O futuro é do Sporting

Muita gente lamenta os incidentes de Sábado, deplorando a violência e/ou afirmando que as suspeitas sobre o resultado (que, olhando para a inacreditável figura de Lino de Castro, atribuo mais à incompetência e amadorismo da organização do que propriamente a uma conspiração) mataram de vez o clube. Não podia discordar mais. O clube provou que está vivo, continua a mobilizar paixões e, mais do que isso, passou nessa madrugada por uma mudança histórica. Cinco razões porque acho que nada voltará a ser como dantes:

  1. Bruno Carvalho é um novo player no Sporting. Sendo praticamente desconhecido até há dois meses atrás, herda agora um capital de apoio de mais de 40% dos sócios. Esteve muito bem na confusão tremenda que foi noite eleitoral, apesar de ter sido colocado numa situação impossível pelo inenarrável Lino de Castro e pelos irresponsáveis do Record. No seu lugar, dava uma piçada ao delegado que aceitou assinar a acta sem lhe perguntar se queria uma recontagem, esquecia a impugnação, dava os parabéns ao Godinho Lopes e mantinha-me numa “reserva atenta” durante uns tempos. O seu tempo está a chegar e que aconteceu no sábado foi apenas o adiar do inevitável. Não vale a pena desgastar-se numa luta inglória nos tribunais, com probabilidades reduzidas de sucesso – e que em breve vai ser vista como uma luta contra o Sporting e não contra Godinho Lopes.

  2. Vamos ter uma Mesa da AG de “cor” diferente da direcção. É a primeira vez que isto acontece e pode ser muito importante para fomentar a transparência no clube. Não fui capaz de votar no Eduardo Barroso (foram demasiados anos a vê-lo defender cegamente os disparates de Franco, JEB & Cia), mas que confesso estou surpreendido com a lucidez que revelou na análise dos resultados, na decisão imediata de garantir as condições para uma recontagem futura dos votos destas eleições (caso necessário) e na intenção de fomentar o processo de revisão do sistema eleitoral.

  3. Paulo Futre é um tremendo recurso para o Sporting e não o aproveitar seria uma burrice de proporções bíblicas. Foi o único em campanha que demonstrou saber o que é um clube grande e, confesso, o único que me fez sonhar. É um dirigente nato, que junta um entusiasmo inexcedível a um conhecimento dos meandros do futebol internacional sem paralelo em Portugal. Se alguém tem dúvidas sobre a sua capacidade de “vender” o Sporting a qualquer treinador ou jogador, leia a descrição do próprio Dias Ferreira sobre o processo de contratação de Frank Rijkaard. Inexplicavelmente, Dias Ferreira lançou-o demasiado tarde na campanha, quando era o seu maior trunfo. E desengane-se quem ridiculariza o rapaz do Montijo por causa dos “chineses” – quando a expansão da base de apoio do clube é uma ideia interessante – e da apresentação de uma lista de “alvos” para transferências – que revelam um perfil bem mais ambicioso do que o que se viu no Sporting nos últimos tempos. Uma única intervenção sua marcou a campanha e bastou para Dias Ferreira saltar de 6% nas sondagens para 13% nas urnas. Uma dupla Carvalho-Futre em 2014 é bem capaz de ir para aos 60-65% - haja inteligência para a concretizar.

  4. Godinho Lopes ganhou as eleições. Mas, nas condições em que o fez, falta-lhe ganhar o clube. Entra em défice de legitimidade e, por isso, tem de elevar a bitola face aos anos miseráveis Franco-JEB, não tendo margem para passos em falso. E deve ter dúvidas se deve temer mais a oposição ou os egos que estão na sua lista. Felizmente, parece que já deu sinais de ter percebido isso mesmo, afirmando que vai consultar todas as listas para estabelecer os termos de auditoria que vai realizar brevemente ao grupo Sporting. Vai ter o seu primeiro teste de fogo com a contratação de Domingos. Uma humilhação às mãos de Pinto da Costa igual à que JEB sofreu quando tentou contratar Villas-Boas pode ser o princípio do fim. E se tem o descaramento de aparecer com um novo Paulo Sérgio, não chega ao final do ano.

  5. O sistema eleitoral iníquo e caduco que vigora no Sporting descredibilizou-se a si próprio ao resultar na eleição de um presidente que contou com menos de 1500 votantes (mais de 10% do total de votantes!) do que o seu opositor. Agora, é impossível não ver o elefante que está no meio da sala e Eduardo Barroso já veio referir a urgência de rever as ponderações dos votos. Esta deverá ter sido a última eleição com uma disparidade tão grande entre os votos de meia dúzia e os da grande maioria.

:arrow:

O grande vencedor destas eleições não foi, de todo, o Godinho. Não lhe dou até ao final do ano. E digo-o não pela maior ou menor valia da sua lista, digo-o porque o Sporting não está com ele. Um clube grande vive de massas, não de minorias, e o Godinho é o presidente de uma minoria, não do Sporting. Qual o clube que avança de costas voltadas aos seus adeptos e sócios mais jovens?

Excelente análise, Petrovich! Muito bom!
Gostei sobretudo do ponto relativo ao Futre. Pode-se gozar com ele por causa das chinesices e das maneira de falar, mas, como ele próprio disse “tem apenas a 4ª classe mas é catedrático de futebol”. E é mesmo gente assim que tem faltado ao clube.

Ah, e tb acho que o melhor para Bruno de Carvalho era “lay-low” por algum tempo.

Petrovich, o clube está vivo mas altamente debilitado. Dizem que foram as 3ªs mais participadas eleições de sempre, mas só o foram porque uma grande percentagem de sócios foi votar. Somos os indefectíveis, aqueles que não desistem de lá ir. Embora não existam dados oficiais sobre isso, eu calculo que 50% dos sócios efectivos tenham ido votar. Nas eleições do Gonçalves e do Cintra havia muitos mais sócios efectivos. Portanto a taxa de abstenção na altura foi muito alta, ao contrário da do sábado passado.
Não podemos olhar para estas eleições como uma prova de vida. Acho que foram sobretudo uma prova de desespero.

Embora me custe um bocado porque gostava de ter o Bruno ao nosso lado na luta, estou capaz de concordar contigo. Tal como já vários comentadores (sportinguistas e não só) disseram, o Bruno é o futuro presidente do Sporting. E por isso tem de se resguardar. Nós iremos continuar a nossa luta, não pelo BdC mas sim pela verdade no Sporting.
Tens aí um pequeno erro. O delegado quis perguntar ao Bruno o que ele queria fazer. Mas não o deixaram. Não se podia utilizar os telemóveis. Onde eu critico o delegado é por ele não ter tomado a iniciativa de pedir uma recontagem quando lhe disseram que perdeu as eleições por 0,4% (sabendo nós que esses 360 votos representam apenas 20 sócios com 19 votos, por exemplo).

Eu continuo a não confiar no EB. Por isso não votei nele. Espero que tenhas razão e que ele esteja mais lúcido. Mas desconfio imenso dele. A história mostra-me que tenho razão em desconfiar.

Aqui não concordo contigo. Apesar de eu achar que Futre tem razão com os chineses (embora eu trocasse a ideia por japoneses ou coreanos pois têm futebol mais evoluído - não nos podemos esquecer de Park e de vários coreanos espalhados por alguns dos melhores campeonatos da Europa), não confio nele a nível psicológico. Há algo ali que não está a funcionar como deve ser e todos desconfiamos do que seja. Para além de que Futre tem contra ele o ter escolhido os 2 rivais em períodos diferentes da carreira. E isso, os sportinguistas não perdoam.

São 10,5% em relação ao total de votantes, mas se compararmos os dois candidatos, BdC (~6000 votantes) teve cerca de 33% a mais que GL (~4500 votantes).
E este mandato está ferido de suporte. GL ganhou (será?) umas eleições onde 7 em cada 10 sócios não o quer lá. Vão ser tempos conturbados. Tal como dizes no ponto 4, se Domingos (ou em alternativa alguém melhor que ele) não vier, julgo que GL não durará mais 1 mês.

Concordo a 80%, para variar - normalmente subscrevo na íntegra. No que refere ao ponto 3, não acredito que Futre tenha tido expressão positiva nos votos de DF, muito pelo contrário, e menos ainda depois da inenarrável e já mítica conferência de imprensa. As ideias podem ser válidas, o Futre até pode ser o Ferrari do dirigismo desportivo, mas é antes de mais o tipo que nos trocou duas vezes pelos rivais directos e que agora se posicionava como um foco de ridículo para o clube. Sem ele, estou convicto que DF teria tido mais votos. A subida deste último face às sondagens deverá prender-se com os votos dos indecisos, que à última hora viram nele uma solução de compromisso.

A meu ver, a dupla Carvalho-Futre nunca será uma questão de inteligência ou falta dela, mas sim de dignidade. Até pela forma como BdC se referiu a Futre, afirmando que nem para porteiro do clube o queria. Foi até por estas declarações que vi que estava ali o meu presidente.

Uma análise muito boa, na questão do Futre sempre o disse desde que foi apresentado por DF, eu não gosto dele nem um bocadinho mas que é excelente naquilo que faz isso eu não tenho dúvidas. Quanto à questão de ser trunfo eleitoral não concordo, isso apenas seria exequivel caso Futre passa-se a ter uma palavra activa na vida do clube, coisa que não vai acontecer! Mas para uma apresentação depois das eleições acho que seria bem sacado. AI para o mercado nacional e PF para o mercado internacional…

O Inácio também nos trocou por um rival - e esteve lá 15 anos, muito mais tempo do que o Futre. Se não tivessemos sido capazes de perdoar, provavelmente não teríamos conquistado o título de 2000. Eu não me esqueço que o grande “asset” de JEB era o seu sportinguismo impoluto - e olha onde é que isso nos levou. Acho que isso nos devia vacinar para discussões sobre sportinguismo. Num lugar destes, quer-se é competência - e aí dificilmente encontras melhor do que o Futre.

E discordo que Futre tenha sido ridículo. Pode ter parecido excêntrico, mas só porque fomos de tal forma martelados com o discurso miserabilista e de vistas curtas - mas em português sem calinadas, reconheça-se - de Francos, ROCs e JEBs, que ver alguém a “sair do quadrado” nos parece estranho. É que Futre está no registo das eleições dos grandes clubes espanhóis - que devia ser a nossa bitola.

Aliás, esse foi o erro de DF. Se em vez de ter estado com pruridos, tivesse lançado Futre desde o início da campanha, imprimiria um ritmo infernal, marcaria a agenda e elevaria a bitola de exigência para os outros candidatos. De certeza que não se falaria só dos “chineses” e da “lista de alvos” - que até foi o menos interessante do que ele disse.

Quanto à votação em DF, o facto é que subiu quase para o dobro face às intenções em sondagem. Isto foi depois da conferência do Futre - o que nos leva a concluir que, pelo menos, não espantou ninguém.

Pois eu acho que foi uma frase infeliz de Bruno de Carvalho. Mas não daria grande importância a uma “boca” de campanha eleitoral e acharia incompreensível se isso fosse a única coisa que impedisse o aproveitamento de Futre. O bem do clube deve estar acima de tudo. Aliás, aconselho-te o relato delicioso de Eduardo Barroso sobre o seu reencontro com Futre depois de lhe ter chamado “traidor”. A capacidade de não ser rancoroso - que é muito diferente de ser parvo - é fundamental num dirigente.

Agora um pouco mais a frio e como membro participante dos protestos de ontem e hoje, no seguimento de algumas conversas com alguns foristas tenho uma leitura mais racional a fazer perante esta situação.

Em primeiro lugar, Bruno de Carvalho tem que definir uma coisa importantíssima. Esta candidatura foi um acto único ou Bruno de Carvalho pretende voltar a ser candidato ao Sporting Clube de Portugal? A votação que teve traz-lhe alguma responsabilidade. Bruno precisa de definir isto para conseguir ler melhor o que irá fazer a seguir. E aqui reside o problema. É que já me constou que Bruno de Carvalho quer uma segunda volta e não quer esperar 3 anos. Ou é agora ou desiste.

Ninguém duvida que esta gente vai se auto-destruir. Eles vão ser trucidados pela sua incompetência. Bruno de Carvalho, caso pretenda voltar a concorrer, não pode contribuir para um estado de instabilidade. Serviria de desculpa para a vitimização. Nunca se poderá esquecer que o peão da continuidade foi pessimamente mal escolhido e ia-lhes custando a vitória. A arma secreta ficou guardada e não foi inocente que tenha perdido a AG. Servirá de discurso. Não esteve no Sporting Clube de Portugal neste último mandato. Por isso, Bruno de Carvalho terá de ter cuidado com a decisão que irá tomar. E ninguém se importará que volte atrás com o pedido de impugnação caso queira ser um fantasma aterrador para Gordinho Lopes. Não com uma voz demasiado activa mas aparecendo em momentos críticos. Este vai cair. Não sei quando mas vai cair. Quando as comadres se começarem a zangar vai ser um regabofe.

Quanto a nós, cabe-nos continuar a tentar boicotar toda e qualquer votação do Sporting Clube de Portugal. Com a diferença que temos uma base de apoio muito mais alargada e uma tolerância zero dada a Godinho Lopes.

Para mim, a luta continuará. Nem que um dia o que sobrar seja só um osso podre. Será até ao fim.

Um dia a verdade será descoberta. O dia do Juízo Final esteve próximo. E a cada dia que passa ficará cada vez mais próximo.

Um grande obrigado a Bruno de Carvalho pelo alegria que me deu durante estes dias. Por mim, continuarei a fazer campanha por ele e irei perseguir todos os roquetteiros com as inconformidades da seu reinado. Começa no jogo com a Académica. Toda a velharia vai levar comigo com a primeira de Godinho Lopes.

Afinal os reforços têm que ser analisados…

Não podemos reduzir os problemas desta eleição à incompetência e amadorismo. Há factos que não foram esclarecidos e que nos deixam com muitas dúvidas sobre a verdade dos resultados. A diferença entre o número de eleitores inscritos/descarregados dos cadernos eleitorais e o número total de votos é um FACTO indesmentível até agora. Um clube que continue a varrer para debaixo do tapete as questões incómodas não tem futuro. Os últimos anos têm provado isso mesmo. Ou enveredamos pelo caminho da verdade e da transparência ou nos enterramos cada vez mais.

Pode ser que, por razões de táctica, seja mais conveniente para Bruno de Carvalho deixar cair a luta pela impugnação. O mau funcionamento da justiça em Portugal iria certamente fazer arrastar o processo sem qualquer vantagem para o Sporting. Mas isso não significa que se considere o caso encerrado e enterrado. Do mesmo modo que todos estão de acordo em pedir uma auditoria para esclarecer o que se passou com as contas do clube neste últimos 15 anos, penso que se impõe um esclarecimento cabal das dúvidas associadas a este acto eleitoral. Aliás estou convencido de que, mais tarde ou mais cedo, se de facto houve falcatrua, os factos aparecerão à luz do dia. Há gentinha que não vai resistir à tentação da gabarolice e da vaidade.

Penso que foi o Paulo Futre que liquidou a candidatura do Dias Ferreira. Custa-me a entender como é que se pode acreditar que um homem como o PF pode trazer algo de positivo para o Sporting. E isto não tem nada a ver com o modo como ele traiu um acordo que tinha com o Sousa Cintra (e não comparemos isto com a saída do Inácio para o Porto, não tem nada a ver). Pura e simplesmente não vejo naquela cabeça nada que possa ajudar o Sporting a sair do atoleiro em que se tem vindo a meter paulatinamente (e que vai continuar).

O sistema eleitoral iníquo e caduco que vigora no Sporting descredibilizou-se a si próprio ao resultar na eleição de um presidente que contou com menos de 1500 votantes (mais de 10% do total de votantes!) do que o seu opositor. Agora, é impossível não ver o elefante que está no meio da sala e Eduardo Barroso já veio referir a urgência de rever as ponderações dos votos. Esta deverá ter sido a última eleição com uma disparidade tão grande entre os votos de meia dúzia e os da grande maioria.

Com isto sim, estou plenamente de acordo. Mas não pensemos já que a batalha está ganha! São necessários 75% dos votos em Assembleia Geral (salvo erro) para alterar os Estatutos. Ora os que mais votos têm não vão abrir mão desse privilégio assim sem mais nem menos.

Prefiro “fuçar” um pouco mais na lama com este pseudo-presidente e ter o Bruno lá daqui a 1/2 anos do que ele andar agora nesta guerra que não vai dar a lado nenhum e desaparecer da nossa memória como um “quase salvador”.

O Bruno deveria emitir um comunicado em como quer é que o Sporting ganhe estabilidade, algo nessas linhas e deixar que nós façamos o jogo sujo da pressão.

É óbvio, para quem tem dois dedos de testa, que este Godinho não vai manter-se no cargo durante todo o seu mandato. Ele vai falhar e vai começar a falhar já esta época.

Obrigado Bruno por teres trazido a esperança e a paixão que já não sentia pelo Sporting à quase 4 anos. Muito obrigado Sr.Presidente.

Muito bom. :arrow: :arrow:

depois de BdC ter dito que Futre “nem para porteiro”… não estou a ver de que forma poderia contar com ele no futuro.

Concordo com muita coisa que disse o Petrovich, principalmente no que toca ao Futre.
Eu detestava essa personagem antes das eleições, mas ele provou que apesar do que fez no passado e apesar do seu jeito alucinado, ser um Sportinguista com muito carinho pelo clube. Parece ser um gajo “porreiro” que se está a borrifar para as aparências,…ele é como é “vais a Espanha, e perguntas quem é Futre…” :mrgreen: Fiquei fã do homem, também porque foi o responsável pelos únicos sorrisos que o Sporting me proporcionou nestes últimos tempos. :inde:

O clube está com uma enorme ferida aberta, em carne viva mesmo, mas temos que tentar extrair o pouco de positivo que houve nestas eleições. Foi pouco, mas há pontos positivos.

Disse que ia hibernar o meu Sportinguismo enquanto estivesse lá esta corja a liderar…mas não consigo, é mais forte que eu, e até já desejo (meio envergonhado, e sem apoia-los) sucesso aos bandidos, porque o sucesso deles será o sucesso do Sporting.

Mas nunca esquecerei o que se passou, e espero que a verdade seja revelada, e que Bruno de Carvalho tenha a sua oportunidade o mais rápido possível.

O futuro é, e tem que ser do Sporting. Nós e o Clube merecemos :mais:

A resignação é o pior dos males deste SCP…eu não aceito nem Futre, nem um baixar de braços relativamente a esta situação e sobre a posição tomada por BdC. Aliás, até acho que ele vai até às últimas consequências, e se assim for terá todo o meu apoio!

Nunca hei-de esquecer o que vivemos naquela fatídica noite…horas a fio no hall vip, antes disso lá fora á chuva, depois o resultado final, que para mim será sempre uma aldrabice de todo o tamanho :hand:

Desculpem-me, mas como Sportinguista não posso aceitar o que se passou…e pelos vistos continuamos a ser a massa acéfala e conformista que sempre fomos, quando leio certas e determinadas opiniões…eu não pactuo com a CORJA, JAMAIS :naughty:

Concordo a 100%, mas não consigo desejar mal ao clube mesmo com a corja. E quanto ao Futre, não é que o quisesse no Sporting (talvez até fosse útil, não sei), apenas simpatizei com a “personagem”.

Excelente opinião… Bruno de Carvalho sabe que está apoiado, vai ter tempo para se tornar ainda numa opção melhor, ganhou muita credibilidade depois de tudo o que fez…

Se hoje mudassem a disparidade entre o número que cada tipo de sócios tem e se as eleições fossem amanhã era ela que ganharia… E a menos que GL faça um trabalho do outro Mundo, Bruno Carvalho vai chegar ao poder rapidamente e dará-nos o Sporting que idealiza desde menino!

Na noite de sábado fomos muitos os que perguntávamos por onde andava o Petro… ainda bem que já sabemos.

Há um ponto que ressalta de toda esta confusão, parte dela “artificial” e alimentada por pouca lógica e muita emotividade (o que não deixa de ser bom, entenda-se). A revisão estatutária.

Foi algo muito discutido (embora superficialmente) ainda no tempo de FSF, quando era necessário promover a reestruturação financeira, e depois, como muito do que se passa no clube, desapareceu da agenda.

Nenhuma das listas, a não ser de forma meio envergonhada e com um “não é a prioridade”, trouxe esse ponto para a discussão, naquilo que considero um erro tremendo.

O Sporting precisa de novos estatutos, que suportem também outro tipo de condições de participação dos seus associados na vida do clube. Naturalmente existe uma época de futebol para preparar, existem problemas financeiros a que dar resposta, mas gostava muito de ver a questão estatutária (e não apenas o tema do numero de votos por associado) começar a ser tratada a partir de Setembro/Outubro, com discussões periódicas envolvendo os sócios sobre uma proposta de trabalho lá para Novembro.

Todos os sabemos, toda a gente o sabe, e nenhum dirigente mexe uma palha quanto a isso. A última vez que tentaram alterar os Estatutos foi com vista a aprovar a emissão dos VMOCs via voto remoto…
Mais ainda, depois do resultado oficial destas eleições, tenho a certeza que adiarão a alteração da representatividade eleitoral.

Muito bom texto. :clap:

Ressalvo o ponto relacionado com o Paulo Futre.

Goste-se ou não é uma figura do futebol mundial. E tem mais “mundo” que 30 Carlos Freitas juntos.

Ele é excentrico? Talvez. Não é um Obama a discursar? Garantidamente.

Porém e no meio de toda aquela maluqueira que foi a intervenção que fez nas vesperas das eleições, a verdade é que ele numa hora, apresentou um proposta para Sporting do mais ambicioso que vi nos ultimos 10 anos. Seria tudo exequivel, talvez não, mas estava ali o mote para se pensar grande.

Mesmo a historia dos chineses, obviamente mal apresentada naquela ocasião, mostra como o Futre pensa para lá deste rectangulo. E pensa assim, porque ele vive num país onde Real Madrid e Barcelona, são muito mais que clubes de espanha. E era essa influencia positiva que o Futre poderia trazer para o Sorting. O caso Rijkaard é pradigmático, goste-se ou nâo ele conseguiu em 5 dias assinar um acordo com um treinador de topo, e estava a representar um candidato a presidente !

Enquanto uns não tem vistas para lá da fronteira, e ficam preocupados em pensar que o Sporting tem de ir jogar ao campo do Paços Ferreira, e é preciso saber as manhas, e por isso vamos lá buscar o Domingos que até é portugues e bom rapaz. O Futre estasse nas tintas para estes tipo de raciocinio e o que pensou foi: “quero para o Sporting um gajo que faça o publico divertir-se, que consiga que a equipa tenha 70% posse de bola, e por acaso se tivermos de perder, os sócios vão para casa a pensar, jogamos muito mas tivemos azar”. Está aqui um mundo de diferença em termos de filosofia.

Isto é pensar numa dimensão a que infelizmente não estamos habituados, porque castraram-nos a ideia de pensar grande. Nos ultimos anos convenceram-nos que a nossa realidade são jogadores em fim de contrato e a prepararem-se para a reforma, treinadores do tipo Paulo Sergio e Carvalhal.

Quando aparece alguém a dizer, eu quero comprar um gajo para o Sporting que custa 35 ME, mesmo que nunca viesse a questão aqui está na ousadia, é taxado de maluco. O Carlos Freitas diz que vai buscar um tal de Bobo a custa zero, e que não deixa saudades no Besiktas, e nós damos-lhe toda a atenção do mundo.

Obviamente que com Duque e Carlos Freitas as portas para o Futre estão fechados. Mas seria uma pena num futuro acto eleitoral, enquadrado numa candidatura mais estruturada, ninguem se lembrasse do Futre e do que ele pode trazer para o clube.

Reatando-se. No programa de segunda passada na TVI Eduardo Barroso contou que, depois de ter chamado traidor a Futre, o encontrou durante a noite das eleições e conversaram os dois. E que Futre deu um “deixa p’ra lá” e, aparentemente, conversaram amigavelmente e sanaram a questão.

Resolver diferendos é possível. Sem essa capacidade, estavamos bem tramados…