Política Nacional - Parte 1

Os partidos políticos cansam-se.
Eu detesto o Ventura mas ele tem razão.
É preciso uma reviravolta grande na política portuguesa. Fartinho dos partidos serem como os clubes de futebol.

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Em estado de emergência “à professor marcelo” e a pensar só nele e nas presidenciais…
Estamos lixados com estes dejectos de políticos.

Quando o ventura falou em corrupção viraram todos a cara para baixo… algum psicólogo que me explique porque eles com cargos de liderança não olharam para o ventura.

Liberdade como marco do fim do fascismo de direita para impor o socialismo. Liberdade propriamente dita ninguém a celebra, pelo contrário, combatem-na.

Mas este folclore anima as hostes socialistas e comunistas. É isso que eles adoram.

Esta classe política é de uma hipocrisia gritante… batem no peito a falar de abril, mas quem conhece a história pós 25 de abril descobre a verdade… uma classe que sempre tentou usar o poder militar,consoante as correntes (o 25 de novembro é exemplo disso) em benefício próprio… castigando/ vingando se nos verdadeiros heróis da revolução, perseguindo os… salgueiro Maia foi desterrado mais outros pros Açores, voltando já quase no fim da vida…o cavaco recusou lhe uma pensão, mas não teve problema em a dar a 2 PIDES ( que no fundo eram colegas, como se descobriu na torre do tombo, onde está, ou estava, o cartão de militante de cavaco silva)… o Garcia dos santos enquanto dirigente da antiga junta autónoma das estradas denunciou a pouca vergonha da promiscuidade entre partidos, nomeadamente o PS e a própria instituição que dirigia. O então ministro João cravinho deu o dito por não dito, cedendo as pressões e o general demitiu se em protesto…

E deixo de fora o Otelo, pois isso já são contas de outro Rosário…

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Vi na TV que hoje é um dia histórico. Fui então pegar num livro de história.

Alguém me pode dizer se é isto ou me enganei na página? Ia jurar que vi 2 ou 3 pessoas na tv dizer que o 25 de abril tinha trazido liberdade!

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Verdade. Festejamos o fim da ditadura fascista, nao a democracia, pois essa nao existe. Ou entao existe demais, onde os media podem criar fantasias e desinformar os cidadaos sem quaisquer consequencias.

Na verdade, vivemos numa sociedade extremada, onde o que interessa é a tribo a que se pertence, tanto na política como no futebol. Há muito que a ideologia ficou para trás e a propaganda tornou-se na verdadeira fonte de poder. A gestão da imagem e a sua difusão mediática também tem igual importância.

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https://www.google.com/amp/s/www.publico.pt/2020/04/23/culturaipsilon/noticia/pj-apreende-700-fichas-pide-postas-venda-net-1913551/amp

Foi sempre assim, a tendência é piorar a cada dia que passa. A nossa democracia potência essa visão da política, os políticos contribuem fortemente para a mesma pois interessa-lhes dado que vai garantindo a manutenção no poder.

A política é pouco exigente na escolha dos seus líderes, temos governantes pouco competentes mas ardilosos na mensagem. Veja-se os Ministro; o Siza Vieira que competências na área economia além de ser amigo pessoal de António Costa? A Mariana Vieira da Silva que trabalho relevante possui para ser ministra além de ser filha de quem é? O Cabrita fez o que e quando para ser Ministro? O Pedro Nuno Santos que é Ministro por ser um potencial líder do PS? Podia continuar… e isto é transversal a todos os partidos.

Somos um povo inculto, pouco crítico, que se deixa ficar perante a podridão dos políticos. Assim, a democracia vai continuar tal como está porque serve aos políticos.

Este País nunca foi verdadeiramente livre. Falar em Liberdade em Abril ou outro mês qualquer é um vazio absoluto. Vivemos de aparências, o Presidente da República falou na importância de celebrar Abril e tornar o País verdadeiramente livre e democrata? Nada.

Livre de pensamento, livre de espírito, livre na possibilidade de escolhas. Liberdade é poder escolher. Liberdade é uma democracia onde a Justiça funciona, a Saúde chega a todos, a Educação faz-se de escolhas.

Portugal celebra Abril pois um bando de intencionais quiseram terminar um regime extremista para montar outro. Falharam. Mas montaram outro sistema democrático, o que serve os intentos de um grupo restrito , que promove o compadrio, a incompetência, a corrupção.

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Outra coisa que me faz confusao 'e o calculo efectuado para sentar os deputados.
Utilizamos o metodo de Hondt que se baseia numa matriz que para mim nao faz sentido.

O segundo partido elege um deputado quando obtem um valor superior ao proximo na lista do partido vencedor, e assim sucessivamente.
Mas o que para mim esta’ errado, 'e dar lugares quando existe abstencao
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Ou seja, vamos imaginar que Lisboa elege 20 deputados.
Ps obtem 22% e PSD 18%, etc…e abstencao de 55%
55% de 20 sao 12.1, logo so ha 8 lugares
PS tem 4.4 deputados, ou seja 4
PSD tem 3.6, o que poderia ser arredondado para 4, ou entao nao se contar as decimas, ficando com 3

Ou seja, so deveria de se eleger 8 deputados ao todo, e com isto nao fazer com que os grandes partidos acabem por ganhar com a abstencao elegendo mais deputados.
Ok que dificulta as contas, mas parece-me ser muito mais reflexo da realidade fazendo desta forma. Agora, claro que nenhum partido presente na AR iria aceitar isto, nem ha discussao acerca deste tema :wink:

Tenho a certeza que assim, os candidatos que ninguem conhece pois muitos nem do distrito sao, fariam mais que andar a dar beijos nos mercados…

Mesmo com as vicissitudes do sistema, o PAN, a IL, o Chega, o Livre, conseguiram chegar à Assembleia. Mas continua a privilegiar os maiores partidos e continuo a ver pouca representatividade regional no Parlamento.

Eu gosto muito mais das eleições autárquicas. São mais representativas. Creio que se vota mais nos políticos que nos partidos, movimentos independentes com chances de governar. As eleições legislativas acabam por ser apenas a legitimação de uma lista de nomes partidários e daí que acéfalos cheguem ao Parlamento. Alguém se sente verdadeiramente representado na Assembleia da República?

Já vai sendo tempo de formalizar um novo método, que seja mais representativo, que possibilite uma escolha mais pessoal e deixe de colocar entraves no acesso à política do simples cidadão.

Sim, quando se diz que votamos em deputados e nao no primeiro-ministro, ‘e uma total falsidade.
Poucos serao aqueles que votam consoante os deputados na lista do seu distrito, mas votam sim no partido que querem ver no poder…
Ou seja, algo aqui esta’ errado.

E sim, apenas partidos politicos poderem concorrer 'as legislativas nao faz sentido.
Qualquer grupo de cidadaos deveria de poder ir a votos caso obtivessem as assinaturas necessarias.

O pior é nos distritos eleitorais mais pequenos onde para se chegar ao deputado é preciso 6% para cima e quem não votar nos big 5 está a atirar o voto ao lixo, o que premeia muito a cultura do voto útil.

Podemos substituir o indigente mental do costa por este garoto sff?

Well done :wink:

Querer comparar o pré com o pós 25 de abril só pode ser brincadeira de mau gosto, sobretudo vindo de um gajo que anda aqui a apregoar o neo-LIBERALISMO aos sete ventos, mas só até à parte que lhe dá jeito…
Basta só lembrar a polícia política que havia, PIDE-DGS, as torturas e mortes que causou, até no próprio dia do 25 de abril quando uma mente iluminada decidiu atirar sobre o povo que se manifestava cá em baixo com tiros.
Basta só lembrar que nesses tempos conversas como as que estamos aqui a ter, ainda que por meio virtual, tinham que ser em surdina não fosse um qualquer bufo denunciar-nos à já referida polícia política.
Quanto aos exilados, que fugiram para o Brasil, não se perdia nada que lá tivessem ficado. Passado uns anos voltaram e agora temos que aturar o Jaime Nogueira Pinto a defender que o prof. doutor Oliveira é o maior português de sempre.
Mas pronto, alguns que nunca passaram por esses tempos, deviam sentir na pele como era. Venha o fascismo de novo, para eu me rir um bocado…

O concurso que decorreu na RTP para eleger o maior português acabou por eleger o António de Oliveira Salazar, por isso de isso foi escrito então está longe de ser falso.

Conheço quem tenha saudades dos tempos pré-Abril. Nem podem ouvir falar do 25 de Abril. Eram mais felizes, tinham mais posses, melhor vida. Obviamente que são casos à parte mas quero com isto dizer que há de tudo.

Conheço muita gente de todas as cores políticas que tem saudades dos tempos pré-25 de abril. Claro que que são pessoas que viviam em Lisboa e que tinham emprego/trabalho, apesar de na altura terem a 4a classe ou o 6° ano, e que elas e as suas famílias não tiveram chatices com a pide. Já a minha família proveniente do baixo Alentejo, na sua maioria trabalhadores rurais explorados quase em regime de escravatura pelos lavradores dos montes locais, através dos seus capatazes, e também alguns com a profissão de cantoneiros das estradas de Portugal eram na sua esmagadora maioria pró partido comunista. Pessoas iletradas e analfabetas que se assustavam com a passagem de um avião, porque, para elas, eram objetos voadores não identificados. Eram pró-partido comunista, porque, no entender delas, era a oposição ao regime opressor assente nos senhores feudais lavradores, que os escravizavam com tarefas árduas, como por exemplo, a monda do trigo, ou a ceifa do trigo, e o cultivo do arroz, do nascer ao pôr do sol. Os lavradores ofereciam-lhes em troca habitação/abrigo, por exemplo, nos estábulos, juntamente com os animais e alimentação. Não nego que havia lavradores bons que tratavam bem os seus trabalhadores, responsabilizando-os pela cozinha, pagando-lhes os descontos na casa do povo e concedendo-lhes habitações dignas. Muitos alentejanos pobres também sobreviviam com a ajuda da igreja que lhes dava alimento e habitação. Para os alentejanos faz-tudo, os piscateiros, era essencial ter uma motorizada, para as deslocações entre montes, aldeias e outras localidades.
Esta é uma descrição breve de um baixo alentejo rural e de gentes pobres, entre as décadas de 1940,1950 e 1960,um alentejo de gente descalça, esfomeada, que matava a fome com a caça e com o cultivo, com a irmã mais velha a não ir à escola, para ficar a cuidar dos outros irmãos e irmãs, e ganhar algum dinheiro a guardar varas de porcos. No caso dos rapazes, não iam à escola, porque começavam logo a trabalhar no campo, cavando com uma enxada ou com um sacho no campo, abrindo regos para se semear hortaliças e legumes, ou no cultivo do arroz, com água fria pela cintura, isto logo a partir de uma tenra idade, entre os 8, 9 anos. As plantas duras dos pés, calejadas e grossas, resistentes ao terreno agreste do campo eram a sua imagem de marca.
Outro pormenor está relacionado com o facto de constar na cédula de identificação que o filho é ilegítimo, porque os pais não se casaram no registo civil.

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impossível comparar um país 92 090 km² em paz e preocupado em agradar internacionalmente, com outro de mais de 2.000.000 km² em guerra permanente contra forças apoiadas pelas maiores potências mundiais e que pouco se importava com a aversão de terceiros. Um estado europeu dependente dos principais países europeu, com outro cada vez mais africano que era uma potência regional na África austral.Um país de regime demo-liberal tolerante, com outro de regime de extrema.direita repressivo de qualquer oposição. Um que vivia dos seus próprios recursos, com outro que pode recorrer ao dinheiro de terceiros. Um que apenas começava uma tímida política social, com outro que avançou imenso nesse campo sem hesitação.
Eram dois países profundamente diferentes, tirando a língua… Para quem não viveu antes do 25 é impossível uma compreensão intima da diferença, o uso da razão não chega…
Isto para não falar de um terceiro país de doidos varridos irresponsáveis entre os dois 25 (abril e novembro), mas esse só durou ano e meio.
Se a esperança de grandeza futura acabou, espera-se que as liberdades individuais e as politicas sociais durem…, pelo menos o mais possível.

Isso é bem verdade, embora houvesse altos dirigentes de origens pobres, o regime não incomodava a generalidade dos poderosos (houve só alguns conflitos com industriais “demasiado” empreendedores) e não tinha realmente a força que alguns julgam… Não havia uma organização política forte, era antipartidos e antipartido, era tudo fraco e superficial… O espanto é que o Estado Novo tenha durado tanto…, julgo que terá sido devido ao Ultramar, pois muitos temiam que sem África também não haveria Portugal, mas outras explicações existirão…