Em França é o Marselha, em Espanha há uma confusão de papéis entre Real Madrid e Atlético, sendo que o Barcelona faz o papel de Porto. Em Itália é a Juve e o Porto o Milan.
Não gosto de fazer essas analogias, ainda por cima com um país que tem gente com o nobre costume de apoiar o clube da sua cidade (e isto escrevendo do contra mim também). São realidades incomparáveis.
É que andei a passear por uns fóruns em Inglaterra e em Nottingham, por exemplo, dizem que os “reds” ainda nem ganharam nada e já não os podem ouvir, mesmo em Nottingham.
Sempre que um clube ganha ou está perto de ganhar algo aparece a chamada basófia. É quase condição inerente ao ganhar, sendo que, nuns casos será feita com mais contenção e noutros com maiores excessos. O contentamento por determinada conquista traz implícita a vontade de exprimir esse mesmo contentamento.
Quando essa expressão é feita dentro de determinados parâmetros ditos aceitáveis, não há que recriminar. Tolero, por exemplo, a alegria dos benfiquistas, assim como eles têm de tolerar a minha quando o Sporting CP ganha. Não gosto que andem alegres, mas tolero porque tenho de tolerar, é algo absolutamente necessário para a vida em sociedade. E assim como referi os benfiquistas, poderia referir qualquer outro clube do mundo que está prestes a ganhar. O discurso de “contentamento desmedido” é transversal a todos os clubes.
Quando se excedem determinados padrões há que reprimir esses comportamentos, pois extravasam os limites mínimos de educação que se exigem. Gente que extravasa estes limites mínimos também é algo transversal a todos os clubes. A comparação que tentas estabelecer entre os clubes e que fazes no primeiro post é impossível. Não há papel de Porto, assim como não há papel de Benfica, assim como não há papel de Sporting CP. Há adeptos com comportamentos reprováveis e aceitáveis em qualquer dos clubes. Tanto encontro adeptos sportinguistas com um discurso ridículo como encontro benfiquistas (aos quais gosto de chamar lampiões), como encontro portistas, arsenalistas, etc. Claro está que, pelo maior número de simpatizantes, em Portugal pelo menos, é mais fácil encontrar um benfiquista estúpido, do que um adepto estúpido de qualquer outro clube.