Paralelismo Borussia Dortmund / Sporting

Convido-vos a ler este artigo publicado no El Pais, sobre o Borussia Dortmund, clube que aprendi a gostar nos últimos anos fruto do trabalho extraordinário do seu treinador e ambiente fantástico que se vive no estádio.

Ao lê-lo não pude deixar de notar nos imensos paralelismos que existem entre a situação actual do Sporting, quer na vertente desportiva como também na vertente financeira com o período conturbado que o clube alemão viveu num passado não muito distante.

Serve isto para dizer que se nos unirmos e o Presidente Bruno de Carvalho conseguir pôr ordem na casa, nada nos impede de regressar mais fortes que nunca deste momento difícil. A base do sucesso reside num projecto sério, coerente e exequível, mas também que todos rememos para o mesmo lado.

Segue o artigo. (As partes a bold são minhas e reflectem aquilo que julgo serem as passagem mais interesses de analisar neste texto)

[b]“El fútbol no es un producto; es cultura”[/b], es el lema de sus dirigentes. [b]Ante el abismo económico, el Borussia Dortmund se aferró a esta idea romántica en noviembre de 2004 para escapar.[/b] Huir de una deuda oficial de 170 millones. Mucho más, en realidad.[b] El club llevaba perdiendo unos 25 millones anuales en los últimos ocho años. Y lo iba vendiendo todo: el Westfalenstadion a un fondo de inversión dominado por el Commerzbank, los derechos de traspaso de jugadores, los acuerdos comerciales con Nike por cinco años… La masa salarial de la plantilla ascendía a 78 millones, sueldos desorbitados de futbolistas que, dos años antes, habían ganado la tercera Bundesliga: Rosicky, Metzelder, Frings, Amoroso, Jan Koller…[/b] El entrenador, Mattias Sammer, se había convertido en el primer campeón como jugador y como técnico.

Pero se trataba de una riqueza ficticia y mal gestionada por el presidente, Gerd Niebaum, y el director general, Michael Meier, desenmascarados por los trabajos periodísticos de Freddie Rockenhaus. Las acciones del Borussia, en Bolsa desde 2001, se desplomaron un 80% cuatro años después en el parqué de Fráncfort.

Se necesitaban medidas urgentes por parte del nuevo presidente, el abogado Reinhard Rauball, presidente a su vez de la Liga Alemana de fútbol, y su director general, Hans-Joachim Watzke. Fue esencial recuperar el estadio por unos 70 millones. Contaron con la ayuda del banco estadounidense Morgan Stanley, que les prestó 79 millones por 15 años. Y de Sportfive, la multinacional de la mercadotecnia, avanzándoles 50 millones por el marketing de 12 ejercicios. Eso les permitió cubrir el préstamo de Morgan Stanley. El estadio, otra vez en poder del club, supuso un valor estratégico. Es el mayor recinto de la Bundesliga, 80.720 localidades, y presume de la mayor asistencia media de Europa (80.500) por delante del Camp Nou y de Old Trafford.

Sin llegar a caer en la insolvencia, al comprar el campo, el club empezó a poder pagar los salarios. Y a renegociar los pagos con los acreedores, más de 100, entre ellos ocho bancos. Algunos aceptaron unas quitas de un 30 o un 50%.
La empresa de seguros Signal Iduna concedió el nombre al estadio a cambio de cinco millones anuales. Evonik, compañía química, le aporta 10 millones anuales por el patrocinio de la camiseta. Y Puma, siete millones, por el material deportivo. El Borussia ingresó 189 millones en 2011-12: 60 de televisión, 97 de la explotación comercial y 31 de las entradas, todavía muy lejos de los 479 millones de ingresos del Madrid, los 451 del Barça y los 321 del Bayern en ese curso.

La ampliación de capital también fue decisiva. Los simpatizantes compraron 40 millones en nuevos títulos. El máximo accionista, Geske Bernd, un viejo aficionado, solo posee el 10%. El otro 90% pertenece a los 70.000 socios. Si Bernd adquiriera el 25%, tendría que ofrecer sus títulos a otros interesados. En Alemania, los socios tienen por ley el control del 51% de los clubes, disuadiendo así a los grandes accionistas.

Al cotizar en Bolsa, los salarios de los jugadores y técnicos son públicos. Cuando llegó Jürgen Klopp, en julio de 2008, el gasto en la plantilla bajó drásticamente a 30 millones. El actual tope salarial lo marcan Reus, Götze y Hummels, unos cinco millones antes de impuestos; Klopp, cuatro. Y Lewandowski, que acaba contrato en 2014 y no quiere renovar, 1,5 millones antes de impuestos (un 50%). A partir de ahora, el orgullo de pertenencia de los jugadores y entrenadores a una entidad diferente será puesto a prueba por las ofertas de clubes más poderosos.

La planificación deportiva, la cocción de jóvenes talentos, empezó a fructificar. La pasada campaña fue memorable. No solo retuvieron la Bundesliga, sino que conquistaron su primer doblete en 103 años de historia: la Liga y la Copa. Rompieron el récord de puntos (81) y el número de partidos invicto (28). La revista Kicker lo comparó con el salto de Beamon en México 1968.

En tres años antes del verano pasado, el Dortmund solo había gastado en fichajes dos millones, casi 60 millones menos, por ejemplo, que el Málaga, su rival en cuartos de final. En junio pasado compró a Marco Reus al Mönchengladbach por 17 millones, aunque lo compensó con la venta de Kagawa al United por 16. La plantilla cuesta unos 80 millones, cifra comparable al Sunderland o el Fulham, muy inferior a los 158 millones del Bayern y a los más de 200 de Madrid y Barça.

Tras un superávit de 34 millones, el mayor en la historia de la Bundesliga, el Dortmund dio dividendos el año pasado. Un total de 3,7 millones. La deuda queda reducida a menos de 40 millones. Y los beneficios superan a los del Bayern, macho Alfa del fútbol alemán, que ha ganado dinero en los últimos 19 años. A los bávaros les ha salido un adversario con una idea revolucionaria: el futbol es del pueblo, también es cultura.

Seria um bom paralelismo pecando no facto de o BVB ter sempre 80 mil pessoas a assistir aos jogos e estar numa das ligas que mais dinheiro gera. Não sei se os alemães se teriam reabilitado tão facilmente na pobre e pouco competitiva liga portuguesa…

Deixo aqui mais um artigo sobre a realidade Borrussia de Dortmound:

[b]"Artigo de opinião de Gonçalo Nascimento Rodrigues [size=12pt]"Afinal, a cor da esperança é… amarelo!"[/size][/b]

BVB 09. Borrussia Dortmund. Veste amarelo. Está nas meias-finais da Liga dos Campeões. E todos nos lembramos, com certeza, de Paulo Sousa a jogar amarelo e a ser campeão europeu. O que muitos não conhecem é a história recente deste Clube, que me faz lembrar um outro de quem tanto gosto…

Entre finais do séc. XX e início do séc. XXI, o Borrussia Dortmund assumia uma política desportiva e financeira arriscada: investir fortemente no plantel profissional por forma garantir uma presença assídua e contínua na Liga dos Campeões. Ou seja, investir antes de obter resultados, resultados esses incertos a difíceis de obter sem uma gestão cautelosa e uma política desportiva mais abrangente, de longo prazo.

Os sucessivos insucessos desportivos levaram este Clube a uma difícil situação financeira, obrigando-o a vender o seu Estádio a um Fundo Imobiliário, em 2002. Com esse dinheiro, o Clube voltou a fazer investimentos fortes no plantel, sem resultados desportivos. Com uma gestão operacional deficitária – a venda do Estádio resultou em custos elevados – e um endividamento elevado, o Clube viu-se em enormes dificuldades em 2005, perto da bancarrota.

A verdade é que o sucesso desportivo não se compra. Por muito dinheiro que se tenha – e neste caso não se tinha – não é só pelo dinheiro que se vencem títulos.

Voltando ao Borrussia Dortmund, como saiu o Clube desta situação? 4 aspectos foram fundamentais.

  1. Reestruturação Financeira

Desde 2005, o Clube levou a cabo uma reestruturação financeira, simples de idealizar, com certeza difícil de executar. Este processo conta-se facilmente em três passos:

Excelente entendimento inicial com os credores, que aceitaram diferir todos os pagamentos durante 2 anos (capital e juros), para além de disponibilizarem uma verba adicional que permitiu ao Clube pagar salários em atraso e manter os seus jogadores;

Seguidamente, um aumento de capital aumentando o equity da empresa de € 15 para € 61 Milhões;

Por fim, com a dívida renegociada e o clube capitalizado, procedeu-se a uma reestruturação de toda a dívida, com aumentos das maturidades e levantamento de mais dívida (€ 79 Milhões, através da Morgan Stanley), para recomprar o Estádio e substituir dívida de curto prazo. O alinhamento das maturidades da dívida com a geração de cash-flow foi fundamental.

  1. Aposta na juventude

No plano desportivo, o Clube apostou definitivamente na juventude e na formação de jovens jogadores. Não mais se enveredou pelos avultados investimentos no plantel como forma de chegar ao sucesso e às vitórias. Mais tarde, em 2008, chega um treinador vencedor, vindo do Mainz 05 que corporizou uma nova filosofia de gestão desportiva e gestão de activos.

  1. Publicidade e Patrocínios

Também em 2008, se não estou em erro, foi assinado um novo contrato com a Sportfive, por 12 anos, pelo valor de € 50 Milhões, dinheiro esse usado para reembolsar o empréstimo contraído 2 anos antes com a Morgan Stanley. Ou seja, em apenas 2 anos, o Clube consegue recomprar o Estádio, reduzir custos operacionais e dívida financeira. Dois anos!

Na realidade, mais de metade das receitas do Clube vêm das componentes comercial e marketing - publicidade nas camisolas e o naming do Estádio estão dentro do que foi conseguido com o acordo de 12 anos com a Sportfive.

  1. Os sócios e Adeptos

Um Estádio sempre cheio. Um público entusiasta. Nunca abandonaram. Nunca desistiram. Foram eles os primeiros a salvar o Clube.

Este processo faz-me lembrar, em tudo, o meu Sporting, o nosso Sporting. Em Novembro passado, apontava já este caminho para o nosso Clube no meu Manifesto. Foi este caminho que permitiu ao Borrussia Dortmund reduzir custos, aumentar receitas, reduzir amortizações e provisões com passes de jogadores. Um exemplo disso, a descida do peso dos salários nas receitas, de 63% em 2005 para 46% em 2010. Um caminho difícil mas de sucesso.

Não tenho dúvidas que havemos de lá chegar. BVB 09 voltou a ser campeão. Nós voltaremos, com toda a certeza a repetir mais 100 anos de história, mais 100 anos de glória. Teremos uma nova Geração de Campeões!

Nota: Toda a informação aqui descrita (e outra) pode ser consultada no site da Deloitte e no blog The Swiss Ramble."

Fonte: SPORTING FANS

Ajustado às devidas dimenões - sobretudo a (in)capacidade de financiamento internacional - parece-me um excelente exemplo.

E a essência é reavivar o Amor ao clube.

Mais importante ainda é a maneira como os adeptos alemães vivem o futebol, por comparação aos portugueses.

Não deixam de ser realidades totalmente diferentes, mas a conjuntura encontrada em Dortmound em 2004, e a nossa actual conjuntura, de pouco diferem…

O Caminho a seguir é a austeridade nos proximos anos, reequilibrio financeiro, redução de custos, reorganização de todo o edificio Sportinguista e uma seria aposta na Formação.

Se tivermos que estar 4/5 anos a lutar pelo 3º/4º lugar, que estejamos. Não é isso que vai matar o Sporting, mas é isto que vai construir os alicerces de um clube forte e vencedor para os proximos anos.

No longo jejum de títulos do Sporting entre os anos 80 e 90, Alvalade não deixava de encher, e durante muito tempo era comum dizer-se (inclusive entre os rivais) que tínhamos uma das massas associativas mais fieis do mundo. Por isso se os sócios e adeptos voltarem a sentir-se identificados com o clube, algo que se perdeu de forma significativa na ultima década, eles regressam ao estádio. Por isso, os Sportinguistas se motivados e se acreditarem em quem dirige o clube, não ficam atrás de nenhum clube em termos de paixão e fidelidade.

O paralelismo que falo, obviamente tem de ter em conta as distintas realidades económicas e sociais que existem em Portugal e na Alemanha.

Mas a receita do Borussia é perfeitamente exequível no Sporting, se bem enquadrada na nossa realidade.

O principio é bom e pode ser aplicado ao Sporting, mas existem diferenças fundamentais, logo para começar as receitas que gera o futebol alemão quando comparado com o português, depois existe um ponto nessa história que muitas vezes é esquecido o Munique chegou a emprestar dinheiro ao Dortmund algo impensável em portugal. Depois a própria cultura futebolística do país o adepto alemão é muito mais fiel e paciente que o português, a conversa de Alvalade cheia durante os anos 80 e 90 é daquelas mentiras tantas vezes ditas que parece verdade, enchia mais vezes isso é verdade.

Nos anos 80 não era mentira nenhuma. Muitas vezes cheguei a Alvalade em cima da hora e encontrava muitas bilheteiras fechadas porque tinham já os bilhetes todos vendido.

Nos anos 90 é verdade que se começou a perder gás, e muitas vezes a superior norte nem abria. Mas durante o mandato do Sousa Cintra isso era raríssimo de acontecer.

Apesar de pressupostos bastante distintos entre duas realidades semelhantes, há a reter a vontade, o querer e a ambição que moldou o Dortmund e o fez voltar aos grandes palcos, como a potência desportiva que sempre foi. É um exemplo a ter em conta, não só pelo Sporting mas por todos os clubes, eles têm uma cultura desportiva ímpar, uns adeptos únicos que amam o clube, que vivem o clube e respiram o clube. É uma questão de mentalidade, de determinação e de força, não temos isso em Portugal porque exigimos sempre mais dos outros do que exigimos de nós próprios, porque descarregamos as nossas frustrações nos outros e não aceitamos dar passos atrás, para poder caminhar de outra forma.

Que saibamos aprender com este excelente exemplo que é o Dortmund. São enormes. :mais:

Para mim o ponto fulcral está aqui (a bold) mas para isso será preciso os Sportinguistas convencerem-se de que durante 3 ou 4 anos não vamos efetivamente estar a lutar pelo titulo mas sim pelo lugar mais acima possivel porque apesar de algumas semelhanças que encontro no que o BVB passou e aquilo que o Sporting está a passar é bom não esquecer que o BVB não se reergueu do dia para a noite e grande parte dessa recuperação foi feita pelos adeptos que nunca deixaram de estar com o clube e com a equipa no seu momento mais complicado

Agora mais que nunca temos de ter a humildade para perceber que o benfica e porto estão muito mais fortes quer desportiva quer financeiramente, isso acho que ninguém tem dúvidas. Continuamos a ser o grande clube de Portugal, mas estamos ao nível do Braga, é a realidade, temos de começar a lutar pelo 3º lugar com o Braga, esse tem de ser o real objectivo do Sporting todos os anos ate conseguir o título.
Temos que ir ao Estádio agora mais que nunca, tem de ser vendido o namimg do Estádio, não me faz confusão nenhuma. Inclusive o da Academia já foi vendido á Puma, mas devemos receber muito pouco com isso, devia ser vendido também para ganhar-mos mais dinheiro. Onde pudermos poupar tem de ser, luz, água, gás, papel, papel higiénico, tudo. Quando for para cortar a relva metam os atletas todos a cortar a relva com tesouras da poda que só faz é bem dobrar um bocado as costas :lol:

Somos grandes, mas temos de lutar pelo 3º lugar para voltar a glória perdida de outros tempo…

Só para acrescentar aos cortes o mau comportamento das claques pois na situação em que o clube está não se pode dar ao luxo de andar a pagar 10 mil euros em multas à conta desses maus comportamentos esse dinheiro dá para pagar a muito funcionário assim não estão a apoiar estão antes a ajudar a destruir o clube

Claro que não será uma cópia preto no branco, claro que eles terão sempre mais receitas, claro que isto e claro que aquilo…

Ainda assim, o nosso cantinho tem vindo constantemente a ter equipas a fazer grandes prestações na Europa, e sempre com orçamentos inferiores, e sempre com a nossa realidade diferente.

O que importa são os paralelismos entre ambas as realidades e aí, convenhamos, são imensos. O caminho a seguir é, na minha opinião, exactamente igual. Não teremos tantas receitas, claro, mas também não teremos tantas despesas… Acima da tudo, teremos é de ter o mesmo rigor !

Como nota, há que notar as classificações do Dortmund:

2001/2002: Campeões
2002/2003: 3º
2003/2004: 6º
2004/2005: 7º
2005/2006: 7º
2006/2007: 9º
2007/2008: 13º
2008/2009: (entrada do Jurgen Klopp) 6º
2009/2010: 5º
2010/2011: 1º
2011/2012: 1º
2012/2013: actualmente, seguem em 2º.

Acho que falhaste o principal ponto do assunto Dortmund.

A frase que define tudo isto é aquela do inicio: “O futebol não é um produto, mas sim cultura”. Esta frase derrota todos os pilares fundamentais do tempo dos dirigentes da Continuidade no Sporting. Sim, as finanças são importantes, e sim, nao existe alternativa à contenção e aos cortes nos tempos mais próximos, mas isso é porque nao é possível dar um passo maior que a perna, ou seja, é algo tão inevitável quer tivéssemos mais ou menos dinheiro que nem vale a pena equacionar. Temos de cortar no custos até acertarmos o passo com as receitas, tão simples quanto isso, mas tal não é um caminho em si nem vai retirar o Sporting da situação em que se encontra.

O caminho é aquele, tornar o Sporting uma cultura, nao um produto. Cultura de exigência, cultura de valores, cultura de rigor. Uma cultura desse género propicia boas decisões a nível financeiro e também desportivo e cultiva uma identidade própria da
marca clubística, quer no campo quer fora dele, cativando e mobilizando os adeptos em prol do clube.

É tudo uma questão de cultura, não de produto. A austeridade é inevitável, mas não é ela que irá necessariamente construir o Sporting do futuro (será preciso algo mais para o Sporting dar o “salto”).

É uma realidade o que escreves.

A tentativa de transformar o Sporting num clube empresa, foi um acto falhado com custos ainda por contabilizar.

O erro foi não perceber que uma gestão profissional, teria de ter sempre os adeptos como parte da equação, e o que se assistiu foi a um afastamento progressivo e notório de quem comandou o clube, das pessoas que são a verdadeira razão de ele existir: os sócios.

O exemplo mais gritante foi FSF que sonhava com um clube exclusivamente dedicado ao futebol, sem modalidades, ou o de Pedro Baltazar que na campanha eleitoral de 2011, disse que umas das suas medidas se fosse eleito seria o de acabar com o Futsal…

Existem duas formas de recuperar o clube financeiramente. Austeridade pura e dura, o que vai levar à debandada geral dos adeptos. Ou o saneamento feito de forma inteligente, envolvendo os adeptos.

Um clube de futebol não se rege por princípios racionais, um clube de futebol tem uma componente de paixão/emoção que não pode ser esquecida nem colocada de lado. É por isso que a maioria de nós quando vê o BdC aos pulos no banco a festejar os golos sorri, porque revemos-nos ali, é ele como podia ser um de nós.

Daí que o saneamento nunca pode ser feito de forma cega. Todos nós concordamos que não vamos poder lutar por títulos nos próximos dois/três anos, mas também ninguém quer andar a lutar pelo 10º lugar. Por isso, não podemos simplesmente vender os melhores jogadores da equipa todos por atacado, e esperar que sejam os rapazes da equipa B a salvar a honra do convento. Vai ter de existir racionalidade na hora de escolher o plantel da próxima época.

Existem jogadores que não só pelo que ganham mas sobretudo pelo desempenho que não podem fazer parte da equipa do próximo ano. Mas custa-me muito ver como adquirido que, por exemplo, o Patrício tem de sair, que é inevitável. Eu acho que tem de haver espaço para nesta reestruturação não desfazer por completo toda a equipa, e se há jogador que vale pontos, que não se encontra no mercado outro como ele com muita facilidade, e que faz parte da cultura de balneário que se pretende implementar é ele.

O Borussia recuperou também muito à conta disso, aposta em jogadores da “casa” que percebiam a cultura do clube e por isso envolveram-se de forma extraordinária na missão de salvar o clube.

Excelente. É exactamente o que penso.

Competência aliada a cultura desportiva. O dinheiro não é tudo e não compra paixão e fervor.

Temos de limpar o esterco que 17 anos de “terroristas de gravata” deixaram. Reduzir custos, aumentar receitas mantendo a competitividade a que estamos obrigados.
1º - Reestruturação da divida (vamos esperar pelos resultados finas das negociações);
2º - Limpeza da estrutura mantendo os recursos indispensaveis e mais competentes, tanto pessoas como empresas (FSE);
3º - Aposta na formação e no scouting. Equipa técnica competente e capaz de implementar um futebol vistoso e de valorizar os activos disponiveis. Competência nas aquisições;
4º - Sporting para os sócios e adeptos. Alvalade é a nossa casa. Temos de trazer as pessoas de volta;
5º - Naming, Publicidade e Merchadising. Renegociação de contratos oe novos contratos mais vantajosos;

Nos primeiros 2/3 anos temos de ser pacientes e deixar as finanaças estabilizarem e os miudos crescerem mas se as apostas forem as correctas podemos dentro de 3 anos lutar pelo titulo. É preciso ter calma, apoiar e não pedir o céu.

Esse “algo mais” (nomeadamente o rigor necessario, a competencia, a cultura de exigencia e responsabilidade) está englobado na reorganização do edificio Sportinguista.

E acima de tudo, será necessaria outra coisa, muita paciencia dos adeptos, aceitarmos bem a “condição” de 3º clube em Portugal durante uns anos e termos a noção de que não dispomos dos meios financeiros de que dispõem Benfica e Porto.

Sem assobios, sem apupos, sem desistencias, sem exigir o impossivel, apenas exigindo entrega e profissionalismo maximo.

http://swissramble.blogspot.co.uk/2012/10/borussia-dortmund-back-in-game.html

Mais um excelente artigo do Dortmund :great: