Voltando ao nosso campeonato, que espero que seja nosso, esta semana foi também marcada pelas declarações desse orc, pequeno, acusando alguém de incentivar os jogadores do Rio Ave.
Lanço este tópico para perceber a opinião que os diversos foristas têm deste assunto, não as declarações do animal, mas sobre a possibilidade de incentivar uma equipa a ganhar.
Eu não vejo esta situação como corrupção, penso que é licito alguém incentivar monetariamente ou de outra forma, alguém para fazer o seu trabalho o melhor possível.
Nos tempos que vivi no Brasil, penso que esta situação era licita, e falava-se sempre no ‘Homem da mala preta’, com sendo alguém que trazia o ‘papel’ que iria incentivar uma equipa para ganhar a outra.
Voltando ao nosso campeonato, que espero que seja nosso, esta semana foi também marcada pelas declarações desse orc, pequeno, acusando alguém de incentivar os jogadores do Rio Ave.
Lanço este tópico para perceber a opinião que os diversos foristas têm deste assunto, não as declarações do animal, mas sobre a possibilidade de incentivar uma equipa a ganhar.
Eu não vejo esta situação como corrupção, penso que é licito alguém incentivar monetariamente ou de outra forma, alguém para fazer o seu trabalho o melhor possível.
Nos tempos que vivi no Brasil, penso que esta situação era licita, e falava-se sempre no ‘Homem da mala preta’, com sendo alguém que trazia o ‘papel’ que iria incentivar uma equipa para ganhar a outra.
Qual a vossa opinião?
Acho uma atitude feia, tanto de quem incentiva quanto de quem aceita o incentivo. Não é ilegal, mas é feio e pouco leal, quem o faz não merece ganhar.
Não acho que seja mau (por comparação com pagar para se deixarem vencer) mas acaba por dar má imagem de quem aceita, porque indica que esses “profissionais” não dão sempre o melhor que têm disponivel, a não ser que existam extras (daí as aspas que usei em profissionais). É uma motivação extra que não deveria ser necessária. Mas é uma situação semelhante aos prémios por objectivos, embora dados por terceiros.
Por outro lado isso também pode ser visto de outro ponto de vista: imagine-se uma equipa A que vai jogar contra uma equipa X e em seguida contra uma equipa Z (X e Z candidatos fortes ao trofeu). A equipa Z pode pagar à equipa A para esta dar o máximo contra a equipa X, de forma a que no jogo seguinte a equipa esteja mais cansada do que se fizesse o seu jogo “normal”. Era 2 em 1 . :twisted:
Não só penso que é inteiramente lícito como acho que o Sporting devia apostar nisso de todas as formas possíveis, pois não duvido por um segundo que os ORCS o estão a tentar fazer.
Também não considero que tenha alguma forma de corrupção pagar para ganhar, para correrem mais, para se esforçarem.
Independentemente de onde venham. Mesmo porque é isso que as próprias equipas donas dos passes dos jogadores fazem. Pagar para jogar.
Em Portugal também já foi prática corrente, agora não sei como anda, mas pelas palavras do Petit, já deve ter recebido uns trocos. :idea:
A unico senão que eu vejo é no lado da moral e isso vai da consciencia de cada um.
Em primeiro lugar vai o dirigente pagar ao jogador para jogar melhor. Que é o mesmo que dizer “não te esforças o suficiente com o que o teu patrão te paga”, o que é algo ofensivo para um trabalhador em geral.
Em segundo lugar para o jogador que aceita esse prémio, é porque não se sentiu ofendido pelo dirigente, demonstrando um caracter duvidoso.
Por ultimo e para mim o pior, são os jogadores que de facto correm e esforçam-se mais por causa desses “trocos”. É uma falta de respeito pela Instituição pela qual estão a actuar. Estão os adeptos a pagar para eles poderem alimentar a familia e em muitos casos os vicios, vão aos estádios apoia-los e eles correm mais não pelo apoio, não pelo salário, mas porque um gajo qualquer de outra equipa leva-lhe uma mala de dinheiro.
Penso que apesar de ser pouco leal não é proibido, aliás é normal tanto no Brasil, como em Itália e até Espanha, nada pode impedir um clube de dar dinheiro a outro para ganhar, se for para perder ja é adulteração.
Por outro lado, se os recados do pequeno ranhoso se destinavam ao SCP só pode estar a brincar, alias, esta a azedar e todo borrado, pq o SCP nem dinheiro tem para pagar os seus proprios premios de jogo quanto mais para andar a pagar a outros.
A questão em si é que o pequeno cão raivoso queria algo como vai ser contra o Estoril, tres pontos garantidos com o adversario a abrir as perninhas…
Preciso explicação. Qual é a ética negativa associada ao incentivo à melhor prestação de uma equipa que existe para ter exactamente o melhor comportamento dentro do campo?
é falta de ética dar prémio de jogo aos nossos jogadores? não. Qual é a diferença ética?
Acho uma atitude feia, tanto de quem incentiva quanto de quem aceita o incentivo. Não é ilegal, mas é feio e pouco leal, quem o faz não merece ganhar.
Suponho que em Portugal não são permitidos estes incentivos, a diferença é que os incentivos para perder é crime punido com prisão e os incentivos para vencer não, mas mesmo assim acho que são proibidos.
Já em Espanha é perfeitamente normal, ficando “só” em questão o aspecto ético.
Na minha opinião pagar para influenciar um resultado é mau do ponto de vista ético e poderá mesmo ser ilegal, aqui não tenho a certeza…
E quando falo de influenciar um resultado, não vejo qual seja a diferença de pagar a uma equipa ou jogador para ganhar ou perder…está-se a procurar falsear a verdade desportiva e a influenciar um resultado…
Eu (imaginando que ganhei o Euromilhões) dou nesta jornada um prémio aos jogadores do Sporting e aos do Leiria para ganharem.
Em ambos estou tentando influenciar o resultado, mas não estou corrompendo ninguém.
Vês alguma diferença de atitude de caso para caso, que mereça algum tipo de proibição?
Estás a tentar influenciar um resultado…se pagares ao Moreirense para perder, consegues o mesmo resultado final…porque é um caso moral e eticamente aceitavel e o outro não se o resultado final é o mesmo? Num caso pagas para jogar melhor, se é que isso é possivel, e no outro para jogar pior, se é que é possivel também…
Concordo com o Mauras.
Ética?
Para malandro, malandro e meio!
Mas essa nem é a minha questão.
A minha questão é mesmo moral / ética / deontológica. Sendo o futebol para ganhar e não devendo uma equipa ambicionar a outro resultado que não ganhar não percebo onde está a questão moral / ética errada em incentivar uma equipa a cumprir o seu objectivo dentro da sua actividade. A sério que não percebo e olhem que de moralidades sou pró atento.
Já o contrário obviamente que é reprovável pq isso sim desvirtua o objectivo do jogo.
Não vejo erro nisto assim como não vejo imoralidade na alteração do jogo da taça do Sporting daquela vez.
Nesse caso até nem acharia a modificação imoral, se acontecesse por exemplo para o estádio nacional ou semelhante. Teria explicação lógica, permitiria aos adeptos do estoril irem ao jogo também permitindo ao clube encaixar dinheiro com os orcs.
Mas tendo em conta o dirigente em causa e a modificação referida não são apenas os interesses financeiros do estoril que estão em cima da mesa.
Não acho que seja mau (por comparação com pagar para se deixarem vencer) mas acaba por dar má imagem de quem aceita, porque indica que esses "profissionais" não dão sempre o melhor que têm disponivel, a não ser que existam extras (daí as aspas que usei em profissionais). É uma motivação extra que não deveria ser necessária. Mas é uma situação semelhante aos prémios por objectivos, embora dados por terceiros.
Concordo com estas palavras do Zizou. Trata-se de uma situação que não é eticamente neutra, mas hesito em rotulá-la de intrinsecamente condenável. Este tipo de incentivo não é substancialmente distinto de um prémio de jogo ou de um contrato por objectivos, apenas se distingue por ser oferecido por terceiro. Até no carácter casuístico se assemelha aos prémios de jogo, que normalmente são reforçados quando circunstâncias da competição conferem carácter decisivo a determinado jogo.
O que acontece é que em Portugal isto é mesmo proibido. Os “estímulos de terceiros” são considerados infracção grave pelo regulamento disciplinar da liga, que os prevê e pune nos seus arts. 65º (para os clubes) e 105º (para os dirigentes), com penas que vão de 12.500€ a 25.000€ de multa (clubes) e de suspensão de três meses a um ano e multa de 1.250€ a 5.000€ (dirigentes).
Curiosamente a redacção das duas normas permite concluir que só é punido quem oferece, e não quem recebe. É uma situação no mínimo estranha, porque, pelo menos para mim, acaba por ser menos desportista aquele que, aceitando o incentivo, reconhece que sem ele poderia não se esforçar ao máximo, do que aquele que, tendo interesse em determinado resultado, se dispõe a recompensar quem se esforce positivamente por alcançá-lo.
Sem embargo desta perplexidade, o que ressalta é que se trata de uma prática não só proibida como considerada grave, e que é punida com severidade. Suponho que estas punições se devem mais a uma preocupação com a “pureza” da competição (na perspectiva que o Zizou descreve) do que propriamente a uma censura sobre a gravidade do comportamento de quem oferece.
Pela minha parte, penso que seria preferível aceitar a existência destes incentivos e discipliná-los, porque a proibição pura e simples não acaba com eles e favorece “jogadas” mais escuras que, elas sim, podem colocar em risco a transparência da competição.