OPA Chinesa existiu ou alguem se encheu á grande?

"Mercado 2007-07-06 00:05
Chineses querem OPA alternativa ao Benfica
Um grupo chinês quer comprar um clube de futebol europeu: O Benfica, o Sporting e uma equipa inglesa foram analisados, mas a SAD da Luz é a preferida.

Sílvia de Oliveira e Martim Avillez Figueiredo

Um grupo chinês com interesses em vários sectores de actividade está a estudar o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) concorrente à de Joe Berardo sobre o Benfica. Ao que o Diário Económico apurou, este grupo prepara-se para chegar a Lisboa nos próximos dias para se reunir com os dirigentes do clube encarnado. “O grupo está interessado em comprar um clube na Europa para lhe dar dimensão internacional. Como temos relações antigas perguntaram-me se poderia facilitar os contactos em Portugal. A minha intervenção limitou-se a isso mesmo, a abrir portas”, confirmou em declarações ao Diário Económico o empresário Vasco Pereira Coutinho. Segundo este responsável, que há vários anos desenvolve negócios na China, o investidor chinês também terá olhado para o Sporting, existindo, neste momento, uma indiscutível preferência pelo Benfica, devido à maior dimensão do clube da Luz. “Para além dos dois clubes portugueses, o grupo chinês também está ainda a estudar uma possibilidade em Inglaterra”, acrescentou Vasco Pereira Coutinho, que dentro de dois a três meses irá inaugurar uma nova fábrica de torrefacção de café em Macau, num investimento de aproximadamente 22 milhões de euros.

Segundo uma fonte contactada pelo Diário Económico, o grupo chinês estaria disponível para oferecer o dobro da contrapartida proposta por Joe Berardo, ou seja, sete euros por acção. No entanto, esta informação não foi confirmada por Vasco Pereira Coutinho, que disse desconhecer esses detalhes, alertando, inclusive, para o perigo de eventual especulação.

Segundo o Código dos Valores Mobiliários, “a contrapartida da oferta concorrente deve ser superior à antecedente em pelo menos 2% do seu valor e não pode conter condições que a tornem menos favorável”.

As intenções do grupo chinês deverão ser esclarecidas muito brevemente, numa reunião com Luís Filipe Vieira, que já teve conhecimento do interesse de mais este investidor em comprar o Benfica."

in DE

"06 de Julho de 2007

Na sequência de notícias divulgadas na comunicação social, ontem e hoje, sobre a possível preparação de uma oferta pública de aquisição concorrente tendo por objecto as acções da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, a CMVM solicitou esclarecimentos escritos ao Dr. Vasco Pereira Coutinho e ao Sr. Luís Filipe Vieira.

De acordo com os esclarecimentos prestados:

a) Afirmaram não ter conhecimento de que esteja a ser preparado o lançamento de qualquer OPA sobre a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, além da preliminarmente anunciada;

b) Realizaram uma reunião no dia 21 de Maio em que o tema da conversa foi genérico e em que não foi feita qualquer referência à possibilidade de lançamento de uma OPA. Referem ainda que desde essa data, não houve nenhum contacto relacionado com esta ou qualquer outra matéria.

A CMVM informa que não recebeu nenhum anúncio preliminar de oferta pública de aquisição concorrente sobre as acções da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, nem qualquer contacto nesse sentido.

A CMVM adverte que as decisões de investimento devem-se basear em informação divulgada nos termos do Código dos Valores Mobiliários."

"10 de Julho de 2007

Na sequência de notícias divulgadas na comunicação social, nos dias 5 e 6 de Julho de 2007, sobre a possível preparação de uma oferta pública de aquisição concorrente tendo por objecto as acções da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) informa ainda, em complemento do comunicado efectuado em 6/7/07, que solicitou esclarecimentos escritos ao advogado do alegado investidor chinês referenciado nas mencionadas notícias o qual comunicou à CMVM que o seu cliente “perdeu o interesse na aquisição de participações sociais da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD”.

Ambos in CMVM

Quer dizer que tinha interesse?

Afinal quem anda aqui a mentir?

Alguem se encheu com massa?

Naturalmente :arrow:

E pelo meio ainda mandaram uma boca ao Sporting quando anunciaram que os “chineses olharam para o Benfas porque é maior”.

Ora vejamos, as acções do benfas começaram a cair a pique desde a OPV. Com a OPA do Berardo subiram um pouquito mas não chegaram aos 5€, no entanto com a alegada OPA chinesa*, subiram até aos 6,11 €, sendo que nesta altura uma só ordem de venda (de 81.609 acções) gerou uma mais-valia de qualquer coisa como 90.600€… Coisa pouca… Ah, e isto é assumindo que o vendedor comprou as suas acções na OPV, porque se tiver comprado quando elas estavam a 3€ e tal, a mais valia terá sido qualquer coisa de muito interessante.

Para registo deixo aqui um quadro com as acções do benfas que foram transaccionadas acima dos 5€ na 6ªfeira, dia do rumor da contra-opa:

Ao menos a CMVM (ou a CVM, como diz o Berardo), está a investigar esta 2ª OPA, pode ser que este Vasco Pereira Coutinho também siga o caminho do maninho João e do Paes do Amaral, que andaram a lançar rumores de contra-opas à PT que não se vieram a materializar e tiveram que pagar por isso (quanto é que pagaram é que não sei, se calhar até lhes rendeu…).

  • A Lusa andou a contactar clubes chineses e ninguém sabia de nenhum interesse no benfas… Enfim…

Ps: Todos os dados neste post (incluíndo a tabela da Bloomberg) estão disponiveis no Jornal de Negócios de hoje.

Sé sei que Portugal tá a ficar impestado de chineses, os lampioes são do chineses, os tripeiros têm um estádio com nome de restaurante chines,o que é que a gente pode fazer, é a vida

E isso vem a propósito de… ?

O que era interessante era saber o nome das pessoas que realizaram mais valias com esses boatos.

a CMVM sabe, nao passa e’ ca’ para fora quem e’ q ganhou com isso.

Mas em principío investigam se há ligação entre essas pessoas e quem lançou os boatos.
Vamos ver se isso vai dar em alguma coisa.

:rotfl: :rotfl: :rotfl: (sem ofensa)

Mais depressa me saia o Euromilhões a mim, que nem jogo.

Isto é o paraiso para Joes e afins …

Deve ter havido pouco mamão à pala dessa notícia…

O que é que há nas lojas dos chineses? A qualidade dos produtos que estão à venda são todos uma porcaria, tá explicada a OPA aos orcs…

Olha que na bolsa as coisas não podem ser assim. Caso contrário o mercado perde credibilidade e deixa de haver investimento nas empresas portuguesas.

Pelo pouco que tenho acompanhado, o presidente da CMVM pede até a ajuda da PJ para ajudar nas investigações (não só neste caso mas em outros também).
E os próprios empresários, como por exemplo o Belmiro Azevedo, não vêm com muito bons olhos os especuladores e as liberdades que eles ainda vão tendo no nosso país.

Tomara todas as restantes instituições portuguesas terem a qualidade e profissionalismo da CMVM. Claro que também tem falhas e as suas histórias, mas normalmente é insuspeita. O problema nestes rumores é que quem os lança ganha milhões de euros (e o Joe é especialista nisso) e as multas são irrisórias em comparação, são fortissimas, mas irrisórias na mesma.

Spittelau, esses gajos da Lusa devem ser burros, basta ser jornalistas, pelo que eu li na imprensa era um Grupo económico e não um clube interessado na OPA. E estou mesmo a ver o jornalista a telefonar para lá e a falar inglês em termos e sobre assuntos que só um especialista financeiro percebe…

Obviamente este situação da OPA chinesa foi uma munumental farsa, e espero que o Coutinho leve na cabeça e fortemente. Não me admirava que aquele lote de 60 mil acções fosse dele (ou do Vilarinho…). Mas não há volta a dar-lhe, pormais que especulem, aquela merdice de acções vem cá para baixo. A cotação 6ª feira era novmente 3,60 ou algo assim. Mal acaba a especulação aquilo vem para baixo…

:think: Bem visto, na altura que escrevi o post limitei-me a referir o que estava no JN, mas de facto também me lembro de se falar de um grupo económico e não de um clube. :inde:

[b]A OPORTUNIDADE DA OPA[/b]

Três grandes figuras do Benfica ficaram “entaladas” com uma boa percentagem de acções da SAD do Benfica e os bancos já andavam a pressionar porque havia contas para pagar e bens que avalizavam a “pasta” dispendida.

Com tantos sobressaltos e sem soluções que viabilizassem a venda das acções e ainda por cima com estas a caírem na bolsa todos os dias, alguém se lembrou de um golpe de génio.

Inventa-se uma OPA e pode ser que resulte. E resultou. Logo no primeiro dia da suposta OPA, as tais três figuras do Benfica (nenhum delas foi o Berardo) aproveitaram o balanço e saldaram as contas com os bancos. Despacharam tudo.

Dois dias depois juntaram-se todos num local em Lisboa que até sei onde foi, para festejarem o negócio. Depois era para vir o tal chinês, mas foi só folclore.

Este negócio fez-me lembrar quando o Joaquim Oliveira comprou as acções da PT Multimédia com a ajuda do sempre amigo ministro Pina Moura e depois também houve festejo. Só não sei se foi na Rua do Guímaro ou se já foi na Rua das Antas.

in Blog da Bola

Podem fechar o tópico :twisted:

"Benfica SAD 2007-07-12 00:05

Advogados do BES dizem que acções do Benfica são um logro
No processo que opõe o BES a Manuel Vilarinho e Vítor Santos, as acções do benfica são consideradas fraca garantia patrimonial.

André Macedo

O banco que liderou a oferta pública de distribuição de acções do Benfica, em Abril de 2001, considera hoje que os títulos que ajudou a colocar no mercado há seis anos são considerados maus. “Infelizmente as acções empenhadas nada ou quase nada valem: são, em termos de garantia, um verdadeiro logro”, sustentam os advogados do Banco Espírito Santo – Filinto Elísio, Lopes de Almeida e Vítor Miragaia – na exposição feita ao Juízo de Execução de Lisboa, onde decorre o processo por dívidas interposto pelo BES contra Manuel Vilarinho, ex-presidente do Benfica, e Vítor Santos, construtor civil e avalista do antigo dirigente desportivo.

Neste processo, o banco exige a Manuel Vilarinho o pagamento de 8,4 milhões de euros, acrescidos de juros e demais encargos. O montante diz respeito a 40% de um empréstimo de 21 milhões de euros, concedido pelo banco – na verdade, pelo Banco Internacional de Crédito (BIC), que mais tarde se fundiu com o BES –, em Maio de 2001, para que o então presidente do Benfica comprasse o volumoso pacote de acções que o mercado não tinha absorvido no âmbito da oferta pública de distribuição de títulos do clube, realizada em Abril.

Passados seis anos, Manuel Vilarinho só pagou uma parte deste empréstimo e falhou os prazos de pagamento definidos com o banco. Na verdade, a maior fatia que já foi paga acabou desembolsada por dois avalistas de Vilarinho na operação: Luís Filipe Vieira (actual presidente do Benfica), que entretanto pagou 20% dos 21 milhões de euros; e o construtor civil José Guilherme, que também se responsabilizou por 20% da dívida. Vieira e Guilherme ficaram, assim, com as acções que inicialmente estavam nas mãos de Manuel Vilarinho.

O terceiro avalista na operação foi Vítor Santos (’BiBi’), conhecido empresário da construção. É aqui que surgem os problemas. De acordo com informação a que o Diário Económico teve acesso, Vítor Santos alega que, aparecendo de facto como avalista de Vilarinho no contrato assinado com o BIC, na realidade nunca teve intenção de o ser. De acordo com esta leitura dos acontecimentos, o construtor aparece como avalista no negócio apenas, porque foi essa a estratégia desenhada pelo BESI (Banco Espírito Santo Investimento) para disfarçar o fracasso da colocação de acções do Benfica – 21 milhões de euros por vender – que o BES tinha organizado. Ou seja, segundo Vítor Santos, o empréstimo feito a Vilarinho não era um empréstimo verdadeiro, mas sim uma simulação para esconder a realidade.

A tese de Vítor Santos, segundo fonte próxima do processo, é rica em detalhes, que o BES desmente por inteiro em tribunal.

Assim, de acordo com o construtor, o Banco Espírito Santo Investimento, para esconder as dificuldades da operação que tinha liderado e sublinhar o seu êxito, decidiu simular um empréstimo de 21 milhões de euros ao então presidente do clube, para que ele ficasse com os 4,2 milhões de acções que sobravam no mercado.

De acordo com a mesma fonte, realizada esta compra simulada, o BESI comprometeu-se a encontrar muito rapidamente um investidor internacional para onde seriam finalmente transferidas as acções que ninguém queria. Até lá, o que poderia demorar um mês ou talvez um pouco mais, Manuel Vilarinho não pagaria juros nem os encargos do falso empréstimo. Seria o banco a tratar de tudo, responsabilizando- -se por todos os encargos. Resumindo: Vilarinho teria apenas um papel instrumental no negócio. O dirigente benfiquista só dava o nome, tudo voltaria ao normal muito rapidamente e ele não ficaria com dívida alguma.

De acordo com as fontes contactadas pelo Diário Económico, dois meses depois de Vilarinho e Vítor Santos terem aceite participar nesta alegada montagem, o BESI ter-lhes-á pedido que assinassem um contrato de financiamento pós-datado (ou seja com uma data anterior à real) para salvaguardar a boa prática bancária. Numa primeira fase, Vilarinho ter-se-á recusado a assinar o documento, mas cedeu. Luís Filipe Vieira e José Guilherme acabaram também por aparecer como avalistas do negócio, numa operação garantida por quatro livranças subscritas por Vilarinho e com os referidos avalistas.

A partir daqui, há poucos detalhes. Sabe-se apenas que nunca apareceu o tal investidor para comprar as acções do presidente do Benfica, como alega Vítor Santos, e que, numa carta enviada a 5 de Maio de 2004, o BIC, valendo-se do contrato assinado, exigiu a Vilarinho que pagasse o capital em dívida e os respectivos juros. O ex-dirigente não o fez e o caso seguiu para tribunal, onde está em julgamento.

Já houve, no início deste ano, uma primeira tentativa de conciliação, mas fracassou. A pedido do BES, que desmentiu por inteiro ao tribunal as alegações de Vítor Santos, está agora decorrer uma segunda tentativa para resolver amigavelmente o assunto. O processo, em julgamento no 1º Juízo - 2ª Secção dos Juízos de Execução de Lisboa, está suspenso durante 30 dias e ainda não foram ouvidas testemunhas. Contactadas pelo Diário Económico, nenhuma das partes quis fazer comentários."

in DE

Mas … mas … não foi um sucesso ? Já tão a tramar o benfas … ohhh meu deus … mais perseguição! Coitadinhos …

Que palhaçada!

Esta história era mais ou menos conhecida, embora tenha aqui alguns pormenores que não se sabiam. Para já, sugiro que guardam o link e o usem para espetar nas trombas da lampionagem mais excitada com o “exito” da OPA.

Primeiro facto: a venda de acções da sad fifiquista foi um fracasso enorme. Enquanto que por exemplo a SAD do Sporting teve uma procura muito superior à oferta (não tenho números, mas lembro-me de terem sido avassaladores), a do fifica não resultou! Falhou redondamente! Nem sequer conseguiram colocar à venda as acções lançadas publicamente, embora num modelo diferente do Sporting e FCP (as acções não iriam para o mercado, ficariam na posse dos compradores)

Segundo facto: no momento do fecho do prazo da subscrição, o insucesso era já garantido. A CMVM fechou os olhos a esse prazo a passado algum tempo (penso que foram poucas horas) surgiu a notícia que afinal tinham conseguido colocar todas as acçoes. Pouco tempo depois percebeu-se como: o Vilarinho comprou-as. Fracasso enorme e conivência da CMVM, penso que aqui falou mais alta a vontade de fazer com que o falhanço não se tornasse público

Terceiro facto: como se descobriu isto? Porque posteriormente, não me recordo se por alturas das eleições ou se da saída do Vilavinho do slb, falou-se que o fifica tinha uma dívida para o viracopos, divida essa precisamente para pagar os juros deste empréstimo. Ou seja, não só falhou a venda das acçoes ao público como o clube ainda teve que pagar os juros desta brincadeira

Quarto facto, e o mais nojento, também ele público: quando o slb esteve quase a falir, com dívidas a todos incluido ao Estado, a ministra Manuela Ferreira Leite permitiu que as acções fossem aceites como garantia de um pagamento ao Fisco, pagamento esse que o fifica contestava como tendo as contas mal feitas. Como se viu agora, e como já se falou na altura, o Estado aceitou um enorme balde de m**** como garantia para a dívida, e não o devia ter feito.

Tudo isto só se sabe porque o Vitor Santos, adepto do slb, grande amigo do vilavinho e que trouxe o Roger, se zangou com as comadres (vilavinho e orelhas) e “veio para a rua gritar”.

Agora, esta história que se conta em tribunal, a ser verdade, que o BESI os encavou à séria, é de partir o caco a rir. Obviamente, mesmo que tenham 500% de razão, não se vão safar, há contratos escritos e com os bancos não se brinca ;D