Política Nacional - Parte 1

A posição da IL tinha de ser a mesma do PSD. Há ou não entendimentos consoante o programa politico apresentado.

No outro dia fui a um evento qualquer da IL no clubhouse em que estavam os membros da IL todos excitados por haver muitos testemunhos de jovens do BE a mudarem-se para a IL. Confesso que também me entusiasma que se consigam capturar jovens rebeldes, mas espero que não esteja comprometida a clara diferença que há entre um partido de indole totalitário como o BE e um partido liberal clássico.

Convém que o liberalismo classico da IL seja claro para todos ( e em todos os campos, quero um ataque ao marxismo cultural do bloco) para a IL não se transformar numa especie de Lib Dems

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O facto do Cotrim mencionar o PS tão atabalhoadamente é uma tell (no sentido de um jogo de poker) que sabe que a posição de zero entendimentos com o chega beneficia o PS.

A existência do Chega é por si só um benefício ao PS.

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Nao concordo.

A minha posicao tem sido muito estavel desde ha varios anos. BE/PCP/Chega numa solucao governativa e sempre pessimo para o Governo. Num acordo de incidencia parlamentar com um peso relativo baixo nao me preocupa muito. Ter qualquer desses partidos a integrar um governo e catastrofico.

Mesmo o impacto da geringonca vamos andar a paga-lo durante anos com um impacto de muitos milhoes para o contribuinte por varias decisoes forcadas pelo peso relativo que esses partidos tinham na governacao.

Portanto, qualquer partido decente deve recusar a partida entendimentos com esses 3 partidos.

Depois, as declaracoes do JCF sao bastante claras para quem as souber ler. Governos do Chega apoiados pela IL nunca. Governos de outros partidos que tambem sejam suportados parlamentarmente pelo Chega, e uma questao de negociar proposta a proposta como tem sido feito nos Acores sendo que a qualquer altura podem saltar fora se as propostas estupidas do Chega comecarem a ter um peso elevado na governacao.

Obvio que a IL e o JFC sabem que muito provavelmente nao sera possivel ter um bloco nao socialista a governar que nao inclua o apoio do Chega. Mas similarmente, em nada afeta o tirar o PS do Governo. O PS sera Governo apenas e so quando a esquerda tiver maioria no parlamento. Se a esquerda nao tiver maioria no parlamento, o PS nao e governo. Simples assim. O Chega no final de contas vem prejudicar essencialmente o PSD que para ser governo tera que articular uma qualquer solucao que inclua o Chega.

E atencao que para clarificar, a minha opiniao e que a IL nao deveria apoiar governos PS ou PSD pelo simples facto que sao governos que so tem lesado o pais, que controlam todas as estruturas relevantes da vida publica, e que com um povo culto e informado nenhum dos 2 existia enquanto partido.

Essa do povo culto e informado não pega, quando o país têm taxas de abstenção de 50% ou mais…Simplesmente não existe alternativa válida para governar (para quem não vota) e quem vota só vota no seu partido.

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Porquê?

Arranjem também dinheiro para trazer para Portugal as estátuas que ainda estão ao abandono no antigo Ultramar e que não estão expostas (até há uma de D. Afonso Henriques que bem ficaria na enorme Alameda que tem o seu nome mas nenhuma estátua devido ao miserabilismo do costume), algumas das quais são de escultores famosos… Dava para distribuir pelo país.

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Descredibiliza e arrasta a direita para o lado trauliteiro.

Ao pensar que a eventual alternativa a um governo do PS está num labrego como o Ventura e ao alimentar a possibilidade do maior partido da oposição (PSD) poder alinhar com ele, fará com que o PSD caia cada vez mais na opinião geral do portugueses e amputa-se assim a única alternativa viável ao governo. O português no geral vota no centro, com a eventualidade do partido de centro-direita ficar refém do Ventura, o centro fica todo para o PS. E assim ficam sempre no poder.

Para não falar de que o mediatismo que dão a um partido sem ideias só com polémicas de racismos, penas de morte e não sei quê, desvia a conversa política da política para alimentar um circo que só beneficia quem deveria ser alvo de escrutínio, o governo.

Por isso acho muito bem a IL cagar nessa poia que é o Chega e fazer uma clara afirmação que não querem ter nada a ver com esse circo. Até porque um partido liberal per si está colocado naturalmente ao centro.

Diz-me uma só medida que PSD/CDS/IL iam aceitar do chega que seria má para o país… só uma…

É que se não há então não se percebe essa tese. E o que fica dessa tese é apenas o “não queremos entendimentos com o chega porque eles são maus”

Ao estares a comparar entendimentos com o chega com entendimentos com o PCP e BE estás a jogar o jogo da esquerda.

Então estás À espera de uma maioria absoluta da IL para mudar o país… é isso?

Funciona não num sentido mas nos dois…, os pensamentos fazem a condição material, não é um sistema mecânico inevitável num só sentido… Condições materiais semelhantes não geram necessariamente sistemas políticos, religiosos, ideológicos idênticos…, estes não são mero reflexo daquelas e, antes pelo contrário, definem como organizar os recursos naturais disponíveis…
Até as causas que levam cada um a pensar de determinada maneira são muito mais complexas do que a sua condição material e têm implicações nessa mesma condição…

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Deixa-te de conceitos anacrónicos como infraestrutura e superestrutura. Ou então, no mínimo, faz o favor de estudar aquilo que marxistas como Althusser disseram sobre o tema. :roll_eyes:

Os socialistas continuam a liderar as sondagens e, se as eleições fossem agora, 37,6% dos portugueses votariam no partido de António Costa.

Assim, com 23,6% das intenções de voto, um recuo de mais de um ponto percentual em relação ao barómetro de fevereiro, Rui Rio está ainda mais afastado dos socialistas - são agora 14 os pontos que separam os dois partidos.

Aliás, o partido de André Ventura conseguiu a subida mais expressiva do inquérito e saltou de 7,3% para 9%.

O partido de Catarina Martins continua estável, nos 8,3%, mas esta é a segunda vez que é ultrapassado pelo Chega.

À direita, também a Iniciativa Liberal conseguiu crescer para os 5,3%, ficando muito próxima da CDU, que não foi além dos 5,5%.

E o PAN e o CDS continuam a não conseguir inverter a tendência de queda.

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O barómetro de fevereiro mediu também a popularidade dos líderes partidários e António Costa é o único com avaliação positiva , depois de um mês de fevereiro menos positivo, que coincidiu com o pico da pandemia em Portugal. Numa escala de 1 a 5, os portugueses atribuíram a nota de 3,3 ao atual primeiro-ministro.

Já Rui Rio não conseguiu ir além dos 2,9, Catarina Martins e João Cotrim Figueiredo surgem com 2,8, o ainda líder do PAN, André Silva, com 2,7, Jerónimo de Sousa com 2,6 e Francisco Rodrigues dos Santos com 2,4.

Apesar de o Chega ter melhorado nas intenções de voto, o seu líder continua a conseguir as piores avaliações e surge na sondagem com 1,9 .

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Bela merda…

Óbvio que o campo das ideias tem sempre influência mas esse campo tem influência se não é mesmo o produto da materialidade de um tempo, isto na minha opinião.

As duas relacionam-se mas veja-se que as concepções e a maneira de analisar a sociedade puramente idealista sem critério nem análise a fundo sempre deu bosta.

Por exemplo considerar um povo ser superior ao outro ou a outros por este ser mais desenvolvido tecnologicamente ou ter uma sociedade mais “evoluída” é uma análise carregada de idealismo.

Uma coisa será “ser superior” e outra “fazer superior”…, mas o foco na tecnologia será idealismo ou antes resultado da apologia do “progresso” que é até muito apanágio da “esquerda”? Quando se fala de tecnologia não estamos centrados nos aspetos materiais da sociedade mais do que em “idealismos”?.. Claro que tudo isto não terá a ver com superioridades rácicas evidentemente…

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Não tem categoria nenhuma para dirigir um partido à “direita” do CDS…

Question, sou o único a achar estranho o partido do ventura estar sempre a subir nas intenções e o líder do partido do ventura ser o menos popular de todos?

Quase todas as propostas do Chega na economia, saude, educacao sao formas bacocas de liberalismo e aproveita-se se tanto 15% do ultimo programa eleitoral. Algumas das ideias que eles apresentam sao apenas isso, uma ideia que pode ser expandida para algo palpavel.

Veria com naturalidade o Chega a votar a favor de propostas da IL, mas na sua maioria duvido que a IL votasse favoravelmente propostas do Chega como estao esplandas no programa eleitoral que apresentaram nas ultimas eleicoes.

Claro que tudo isto esta relacionado com o Chega que se apresentou a eleicoes a 2019. Ca estarei para comentar o Chega que se apresentar em 2023 ou antes. E quem me conhece sabe que eu nao falo por chavoes. Nao sou um Danix que diz que o Chega quer acabar com o SNS e a Escola Publica e depois quando confrontado com o programa eleitoral deles mete o rabinho entre as pernas. O que falo e o que analiso do programa eleitoral de ambos os partidos (Chega e IL) apresentado as ultimas eleicoes.
Isto sem entrar por outro tipo de consideracoes relativamente ao Chega. Olhando apenas para os programas eleitorais e apesar da ideologia ultra-liberal do Chega em certas areas, de que forma pode a IL suportar um governo que defende a criacao do Ministerio da Familia, por exemplo?

Nao sei se estou a jogar o jogo da esquerda. Mas sei que entre PCP, BE e Chega nao existem grandes diferencas no que toca ao potencial impacto que teriam na governacao do pais. Potencial esse em que o negativo supera claramente o positivo. Sao 3 partidos que fazem 0 falta a uma democracia saudavel.

Nao sou inocente a esse ponto. Mas gostava que os PS e PSDs desta vida desaparecessem e fossem substituidos a altura. Num pais de 10 milhoes de habitantes nao deve ser assim tao dificil.

Tambem nao sou ingenuo ao ponto de acreditar que um governo PSD apoiado por uma IL com 5 ou 6% dos votos fossem mudar significativamente o que quer que fosse. No estado em que Portugal esta, e preciso uma reforma abrangente e estrutural consistente, nao a inclusao de 2 ou 3 propostas bandeira num universo de 400 ou 500 propostas.

Por exemplo, a criaca do Salario Minimo Municipal nao pode ocorrer sem uma reforma efetiva numa serie de outras areas da governacao, como a regionalizacao e respetiva organizacao administrativa.