SEGUNDA-FEIRA, 6 DE FEVEREIRO DE 2012
[b][size=11pt]Sporting quis concorrer ao Pavilhão Atlântico[/size][/b]
Confio habitualmente nas minhas fontes que nunca me enganaram. Fiquei a saber que o Sporting quis concorrer à privatização do Pavilhão Atlântico.
É uma operação que está em cima da mesa, esta privatização. De um lugar emblemático de Lisboa, de fácil acesso, mas que teria de envolver outros parceiros.
Seria uma maneira boa de tornear o financiamento para o novo pavilhão que a Caixa Geral de Depósitos não irá soltar, utilizando-se o seu recinto para as modalidades e eventos do interesse sportinguista. Deixando-se a outros parceiros, nomeadamente, da área dos espectáculos e eventos, a respectiva organização e gestão dessas actividades.
Não sei se o Sporting chegou a apresentar proposta, mas manifestou essa intenção. Não é o “core” do Sporting e não sei se temos músculo financeiro para estas aventuras, mas a ideia não era má.
PUBLICADA POR RUI CALAFATE EM 6.2.12
O que vou escrever não é de todo um facto, nem tem sequer qualquer substância baseada em meros rumores ou ruminações.
Se o Godinho tiver já na mesa um investidor para o Sporting, então avançando para o modelo que associamos ser o britânico, podemos dizer adeus ao pavilhão (tristemente confesso que já não acredito nesta possibilidade que eu desejo há muito, muito tempo).
Quando for confirmada a venda de parte da SAD a um bilionário qualquer, eu serei dos primeiros Sportinguistas a defender que o valor total da minha quota reverta em favor das modalidades do clube. Se não toda, então parte considerável, como 80%.
Os Sportinguistas associados devem preparar-se para defender as modalidades do ataque deste novo modelo, pois não se conhecem clubes de modelo britânico com modalidades ditas amadoras. Sporting só de futebol, para mim, é pior do que um Sporting cuja SAD é dita maioritariamente por um Abdulah qualquer.
Se bem explorado seria uma ideia interessante. Teríamos um dos melhores pavilhões da Europa e com a realização de 5 ou 6 concertos por ano teríamos lucros com isso. No entanto duvido que arranjassem gente competente para gerir o Pavilhão Atlântico…
À primeira, sem pensar muito sobre o assunto, a ideia agradava-me. Era só preciso tornar o PA mais identificável com o Sporting. De resto, a localização é excelente tal como os acessos, o edifício é icónico na zona em questão e facilmente reconhecível, tem boas condições para os espetáculos, e poderia ser alugado nas offseasons.
Até ver só consigo pensar em duas desvantagens. Não estar na área onde o Sporting teve historicamente as suas instalações, e, corrijam-me se estiver enganado, não ter espaço para vários campos de treino.
Agora o Calafate esteve mal, porque pode ter dado cabo de um possível negócio. Sim, a proposta esteve/está em cima da mesa, o Calafate é capaz é de se ter enganado na parte do interesse por parte do Sporting (parece que foi mais ao contrário) e pelos vistos não sabe ainda o montante, mas posso desde já adiantar os valores de que se fala: 11 M€.
Sim. A palavra está dada. Faz sentido mudar a prometida sala de sócios para o Pavilhão Atlântico ou vão mudá-la para o Alvaláxia? Mas qual o valor da palavra desta gente que dirige o Clube?
11 M€ o quê? o pavilhão?! ou a parte que cabia ao Sporting? e já agora que parte era essa? 50/50?
Quem são os parceiros? a “everything is new” que ainda nos deve um relvado?
É uma ideia megalómana, a fazer lembrar o património não desportivo que foi vendido precisamente pela razão do Sporting não saber gerir.
Pavilhão é nos terrenos do topo Norte do antigo Estádio José Alvalade e não aceito outra localização. Tivessem pensado antes de vender os terrenos todos…mas como sempre, nunca há culpados no Sporting.
E sim Godinho, queria persegui-los e enforcá-los em praça pública (a ideia foi tua) >:D
Além que em cima desses 11 milhões tem que se gastar mais uns quantos para coloca-lo decentemente para as práticas da modalidade. Mais uma oportunidade de meterem dinheiro ao bolso. Completamente contra.
O Pavilhão Atlântico custou cerca de 11 milhões de contos. Durante dois anos e oito meses centenas de trabalhadores e técnicos especializados construíram uma área total de 47.000 m2.
Entre “comprar” já o PA e confiar no Godinho, marcamos já uma reunião e vamos todos acampar para o PA, em tendas verdes e alimentados somente a caldo verde.
Sendo realista, parece-me não apenas descabido, mas utópico!
Mais rapidamente a CML tentava empanturrar uma série de clubes no PA do que permitir que uma obra daquelas, de qualidade e conhecida de todos os lisboetas, vá parar a um clube que a CML muito tem tentado, e conseguido, prejudicar, mais ainda nas mãos de um autarca lampião.
Daria uma manchete um tanto quanto engraçada: SPORTING EM FALÊNCIA TÉCNICA COMPRA PAVILHÃO ATLÂNTICO.
Se for bem estudado e em moldes de gestão equilibrados pode ser algo extraordinário :great:
Compreendo e concordo com as reservas à actuação destes dirigentes que se apoderaram do Sporting para que consigam cumprir as condições necessárias.
Mas temos que analisar os casos concretos e não rejeitar por completo à partida tudo o que vier daqueles incompetentes decisores, tudo mesmo o que for bom para o nosso clube. Acho que rejeitar indiscriminadamente não é o melhor para o Sporting.
Querem ver que o Godinho quer construir no lugar previsto para o Pavilhão, em frente à bomba de gasolina… uma outra bomba de gasolina?
Com o petróleo do Sheik e as bombas do Godinho, para comprar o Atlàntico, haverá dinheirinho. Vão vircharters, paquetes e - lá está - transatlânticos de espectadores encher o Pavilhão Atlântico. Se quando se falava em 2500 - 3000 lugares discutíamos quantas vezes iria encher o novo pavilhão do SCP, com o Atlântico, até vai jorrar por fora de espectadores, transbordando tais as enchentes que vão afluir a tão grande recinto. Realmente…
Depois de anos de desculpas que a responsabilidade do atraso na resolução desse problema infra-estrutural era da CML, afinal a solução está no Pavilhão Atlântico?
Depois de anos sem sala de sócios com a desculpa de não haver espaço nem no Estádio, nem no Alvaláxia, nem do Edifício, nem na Secretaria, arranja-se um espaço no Alvaláxia para a sala de sócios? Ou vai tudo para o Pavilhão Atlântico?
Os interesses desportivos e patrimoniais do Clube e dos seus associados e adeptos, sempre em último plano.
Concentra-te! Imagina o Guedes com os olhos esbugalhados com as mãos levantadas à Paulinho Futre:
“Pinana! Esta do Atlântico é de génio! Só tens que explicar aos sócios:
Temos aqui o atlântico para comprar por uma bagatela!
Mas não temos dinheiro para mandar cantar um cego…
Vocês importam-se que a malta venda o terreno onde era para ser o pavilhão? hmmm?”