Novo Público no dia 12

Os teasers foram retirados, ficam os links dos spots finais de campanha que já revelam alguma coisa, nomeadamente a mudança de logo. Tal como vocês eu não gostei nada da cor à primeira vista, mas compreende-se que o logo do Público morria actualmente numa banca de jornais, era preciso conseguir algo que se destacasse.

Na publicidade já se revela o aparecimento de um novo caderno diário, o P2.

Spot principal
[url]O mundo é PÚBLICO - YouTube

Um novo Caderno P2
[url]O mundo é PÚBLICO - Um novo Caderno P2 - YouTube

O homem não sabe os problemas que vai ter com esse nome :lol:

Vamos lá ver é se o Público com estas alterações não fica um jornal de merda, ao nível de um Jornal de Notícias ou um Correio da Manhã por exemplo, daqueles que andam na luta do mais vendido, mas cujas páginas não são exclusivamente preenchidas pelo exercício do jornalismo na verdadeira acepção da palavra. Espero, que apesar de tudo e mesmo que com os habituais defeitos e imperfeições, continue a ser um dito jornal de referência que sempre foi até aqui.

P.S.: Mauras, trabalhas na Sonae?

Esposa : “Mauras, querido, com quem estiveste reunido até tão tarde?”

Mauras: :oops:

A campanha parece-me uma de uma rádio que andou por aí há algum tempo. Antena 1 se não me engano.

A.A.

Vem dos states, do New Yorker, e tem um curriculum invejavel, mas não sei porquê soa-me estranho...

[url]Condé Nast

Já agora, deixo os links dos teasers da campanha de lançamento do novo Público, que começa hoje na TV, imprensa, etc.

[url]- YouTube

[url]- YouTube

Vamos lá ver é se o Público com estas alterações não fica um jornal de merda, ao nível de um Jornal de Notícias ou um Correio da Manhã por exemplo, daqueles que andam na luta do mais vendido, mas cujas páginas não são exclusivamente preenchidas pelo exercício do jornalismo na verdadeira acepção da palavra. Espero, que apesar de tudo e mesmo que com os habituais defeitos e imperfeições, continue a ser um dito jornal de referência que sempre foi até aqui.

P.S.: Mauras, trabalhas na Sonae?

Yep, no Público.

Quanto às observações que deixas infelizmente não posso abrir o jogo senão ainda me despedem :).

Mas pelo que dizes conheces bem o Público, asseguro-te que na sua essência o Público continuará a ser o mesmo jornal de sempre, no que concerne aos valores fundamentais e ao critério informativo. Sofrerá é algumas alterações, algumas deles à primeira vista potencialmente surpreendentes, que suspeito que serão como a coca-cola… primeiro vais estranhar depois vais gostar.

Basicamente era preciso fazer algo com um rumo: ao contrário de outros países europeus não só continuamos com hábitos de literacia muito baixos como sobretudo quem potencialmente lê o Público ou o poderia ler não anda de transp. público. A verdade é só uma: a maioria dos potenciais interessados no Público não tem tempo para o ler como ele é hoje.

Era necessário assim ir ao encontro do leitor e da sua vida de hoje, criando um jornal que permitisse vários tempos de leitura, e uma leitura mais facilitada, com o jornal a ajudar o leitor a decidir rapidamente o que lhe interessa.

Muda muita coisa de facto. Desde o jornal à tabela, mas a receptividade dos anunciantes ao novo modelo e nova tabela (estive mais envolvido na questão da tabela) está a ser muito positiva.

Este ano é do vai ou racha. O último bareme coloca o Público a dar um tombo muito grande, é dificil piorar sem entrar na espiral de descrédito de um DN. Resta saber se em Portugal ainda há espaço para um jornal de referência, para leitores mais exigentes. Nós acreditamos que sim, daí estas mudanças que visam no fundo ir ao encontro desse leitor, que se foi desligando de um jornal que lhe agrada mas que era cada vez mais ilegível para ele.

Estamos com expectactiva pois de facto as mudanças são profundas. É tipo um Extreme Makover do p&arts, mas a “pessoa” continuará a ser a mesma :).

O homem não sabe os problemas que vai ter com esse nome :lol:

hei, é a gozar :). O JMF fica por cá e o Mr. C por lá continua… :smiley: Era giro era este gajo a dirigir uma empresa tuga :slight_smile:

Caro Senhor C…

Ah, agora percebo… É que eu via tanta vez tu a falares da Sonae e de algumas das suas empresas…

És jornalista?

Pelo que sei, quanto ao Público, parece que o design vai ser feito pelo escocês Mark Porter que trabahou e trabalha para a Wired e para o Guardian. Sei que para além da mudança de visual também haverão mudanças nos conteúdos e nos suplementos, etc.

Acho que o Público tem muito por onde melhorar, como por exemplo, nos suplementos e na opinião/colunistas/cronistas. Nesta última parte creio que têm um dos maiores, o Vasco Pulido Valente, e tem a Maria Filomena Mónica (gosto dela), o Eduardo Prado Coelho (que não gosto dele, mas que conta umas estórias engraçadas) e o Eduardo Cintra Torres (gosto das bojardas dele).

Mas acho que necessita de mais gente independente que não esteja ligada a partidos, que sejam Cronistas na verdadeira acepção da palavra, autênticos estilistas… Portugueses as grandes contratações seriam o Miguel Esteves Cardoso, o João Pereira Coutinho, Alberto Gonçalves, Pedro Mexia, e Carla Hilário Quevedo. Depois podiam pedir a uns brasileiros (de que eu gosto muito de ler), e neste campo sugeria Diogo Mainardi e Millôr Fernandes. Depois num domínio mais das letras (podia ser bom para escrever num suplemento) podiam sempre ir buscar o Mário de Carvalho que tanto quanto sei há uns anos escreveu para o Público, sendo que já li algumas dessas coisas que ele escreveu e gostei bastante.

Mas isto é pouco. Há muito mais gente muito boa neste capítulo. Os grandes jornais de referência lá de fora não têm ninguém ligado aos partidos a escrever. As grandes colunas são assinadas por pessoas independentes que fazem da crónica não um espaço de confissão, vinganças, e sururus políticos, não um espaço de trabalho partidário, mas sim um espaço de arte, de estilo e de liberdade. Só cá em Portugal é que se vêem os espaços de opinião preenchidos por políticos. Que nojo! Como se já não fosse mais do que entediante ter que os aturar diariamente na televisão, na Assembleia, na nossa vida, etc.

Bem ao menos o Cona é careca…menos mal… :wink:

É o único jornal que nunca me cativou e dos poucos que não toco mesmo, qto as comparações com o DN, devem ser para rir…

No dia em que tiverem metade da qualidade do DN serão felizes…

Com esta mudança só podem melhorar, pq pior é impossivel…

Mas não liguem, isto é a minha costela anti-Sonae a falar…

O Público nem sempre pertenceu à Sonae…

O Público nem sempre pertenceu à Sonae...

Eu sei, lembro-me ainda de serem comprados pelo intruja mor :wink:

Mas não liguem, isto é a minha costela anti-Sonae a falar...

só pode porque só disseste disparates que só indicam que não lês diários :).

O DN cai todos os trimestres (escolhi o único que subiu para falar no entanto), é visto como sempre conotado com o poder vigente, perdeu ao longo do tempo toda a qualidade editorial que tinha e para cúmulo está agora nas mãos de quem tu sabes, que interesses em jornalismo de referência tem poucos ou nenhuns.

Quanto ao Público foi um projecto de alguns jornalistas saídos do Expresso, que formaram o projecto e logo em seguida surgiu a negociação com o Belmiro. Foi um sangria na redacção do Expresso, que perdeu muitos jornalistas (e muitos dos melhores) para o novo diário.

Até hoje o Público mantém-se independente, muitas vezes com problemas internos (de grupo) por causa disso. Mas só assim dá para aguentar um jornal de referência lido por pessoas que pensam pela pp cabeça, o exemplo do DN é infelizmente o oposto.

Epá aqui estou com o Mauras, aliás, é curioso que o Público foi sempre o único jornal que sempre me cativou, embora também ache que andou demasiado politizado e às tantas só já tinha prazer em ler as frases da semana, os cartoons e as seccões não-políticas e não-autárquicas.

O curioso paracelsus é que cada “ala” tem noção que o Público é pró isto ou aquilo, o que é bom sinal :).

A ala mais conservadora identifica o Público como de esquerda, enquanto que a esquerda encara o Público como conservador. Isto só pode ser bom.

A verdade é que o Público é uma mistura saudável de opiniões livremente expressas, com profundidade. Durante a invasão do iraque recebemos input extremamente positivo devido à pluralidade: se o editorial de JMF era pró americano logo a coluna da página seguinte era o oposto, um despique de opinião e pontos de vista que foi muito bem recebido pelos leitores.

Obviamente é natural que eu defenda o local onde trabalho, mas vcs já me conhecem, sou hiper critico com o que mais gosto. Se eu visse no Público indicios de um trabalho pouco sério ou defeituoso seria o primeiro a admitir. Falhamos, é claro, mas de facto sei que aqui se faz um trabalho diferente, acima da média. O desafio é escrever um jornal (offline e online, neste último já lideramos de longe) que as pessoas consigam ler tendo em conta as exigências do dia a dia.

É esse o desafio, um desafio ao qual nos agarramos com unhas e dentes pois este é o ano em que temos que provar que este Público, um jornal independente, que vai mais longe, que se for necessário aponta o dedo à mão que lhe dá de comer (como já aconteceu, apesar do que o incy sugere) é legível. Senão acaba-se o jornalismo de referência e entramos definitivamente na era do tabloide fast-&-read a caminho do fim.

O curioso paracelsus é que cada "ala" tem noção que o Público é pró isto ou aquilo, o que é bom sinal :).

A ala mais conservadora identifica o Público como de esquerda, enquanto que a esquerda encara o Público como conservador. Isto só pode ser bom.

A verdade é que o Público é uma mistura saudável de opiniões livremente expressas, com profundidade. Durante a invasão do iraque recebemos input extremamente positivo devido à pluralidade: se o editorial de JMF era pró americano logo a coluna da página seguinte era o oposto, um despique de opinião e pontos de vista que foi muito bem recebido pelos leitores.

Concordo plenamente! Transporto o Público religiosamente debaixo do braço, embora me chateiem quase todos os suplementos. E o José Manel Fernandes também. Mas, para o que eu faço, o Público é insubstituível!

Compreendo as opiniões sobre JMF, não é uma figura consensual, mas felizmente, e ao contrário de outros meios, o Público não se esgota nem se consome na figura e opinião do seu director, bem pelo contrário.

Tenho a certeza que o novo Público vai agradar a quem já sente, mais ou menos, o formigueiro intelectual quando pega no Público.

Sobre o cativanço lembro-me perfeitamente que o Público foi lançado exactamente no ano em que entrei para o ano zero da faculdade, para tirar posteriormente Comunicação Social. Nessa altura o Público foi case study no curso, por representar um “rasgar” com a tradicional forma de fazer jornalismo em Portugal, e penso que foi isso que o aguentou até hoje. É esse o objectivo desta transformação, sem perder a identifidade. Esta quase, falta uma semanita. Obviamente podem fazer-me chegar as vossas opiniões, por aqui ou por PM, aqui damos muito valor ao feedback que nos chega logo podem ter a certeza que as ops são muito valorizadas.

Compreendo as opiniões sobre JMF, não é uma figura consensual, mas felizmente, e ao contrário de outros meios, o Público não se esgota nem se consome na figura e opinião do seu director, bem pelo contrário.

Tenho a certeza que o novo Público vai agradar a quem já sente, mais ou menos, o formigueiro intelectual quando pega no Público.

Sobre o cativanço lembro-me perfeitamente que o Público foi lançado exactamente no ano em que entrei para o ano zero da faculdade, para tirar posteriormente Comunicação Social. Nessa altura o Público foi case study no curso, por representar um “rasgar” com a tradicional forma de fazer jornalismo em Portugal, e penso que foi isso que o aguentou até hoje. É esse o objectivo desta transformação, sem perder a identifidade. Esta quase, falta uma semanita. Obviamente podem fazer-me chegar as vossas opiniões, por aqui ou por PM, aqui damos muito valor ao feedback que nos chega logo podem ter a certeza que as ops são muito valorizadas.

Olha que estou farto de protestar com os erros da consulta online do arquivo e as minhas queixas caem genericamente em saco roto. Eu também gosto muito do Granado e do Malheiros, mas isso anda aí um 'cadinho desorganizado!

Granado e Malheiros… easy acess for me :). Profissionais de mão cheia, 5 estrelas. Manda-me os teus inputs que eu passo, temos cá um responsável agora que persegue essas melhorias de forma insana, possivelmente o feedback não lhe está a chegar ;).

Granado e Malheiros... easy acess for me :). Profissionais de mão cheia, 5 estrelas. Manda-me os teus inputs que eu passo, temos cá um responsável agora que persegue essas melhorias de forma insana, possivelmente o feedback não lhe está a chegar ;).

Da próxima vez que consultar o arquivo [e terei de o fazer intensivamente no próximo mês], dou-te feedback. Obrigado.

A minha opinião sobre o Público e as minhas sugestões, já as dei aqui neste tópico num post anterior.

Só me resta esperar pelo tal dia em que sairá o novo Público. De resto, não é preciso mudar muito para que eu continue a achar que é o melhor jornal português, embora não seja o jornal que eu mais vezes compro.