O termo “sportinguense” tem sido usado com regularidade nos últimos anos para designar um certo tipo de militância Sportinguista.
Quem são? O que os move? E, em ultima instância, qual o “Sporting” que pretendem? Numa altura em que se aproximam eleições no clube, julgo que faz sentido esclarecer esta designação e clarificar o que separa um “sportinguense” dos restantes adeptos do clube leonino.
Parece ser claro que as características de um “sportinguense” não podem nem devem confundir-se com toda a oposição ao actual corpo directivo do Sporting. Pode-se discordar da forma como o clube está a ser gerido, mas ultrapassa-se o conceito de mero opositor quando a critica é constante, sistemática e personalizada na figura do presidente. O “sportinguense” tem um ódio visceral a Bruno de Carvalho e esse sentimento tolda-lhe toda e qualquer opinião que possa ter sobre a realidade do clube.
O “sportinguense” não gosta do presidente apenas por discordância com o estilo e o modo do mesmo dirigir o clube. A forma como se expressam revela um tom de ressentimento, como se tratasse de uma questão pessoal. Alguns, aparentemente, jamais ultrapassaram o facto de o apoio demonstrado no acto eleitoral anterior não se ter transformado num beneficio concreto para a sua situação pessoal. Por outras palavras, falta de tacho.
Outros agem como se o actual presidente os tivesse privado da realidade virtual de um Sporting grandiosamente gerido por Godinho e companhia. Este revivalismo (ou branqueamento) do período mais negro da nossa instituição é algo que o adepto comum tem dificuldade em entender.
Outro factor de difícil compreensão são os espaços na internet (blogues e paginas de facebook) onde os “sportinguenses” se reúnem, em constantes orgias de difamação e destilação de veneno. Alguns desses fóruns fazem com que as criticas de lampiões e corruptos pareçam elogios, em comparação com as tiradas desconcertantes que se escrevem nesses antros.
Acusam o presidente de estar a destruir o Sporting, de receber comissões em negócios com jogadores, de prejudicar a equipa com o seu estilo de liderança, de ser um ditador, etc, etc. Sempre que a equipa de futebol do Sporting não ganha um jogo, parece que exultam e recarregam baterias na sua cruzada infindável contra o “Belzebu” Carvalho.
Argumentam que no tempo do Godinho também existiam Sportinguistas que desejavam o insucesso da equipa de futebol. Confundem o momento que o clube então vivia com o actual e estabelecem analogias inenarráveis. A mais utilizada tem a ver com os jogadores adquiridos por esta direcção, em comparação com direcções anteriores. Manipulam custos e distorcem ganhos. Tudo parece valer para derrubar o actual presidente.
Para alem do “radicalismo entrincheirado” do “sportinguense” convicto, existe uma outra variação da mesma espécie, quiçá ainda mais perigosa: o falso moderado. Aquele que pretende ter uma posição independente, que julga flutuar acima de tendências ou extremismos de opiniões, o auto-intitulado “magnânimo”. Normalmente, começam as suas intervenções com “Eu até votei em Bruno de Carvalho mas…” seguindo-se um chorrilho infindável de criticas, que normalmente se baseiam em factos insignificantes ou secundários. No final, tentam balancear as suas posições, simulando atitudes de reflexão que, na verdade, não existem. São “sportinguenses de armário”. que não têm coragem de se assumir.
Por ultimo, o mais inacreditável aspecto do “sportinguense” prende-se com o facto de usar argumentação e calunias provenientes do chamado “Estado Lampianico” para fundamentar as suas criticas. Apoiam-se nos comentadeiros dos nossos maiores rivais para propagar a campanha de difamação de que o nosso presidente é alvo. Algo que nos leva à ultima, inevitável, consideração.
Pergunta: alguém que vive na constante critica aos órgãos dirigentes do clube, que usa argumentos de inimigos da nossa instituição para nos atacar, que rejubila com as nossas derrotas branqueando, por exemplo, os roubos constantes dos árbitros, que usa o anonimato ou redes sociais para, em permanência, destilar veneno contra a figura do presidente do nossa instituição, essa pessoa é, na verdadeira essência da palavra, Sportinguista?
Custa-me entender que um verdadeiro adepto do nosso clube consiga ter esse tipo de atitudes. Porventura vivem na ilusão de que atacar o nosso presidente não é o mesmo que atacar o Sporting. O problema é que, por muito que o neguem, atacar visceralmente um presidente do Sporting é o mesmo que atacar o clube. Não se podem compartimentar as criticas. Sobretudo quando, no mínimo dos mínimos, o trabalho de Bruno de Carvalho é satisfatório (facilmente comprovável). Não é possível pedir compreensão a quem se comporta desta maneira. Um clube não pode ser sinonimo de tacho e/ou estatuto.
Oposição racional, sustentada e equilibrada - sempre.
Profissionais ressabiados da critica - dispensamos.