Política Nacional

Essa do se pagarmos todos então pagamos menos não passa de uma cenoura colocada à frente do contribuinte. O estado não vê limites à sua expansão.

Um dogma é afirmar-se com convicção que a escola privada é melhor que a pública, e depois quando se lhes apresenta um facto do sistema Finlandês… Começar-se com rodeios e depois amuar!

Ainda estou a tentar perceber sinceramente qual é a diferença entre sindicato e associação, é que a definição dada pelo amigo [member=17033]Chown confunde entre ordem de profissionais de determinada área com sindicato. A ordem dos enfermeiros, dos médicos por exemplo isso sim são representações especificas de uma profissão.

E um sindicato também se pode cingir à própria empresa, basta um colectivo de trabalhadores organizado para formar um sindicato.

Já agora deixo aqui a definição: Um sindicato é uma associação de trabalhadores que se constitui para defender os interesses sociais, económicos e profissionais relacionados com a actividade laboral dos seus integrantes. Trata-se de organizações democráticas que se encarregam de negociar as condições de contratação com as entidades patronais.

Isto é tão irónico :lol: :lol: :twisted:

Dá-me exemplos do sistema educacional Finlandês no ensino público Português. Ainda estou para perceber onde é que teci críticas ao ensino público, sobretudo quando tenho 15 anos de escolaridade em estabelecimentos públicos.

Há um estabelecimento de ensino privado, cá na Região, cujo o ensino é bilíngue (Português e Inglês), onde os alunos têm também aulas de mandarim, imensas actividades que visam desenvolver o intelecto das crianças. Têm sempre excedente de matrículas, onde as propinas são superior a 500€. Sem certezas, é um estabelecimento de ensino sem apoio do Estado, se quiseres saber: Escola Inglesa. Isto não significa que o ensino público seja de fraca qualidade, significa que este estabelecimento de ensino segue um modelo educacional diferente com excelentes resultados. O que gostava é que o Governo começa-se a discutir um novo modelo educacional e se aproxima-se mais do modelo Finlandês.

[hr]

Os sindicatos cá em Portugal representam determina profissão e não propriamente os trabalhadores de uma única empresa. Para mim, é essa a diferença entre sindicato e associação. O nosso modelo de sindicato está caducado. O modelo que existe na Auto Europa é, para mim, o mais evoluído e sobretudo o mais eficiente. Temos sindicalistas portugueses que não trabalham na área há décadas, outros delegados sindicais que nem sabem o que se passe nas empresas, é esta a nossa realidade. O modelo de associação, desenvolvido nas empresas, sobretudo as grandes, mostra-se mais eficaz e eficiente, ao invés dos sindicatos que representam os trabalhadores de imensas empresas. E quando temos um sindicato liderado por iletrados, seguidores de uma ideologia política que é contra a actividade privada, as negociações estão à partida condicionadas. Não há uma separação entre o poder político e o poder sindical, se critico o poder político vs poder privado, tenho que obrigatoriamente criticar o poder político e o poder sindical.

E pegando na Auto Europa, já tivemos um administrador português, que entretanto passou para a empresa-mãe, e as coisas funcionaram relativamente bem. Isto para quebrar um pouco o dogma que o gestor português é mau e ruim. Há bons e há maus, mas eu não gosto do modelo de gestão que impera em imensas empresas. Eu se fosse gestor, não gostava de estar numa empresa a ganhar milhares de euros e onde o ordenado médio seja de 600€. Tentaria sempre aplicar uma cultura de mérito que proporciona-se um aumento do ordenado médio, nem que isso significa-se o meu ordenado descer porque um gestor ganha o que ganha, se tiver outros tantos a trabalhar, senão nada feito.

Os estivadores são uma corporação que lesa propositadamente o País para usufruir daquilo
que mais nenhum trabalhador usufrui.

O paraíso comunista está à vista… e a miséria também.

O Photoshop é tramado. ::slight_smile: Podem confirmar aqui, aos 8 segundos.

A escola publica é fantástica. Isto dos alunos serem bem preparados em escolas com contrato de associação tem de acabar.

https://twitter.com/joaomiranda/status/735424478751129600

Entre os colégios financiados pelo Estado há um com 27 escolas públicas próximas

Outras leituras:

  1. Há 27 escolas estatais com 26 outras escolas estatais próximas. Mas nenhuma está a mais nem há redundâncias entre elas.

  2. Em 28 escolas na mesma proximidade, 27 têm o mesmo modelo de gestão e só uma tem um modelo de gestão diferenciado. Adivinhem qual vamos retirar da rede pública?

  3. Em 28 escolas da rede pública, aquela que tem mais procura vai ser retirada da rede pública.

  4. De entre 28 escolas vamos tirar uma da rede pública, e o critério não é a qualidade de ensino.

  5. De 28 escolas em concorrência entre si, não vamos retirar a que tem perdido mais alunos mas a que tem ganho mais.

  6. Temos 27 escolas estatais e nenhuma consegue superar a escola associada pelo que vamos terminar o contrato de associação.

Há um estabelecimento de ensino privado e outro estabelecimento de ensino público, que estão frente a frente e o privado possui um contrato de associação. O estabelecimento de ensino privado tem as suas turmas todas cheias, já o estabelecimento de ensino público tem imensas vagas que nunca as consegue ocupar.

A pergunta que eu faço: porque que o estabelecimento de ensino público está vazio e o privado cheio? Mesmo com contrato de associação, há um valor mensal a pagar. É pela cara simpática dos funcionários? Pelo clima, pela localização, pela distância, não será, estão frente em frente. Tipo, não será pela qualidade do serviço prestado? Sabendo que um aluno nesse estabelecimento privado tem custo menor que no estabelecimento público, qual a lógica que impera acabar com o contrato de associação?

Mas, este Ministério como é competente, vai transferir o capital que poupa com os contratos de associação para a gestão dos estabelecimentos de ensino público, que assim sendo vão melhorar imenso a qualidade do serviço. Porque realmente o problema está no capital, todos sabemos isso. Mais investimento = melhor qualidade do serviço prestado.

:lol: ::slight_smile:

Não, não é o Mário Nogueira que está por detrás disto. Ora messa!


Ensino público é isto.

Incrível a forma como o [member=17033]Chown mudou de ideias sobre o assunto em pouco mais de uma semana…

[member=22933]GonçaloC, quando se entende que não é o argumento financeiro em cima da mesa, passamos a desconfiar. Depois, não tinha o conhecimento que tenho agora, quando defendi a medida. Ingenuidade da minha parte.

Exacto. Portanto a escola que o Estado gastou dinheiro a construir (ao contrário das outras) e que tem boas infra-estruturas deve ser demolida ou então alugada a uma incubadora de startups, por exemplo… ;D

A “supletividade” também é um palavrão histórico e datado, desses tipos que não percebiam coisa nenhuma de liberdade de escolha (mas só para quem for de Coimbra e pouco mais… lol).

Talvez tenhamos andado a investir desnecessariamente no Parque Escolar, talvez. Agora para corrigir a borrada feita, engraçado que é novamente o PS, corta-se nos contratos de associação que eram e são boas parcerias. Melhor. Transfere-se essas verbas para o ensino público, que tem excelentes gestores e passamos a ter um melhor ensino.

Não vou entrar na liberdade de escolha porque vai meter ideologias ao barulho e é uma discussão pouco produtiva.

A pergunta é má porque aparenta fazer um juízo moral, bastava formular em jeito de pergunta e não afirmação para ser justificada e ja passava como uma boa pergunta. Mas a resposta não lhe fica atrás, escreveu muito e não explicou nada… enfim.

Que cortesã de lata do sr Jeroen Dijsselbloem! :cartao:

Mas há outros países (Alemanha :whistle: ) que fazem o que querem que é tranquilo :lol: :lol:

O problema da liberdade de escolha é que só existiria com alguns colegas, em algumas regiões. Ou vamos duplicar a oferta em todas as cidades do país para haver liberdade de escolha? Essa é evidentemente uma falsa questão, pelo menos (e isto é importante) no que toca aos contratos de associação, que nunca foram um instrumento entendido como liberdade de escolha. Mas os radicais são estes…

Quanto ao resto, não vou entrar nessa discussão para mim absurda de que os gestores públicos são maus e os gestores privados são bons. Até por exemplos recentes bastante evidentes…

Uma coisa podem dizer, é que a direita em Portugal nunca existiu e que de repente nasce com a ideia de que os contratos de associação, afinal, devem ser entendidos como uma oferta concorrencial e que providencia liberdade de escolha, em vez do carácter supletivo que sempre (repito: sempre) tiveram.

Portanto não me choca que vocês, apoiantes do PSD e CDS, tenham uma visão alternativa dos restantes partidos sobre o que é a escola pública. E sobre o que se deve fazer com os privados quando há escolas públicas para onde se pode canalizar dinheiro. É bom, até, haver muita clareza quanto à diferença entre esquerda e direita neste aspecto.

O que não podem vir dizer é que este ministro se radicalizou por entender os contratos de associação como instrumentos de carácter supletivo. Porque eles sempre o foram. Ou dizer que a ideia de cortar nos contratos de associação onde há escola pública é digna do Mário Nogueira quando ela surge… no memorando da troika.

Dizer que as escolas públicas e as escolas cooperativas prestam o mesmo serviço é um bocadinho ingénuo e todos sabemos porquê. E até poderia admitir que se comparasse a qualidade das escolas públicas e cooperativas, na mesma zona, se o fizessem. Assim, fica mais difícil.

A falácia que nos querem impingir é que não é possível uma escola pública num determinado local prestar um bom serviço, típico da escola pública, que, repito, é coisa que no que toca às escolas cooperativas dá água pela barba (se quiseres, podemos ir ali ao regulamento do Colégio de Santa Maria de Lamas ver se cumpre efectivamente com aquilo que deve ser a oferta de ensino público — laica e inclusiva).

Ora, isso é natural, porque o PSD actual e os seus defensores não acreditam que o serviço público deva ser prestado por organismos públicos (quem fala nas escolas fala noutras áreas e noutros serviços). É uma posição, como qualquer outra. Mas não nos digam, por favor, que este Governo é que se radicalizou face às últimas décadas, o que é uma enormidade difícil de compreender na área da educação em particular (também lá podemos ir aos exames, comparar com que países é que existem exames no 4º ano e em quantos anos eles existiram nos últimos 30 anos… que é para, aí sim, vermos quem “revolucionou” e “virou do avesso” o funcionamento normal das escolas).

De facto, o que nos diferencia é uma perspectivamente claramente ideológica. Eu entendo que, sempre que há (e nem sempre há) condições para tal, o Estado deve investir na escola pública, para que ela se continue a tornar melhor. Tu achas que se deve subsidiar os colégios cooperativos porque são melhores, porque as pessoas gostam mais (lá está, a liberdade de escolha… mas só para algumas regiões!) e que isso é melhor do que ser o Estado a assumir essa gestão.

Portanto, eu acho que, sempre que há condições para isso, o serviço público deve ser prestado e assegurado pelo Estado, podendo. Tu achas que não. Agora não nos venhas com balelas do Mário Nogueira porque a primeira posição, que tem norteado as mais recentes decisões, foi a que vigorou na maioria dos governos (não estou a falar apenas ou especificamente do ministério de Educação) pré-Sócrates.

PS - Não tenho dados que o comprovem, mas aquilo que leio de todas as pessoas que exerceram algumas funções ou trabalharam na área da Educação nos últimos anos, em termos políticos, apontam para um factor, a de que a OCDE verificou que políticas como as que propões deram mau resultado no sistema educativo desses países. Por curiosidade, só aparece o novo PSD a defender esta ideia para a Educação em Portugal. Por curiosidade, nenhum ex-ministro da Educação PSD, nenhuma figura de grande relevo do partido pré-Passos Coelho defende com particular vigor estas novas ideias da direita portuguesa — e alguns até teriam razõ€s para isso. Mas os outros é que se radicalizaram e aliaram ao Mário Nogueira (já o Crato, quando meteu um travão na avaliação dos professores, não era marioneta nenhuma… :whistle:

O Mário Nogueira defendeu e atacou quem atacava o Ministro da Educação. É preciso maior prova que esta? :lol:

[member=22933]GonçaloC, não estou relacionado com o PSD ou CDS, as minhas opiniões não derivam das deles. Agradecia que não me colasses aos mesmos, como eu também não te coloco ao BE ou ao PCP. Eu não disse que a escola pública não pode prestar um bom serviço, há boas escolas públicas, mas também há muita má escola pública. Agora quando temos duas escolas, pública e privada, a pública vazia e a privada cheia, por alguma razão será. Penso eu…

É que nem o Nuno Crato defende o PSD, quanto mais os anteriores ministros da Educação PSD…

A Constança Cunha e Sá é que “bateu” bem e citou uma fabulosa frase do ministério de Educação presidido por Nuno Crato (PSD), em junho de 2015:

A liberdade de escolha das famílias entre o ensino público e o ensino privado não se faz através dos contratos de associação. Os contratos de associação são celebrados com vista à oferta de ensino, o que só se pode compreender na lógica da atenuação das lacunas e carência da rede pública. Por isso, qualquer assunção de compromissos plurianual que obrigue o Estado a abrir contratos quando não há carência é ilegal.

Mas, mas… a luz foi vista ao fim de 40 anos! A culpa é do Mário Nogueira! :venia:

Nota: Relacionei-te com PSD e CDS neste tema em específico porque partilhas (agora) da opinião dos mesmos sobre ele. Não queria nem quero extravasar essa ligação para fora daquilo que é a concordância que tens com a posição destes partidos neste tema em específico (ainda que não deixe de notar que essa minha ligação ao BE e PCP seria sempre mais imaginativa que a tua ao PSD). Mas há 2 questões que gostava que me respondesses:

1 - Se há boa escola público e até há fundos investidos em contratos de associação desnecessários, porque é que as escolas públicas menos boas não podem melhorar? É uma impossibilidade? Não cabe aos Governos fazer por isso, trabalhar nisso? Ou devem demitir-se da obrigação que têm em providenciar uma escola pública de qualidade, passando a subsidiar escolas privadas porque é mais fácil?

2 - O que é que sugeres que se faça às escolas públicas que foram construídas com o dinheiro dos contribuintes e que não têm alunos (ou têm poucos alunos) ao mesmo tempo que se investe mais fundos em escolas privadas que lhes estão próximas? Qual é a tua sugestão?

A resposta foi um “fuck you” de um/uma brav@ jovem que não papa da narrativa.
A pergunta podia ser feita de outra forma mas muito provavelmente a besta do professor não ia deixar de penalizar quem não fosse na cantiga.