os polícias, até podia ter apenas um preservativo no bolso, que não deixa de ser tão perigoso como se tivesse uma arma.
Eu pelo menos confesso a minha fragilidade: ia desta para melhor quer se levasse um tiro, quer apanhasse com uma carrinha desgovernada em cima.
Pois, mas ali na segunda notícia parece que a única arma que o gajo tinha de fora era a gaita.
Mas sinceramente também não sei, que façam um inquérito e apurem detalhadamente o que se passou.
A vida de polícia de rua não é fácil, a lei não ajuda muito, o que se calhar depois sugere que estes actuem por cima dela à justiceiro.
Só que isso não pode ser assim. A polícia como autoridade deve ser muito rigorosa de modo a manter a credibilidade.
Ou sou eu que tenho muito azar ou vejo sempre um autoritarismo desmedido por parte da polícia, seja ela PSP ou GNR. Não lamento a morte de um criminoso, mas muito menos lamento que um PSP fique lá dentro uns bons anos.
É a última estratégia editorial para prevenir que o jornal acabe.
A questão sobre a PSP deve ser debatida consoante o caso em questão, mas admiro a capacidade da polícia portuguesa, em situações de perseguição, apontar para o pneu e acertar na cabeça do condutor ou do pendura. :lol: :lol:
Na única questão comum a todos nós, o futebol, parece-me que todos já presenciaram, ou sofreram, abusos por parte da polícia.
Até hoje (felizmente) nunca sofri abuso de puder por parte da polícia mas já assisti a vários casos em que isso aconteceu.
De qualquer das formas cada vês mais os bad boys andam em gangs e armados até aos dentes. Não respeitam nada nem ninguém. É vê-los encostados às esquinas todos os dias com a sua ganza na mão e cada um com o seu Pitbull.
A criminalidade tem subido em catadupa tal como o grau de violência nestes últimos anos. É preciso combater isso.
Quem não quer levar um tiro da polícia (nestes casos) tem de cumprir leis, tão simples quanto isso. Vivemos em sociedade e há que saber respeitar as leis, isto não é nenhuma anarquia.
Eu tenho visto a policia a perder autoridade todos os dias com estas coisas. Um policia que mata um criminoso é detido, criminosos que matam inocentes estão cá fora na boa vida.
É verdade que não sei o que se passou exactamente neste caso mas na minha opinião a policia devia ter ordem para disparar contra qualquer cidadão que mostre um comportamento perigoso para com outros civis.
Baseio a minha opinião tendo em conta o local onde vivo e às situações às quais já assisti.