O arranque da época 2017/2018

Está superado com um alarde de segurança e até com distinção a primeira grande etapa da longa caminhada que representa para o Sporting a época 2017/18.
Depois da traumática experiência do ano passado, com uma ida ao mercado tão prometedora como depois decepcionante, poucos arriscariam que os primeiros e tão importantes passos fossem dados de forma tão segura que o comando da Liga NOS e qualificação para a fase do grupos da Liga dos Campeões documentam.
Não podia ser melhor o arranque do Sporting CP, ocupando, para já, o 1º lugar da Liga NOS. Com o apuramento para a Champions e a manutenção de William Carvalho, terá Jorge Jesus a segurança e estabilidade que tanto precisava?

SPORTING É VISITANTE QUE NINGUÉM QUER TER Neste momento são já 18 os golos marcados, ou seja, mais de metade dos 35 em toda a época passada

Pode parecer contraditório, mas é fora do conforto do lar que a equipa de Jorge Jesus é mais eficaz. A comprová-lo estão os números. Senão, vejamos. Até ao momento, o Sporting marcou por 18 vezes (!) em apenas cinco jogos fora de casa, o que, na prática, traduz uma média superior a três golos por cada 90 minutos (3,6).

O registo é o melhor da era Jorge Jesus e pulveriza por completo a média registada nas duas últimas temporadas. Para se ter uma ideia, a marca de 3,6 golos nos jogos fora de casa é em muito superior à que os leões alcançaram no final em 2016/17, época que terminou com um total de 35 golos em 25 desafios na condição de visitado (o que perfaz 1,4 de média). O registo é de realce, mas o que dizer do facto de a equipa de Jorge Jesus já ter, neste momento, mais de metade dos golos marcados no ano passado? Pois é, são 18 contra os 35 com que acabou a temporada 2016/17, num total de 25 jogos.
Comparando com a primeira época de Jorge Jesus, aquela em que se bateram muitos recordes (maior número de vitórias numa só época e também maior número de vitórias fora, além da maior pontuação da história, 86 pontos), a diferença também é significativa. Em 2015/16, a equipa dos leões chegou ao final da temporada com uma média de 2,07 (56 golos em 27 jogos fora), amplamente superada pela de 3,6 já mencionada desta época. Nunca em toda a era Jorge Jesus o leão foi um visitante assim tão indesejado.
Contraste no conforto do lar
Diz o ditado que há um ‘mas’ em quase tudo. Afinal, ‘não há bela sem senão’. Se fora de casa os leões têm sido arrasadores, em Alvalade a eficácia tem sido bem mais reduzida. Até ao momento, o Sporting soma apenas três golos em outros tantos jogos em casa, números incomparavelmente inferiores aos já mencionados fora de portas. É em Alvalade também que o Sporting regista o único empate da época, precisamente contra o Steaua Bucareste. Irá a tendência inverter-se com o Tondela? Tem a palavra o leão de Jesus.

Menor ‘pressão’ sobre Bas Dost

Outra das conclusões que se retiram do arranque de temporada dos leões fora de portas (cinco jogos, cinco vitórias e 18 golos marcados) é o facto de esta ser, para já, uma equipa menos dependente de Bas Dost, máximo goleador do Sporting na última época. Até ver, o holandês partilha com Bruno Fernandes e Gelson Martins o topo da tabela dos melhores marcadores dos verdes e brancos na condição de visitantes, com quatro golos cada. Nos três embates em que o internacional holandês, de 28 anos, faturou longe de Alvalade – V. Guimarães (5-1), Steaua (5-1) e Feirense (3-2) –, só contra a formação dirigida por Nuno Manta é que acabou por ser decisivo para o resultado final, apontando o penálti que deu o triunfo aos leões. O único golo que fez em casa, com o V. Setúbal (1-0), também teve caráter decisivo.

Assistências ficam a cargo de Acuña

Marcos Acuña reforçou em Atenas, frente ao Olympiacos, o estatuto de melhor assistente do Sporting versão 2017/18, com cinco passes para golo. No Georgios Karaiskakis, foi do pé esquerdo do internacional argentino que saiu o centro que permitiu a Doumbia abrir o marcador logo ao minuto 2, embalando o leão para uma primeira parte de brilho, culminada com um 3-0 ao intervalo. As restantes quatro assistências do camisola 9 contam-se logo na primeira jornada, em casa do Aves; na visita ao terreno do V. Guimarães; na deslocação ao reduto do Steaua e ainda na receção ao V. Setúbal.

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LEÕES GASTARAM 57 MILHÕES EM REFORÇOS ESTA ÉPOCA 46 M€ no verão e 11 M€ em janeiro

Um investimento à altura da ambição. Como Bruno de Carvalho admitiu, em recente entrevista a Record, o reajuste no plantel em janeiro explica-se pela necessidade de dar mais e melhores opções a Jorge Jesus, no sentido de a equipa poder lutar, de facto, em todas as frentes, inclusive na Liga Europa. Com as chegadas de Wendel, Misic e Rúben Ribeiro, o investimento da SAD em reforços ascende já a 57 milhões de euros, esta época.

Deste total, 46,085 milhões dizem respeito ao verão e traduzem, já, gastos finais com aquisição de direitos económicos e desportivos, comissões, prémios de assinatura e mecanismo de solidariedade. Os restantes 11 milhões de euros são relativos a esta janela de transferências e podem ainda ser revistos por cima, pois são um valor que compreende somente os custos de compra dos passes.

Em qualquer dos cenários, trata-se de um esforço adicional do Sporting, principalmente no caso de Wendel (7,5 milhões de euros), um negócio que esteve para ser feito em parceria com o Stellar Group, através do Deportivo Maldonado, mas acabou por realizar-se de forma direta, entre os leões e o Fluminense. Por Misic, proveniente do Rijeka, os verdes e brancos desembolsaram 3 milhões. Rúben Ribeiro implicou um gasto de 500 mil euros. Refira-se que as vendas de Adrien e Rúben Semedo, entre outros, totalizaram no defeso perto de 50 milhões de euros (48,7 M€).

Record