Plantel 2011/12

Vou fazer um pequeno exercício, a poucas horas de começar a nova época, e baseando-me nos jogadores que actualmente têm contrato com o Sporting e que ainda não foram emprestados a outros clubes. Com base nesses jogadores, tentarei formar aquele que seria o meu plantel.

O raciocínio será simples, defendo um plantel com dois jogadores por posição à excepção de posições mais específicas (guarda redes e ponta de lança, onde considero serem necessárias três opções). A táctica base de formação deste plantel será um 4-2-3-1

Guarda Redes:

Rui Patrício
Marcelo Boeck
Tiago

Defesas:

ex-lateral do Braga
João Gonçalves
Evaldo
Leandro Grimi
Daniel Carriço
Alberto Rodríguez
Marco Torsiglieri
Oguchi Onyewu

Médios centro:

Pedro Mendes
Fabian Rinaudo
Stijn Schaars
André Santos

Médios ofensivos:

Matías Fernandez
Jaime Valdés

Extremos:

Marat Izmailov
André Carrillo
Simon Vukcevic
Yannick Djaló

Pontas de lança:

Ricky van Wolfswinkel
Hélder Postiga
Carlos Saleiro

A minha opinião: com os jogadores que temos actualmente, formamos um plantel que, para mim, faria o mesmo que nas duas épocas anteriores, lutar pelo 3º lugar do campeonato e, com muita fortuna em sorteios, poder aspirar a vencer a Taça de Portugal. Refira-se ainda que, tal como nos dois anos anteriores, o orçamento para a época seria excessivamente grande face à modéstia dos objectivos que se podem traçar com os jogadores disponíveis.

Algumas notas:

  • Jogadores que já foram emprestados teriam lugar neste plantel, o que significa que se emprestaram jogadores sem ter alternativas asseguradas. Pelo menos Sinama Pongolle, como um dos avançados, e Wilson Eduardo ou Diogo Salomão, como um dos extremos, teriam capacidade para integrar o plantel e discutir a titularidade.

  • O centro do meio campo seria, para mim, o sector que mais garantias daria. Considero que a baliza também se encontrava bem preenchida com opções válidas.

  • A defesa apresenta-se melhor que a da época passada mas, ainda assim, insuficiente para dar garantias de qualidade necessárias a assumir uma efectiva luta por objectivos superiores.

  • As opções para extremos e para pontas de lança revelam uma pobreza que é francamente triste. Não há qualidade suficiente, não há jogadores que garantam rendimento constante ao longo da época, não há profundidade de plantel, ao ponto de se escolher facilmente os dois extremos e o avançado teoricamente titulares, sem que tivessem real concorrência pelo lugar.

Por último, introduzirei na equação os três jogadores que andam a ser falados como reforços do Sporting: Atila Turan, Luis Aguiar e Bojinov.

Atila Turan assumiria, creio, o lugar de Leandro Grimi no meu plantel. Não conheço o francês mas traz credenciais que me fazem pensar que não é pior alternativa que Grimi e trata-se de um jogador com muito mais futuro. No entanto, no presente, não fará a diferença pela positiva.

Luis Aguiar é um jogador de alguma qualidade, sem dúvida, que coloca muita intensidade no seu jogo, é forte nas bolas paradas e demonstra alguma competência em duas posições diferentes no campo. No entanto, olhando para as alternativas, quer como médio centro quer como médio ofensivo, não retirava o lugar a nenhum dos elementos que coloquei no meu plantel.

Bojinov… Tiraria, claramente, o lugar de Carlos Saleiro do plantel. Mas, tal como Turan, não me dá qualquer garantia de rendimento imediato no presente e nem sequer é o avançado goleador que o Sporting há muito procura e que tanto precisa. Como tal, considero uma contratação absolutamente sem sentido para o plantel actual, na medida em que não colmata a evidente falha existente e, assim, não vejo a necessidade de contratar por contratar.

Resumindo, dos três falados, um não teria lugar no meu plantel. Os outros dois teriam, como alternativa aos titulares. Desta forma, não é pela chegada destes três elementos que considero que o plantel fica significativamente mais forte ao ponto de poder traçar objectivos mais elevados.

O que pode alterar isto? Essencialmente, três coisas:

  • A equipa técnica: Domingos Paciência e os seus adjuntos são um upgrade de qualidade face às duas últimas épocas. A existir alguma hipótese de sucesso esta época, é devido ao trabalho desta equipa técnica que terá que transformar um conjunto de jogadores num colectivo que seja bem melhor que a soma das partes e que esconda as várias insuficiências existentes.

  • A chegada de reforços de grande qualidade, que não os que vêm a ser falados. Essencialmente, e no topo das prioridades, um extremo que desequilibre um jogo (não tem que ser um que faça mil fintas, chegue à linha e cruze; tem é que provocar desequilíbrios, até partindo de uma ala para o meio para abrir espaços e para rematar, por exemplo) e um ponta de lança goleador, cuja qualidade não deixe dúvidas.

  • O calendário. O sorteio ditou-nos um calendário relativamente acessível, na medida do possível, para o início de época. Caso se consiga aproveitar isso e somar vitórias nesses jogos, pode-se criar um élan positivo entre equipa e adeptos e pode subir a moral dos jogadores, levando-os a um maior rendimento e, consequentemente, a uma evolução superior da equipa ao longo do tempo.

Os dados, para mim, estão lançados. O parecer, por enquanto, só pode ser negativo. Há algumas melhorias, notórias melhorias, mas francamente insuficientes.