Cinco anos. Mais de setenta mil novos sócios. Um pavilhão. Modalidades competitivas e a conquistar troféus (inclusive europeus). Uma equipa de futebol. Repito: uma equipa de futebol. Durante vários anos não tivemos uma equipa de futebol: tivemos um conjunto de homens a pisarem um relvado com o objetivo de ficarem à frente do Braga. E a falharem esse objetivo. Problemas financeiros resolvidos. Contas com saldo positivo. Leonardo Jardim, Marco Silva e Jorge Jesus vs Paulo Sérgio, Vercauteren ou Paulo Bento. Bas Dost vs Tiui. Bruno Fernandes vs Labyad. Moutinho vendido por dez milhões vs João Mário por trinta milhões.
A memória é curta. E a comunicação social não se esquece do lugar onde quer ver o Sporting outra vez: em 6º, sem conseguir pagar contas da luz e com cada vez menos sócios. No fundo, querem-nos sossegadinhos. Sem estrebuchar. A criar talentos para os outros. Há cinco anos não se falava durante 24h do Sporting, do seu presidente, dos seus jogadores. E quando se falava, era num misto de repulsa, pena e compaixão. Coitado do Sporting, é um clube de totós e perdedores.
Isso mudou. Mas ninguém da comunicação social enalteceu o trabalho feito. Porque ninguém queria que as coisas mudassem. A mediocridade do Sporting era conveniente. A todos aqueles que não eram do Sporting e a alguns que fingiam ser do Sporting.
Por isso, não tenhamos dúvidas do seguinte: este é o maior ataque de sempre ao nosso clube. De sempre. É concertado, continuado e perverso. Concertado porque só alguém ingénuo acredita numa invasão à Academia no dia em que saem notícias de corrupção. Continuado porque em todos os canais e a todas as horas existem bocas a cuspir no presidente. Perverso porque é baseado em falsidades e tem apenas uma intenção: destruir.
Temos vários exemplos. Numa entrevista longa onde o presidente fala em várias coisas e critica de forma clara o ataque à Academia, pegam nas palavras “chato”, usadas não para classificar o ataque mas alguns telefonemas recebidos. Um jornal vem dizer que tem provas inequívocas sobre o Jorge Jesus saber do conluio entre Bruno de Carvalho e os invasores, contudo quando surge o desmentido por parte de Jorge Jesus, o jornal reafirma a veracidade do que foi escrito por causa das fontes. Porque uma fonte vale mais do que o ator principal da notícia. Surreal. Depois temos a recusa em jogar a final da Taça vs o não jogar a final da Taça; a NOS vai deixar o Sporting vs a NOS não vai fazer nada; o Bruno Fernandes está no Porto vs o Bruno Fernandes está em Lisboa.
A mentira é contínua. Inesgotável. A campanha de desinformação é de uma ordem nunca antes vista. E põe em causa TODOS os orgãos de comunicação social, no que diz respeito à sua imparcialidade e seriedade.
Bruno de Carvalho não é perfeito. Cometeu vários erros ao longo deste percurso. A incapacidade de gerir a crítica trouxe problemas ao Sporting. A incapacidade de trazer de volta ao clube os descontentes, de os seduzir em vez de entrar em confronto direto, trouxe problemas ao Sporting. A constante necessidade de se imiscuir no futebol trouxe problemas ao Sporting. A péssima gestão da comunicação trouxe problemas ao Sporting.
São vários problemas. Mas não foi Bruno de Carvalho que invadiu a academia. Conflitos entre jogadores e presidentes existem em vários clubes sem originar atos de terrorismo. Bruno de Carvalho também está longe do epicentro da suposta corrupção. Ao contrário da situação dos nossos clubes rivais. Um deles tem um presidente diretamente implicado em escutas e o outro em e-mails. Mas não lhes fizeram uma campanha durante dias a fio a exigir a demissão.
Por isso, o presidente não se deve demitir. Este presidente recuperou o Sporting em escassos cinco anos. Nem que seja apenas por isso, devemos-lhe o benefício da dúvida. E devemos, também, nunca mais comprar nenhum pasquim. Nunca mais. Boicote total aos jornais. Para sempre.
[member=4890]Winston Smith