Política Nacional

vejamos; salários e pensões são 70% da despesa. OK. Acontece que vieram agora as contas, e um funcionário público que ganhe líquidos 1000 euros perdeu, nos últimos 5 anos, qualquer coisa como 15% do rendimento líquido, para quem ganhe 3000 líquidos (juízes, generais, catedráticos) o corte acumulado anda pelos 25%. Isto é o corte real no rendimento líquido, incluindo tudo.

Em média, andará pelos 15% (é mais, mas enfim). 15% de 70% devia ser 10% de redução dos gastos do Estado nos últimos 5 anos. Ora acontece que o gasto total do Estado aumentou.

Para onde foi o dinheiro?

A conclusão é óbvia, podem cortar o que quiserem aos salários da FP e pensões, que o gasto do Estado continua a aumentar, porque há muito onde gastar o dinheirinho. O objectivo dos cortes nas pessoas - salários, pensões, e serviços sociais prestados - é apenas sobrar mais para o resto. Mas que resto?! Onde foi o aumento dos gastos? Foi muitos milhares de milhões (20? 30?) para os “investidores” do BPP, BPN, PPPs, zona franca da Madeira, e juros. Tudo amigos. Aí sim, vale a pena gastar o dinheiro do estado.