O que é que lêem, nestas noites...? (Livros, BD, colectâneas)

Desse autor só ainda li este:

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Tendo já lido a obra de referência de Amy Knight, o livro foi para mim uma enorme desilusão, pela forma pouco desenvolvida como abordou a biografia desse crápula. Chocou-me particularmente a ausência, na bibliografia, de obras incontornáveis em língua inglesa, como as de Amy Knight ou Jonathan Brent.

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Não cheguei a ler, apenas folheei uma ou outra vez…

A ler:

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A ler:

Estive no Brasil e, como é meu hábito (observado religiosamente), fui às livrarias, e não é que fui surpreendido (daquelas surpresas que deliciam quem adora livros, particularmente comics) por saber que no Brasil publicam versões omnibus (capa dura, entre 650 a 1200 páginas)? Eu, quando me apercebi que eram em português (e a encadernação é perfeita), parecia um puto que foi teletransportado de surpresa para o interior da Toysr’us mais recheada e ornamentada de sempre.
Claro que trouxe tudo o que havia disponível (apesar de ser em Português do Brasil e de eu já ter as edições em inglês, salvo no caso do Aniquilação): Conan (estão esgotados em inglês) 1, 2 e 3, Batman Black and White, Fantastic Four 1 e 2, Aniquilação, Edições Absolutes 1 e 2 do Swamp Thing de Alan Moore, o Animal Man do Grant Morrison, o Spider-Man do David Michelinie e TM, a edição definitiva do TOP 10 de Alan Moore (a edição em inglês, que vai ter mais 200 e tal páginas, foi adiada há pouco tempo), Promethea 1 e 2 (Alan Moore) e uns 50 pb e hb do Batman, incluindo uma colecção chamada Saga do Batman (11 volumes até agora) que é uma versão PT-br de uma série de hardbacks (Tales of the Batman) que estão praticamente todos esgotados em inglês, 5 noirs, etc.
Eu faço double-dip e triple-dip (no caso do Batman, compro todas as edições: single issues, paperbacks, hardbacks normais, hardbacks deluxe, absolutes, omnibus, noir, e por aí fora).
Em Itália também têm um sector de comics bacano: trouxe de lá um omnibus que ainda não foi publicado, nem há data, em inglês: o Dark Knights: Metal Omnibus (mas como os da Marvel UK, são ligeiramente mais pequenos que os norte-americanos). A partir de agora vou adquirir praticamente todos os OB publicados pela Panini Brasil. Vêm aí verdadeiros tesouros em “português”: X-Force do Rick Remender, Seven Soldiers of Victory de Grant Morrison, Kingdom Come, Marvel Universe de Frank Miller e Darth Vader by Charles Soule.

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Bolas… li esse em miúdo… mas já não me lembro de nada… Vagamente, há uma estória gira que acaba com as estrelas a apagaram-se uma a uma…

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Acabei de comprar na FNAC, 27 páginas já lidas…
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Alfredo Holtreman, Visconde de Alvalade, a 22 de junho de 1898. Vá lá, o Costa Dias apesar de referir a “venalidade dos títulos” no período final do regime monárquico lá acaba por transcrever "obrigado ao pagamento da quantia de um conto e duzentos mil reis de direitos, ou seja, era o imposto oficial da época (equivalentes aos seculares direitos de mercê) e não o lance de um qualquer leilão de títulos…

Na página seguinte, faz uma confusão, mostrando o brasão usado pelo visconde (com a coroa do título) mas dizendo que era o de Bartolomeu Nunes Holtreman, antepassado do sec, XVIII e cavaleiro de Cristo.

Embora o autor não explique, o que me parece é que o novel visconde terá pegado no antigo brasão dos Holtreman que tinham uma só mosqueta no centro do chaveirão (ou asna) e resolvido semear todo o chaveirão com mosquetas, tornando-o mosquetado

O visconde não terá oficializado o seu brasão, apenas o título. Seria mais lógico que tivesse usado o dos Holtreman sem alterações como forma de reivindicar a chefia do nome alegando o seu estatuto oficial de titular (doutrina sujeita a polémica).


o dos Holtreman

Comprei há pouco:

Butcher’s Crossing e Augustus (John Williams); Uma história antiga (Jonathan Littell).

Gostei dos livros que li anterior deles, Stoner do Williams e as Benevolentes (livro poderoso!) do Littell. Expectativas altas.

Eu bem me parecia que estava a ser demasiado otimista,… o “nosso” Costa Dias, doutorado em História e especialista de História da Cultura, não consegue evitar a vulgaridade na pag. 193 ao referir… a mercê do título de visconde de Alvalade adquirido por compra por um conto e duzentos mil réis… O especialista insiste em desconhecer o que eram os direitos de mercê que eram devidos pelo registo de qualquer direito nobiliárquico nomeadamente a de brasão pessoal de armas de família que, obviamente, não era comprado mas sim vinha a cada um dos seus antepassados…, mas um historiador burguês é isso mesmo, não vai além do preconceito burguês.

Para quem quiser ter uma ideia mais concreta, remeto os direitos de mercê em 1908…, incluem condecorações etc…
https://geneall.net/en/forum/19712/direitos-de-merce-dos-titulos-e-outras-merces/

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A ler:

No final desta semana vou aos EUA e vou lá ficar pelo menos 3 semanas. Como é costume, vou comprar uma montanha de livros. Colocarei aqui uma foto, quando regressar.

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O livro do Milhazes sobre a Rússia vale a pena? Alguém já leu?

Aconselhas o livro?

Por acaso vi a entrevista dele no Maluco Beleza e aconselha este livro:

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Já alguém leu?

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Já li.

"Vida e Destino, de Vassili Grossman, está para o século XX, da mesma forma que o Guerra e Paz, de Tolstoi, está para o século XIX, o realismo da literatura russa no seu esplendor.

Vassili Grossman foi um jornalista que acompanhou a resistência russa em Estalinegrado, foi ali que a Rússia conseguiu parar o avanço das tropas alemãs e posteriormente partir para a ofensiva. O livro possui todos os detalhes da resistência, a luta diária e constante, a propaganda, a procura de heróis e a fome, a doença, a morte. Também nos dá uma visão do lado alemão, do poderio bélico, da perseguição aos judeus e as convicções em torno do grande líder Adolf Hitler. Há um episódio que relata um interrogatório de um oficial das SS a um chefe militar russo que é épico, há ali uma luta ideológica, uma troca de argumentos poderosa e que mostra o grau intelectual que as ideologias atingiram na convicção das massas.

É também um livro político, que explana todo um contexto em torno de um ideal social e político, a perseguição a todos os que ousavam sequer ter uma palavra menos positiva para com a ideologia comunista. Na Rússia da primeira-metade do século XX o povo lutava para sobreviver à guerra, lutava para sobreviver à implementação ideológica e para o desfasamento social em curso. Foram milhares de perseguições, os campos de trabalho forçado eram imensos, conseguiram que o medo fosse uma constante diária para que as suas ideias proliferassem. A propaganda era constante, dizimaram milhares de inocentes a bem de um ideal. Bloquearam toda uma produção cultural, calaram imensas vozes dissonantes, queimaram milhares de livros, fecharam teatros, despediram e condenaram professores aos campos de trabalho forçado, tudo o que foi produzido passava pelo filtro ideológico.

Estes romances épicos, onde o realismo é bastante vincado, sem uma linha que separe a realidade da ficção, são importantes para compreender a história, para nos transportar para o século em questão dando uma visão periférica e sobretudo para nos dotar de memória porque a história é cíclica e o século XX é o século que nos espelha toda a imensidão humana.

É livro pesado, volumoso, denso, tal como foi o século XX, sobretudo a batalha em Estalinegrado, que conseguiu resistir aos ataques alemães, foi a cidade símbolo da resistência, perdendo esta cidade a Rússia perdia toda uma guerra, era mais que uma mera cidade, era a cidade com o nome do seu líder e todo o simbolismo que isso representava. Ganharam, foram para o ataque e com eles levavam um ideal político que impuseram à lei da força, da violência e da morte."

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Já li e gostei… Embora mais da “parte antiga”… Um erro que não percebi, o Milhazes pensa que na cronologia histórica existiu o ano zero (um erro de palmatória) e, estranhamente, usa o polaco de república para designar um país que, em português, deveria ser chamado República das Duas Nações (união entre a Lituânia e a Polónia em 1569).

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Pelo preço, vale a pena, é uma introdução à História da Rússia… mas gostei mais da parte antiga do que da moderna…

Estava a referir me à biografia de José de Alvalade.

Obrigado.

Acho que vou adquirir.

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Desculpa lá… Eu gostei, pois não tinha nada sobre JA, mas reparei que o autor não desenvolve sobre o conflito entre Alvalade e a Direção do clube quando o JA saiu (embora deite abaixo os seus opositores)… Digo isto porque neste fórum lembro-me de alguém ter referido diversos pormenores (até num sentido de crítica a JA) que até terá envolvido processo em tribunal em que JA pedia para ser ressarcido (se me estou a recordar bem) e um posterior pedido de regresso de JA ao Clube, já ou quase no leito de morte… Ora o autor não refere nada disso… O que estranhei.

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