Acho bem, em vez de se gastar €€ em Pinillas, Fazmerugas, Buenos e afins, aproveitem o que de bom sai da Academia.
Reportagem d' A BOLA:?Vai ser muito melhor que o pai!
O pai fez-se jogador no Benfica e chegou à equipa principal. O filho começou no Belenenses e sonha com um futuro risonho de leão ao peito. Pereirinha e o filho Bruno fazem parte de uma família habituada a viver e a respirar futebol. Esta época o jovem aposta numa nova etapa do seu crescimento no Olivais e Moscavide com um único objectivo: ser chamado ao plantel principal dos leões. Com todo o apoio do pai.
Joaquim Miguel Pedreirinho Pereirinha fez a sua formação futebolística no Benfica. Foi campeão juvenil e júnior, e internacional. Na temporada de 1977/78, com apenas 18 anos, foi chamado por John Mortimore para a equipa principal. Era lateral ou médio. Durante três anos teve o privilégio de jogar com grandes nomes do futebol português como Humberto Coelho, Bento, Fernando Chalana e João Alves, entre outros. Depois representou vários clubes (Amora, Belenenses, Farense e, finalmente, o União de Montemor) até colocar, aos 34 anos, um ponto final na carreira. Mas não se desligou do futebol. No Belenenses trabalhou 10 anos como técnico na área da formação. Primeiro como adjunto do saudoso José António, depois como treinador principal dos juniores.
Nessa altura já o filho, Pereirinha como ele, sonhava com uma carreira de profissional de futebol. Bruno nasceu em Faro (mas foi registado na Amadora, onde a família reside actualmente), numa altura em que o pai representava o Farense de Paco Fortes, onde jogou durante sete temporadas. E foi nesse período que começou a ganhar o gosto pelo futebol. «Ia com o meu pai assistir aos treinos mas sempre gostei de jogar, na rua ou na escola, com os meus amigos», confessa o jovem.
O sonho de ser profissional de futebol começou nas escolinhas do Belenenses, onde esteve sete anos. Já iniciado, as suas qualidades não passaram despercebidas a Aurélio Pereira, esse senhor da formação do Sporting cuja visão e conhecimento teimam em descobrir talentos atrás de talentos.
A mudança de clube reforçou-lhe as convicções. E as do pai também. Bruno estava no caminho certo. No Sporting, com o qual tem contrato até 2008/09, esteve apenas três anos, suficientes, porém, para poder orgulhar-se de já ter conquistado os títulos nacionais de juvenis e juniores, além de ser convocado com regularidade para as Selecções jovens.Imitar Miguel Veloso
Este ano Bruno Pereirinha lançou-se de novo à aventura. Em vez de cumprir o segundo ano de júnior no Sporting decidiu apostar numa época mais competitiva. Interessados não faltaram mas a opção de pai e filho recaíram no Olivais e Moscavide, clube que tem protocolo de cooperação com o Sporting e esta temporada participa na Liga de Honra.
«É a oportunidade de jogar numa equipa e numa Liga mais competitivas. É também a possibilidade de evoluir mais rapidamente que os meus colegas que optaram por ficar na equipa júnior», afirma Bruno, actualmente com 18 anos de idade.
O pai Pereirinha opta, naturalmente, por um discurso mais cauteloso. Mas também aprova a mudança: «Não se trata de antecipar-lhe o futuro. Se jogar com regularidade num nível mais exigente é melhor para ele, porque vai evoluir como jogador. A competitividade será sempre maior que estar na equipa de juniores, onde só na fase final há adversários complicados. Além disso penso ser importante que os jovens jogadores se habituem a ganhar, porque isso reforça os índices de confiança. Se é melhor que o pai? Não devia dizer isto mas vai ser muito melhor. Ele é mais completo, técnica e fisicamente.»
Bruno Pereirinha acredita que terá sucesso e na próxima temporada, tal como sucedeu com Miguel Veloso, também será chamado à equipa principal do Sporting: «Espero que a época me corra bem, porque sei que vou ser observado regularmente pelos responsáveis da formação. Se isso acontecer tenho esperança de poder ser chamado por Paulo Bento. Será um ano de crescimento decisivo.»
Por enquanto o estrangeiro não o atrai. «É claro que qualquer jovem gostava de jogar noutras ligas. Mas apenas pensarei nisso quando a minha carreira estiver estabilizada. Pensar em sair para o estrangeiro com a minha idade é um grande risco», admitiu.
Ricardo adendas tuas também são uteis.
Saudações