A idade não perdoa, é muito díficil conseguir ler um livro como tanto gostava de fazer.
Visão e cansaço não permitem devorar anos de leituras imersivas.
Enfim…
Aqui deixo algumas leituras mais recentes, relacionadas com discursos gráficos.
Depois de Ler do mesmo autor, “Prússia - O Reino de Ferro”.
Comprei e estou a ler um grande livro de investigação histórica, publicado este mês em Portugal, muito pormenorizado…, mas não consigo encontrá-lo na internet.
O Imperio Otomano - e a conquista da Europa, de Gábor Ágoston, da Desassossego
Era um dos meus heróis favoritos da BD europeia, que comecei a ler em puto na revista semanal Tintin.
Após a morte do seu criador, William Vance, esteve algune anos sem ninguém lhe dar continuidade, mas, recentemente, acabou por ser reavivado.
Não é a mesma coisa, perdeu aquela aura vintage que lhe dava o traço algo rebelde do seu criador, mas lê-se muito bem.
Bruno e Bernard acho que foram covers pouco conseguidas, brigada caimão e cormoran, bons tempos, dias de leituras intensas, e a comanche / red dust , cowboyada do melhor só com paralelo no Giraud Blueberry.
Ainda cheguei a colecionar o Tintin, aliás foi graças ao Tintin que conheci muto de BD, incluindo o Corto, que na altura bem míudo, recordo-me detestava…
Boas memórias
Same here!
Estávamos tão enganados, não é verdade?
Hugo Pratt (ou Ugo Prat de seu nome de batismo) era um mestre do traço a negro e do jogo de sombras, difícil, primeiro estranha-se, depois entranha-se.
No entanto, o meu criador de BD preferido, é o rei da graphic novel, não era europeu, era dos States…
O enorme Will Eisner. É mais conhecido pela sua criação “The Spirit”, já adaptado ao cinema, infelizmente, sem grande êxito. O cinema é demasiado pequeno para a grandeza do traço de Will Eisner.
Para mim, a sua magnum opus, é esta:
Recomendo Dora Bruder. Outra maneira de lembrar o Holocausto, à la Modiano, nas ruas de Paris como sempre.
É um romance/investigação onde o narrador vagueia entre a memória e a ficção para não deixar cair no esquecimento aqueles que, como Dora Bruder, partiram num comboio e não voltaram.
Tenho 4 autores portugueses e um japonês na minha mesinha de cabeceira.