Diz a primeira lei de Murphy “se alguma coisa tiver de dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a que cause o maior dano possível.”
Existem épocas desportivas que, pelas conquistas alcançadas ficam na memória dos adeptos. No caso actual do Sporting, esta época deve ficar na memória de todos, para recordar, em especial a quem governa o clube, o que pode acontecer quando se planeia mal, organiza pior e investe-se tarde. Dificilmente se pode descer mais baixo e ser mais humilhado.
Fica provado que, como na vida, no futebol também não existem milagres. Sem trabalho, qualidade e planeamento não há equipa e clube que resistam.
Não se vislumbra esforço, ou encontra dedicação. A devoção é coisa do passado, e de glória estamos conversados. Por isso tal como estão as coisas, o que vemos actualmente não é o Sporting. O nosso Sporting centenário, esse de que gostamos de forma incondicional, está envergonhado com o que vê.
Chegados aqui, a questão que se coloca é só uma: terá JEB a força e capacidade para dar inicio à refundação do Sporting? Para mudar as mentalidades no interior do clube, para apostar em definitivo e sem hesitações na equipa de futebol, assumindo que a Academia é um meio mas não um fim?
Dada a gravidade da situação, o clube não tem tempo para esperar que JEB decida o que fazer. Espero que ele seja honesto consigo próprio, com o seu sportinguismo e com o clube. Se tiver essa força, então que avance agora, porque ontem já era tarde, no sentido de iniciar a necessária revolução. Mas se não sentir essa capacidade, que tenha a honestidade de o assumir e dar oportunidade a outros com coragem para mudar e limpar o clube dos empecilhos que mancham a história do Sporting. É urgente limpar os corredores de Alvalade e o balneário da muita mediocridade que por lá reina. Não é uma caça às bruxas que se pede, é antes uma operação de resgate e salvamento da história do Sporting.
Chegados aqui, restam a JEB dois caminhos: arregaçar as mangas, ir à luta e colocar o clube no patamar que a sua história obriga, ou abdicar desta luta e passar à história como um dos piores presidentes do Sporting.
Entretanto a nós adeptos, cabe-mos o papel de manter a cabeça erguida e o orgulho de sermos Sportinguistas. Porque somos do Sporting Clube de Portugal, que é maior que qualquer presidente, treinador ou jogador. Todos eles passam. O clube perdura tal como a nossa paixão.