O CONFRONTO É INEVITÁVEL
Ultrapassados que estão 112 anos de vida, debatemo-nos na actualidade, de forma determinante e decisiva por aquele que é - hoje mais do que nunca - o problema crucial, fundamental, e decisivo do Sporting Clube de Portugal.
Independentemente da vertente financeira que sempre nos atormentou e acompanhou, aquilo que verdadeiramente nos marca e nos divide, o que nos dilacera, e catapulta para o Clube perdedor que somos, o grande problema do Sporting Clube de Portugal é:
Um problema social, cultural, e de identidade.
Na verdade, sempre foi assim desde a nossa fundação, mas hoje, da resolução dessa nossa cruz, depende a nossa sobrevivência.
O Sporting está indubitavelmente dividido entre duas facções:
Os acomodados em oposição aos inconformados, os instalados em oposição aos resistentes, os mansos em oposição aos que não se vergam, em suma, os fracos em oposição aos que querem ser fortes, ou seja, os perdedores em oposição aos que querem ser vencedores.
Dada a realidade e o conhecimento que se tem do Sporting, poderemos sem grande margem de erro, considerar, como hoje é comummente aceite que uns são os croquettes e os outros são os anti-croquettes. Haverá ainda os que dizem que não são uma coisa nem outra, mas na altura de tomar decisões, terão sempre de optar por uma das facções.
E no que diz respeito a perdedores e vencedores, deixo aqui para puro exercício de reflexão e análise, alguns exemplos de clubes do mesmo país e da mesma cidade:
- Sporting vs benfica
- Boavista vs F.C. Porto
- Atlético de Madrid vs Real Madrid
- Espanyiol vs Barcelona
- Real Betis vs Sevilla
- Lazio vs Roma
- Inter vs Milan
- Panathinaikos vs Olyimpiacos
- Manchester City vs Manchester United
- Everton vs Liverpool
- River Plate vs Boca Juniors
- Fluminense vs Flamengo
E a lista poderia continuar exaustivamente por muitos mais clubes do mesmo país e da mesma cidade que a conclusão seria a mesma e haveria sempre o mesmo denominador comum:
O primeiro clube é o perdedor e o segundo é o vencedor. O primeiro clube é o dos mansos e o segundo clube é o dos que não se vergam. O primeiro clube é o do pó de arroz e o segundo clube é o dos que não viram a cara.
Sem querer menosprezar ou diminuir as qualidades e as virtudes dos apaniguados dos jogos de salão, dos “elitistas”, ou dos cobardemente “diferentes”, certamente muito estimáveis para outro tipo de actividades ou agremiações, é por demais sabido que o futebol é um jogo de interesses, um jogo viciado, e um negócio de bas-fond.
Não fosse o clubismo e o fanatismo dos seus adeptos, e já o futebol era “chão que deu uvas”, em virtude de toda a mentira e falsidade em que está envolvido.
Porém, enquanto uns nunca despem a camisola, outros têm vergonha em vesti-la.
No Sporting, e é isso que nos interessa, sempre fomos confrontados com esta dualidade de caracteres, com esta diferença entre o baronato de piolhosos e os que na realidade sentem e defendem o Sporting, com os que se encolhem e com os que avançam.
Diga-se em abono da verdade que, salvo algumas excepções, os Sportinguistas, em lugar de se constituírem uma força una e indivisível, na realidade, suportam-se uns aos outros.
E isso acontece, porque a divisão, a clivagem, a diferença de comportamentos para atingir objectivos, é brutal e diametralmente oposta.
Enquanto uns (os chamados croquettes, os perdedores), com uma mentalidade de instalados e conformados, com uma maneira de ser, acomodada, frouxa, pusilânime, e medrosa, poder-se-á dizer que já nasceram ajoelhados e submissos.
Interessa-lhes mais as aparências, a panache, os grupos, grupinhos, e grupelhos, sem esquecer as tertúlias de gente execrável que sempre andou em bicos de pés, e que sempre desejaram a passadeira e a feira das vaidades. Um ninho de víboras.
É vê-los nas Assembleias Gerais a fugir dos sócios. Entram timidamente, e saem de imediato como ratos.
É o clube dos “diferentes”, dos educados, e dos simpáticos, como recentemente o desclassificado Sousa Cintra teve a desfaçatez de afirmar, depois de ter sido trucidado e achincalhado pelos mesmos em 1995.
Gente sem carácter, gente sem coluna vertebral, em suma, vermes.
O clube dos pipis e dos totós.
Ao invés, existe toda uma outra facção que não se revê neste tipo de maneirismos, neste tipo de comportamento de punhos de renda, subserviente, e inferior.
Os quase 18 anos da desgraçada “Era Roquette” vieram mostrar à evidência tudo isto, provar de forma clara e inequívoca quem sempre nos andou a envergonhar, a destruir, e a servir-se do Sporting, e marcou de forma indelével a rotura total entre uma facção e a outra.
Em boa hora, e finalmente em 2013, Bruno de Carvalho foi reconhecido como Presidente do Sporting Clube de Portugal, depois de, nas eleições de 2011, se ter verificado aquilo que já hoje é aceite por todos como um golpe palaciano, e essa sim, uma das páginas mais negras do nosso Clube.
Nos 5 anos que se seguiram, a sua obra é grandiosa e inestimável. O Sporting renasceu das cinzas, o orgulho em ser Sportinguista foi devolvido. Acabaram os conluios e os compadrios. O Sporting, contra tudo e contra todos, voltou a afirmar-se, e afrontou de forma corajosa e determinada todos os interesses instalados, graças ao seu Presidente.
Desde logo, os nossos inimigos se aperceberam desse facto.
Com os nossos tradicionais inimigos, juntou-se imediatamente a facção denominada dos “croquettes”, dos proscritos, dos varridos por indecente e má figura, da rataria imunda, também vulgarmente conhecidos pela Corja.
O cerco estava montado. Aos Sportinguistas cabia a resposta, e não foi por falta de aviso.
E nesse sentido, aconteceu a maior golpada de que há memória na história do Sporting Clube de Portugal, depois de ter sido perpetrada uma campanha soez e repugnante contra o Presidente Bruno de Carvalho, um linchamento público, um assassinato de carácter, uma perseguição vergonhosa, um conluio miserável, alicerçado na mentira, na difamação e na calúnia, numa alucinação colectiva, num delírio de instigação de culpa no sentido de crucificar uma pessoa.
Mas a tramóia, a encenação montada pela comunicação social - com energúmenos escolhidos a dedo para destilarem ódio contra o Presidente Bruno de Carvalho - nomeadamente a repugnante CMTV, foi mais longe.
Já não bastava liquidar e assassinar o Presidente e o cidadão Bruno de Carvalho, mas também todos aqueles que tinham a verticalidade de o continuar a apoiar.
As chantagens morais e a coerção exercida foi a todos os títulos inenarrável, e só quem passou por toda aquela situação escabrosa, poderá avaliar a malvadez e a pulhice que aconteceu.
Duma maneira miserável e abjecta enveredaram por uma cruzada bárbara e monstruosa no sentido de diabolizar o Presidente, o Homem, e o cidadão Bruno de Carvalho, criar duma forma cruel e desumana o inimigo público número 1, e assim, formatar as mentes e os espíritos mais fracos.
Seria impensável para mim, trair aquele com quem sempre me identifiquei e identifico, aquele que me devolveu o orgulho em ser Sportinguista, aquele que fez renascer o Sporting que estava em vias de extinção, aquele que contra tudo e contra todos restituiu ao Leão a sua natureza e a sua grandiosidade, dando-lhe o sangue a provar, ao invés dum leão agatalhado, alimentado a chazinho e a torradas.
Por ter princípios e valores, tenho gratidão, tenho reconhecimento, e sou leal.
O Sporting só se reconciliará com ele próprio, quando for reposta a verdade e a justiça.
Até lá, aqueles que alinharam nesta pouca vergonha, nunca mais dormirão descansados, nunca mais deixarão de ter sobre si o peso das toneladas de velhacaria e maldade que lhes esfrangalham e despedaçam a consciência, e perante essa injustiça, essa infâmia, essa indignidade, essa pulhice, ficará para sempre uma nuvem negra sobre o Sporting que nunca perdoará aos vendidos, aos desertores, aos traidores, aos golpistas, e aos bandalhos.
[b]Nunca terão perdão!
[/b]O que fizeram ao Sporting, nunca terá perdão.
Um clube que debaixo do mesmo tecto, alberga gente indigna, nunca terá paz, nem nunca terá união.
As duas facções, jamais poderão coexistir uma com a outra.
Mais do que inevitável, o confronto é inadiável.
Cabe aos Sportinguistas decidirem o que querem para o Sporting.