O que é que lêem, nestas noites...? (Livros, BD, colectâneas)

Requisitado na biblioteca municipal de Oeiras, comecei ontem.

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Antigo, mas de um grande autor e excelente para o tema… Apanhado ontem entre os livros que a biblioteca municipal de Oeiras abate e oferece ao público diariamente.
Integra as obras citadas no famoso livro “Choque de Civilizações”.

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acabei o “Butter” da Asako Yuzuki, depois comecei e acabei “Uma Questão de Conveniência” da Sayaka Murata e “Os Meus Dias na Livraria Morisaki” do Satoshi Yagisawa.

ando por terras do oriente e depois destes japoneses, estou agora a ler “A Loja Coreana das Segundas Oportunidades” do Kim Ho-Yeon.

  • o “Butter” é um bom livro. muito hype, mas bom. lê-se bem, a história é cativante, ainda que me pareça que alguns temas são um pouco impingidos à força ao leitor.
  • “Uma Questão de Conveniência” é muito bom. todo escrito na primeira pessoa duma personagem autista. muito muito bom.
  • “Os Meus Dias na Livraria Morisaki” é “dividido” em duas partes. gostei muito da primeira parte que se passa na livraria. a segunda parte parece-me desconetada com a primeira. mas como é um livro que se lê num dia ou dois, valeu a pena na mesma.
  • “A Loja Coreana das Segundas Oportunidades”… o início é prometedor. veremos…

depois irei para o “Pachinko” da Min Jin Lee, também ela coreana, antes de voltar aos japoneses para a trilogia “1Q84” do Murakami.

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Um bocado off tópico.

O que apreciam mais num livro, no que toca a qualidade de escrita?

Eu por exemplo, Não aprecio ler autores que usam advérbios a toda a hora, para descrever algo.

“E lentamente abriu… Sentiu a mágoa completamente… Solenemente foi … Mente mente e mais mente”

Para além de serem palavras longas, dá a sensação de quebrar a leitura. Quando usado em excesso é horrível.

Um livro que odiei por estar cheio deles foi o “Ready Player One”. A tradução obviamente tem impacto, mas o advérbio em excesso é por si só um recurso preguiçoso.

O que mais gosto é ler palavras em contexto não muito usuais, mas que acabem por combinar no contexto.

Por exemplo:

“O silêncio tinha peso e pousava nos ombros.”

em romances, gosto de personagens bem construídas e com conteúdo e duma história igualmente bem construída.
odeio clichês e que me enfiem supostas mensagens “subliminares” pelos olhos dentro, à força.

quanto ao estilo de escrita, depende. tudo se desculpa se o resto for muito bom.
não escrevo como o Saramago, mas não conheço melhor contador de história do que ele.

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O Gonçalo M. Tavares também escreve muito bem.

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A nível de “beleza” de escrita, o meu preferido é o Mishima.

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não conheço. algum livro que recomendes? um ou dois ou três…

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Yukio Mishima (1925-1970)

Aconselho para começar a ler Mishima: “Morte no Verão”, “O Tumulto das Ondas”, “Sede de Amar”, “O marinheiro que perdeu as graças do mar” ou “Depois do Banquete”.
Se gostares, aconselho depois “O Templo Dourado”, “Confissões de uma Máscara”, “Cores Proibidas” e o que é para mim a sua obra-prima, a tetralogia “O Mar da Fertilidade”.

Yukio Mishima é todo um tema àparte da sua escrita.
Teve uma vida digna de um filme e existe mesmo um excelente filme sobre a sua vida, do Paul Schrader, com música fantástica do Philip Glass, mas que não aconselho a quem não conhece a sua obra, pois o filme usa a sua obra quase como cenário de fundo do filme.

Boa leitura!

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Mais um requisitado na biblioteca municipal…

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acabei de comprar os dois volumes editados pelo Círculo de Leitores, na Trade Stories, por €12.
um deles ainda vinha embalado em película plástica.

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Comprei quando saiu, mas só o li agora. Foi um dos livros que trouxe comigo. Bem… José Luis Peixoto, a contar (à sua maneira), a história do Rui Nabeiro. O que é que poderia sair dali? O que efetivamente saiu…

Ainda por cima, para um gajo como eu, a quem fazem falta os Almoços de Domingo…

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gostei bastante. tem pormenores deliciosos.
torna-se, para o final, um pouco repetitivo.
não deixa de ser, no entanto, uma forma muito interessante de contar a história da vida do Nabeiro.

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Acabado de adquirir… Depois do “neo-racismo woke”, regresso às “evasões” preferidas…

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Já eu virei-me para este.

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Vou ler hoje

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Para quem gosta do tema, o livro infra é excelente.

https://img.wook.pt/images/historia-total-da-segunda-guerra-mundial-olivier-wieviorka/MXwzMDg5OTUzMXwyNzM5ODc2N3wxNzI4MzA0NDcxMDAwfHdlYnA=/550x

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e que grande livro… vou a meio, mais ou menos. é excelente!

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Lidos recentemente:


John Fante, dos melhores que já li. Uma das grandes influências de Bukowski, e na linha de Orwell no “Down and Out in Paris and London”. Não podia recomendar mais para quem aprecia esse tipo de enredos e protagonistas.

Curtis Yarvin num registo menos verboso do que o do Unqualified Reservations, uma excelente introdução para quem não conhece. É dos pensadores de direita mais interessantes das últimas décadas, no mínimo. É uma leitura interessante mesmo para quem não for de direita uma vez que não tem aquele tom moralista e bafiento que infelizmente é comum nos conservadores.

Uma das melhores obras de ficção que já li, absolutamente fantástico e merece a reputação que tem como um clássico.

Fiquei vidrado neste livro nos 2/3 dias que o demorei a ler mesmo estando a viajar pela Ásia. Não recomendo que ouçam o episódio do autor no Joe Rogan antes de acabar o livro, uma vez que acaba por quebrar o suspense.
Não estava minimamente familiarizado com o caso o que ajudou a que entrasse na narrativa com uma perspetiva fresca. Recomendo mesmo a quem teve interesse pelo caso há uns anos pois refuta grande parte das teorias prévias de forma extremamente bem documentada.

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