Imparidades contabilizadas ultrapassam os €2 mil milhões e Fundo de Resolução vai injetar €791,7 milhões de euros
Como se esperava, os resultados do Novo Banco em 2017 registaram um prejuízo recorde de €1395 mil milhões, um aumento face aos prejuízos de €788,3 milhões registados em 2016 e €929,5 milhões em 2015.
Para isso pesou o elevado nível de imparidades contabilizadas: €2056,9 milhões de euros. Esta é, segundo António Ramalho, presidente do Novo Banco, uma das “razões específicas para os resultados do banco”.
Do montante de imparidades total, €1229 milhões dizem respeito a crédito, €398 milhões a operações em descontinuação e €134 milhões a provisões para reestruturação.
Por causa das perdas históricas, o Fundo de Resolução vai injetar €791,7 milhões no Novo Banco, uma vez que o Mecanismo de Capital Contingente que está sob sua alçada foi ativado.
Este mecanismo foi criado na sequência das condições acordadas no processo de venda do Novo Banco, concluído a 18 de outubro com a compra da instituição pelo fundo norte-americano Lone Star, que detém 75% do capital. O Fundo de Resolução detém os outros 25%.
OPERAÇÕES FINANCEIRAS TRAVAM MAIORES PERDAS:
Os resultados de operações financeiras aumentaram 45,2%, o que ajudou a que os prejuízos não fossem maiores.
Os depósitos a clientes subiram €4,1 mil milhões, dos quais €1,8 mil milhões resultam da transformação de obrigações que estavam nas mãos dos clientes em depósitos.
O produto bancário cai 8,9%, não considerando a ativação do mecanismo de capital contingente que corre por parte do Fundo de Resolução e ascende já este ano a €791,7 milhões de euros.
A margem financeira, diferença entre os juros cobrados e os juros pagos, caiu 23,3%, enquanto as comissões cresceram 17,2%.
em actualização in Expresso