Os nostálgicos compram, há artistas a publicar música em K7
Para além de toda a discografia dele solo ou em trio, aconselho especialmente um disco que fez com o John Surman e o Dave Holland, com o título Thimar. Muito bom.
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… que não conheço. Irei degustar!
Outro que me esqueci de mencionar e também é muito bom:
Anouar Brahem, Jan Garbarek e Shaukat Hussain - Madar
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O Jan Garbarek tem um som poderosíssimo e um fraseado ao mesmo tempo simples e incisivo. Gosto muito dele, assim como de outro saxofonista nórdico, infelizmente já desaparecido e que, quanto a mim, não lhe foi dado o devido reconhecimento: Arne Domnerus.
Já tinha ouvido falar mas nunca tinha ouvido a música. Muito bom.
Voltei aos anos 80.
@Blitz , para ajudar à festa…
Continua a viagem interminável de Jan Garbarek em busca desse impossível
continente onde, levadas pela imaginação, convergem as mil e uma músicas do mundo.
Deixando cada vez mais arredada uma linguagem jazzística convencional, preferindo o
convívio dialogante com uma diversidade de outras culturas, Jan Garbarek firmou-se para
já no folclore do seu país natal, a Noruega, porto de abrigo de onde parte à descoberta de
outros lugares. Acompanham o saxofonista nesta sua recente incursão pela “world” sem
fronteiras Anouar Brahem, o virtuose do alaúde árabe, e Ustad Shaukat Hussain, nas
tablas. Dando mostras de maior sobriedade e contenção em relação aos anteriores “Ragas
& Sagas”, com Ustad Fateh Ali Khan, e “Rosensfole”, com a voz de Agnes Buen Garnas,
“Madar” avança pela via da conversação em tons intimistas, embora dando por vezes a
ideia de que o saxofone procura impor as suas perspetivas. Isto, apesar de uma vista de
olhos pela ficha técnica mostrar o nome de Brahem como autor ou co-autor de metade dos
temas, incluindo uma visão “sui generis” do Brasil, em “Bahia”, e ao lado de duas melodias
tradicionais da Noruega arranjadas pelo saxofonista. Um disco em que não é tão fácil
penetrar como em outras ocasiões e onde a faceta étnica aparece mais esbatida. Os
incondicionais de Garbarek não ficarão desiludidos. (7)
Fernando Magalhães, jornal Público 6/4/1994